terça-feira, dezembro 27, 2016

A Unidade do Evangelho (Gálatas 2:1-10)




UNIDADE DO EVANGELHO (Gl 2:1-10)

1. O temor de Paulo: por que ele foi a Jerusalém?
a. Paulo foi a Jerusalém por causa da revelação de Deus (2:2)
b. O temor era a ameaça a dar frutos: “corrido inutilmente”(2:2)

A primeira vista, pode parecer que Paulo estivesse achando que sua mensagem estava comprometida. Contudo, isso não tem sentido já que Paulo recebeu a revelação de Deus (2:1) que recebera sua mensagem diretamente de Cristo (1:12). Também, ninguém em dúvida esperaria 14 anos se sentisse inseguro com isto. E, por fim, Paulo diz em 1:8, que os gálatas deveriam rejeitá-lo caso mudasse sua mensagem.

"O que ele temia, isto sim, é que os apóstolos de Jerusalém pudessem não ser fiéis a esse evangelho. Talvez  não fizessem frente aos falsos mestres, mas, em vez disso, permitissem que os próprios preconceitos culturais os iludissem a ponto de deixar que esses mestres continuassem a fazer suas afirmações prejudiciais" (KELLER, p. 41)

2. O que estava em jogo: a verdadeira unidade da igreja.
O evangelho da fé em Cristo é para gente de todas as culturas. A liberdade que temos em Jesus (2:4) se encontrava sob ameaça e assim, a verdade do evangelho estava em jogo (2:5).

Havia dois grupos, de um lado Paulo que dizia que o evangelho era para gente de todas as culturas, de outro, seus opositores diziam que nem todo povo judeu é cristão, mas todo os cristãos devem se tornar judeus.
 





3. O veredito: bem-vindos
Paulo levou Tito (2:1), que era grego (2:3): cristão incircunciso de corpo e alma. Falsos irmãos queriam a circuncisão de Tito (2:4). Os apóstolos não insistiram na circuncisão, Deus não considera a aparência humana (2:6).

 4. resultado: liberdade
Obedecemos, não por medo e insegurança quanto à esperança de merecer nossa salvação, mas na liberdade e segurança de saber que já estamos salvos em Cristo. Obedecemos na liberdade da gratidão.

MARCAS DA VERDADEIRA UNIDADE.
Aceitar os que estão em Cristo Jesus.
Reconhecer que temos chamados diferentes.
Suporte mútuo e ação missionária (2:10)

segunda-feira, dezembro 12, 2016

A singularidade do Evangelho

Gálatas 1:1-9: Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), E todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, Ao qual seja dada glória para todo o sempre. Amém. Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema


O CHOQUE DE PAULO 

O Apóstolo está  surpreso (1:6). Com o choque vem a ansiedade e a preocupação. Eles estavam seguindo um evangelho que não era verdadeiramente um evangelho (1:7), então, eles estavam em enorme perigo. Eles estavam em confusão (1:7b). 

Segundo, Paulo também parece com raiva, sua linguagem é forte. Ele está com raiva daqueles que estão desviando os convertidos da igreja. Ele refere-se a eles como pessoas que estão pervertendo o evangelho (1:7b). Ele condena eles (1:9). Mais indiretamente, ele está bravo com os gálatas também com a rapidez com que deixaram Deus que os havia chamado (1:6b) - um acusação grave!

A causa disso tudo é que alguns mestres estavam ensinando aos gentios convertidos ao cristianismo, que eles eram obrigados a guardar os costumes culturais da lei mosaica- como regras alimentícias, circuncisão e o resto da lei cerimonial.  Para que assim, estes convertidos agradassem realmente a Deus. 

Os gálatas estavam seguindo um evangelho que não era o evangelho. A ansiedade e braveza que Paulo expressa é a mesma de um pai amoroso ou um amigo que se compadece. Mesmo suas fortes assertivas de sua autoridade são movidas pelo amor, não pela arrogância.

O APOSTOLADO.

Nos versos 1 e 2, Paulo diz que tem autoridade vinda diretamente de Deus. O termo apóstolo quer dizer enviado. Paulo diz que não foi enviado por homens ou por homem algum, mas ele foi enviado por Deus.  Seu ministério recebeu seu chamado de Deus.  Nenhum apóstolo o comissionou,  Ele foi enviado e ensinado diretamente por Jesus ressuscitado. 

"A minha vocação parece desprezível a vossos pregadores, mas todos aqueles que vieram até vós, seja quem for, foram enviados, ou da parte de homens ou através de algum homem.  Eles vieram por si mesmos, sem chamado, ou receberam seu chamado por outros. No entanto, meu chamado não é nem da parte de homens, nem por intermédio de homem algum. Ele é superior a todo chamado que pode acontecer depois dos apóstolos, porque foi feito por Jesus Cristo e Deus Pai"

Lutero, Comentário, p. 39


Segundo, nos versos 8 e 9, ele diz que foi enviado com uma mensagem divina em particular: o evangelho.  Ele está usando este ensino divino como padrão para julgar o que é ortodoxo e o que é heresia - Gl 1:9-. 

ESBOÇO DO EVANGELHO,

Paulo oferece um esboço do evangelho nos primeiros versos.

Primeiro, aprendemos que estamos perdidos e sem ajuda. É isto que a palavra  resgatar implica no verso 4. Outras religiões, vem para ensinar, não resgatar.  Claro que Jesus era um grande ensinador, mas quando Paulo fala do ministério de Jesus não menciona este aspecto. Uma pessoa comum acredita que um cristão é alguém que segue os ensinos de Jesus e o exemplo. Mas, Paulo nos mostra que isto é impossível.  Não resgatamos pessoas a menos que elas estejam numa condição de perdidos ou perecendo e sem poder se auto-ajudar. Eles estão se acabando e não podem recuperar. 

Segundo, vemos o que foi feito para nos resgatar. Jesus deu a si mesmo (vs. 4a), que foi substitucionário
What Jesus did: Jesus made a sacrifice (gave himself-v.4a) which was substitutionary in nature. The word for means “on behalf of” or “in place of.” (The NIV translation gets this across with the word “himself”--he gave himself for our sins-v.4a). The principle of substitution will be brought out later, but it is the reason why the gospel is so revolutionary. Christ’s death was not just a general sacrifice, but a substitutionary one. This means that he did not merely “buy us a second chance,” but that he did all we needed to do. If Jesus’ death really paid for our sins on our behalf, then we can never fall back into condemnation. Why? Because God would then be getting two payments for the same sin, which is unjust! Jesus did all we should have done, in our place, so when he becomes our Savior, we are absolutely free from penalty or condemnation.