sábado, janeiro 28, 2017

Evangelho e sua riqueza
Malaquias 3:8-10, 4:1-2



Esboço inicial
1. Porque o dinheiro exerce poder sobre nós
2. Como o dinheiro exerce poder sobre nós
3. Como podemos quebrar esse poder.

1. POR QUE O DINHEIRO EXERCE PODER SOBRE NÓS?

Os versos 8 e 9 tem uma pergunta: Será que um homem pode roubar a Deus? Mas você me roubou.

A palavra roubar aqui é rara, significa oprimir, pilhar ou saquear. Um país rico que tira vantagens sobre uma parte mais fraca. Parece incongruente que Deus use esta palavra aqui.

Deus diz que a falta de generosidade com o dinheiro, ele está falando da mesquinhez que é cósmica e que estamos inconscientes para ela.

1. 1Cr 28:29: Tudo vem de Deus, só lhe damos que já é seu.

2. Deus não desiste da propriedade dele quando ele dá a você: você se relaciona com seu dinheiro da mesma forma que um gerente financeiro se relaciona com seus clientes. Você é um corretor, um mordomo.  Se você é um gerente financeiro e vê seus fundos crescer, você fica animado, mas não fica confuso sobre de quem é o dinheiro, se você estiver, isto é crime, você será acusado de fraude.

3. Sabemos quais são os valores monetários de Deus. Deus criou o mundo para ser um lugar inter-relacionado, interdependente de shalom (paz). Ele quer que trabalhe sua riqueza em prol da comunidade.

4. Estamos cegos para isso. O dinheiro nos cega para o poder que tem sobre nós. O dinheiro é diferente de outras coisas. O materialismo e ganância é um pecado dos olhos, ele sempre busca cegar sobre sua presença.

5. As pessoas nunca vêm confessar seus pecados de ganância. Ninguém enxerga isto como um problema.

6. Em Lucas 11:42, a Bíblia dá uma diretriz para testarmos a nós mesmos.  A condenação de Jesus é por se recusarem ir além do dízimo.


COMO O DINHEIRO EXERCE PODER NÓS?

Traga o dízimo ao templo

O problema é que não damos em proporções bíblicas.

tesouro do templo

Todo templo  tinha um tesouro  e deste tesouro era apoiado o culto

Se o seu tesouro não está indo para o tesouro do templo, ele está indo para outro templo e você tem outro tesouro.

SEU TESOURO é onde você acha mais fácil para colocar seu dinheiro. É fácil colocar seu dinheiro em direção aquilo que é seu verdadeiro deus, não importa o que você diz que acredita


O dinheiro sempre vai mostrar o que você adora

Por algum dinheiro você serve  a um ídolo de aprovação, segurança  ou controle.


quinta-feira, janeiro 19, 2017

Gálatas 3:15-25: Evangelho e a Lei

EVANGELHO E A LEI

Gálatas 3:15-25



15 Irmãos, como homem falo. Se o testamento de um homem for confirmado, ninguém o anula nem lhe acrescenta alguma coisa. 16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo. 17 Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa. 18 Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão. 19 Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. 20 Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um. 21 Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. 22 Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. 23 Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. 24 De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados. 25 Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio.


Introdução
Não há uma questão mais prática que o relacionamento do cristão com a lei de Deus. O que escutamos são alegações radicais da salvação pela graça, nós imediatamente perguntamos as seguintes questões: se estamos livres da lei que significa que não devemos obedecer a lei de Deus? Porque então devo seguir vivendo a vida santa? O que é a natureza da minha obrigação com a lei de Deus? Paulo coloca esta questões importantes aqui.

A palavra grega nos versos 15 e 17 é traduzido como aliança, e está é a mesma palavra para os pactos do Antigo Testamento. Paulo aqui usa a ideia de vontade na lei greco-romana para ensinar o relacionamento de Deus com nós. Ele explica que a vontade não pode mudar uma vez que a morte acontece. O testamento vai acontecer independente do que eles fazem.

Versos 19b-20 são extremante crípticos. "Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.
20. Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um." Nenhum está certo sobre o que Paulo entendia e como isto se encaixa no argumento. Por sorte, a confiança do argumento de Paulo e  outros pontos de suporte são claro, então não é urgente que nós decodificamos estas sentenças para entender a ele. Alguns comentaristas pensam Paulo está dizendo que Deus falou a lei para o povo através de um mediador, Moisés, mas ele falou a promessa diretamente para Abraão. Contudo, isto não é de todo certo.

O verso 24 diz que a lei foi colocada para controlar a gente, que nós estamos sob sua supervisão. As palavras gregas aqui são mais específicas que a tradução pode transmitir. Paulo diz que a lei é o nosso tutor, um paidagogos. Nas casas dos dias de Paulo, o tutor ou guardião era usualmente um escravo que supervisiona as crianças para bem dos pais.



1. QUAL PRINCÍPIO É COLOCADO NO VERSO 18? COMPARE E CONTRASTE O QUE ISTO SIGNIFICA COM RECEBER  ALGO POR PROMESSA VERSUS RECEBER ALGO PELA LEI?


O princípio é que os conceitos de promessa e lei são mutualmente exclusivos. Se eu dou algo porque eu tenho prometido, não por causa da sua performance. Se eu dou algo porque você tem feito, não é por causa da promessa. Paulo é firme: ou vem algo da graça ou das obras, porque o doador da promessa ou recebedor da performance. Isto é um ou outro.

Isto toma alguma reflexão. Para uma promessa levar a um resultado, é necessário apenas acreditar, mas a lei traz resultado, isto significa obedecer. Por exemplo, se eu digo a você: Meu tio quer te encontrar e dar 10 milhões, a única forma de falhar em receber o dinheiro é deixar de acreditar na promessa. Mas, se por outro lado, eu digo, meu tio está deixando uma herança de 10 milhões, se você viver com ele e tomar conta dele, então, você deve cumprir a condição para ter o dinheiro.  Uma promessa doadora apenas se acreditar você recebe, mas na lei, você deve obedecer para receber.

2.  POR QUE A LEI DE MOISÉS NÃO É HÁBIL PARA SUBSTITUIR OU ADICIONAR ALGO ÀS PROMESSAS FEITAS PARA ABRAÃO? - Veja Genesis 15:9-18.


Paulo sabia que alguns poderiam ver que a lei de Moisés chegou depois das promessas de salvação de Deus para Abraão e concluir que: Ah! Isto muda as coisas! Se nós tomamos a benção de Abraão, nós devemos agora obedecer a lei de Moisés". Mas, Paulo demonstra que esta é uma falsa conclusão.

Ele coloca seu caso usando um exemplo da lei humana. Ele aponta que os contratos humanos são vinculativos e difíceis ou impossíveis de anular. Como ninguém pode colocar de lado ou adicionar a um contrato humano que foi devidamente estabelecido, assim também é o caso (Gl 3:15). A palavra que Paulo usa é Diatheke (pacto), uma palavra para uma vontade legal. Isto, é claro, é bom exemplo já que a vontade é devidamente e legalmente realizada, nós consideramos que isto vincula não importante as mudanças que aconteçam nas condições. Então, da mesma maneira são as promessas de Deus. Por exemplo, se uma mulher deixa para sua mais dinheiro para sua filha pobre do que sua filha rica, o documento legal vai gerar efeitos mesmo se a filha rica perder todo seu dinheiro no dia após a morte da mãe.  A vontade permanece a despeito das novas condições.
O exemplo da diatheke humana no verso 15, e o princípio do esse ou outro do verso 18 juntos fazem o caso de Paulo.  A lei não derruba a promessa (Gl 3:17). A lei de Moisés não pode transformar a promessa de Abraão em algo diferente do que é - uma promessa. Como pode o advento da lei mudar a natureza mesma da promessa de Deus para Abraão de que haveria uma intervenção sobrenatural, um salvador, que faria isto pela graça, mesmo se custasse a Deus muito? Este é um argumento poderoso. Se a lei de Moisés veio como um caminho de salvação, isto significa que Deus tinha mudado de plano. Significando que Deus tinha decidido que não precisa de um salvador, e Ele iria abençoar baseado no comportamento, não na promessa. Isto não pode ser.


Para resumir o argumento: se a lei de Moisés foi intencionada para ser um caminho para a salvação, então a promessa para Abraão não seria uma promessa real. Então, a lei de Moisés tem um propósito diferente.

4. QUAL É, ENTÃO, O PROPÓSITO DA LEI (Gl 3:19-22)?  O que significa prisioneiros do pecado?

"As pessoas tolas, mas sábias em seus próprios conceitos ir à conclusão: Se a lei não justifica, é bom para nada.Que tal? Porque o dinheiro não justifica, você diria que o dinheiro é bom para nada? Não justifica, você quer que eles sejam levados para fora? Porque a Lei não justifica que não se segue que a Lei é sem valor ". (Lutero)

 Paulo demonstra que a lei foi adicionada por causa das transgressões (3:19), até que Cristo venha. Ele explica esta ideia no verso 22, quando ele diz que a Escritura declara que todo mundo é um prisioneiro do pecado. O grego de Paulo é vívido que nossa tradução. Ele diz, literalmente, que a Escritura aprisiona todo mundo para o pecado. Ele provavelmente lembra sua própria experiência anterior a conversão- Rm 7:17ss). Ele tinha sido um fariseu satisfeito consigo mesmo, até que a lei contra cobiça e inveja foi contra ele. A lei fez ele ver e se sentir moralmente sem ajuda. Ele entendeu que não era apenas um pecador, mas um prisioneiro do pecado, sem poder ser livre ou curar a si mesmo.  Isto nos mostra o propósito da lei: mostra que não apenas estamos distantes da vontade de Deus, mas estamos completamente sob o poder do pecado.

A lei não veio para nos falar sobre salvação, mas sobre pecado - transgressão. A lei não foi enviada como um modo de salvação porque ela não pode dar vida (3:21b) Ironicamente, se nós pensamos que podemos ser justos pela lei, perdemos de vista o propósito da lei.

Em resumo, Paulo diz que a lei nos mostra o nosso pecado então aquilo que é prometido...para ser dado para aqueles que crêem (3:22b). Em outras palavras, a lei faz seu trabalho nos levando a reconhecer a nossa necessidade da salvação pela graça. A lei, então, não se opõe a promessa mas a suporta. De fato, a promessa apenas chega a nós por causa do trabalho da lei.

5. NOS VERSOS 23-25, COMO PAULO EXPLICA QUE A LEI LEVA A PESSOA DE CRISTO?



Paulo usa duas metáforas para caracteriza o modo que a lei trabalha na vida cristã. Primeiro, a lei é um guarda. Antes que a fé venha, somos tidos prisioneiros pela lei, que nos apriosa até que a fé seja revelada - 3:23-. As palavras gregas para mantido prisioneiros e presos significam ser protegidos por guardas militares. Segundo, Paulo diz que a lei é um tutor, paidagogos. A lei é colocada no controle para nos levar a Cristo -3:24. Nos lares dos dias de Paulo, o tutor ou guardião era usalmente um escravo que supervisionava as crianas para os pais. Veremos esta metáfora novamente no capítulo 4.

Em ambos os casos, o guarda e o tutor removem a liberdade. Nos dois, o relacionamento com a lei não é íntimo ou pessoal, mas é baseado em recompensas e punições. E neles somos tratados como crianças ou pior. Então, Paulo descreve que toda a religião que não está baseada no evangelho é caracterizada por:
a. um senso de aprisionamento.
b. um relacionamento não pessoal com o divino, motivado por um desejo por recompensa e medo de punição.
c. ansiedade sobre a posição com Deus.

A segunda metáfora, diferente da primeira, mostra o verdadeiro propósito da lei é instrutivo. Isto aponta para além de si, como um tutor que procura preparar as crinças para viver como adultos, como pessoas livres. a lei aponta para a vida:

a. não confinamento, mas de liberdade.
b. não impessoal, mas um relacionamento pessoal com Deus.
c. não imaturidade, mas maturidade de caráter.

Existem muitos lugares na Bíblia onde isto acontece, pede que amemos a Deus com toda a nossa alma e tenhamos a lei escrita em nossos corações. Isto busca nos mostrar a nossa necessidade da salvação pela graça - porque não conseguimos obedecer isto. Isto mesmo indica nossa carência de ir alem das recompensas e punições para uma motivação de gratidão e amor em relação a Deus como base para a nossa obediência. Entao, a lei continuamente enfatiza que precisamos de retidão, poder, amor de Deus além de nós mesmos e além da lei. Precisamos da salvação pela graça.

E a lei ainda deve ser autorizada a cumpir seu dever dado por Deus hoje. Uma das grandes falhas da igreja é a tendência de atenuar o pecado e julgamento...devemos nunca ignorar a lei e vir diretamente ao evangelho. Ao fazer isto, estamos contradizendo o plano de Deus na história bíblica. Nenhum homem pode apreciar o evangelho até que a lei tenha sido revelada primeiramente para ele. 
Muitos cristãos testificam que quando ficaram cientes de sua necessidade por Deus, eles passaram por um tempo de imaturidade em que se tornaram extremanente religiosos. Eles cumpriam rituais para tentar limpar suas vidas. .

E a lei ainda deve ser autorizada a cumprir seu dever de Deus hoje. Uma das grandes falhas da igreja contemporânea é a tendência ao pedal suave e ao julgamento ... Nós nunca devemos ignorar a lei e ir diretamente ao evangelho. Fazer isso é contradizer o plano de Deus na história bíblica ... Nenhum homem jamais apreciou o evangelho até que a lei o revelou primeiro a si mesmo. É somente contra a neblina de tinta do céu noturno que as estrelas começam a aparecer, e é somente contra o fundo escuro de pecado e julgamento que o evangelho brilha. "- John Stott, Gálatas, pp. 92-93.Nota: Muitos cristãos (embora não todos) testemunham que, quando se tornaram conscientes da necessidade de Deus, passaram por um período de imaturidade em que se tornaram extremamente religiosos. Eles diligentemente procuraram consertar seus caminhos e fazer deveres religiosos para "limpar suas vidas". Eles fizeram "entregar" lágrimas a Deus nos cultos. Eles "deram suas vidas a Jesus" e "perguntaram-lhe em seus corações". Mas muitas vezes eles estavam apenas resolvendo ser muito bons e muito religiosos, esperando que isso obtivesse o favor ea bênção de Deus. Nesta fase, eles tendem a ter muitos altos e baixos emocionais (como crianças), se sentindo bem quando fizeram um compromisso espiritual e desanimados quando não conseguiram manter uma promessa a Deus. Sentiram muita ansiedade. Eles eram, como diz Paulo aqui, como crianças sob um "tutor". Eles estavam a caminho de descobrir Deus no evangelho, mas eles ainda não estavam lá!

6. Se não estamos sob a "supervisão" da lei (v. 25), isso implica que podemos viver como quisermos? Imagine as características de uma relação com a lei baseada na salvação pela graça ao invés de uma baseada no medo e na salvação por desempenho?


Nossos esforços para agradar a Deus pela obediência a essa lei nos mostraram que devemos ir além da lei para um sistema de salvação. Assim aprendemos a lição que a lei procurou nos ensinar como tutor / guardião. Isso significa que não precisamos mais obedecê-lo? Não.Como vimos acima, a lei era o nosso "supervisor" até que encontramos Cristo, e era assim como um guardião sobre uma criança até que ele ou ela alcance a maturidade. Mas vamos extrair a analogia. É o projeto da criação de crianças que quando a criança cresce até a maturidade ele ou ela, em seguida, elimina todos os valores do pai ou tutor e vive de uma maneira totalmente diferente? Não. Se tudo correr bem, a criança adulta não será mais coagida em obediência como antes, mas agora internalizou os valores básicos e as vidas da mesma maneira porque ele ou ela quer.Portanto, Paulo está indicando que não temos mais nenhuma relação com os valores da lei de Deus, mas já não é um sistema de salvação. Já não força a obediência através da coerção e do medo. O evangelho significa que não mais obedecemos a lei por medo da rejeição e esperança de salvação por desempenho. Mas quando compreendemos a salvação por promessa, nossos corações estão cheios de gratidão e desejo de agradar e ser como nosso Salvador. A única maneira de fazer isso é através da obediência à lei. Mas uma vez que chegamos a ele com esta nova motivação, agora somos melhores em nossa obediência do que nunca.

Por quê?


A) Se pensarmos que a lei-obediência nos salvará, nos tornaremos emocionalmente incapazes de admitir como é exigente e exigente. Por exemplo, Jesus diz que ressentir ou desdenhar alguém é uma forma de assassinato em Mateus. 5: 21ss. Somente se você sabe que não pode cumpri-la completamente, e que Cristo fez isso por você, será capaz de admitir quão amplo e profundo é esse mandamento.B) Em segundo lugar, a alegria grata é um motivo que levará a muito mais resistência na obediência do que o cumprimento temível. A complacência temível faz da obediência um trabalho penoso que não pode levar adversidade. Em suma, o evangelho nos permite honrar verdadeiramente a lei de uma forma que as pessoas legalistas não podem. Sem o evangelho, podemos obedecer à lei, mas odiaremos. Vamos usá-lo, mas não vamos realmente amá-lo. Em Gálatas 2: 17-20 (ver comentários, Semana 2), Paulo diz agora que "vivemos para Deus". Em outras palavras, nós não obedecemos mais a Deus por nós, usando o sistema de salvação da lei para obter Coisas de Deus. Em vez disso, nós agora obedecemos a Deus por causa dele, usando o conteúdo da lei para agradar e deleitar nosso Pai. Há muito mais sobre esta motivação em Gálatas 5: 1ff (Semana 19).Lei e graça trabalham juntos na salvação cristã. Muitas pessoas querem um senso de alegria e aceitação, mas não admitem a seriedade de seu pecado. Eles não vão ouvir a análise da lei e dolorosa análise de suas vidas e corações. Mas, a menos que vejamos quão indefesos e profundamente pecaminosos somos, a mensagem de salvação não será estimulante e libertadora. A menos que saibamos o quão grande é nossa dívida, não podemos ter idéia de quão grande foi o pagamento de Cristo. Se não pensarmos que somos todos tão maus, a idéia de graça não nos mudará.





segunda-feira, janeiro 09, 2017

O Evangelho e a Fé

 Os primeiros dois capítulos de Gálatas tem sido chamados de defesa pessoal de Paulo. Eles consistem principalmente em citações de sua história pessoal e da história da igreja primitiva que são dados para provar que o evangelho que ele prega é uma revelação direta de Deus, não derivada de sua própria sabedoria ou do ensinamento de outras pessoas. Agora, nos capítulos 3 e 4, nós temos a defesa teológica de Paulo do evangelho. Aqui, ele claramente expõe o conteúdo essencial da mensagem do evangelho em si e defende ela com vários argumentos.

Em Gálatas 2:15-21, Paulo mostra que somos salvos quando deixamos de confiar em nossos esforços morais ou na lei ( nós morremos para ela) e confiamos na obra de Cristo, que cria uma nova motivação para tudo que façamos (vivemos para Deus). Agora, em 3:1-5 segue com uma reivindicação digna de nota. Não somos apenas salvos por causa do evangelho, mas também crescemos através do evangelho. Paulo está dizendo que não começamos pela fé e, então, crescemos através de nossas obras. Que não somos apenas justificados pela fé em Cristo, mas também somos santificados pela fé em Cristo. O evangelho é suficiente não apenas para nos levar para o reino mas também nos avançar através do Reino de Deus.

Paulo começa ao colocar suas teses básicas em 3:1-5, de que tanto a aceitação de Deus como o crescimento neste relacionamento é baseado na graça de Deus, não em nossa prática ou capacidade, então:

􀂃 3:6-14 há um argumento para isto a partir das Escrituras, mostrando como a história inteira da revelação de Deus para seu povo tem sido simplesmente um desdobramento desta mensagem.

􀂃 3:15-25 há um argumento a partir do exemplo de um testamento. Isto leva  a uma discussão a respeito do papel da lei de Deus.

􀂃 3:26-4:20 há uma argumentação a partir de um segundo exemplo, que é a adoção adulta. Isto leva a discussão dos privilégios de fazer parte da família de Deus.

􀂃 4:21-31  há  um argumento a partir da vida de Abraão e seus dois filhos. Este argumento clímax que reúne muitos tópicos que tinham sido discutidos nos dois capítulos.

Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?
Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram?
Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?
Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil!
Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês, realiza essas coisas pela prática da lei ou pela fé com a qual receberam a palavra?
Gálatas 3:1-5

Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?
Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram?
Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?
Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil!
Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês, realiza essas coisas pela prática da lei ou pela fé com a qual receberam a palavra?
Gálatas 3:1-5

Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?
Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram?
Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?
Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil!
Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês, realiza essas coisas pela prática da lei ou pela fé com a qual receberam a palavra?
Gálatas 3:1-5
1. O que podemos aprender de 3:1-3 sobre como os gálatas vieram para Cristo do paganismo? O que foi apresentado para eles? Como eles responderam? Qual foi o resultado?
O que foi apresentado para eles

Primeiro, os gálatas tinham Jesus claramente retratado como crucificado. O que esta frase nos diz? Paulo está se referindo a sua própria pregação do evangelho (ou de alguém), porque ele repetidamente se refere aquilo que vocês ouviram (vs 2,5). Ele não está se referindo à uma visão literal. O que então esta metáfora implica?

a. Há uma mensagem comunicada - "Jesus Cristo como o crucificado". Note que a essência desta mensagem não é como viver, mas o que Jesus fez para nós através da cruz. O evangelho é um anúncio de eventos históricos antes de ser instrução sobre como viver. É primeiro a proclamação do que foi feio para nós antes de a direção que devemos tomar.

b. Mas também, está mensagem  agarrou o coração. Jesus foi claramente retratado. A NVI traduz a palavra grega claramente que também significa graficamente ou vividamente. Isto provavelmente é a referência para o poder da pregação. Não foi seca ou uma leitura somente. Não anunciou simplesmente princípios, mas pintou um quadro de Cristo dando aos ouvintes uma visão arrebatadora do que Cristo fez por nós (1Ts 1:4-5: "sabemos que ele nos escolheu, porque o nosso evangelho não chegou a vocês tão somente em palavras, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção"). Um cristão não é apenas alguém que sabe sobre Jesus, mas alguém viu ele na cruz. Nossos corações são movidos quando vemos não apenas que ele morreu por todos, mas que ele morreu por nós. Quando este conhecimento se torna afetivo e transforma a nossa vida, nós somos cristãos. Vemos o significado de seu trabalho por nós. E apenas podemos ser salvos por uma apresentação que mova o coração e racionalmente clara da obra de Cristo em nosso favor. 

COMO ELES RESPONDERAM  (3:2-3)

Os gálatas acreditavam no que eles ouviram. O que esta fé salvadora implica? No versículo 2, acreditavam é constrastado com a observância da lei. No versículo 3, numa sentença paralela, vemos um termo análogo, alcançando através do esforço humano. Então, acreditar no evangelho não é meramente assentir as asserções sobre Cristo (ele morreu, ele ressuscitou) mas parar de tentar conquistar a salvação pela observância da lei. A palavra que Paulo usa para alcançar o objetivo no versículo 3 é epi-teleo, conclusão. Ele está descrevendo o nosso curso normal de vida. Todos nós estamos nos esforçando para completar a nós mesmos, para nos fazer aceitos por Deus, por nós mesmos e pelos outros e,assim, confiamos que nossos esforços para conquistar através da moral, da vocação e relações. Mas, Paulo está dizendo que acreditar no evangelho (o que vocês ouviram) é abandonar esta forma de se abordar a vida, para nós mesmos e para com Deus. Acreditamos ao invés de observarmos a lei ou tentamos conquistar a conclusão. Então, antes de nós tornarmos cristãos, confiamos em vários projetos de esforço pessoal para nos fazer sentirmos completos. Mas, acreditar em Cristo é começar uma revolução no que acreditamos para o nosso senso de epi-teleo, conclusão ou perfeição.

 Este é um lembrete de um verso de um hino famoso:


LAY YOUR DEADLY “DOING” DOWN--
DOWN AT JESUS’ FEET.
STAND IN HIM, IN HIM ALONE--
GLORIOUSLY COMPLETE.

QUAL É O RESULTADO? 

Finalmente, vemos que o resultado de acreditar no retrato vívido do evangelho de Cristo foi que os gálatas receberam o Espírito (vs.2). O Espírito Santo entra na vida através da crença na salvação pela graça apenas através de Cristo unicamente. Paulo diz: "vocês receberam o Espírito por crer". Isto mostra que o novo nascimento que Paulo está descrevendo é diretamente e inextricavelmente conectado em crer no evangelho. Isto é por quê Jesus pode dizer que nos foi dado o novo nascimento através do Espírito (Jo 3:5), ainda Tiago (1:18) e Pedro (1Pe 1:23) pode dizer que nos é dado através da Palavra de Deus. Eles estão ligados de maneira indivisível. O Espírito não trabalha fora do evangelho. Em Romanos 1:16, Paulo diz que o evangelho não traz o poder de Deus, mas é o poder de Deus. Então, o evangelho é como o poder de Deus vem para nós. É o canal e a forma do poder do Espírito.

Em resumo: Quando o coração recebe a verdade, começamos a nossa nova vida espiritual. Não somos convertidos pela em Deus em geral ou por uma experiência de uma forma vaga ou subscrevendo para verdade doutrinária em geral. Somos convertidos, ou renascidos espiritualmente, quando:
a. ouvimos a palavra de Deus exposta para nós, então
b. transferimos a nossa confiança das nossas obras para as obras de Cristo,e 
c. recebemos o Espírito Santo e somos regenerados de dentro para fora.

2. O QUE PODEMOS APRENDER Gl 3:3-5 SOBRE COMO OS GÁLATAS CRESCEM ESPIRITUALMENTE, E AGORA QUE SÃO CRISTÃOS? COMO OS GÁLATAS CRESCEM?

Nos versículos 1 e 2, Paulo lembra-lhes que o Espírito entrou em suas vidas através da vívida representação da obra de Cristo e pelo abandono da auto-confiança dos esforços para completar a si mesmos e se fazerem aceitáveis. Então, no versículo 3, ele chega a sua questão com eles e os falsos ensinadores. Ele diz que o modo como o Espírito entra em sua vida deve ser o mesmo modo como o Espírito avança em sua vida. Ele diz isto duas vezes, fortemente.

Primeiro, no verso 3, ele pergunta: "Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?". A palavra grega usada no versículo 3 é sarki ou carne. Já que este termo é paralelo para observar a lei no versículo 2, o tradutores da NVI corretamente conluíram isto pela carne significa falhar em lembrar/acreditar (tempo presente) no evangelho com a confiança do Espírito, agora vocês estão tentando crescer através de alguma outra dinâmica? Isto não pode. Como Dick Kaufmann gosta de dizer: "cristãos acreditam que são salvos pelo evangelho, mas então crescem pela aplicação de princípios bíblicos para cada área da vida. Mas, não somos apenas salvos pelo evangelho, crescemos em aplicar o evangelho a cada área da vida".

Então no versículo 5, Paulo é ainda mais forte. Ele move para o tempo presente e diz que agora, as obras do Espírito, mesmo os milagres, acontecem por que acreditam (não, porque acreditavam) e porque não mais observam a lei. Isto não significa, é claro, que cristãos não obedecem a lei (Gl 2:1-18). Isto deve significar que as obras do Espírito apenas se/porque os cristãos não estão confiando nas obras/perfomance, e estão conscientemente e continuamente descansando somente em Cristo para sua aceitação e completude. Paulo liga o Espírito e o evangelho num modo inseparável. Quando ele diz que o evangelho é o poder de Deus - Rm 1:17- e aqui diz que o Espírito trabalha apenas se você acredita no evangelho, ele está dizendo que poder de Deus operar em e através de nós apenas quando o evangelho é aplicado e usado.

Veremos que como nós progredimos através de Gálatas, que a nossa falha em obedecer e nos moldar ao caráter de Cristo não é apenas uma questão de simples obstinação e que não podemos tratar nossas falhar simplesmente tentando mais forte. Na raiz de toda a nossa desobediência são modos particulares pelos quais continuamos a procurar controle de nossas vidas através de sistemas de justiça pelas obras. O caminho para progredir como cristão é o arrependimento continuo e arrancar estes sistemas do mesmo modo como nos tornamos cristãos, ou seja, pela representação vívida (e re-representação) da obra salvadora de Cristo por nós, e o abandono dos esforços de auto-confiança para completar a nós mesmos. Devemos voltar atrás de novo e de novo para o evangelho do Cristo crucificado, para que os nossos corações   estejam mais profundamente dominados pela realidade do que ele fez por nós e do que somos nele.

Paulo está alertando os cristãos gálatas que é fácil cair de volta na justiça pelas obras como tentamos vencer o pecado e viver  vida cristã. Como devemos lidar com pecado através da crença no evangelho ao invés de apenas achar que é uma realização humana.
Por exemplo, não deveríamos simplesmente dizer: Senhor, eu tenho um problema com raiva. Por favor, remova isto pelo seu poder. Dê me poder para perdoar. Ao invés disso, devemos aplicar o evangelho para nós mesmo neste ponto. Usando o paradigma de Paulo, a amargura descontrolada - e falta de poder espiritual- deve estar vindo da carne. Isto significa que começamos com Jesus como Salvador, mas algo agora está se tornando o nosso salvador funcional ao invés de Jesus. Em vez de acreditar que Cristo é nossa esperança e bondade, estamos olhando para outra coisa como a nossa esperança, outro meio para nos sentirmos bem e completo.

Então, ao invés de apenas esperar que a vontade de Deus remova a nossa raiva ou simplesmente tentar exercer o poder da vontade contra isto, devemos perguntar: "se eu estou tão raivoso e incompassivo, o que eu acho que preciso tanto?  O que está sendo retido que eu eu sinto que preciso pra me sentir completo, para ter esperança, para me sentir como uma pessoa de valor?".  Normalmente,a raiva profunda é por causa de algo assim.  Observe como uma pessoa de conforto ou de aprovação deve ter coisas diferentes que sente que precisa para ter significado.  Isto são salvadores funcionais. Quando eles são bloqueados, ficamos amargos. Mas, a resposta para a amargura não é simplesmente tentar mais forte para controlar a raiva. Ao invés, precisamos arrepender de nossa justiça própria e da falta de alegria na obra consumada de Cristo que está na raiz da raiva. Lembrando que o evangelho é o poder de Deus, os milagres do Espírito são função de regozijo e repouso e o trabalhar do evangelho.


Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.
Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.
Gálatas 3:6-14
O que significa que a fé de Abraão foi creditada? Em qual base Deus credita retidão para Abraão?
 A palavra grega que Paulo usa é elogisthan, da palavra logos, falar. Isto significa ser declarado reto ou tido como reto. É normalmente um termo contábil que significa que o dinheiro foi recebido ou creditado o pagamento para algum fim. Em geral, o termo creditado significa a mesma coisa- dar um status em algo que não tinha antes. 
O que significa que a fé de Abraão foi creditada a ele como justiça? É senso comum pensar que a fé na palavra de Deus e na promessa resulta em retidão. Se acreditamos que Deus existe, e louvamos a Ele com obediência e a nossa vida, e que ele é digno de louvor, etc, então fluirá um viver reto. Mas aqui temos algo único , surpreendente e contra-intuitivo. Aqui nós vemos a fé contada como retidão. Quando a Biblia fala que Deus credita a fé de Abraão como retidão, ele está dizendo que Deus está tratando Abraão como se ele vivesse uma vida reta.


Para ter certeza, a fé quando questões genuínas em ações justas, mas isso não é o que o texto diz: fé conta para (em vez de) justiça. Portanto, é natural e correto que os escritores do NT se refiram a este texto ao descrever como a salvação está disponível em Cristo. "(G.Wenham Gênesis 1-15, p.335)

Através dos anos, muitos comentaristas tem resistido as implicações significativas de Genesis 15:6.  Muitos tem dito que que a fé de Abraão é em si mesma uma forma de retidão que agrada a Deus. Nesta interpretação, a fé dele é um ato de obediência que garante o favor de Deus. É um tipo de retidão. Mas o texto não diz que sua fé era reta, ao invés disso, diz que ela foi contada como se fosse reta.




"Se nós  comparamos com outros versículos em que a mesma construção gramática é usada como em Gn 15:6, chegamos a conclusão que o (creditar) da fé de Abraão como retidão significa que se credita a ele uma retidão que não pertence inerentemente a Ele (D. Moo, The Epistle to the Romans, p. 262)


Paulo deixa explícito que quando Deus credita retidão, ele está conferindo uma posição legal ou um status. Ter retidão creditada para as pessoas significa que somos tratados legalmente como se fossemos de verdade retos e livres de condenação mesmo se na verdade nós ainda somos impuros em nosso coração e comportamento. Isto vai contra a religião tradicional, que diz que devemos viver de maneira reta e assim agradável e aceitável a Deus ou estamos vivendo de maneira impura e alienada de Deus.  Mas aqui diz que é possível nós sermos amados e aceitos por Deus mesmo que somos pecadores e imperfeitos. A famosa frase de Lutero que os cristãos são simul justus et peccator - simultaneamente retos e pecadores.

Paulo faz um declaração poderosa em Romanos 4:5, quando ele diz que Deus quem justifica o ímpio.  A palavra traduzida por ímpio na NVI é a palavra asebas que significa literalmente aquele que recusa adorar. Aqui é a declaração mais robusta possível que o momento que a pessoa recebe a retidão creditada (justifica) ela ou ele é ainda ímpio! O status justificado não é dado para eles por causa que eles colocaram seus corações num certo nível de submissão e adoração. Você não pode limpar sua vida para merecer a retidão creditada. Então, isto não seria creditado. Ao invés, você recebe isto mesmo enquanto você é um pecador.


5. COMO A FÉ SALVADORA DE ABRAÃO É UM MODELO PARA NÓS?

Primeiro, ele mostra para nós que a fé salvadora é acredita na promessa do evangelho. Ele acreditou em Deus, e isto foi creditado para ele como justiça (vs.6). Atente que isto não diz que Abraão acreditou em Deus somente. Crer em Deus não é fé salvadora (Tg 2:19- diz que os demônios acreditam). Ao invés, ele teve que acreditar no que Deus disse em sua promessa de salvação. A fé salvadora é diferente que a fé geral na existência de Deus ou mesmos nas doutrinas ou nos ensinos da Bíblia em geral.

Segundo, ele mostra que a fé salvadora é fé na promessa de Deus, não em nosso comportamento. Abraão não sabia muito sobre como Deus iria providenciar a salvação par ao mundo. Mas, de duas formas bem claras, Deus mostrou que esta salvação não teria nada a ver com a capacidade de Abraão, mas com a ação de Deus mesmo. Primeiro, Deus mostrou que o nascimento do filho de Abraão seria um milagre, Deus iriam entrar na história e fazer um ato poderoso que não dependeria de qualquer habilidade humana.  Segundo, pelo misterioso juramento por entre os animais. Deus mostra que ele vai conquistar a salvação mesmo se isso significar sua própria morte! Ele não faz Abraão tomar o juramento ou passar por entre os pedaços que seria o costumeiro. Esta é a mais forte declaração possível que a promessa de salvação é totalmente dependente de Deus, não de Abraão. Abraão sabia que ele nunca poderia conquistar isto: ele não tinha habilidade física para produzir uma criança. Ele não tinha a capacidade moral para produzir fidelidade em sua vida. Ele teve que acreditar na promessa completamente. E ele creu.

6. COMO A EXPERIÊNCIA DA FÉ NO EVANGELHO CONSTRASTA COM A PESSOA QUE BUSCA MERECER  A ACEITAÇÃO DE DEUS ? (vs. 10-12)

Paulo fala sobre dois tipos de pessoas nestes versículos. Primeiro, primeiro aqueles que estão vivendo pela fé. Segundo, aqui há aqueles que se fixam na observância da lei (vs.10). Eles vivem por ela (vs.12). Viver por algo significa confiar nele para a nossa felicidade e plenitude. Tudo que vivemos é essencialmente a linha base da nossas vidas, o que nos dá significado, confiança e definição. É muito esclarecedor perguntar: Pelo que eu vivo? Em que minha vida está baseada? O que, se eu perder, eu me sentiria como se não restasse mais vida? Estas questões estão na base da fundação de nossa vida.

O resultado deste tipo de vida é a vida debaixo da maldição (vs.10). Este é um argumento profundamente teológico e psicológico. Teologicamente, qualquer um que diz, que pode ser salvo pela obediência da lei deve estar preparado para olhar para o que a lei comanda. Para amar a Deus por completo, você deve cumprir toda a lei e isto não pode ser feito. Então, Paulo está dizendo que aos que tentam se auto-justificar: vocês realmente olharam para toda a lei? Você viram realmente o que ela requer? Como você vai satisfazer isto se você usa isto como um meio de salvação? Este é um insight profundamente psicológico para dizer que todo mundo que  está tentando ser salvo pela performance estará debaixo de uma maldição (vs.10, um senso de condenação.  No últimpo onto, salvação através das obras leva a uma profunda ansiedade e insegurança, por que você nunca pode estar seguro que você está vivendo de acordo com seus padrões suficientemente, seja o que for. Isto faz você sensível às críticas, invejoso e intimidado por outros que sobrepõem a você. Isto o faz nervoso e tímido (por causa que você não está certo de onde você está)

7. SE O VS. 10 É VERDADEIRO, COMO DEUS PODE CREDITAR A NÓS UMA JUSTIÇA E NÃO SER INJUSTO (VS.13-14)? O QUE SIGNIFCA QUE JESUS NÃO APENAS TOMOU A NOSSA MALDIÇÃO MAS SE TORNOU MALDIÇÃO POR NÓS?

Paulo cita Dt 27:26 em Gl 3:10, que ensina que a todos é requerido guardar toda a lei se quisermos evitar a condenação. Como, então, podemos escapar da maldição dos versos 10 e 13 e desfrutar das bênçãos do verso 3:14? Claro, isto tudo é por causa do que Jesus fez. Mas o que exatamente Jesus fez por nós? Paulo coloca isto aqui, com clareza cristalina ainda assim profundo mistério: Jesus se tornou maldição por nós. Paulo cita Dt 21:23 que diz, maldição é todo que for pendurado num madeiro. Quando uma pessoa era executada no Antigo Testamento, geralmente era por apedrejamento. Então o corpo era pendurado numa arvore como um símbolo da rejeição divina.  Não era que o homem era considerado amaldiçoado porque ele foi pendurado, mas, que ele foi pendurado como sinal de sua maldição. Paulo faz uma conexão com Cristo, cuja execução foi numa cruz de madeira para mostrar que ele experimentou a maldição da rejeição divina. Aqui ele nos redime da maldição tomando ela sobre si para nós. A palavra para significa em nosso lugar. Em outra palavra, ele é o nosso substituto. Ele recebeu a maldição que nós merecíamos (3:13) e assim podemos ser abençoados como ele merece (3:14). Esta é dupla imputação. Nossos pecados e maldição são imputados nele, e sua retidão e benção são imputadas para nós.

A ideia de imputação é ressaltada pelo termo curioso "se tornou maldição". Devemos enxergar que ele se tornou maldição, que é mesma linguagem forte de tomando a maldição. E como ele se tornou maldição?

Este versículo é paralelo a 2Co 5:21.  Significa que Jesus foi tratado legalmente como se ele fosse um pecador, ele foi tratado como um ímpio.




segunda-feira, janeiro 02, 2017

Gálatas 2:11-21: Vivendo conforme o Evangelho

Vivendo conforme o Evangelho


Gl. 2:11-21

MODOS À MESA.

Pedro estava comendo com os gentios, mas foi se afastando e se separando deles. 

"O Antigo Testamento instituiu as leis da purificação- uma complicada série de regulamentos a serem seguidos pelos adoradores a fim de estarem cerimonialmente limpos e aceitáveis para se apresentarem a Deus na adoração. As pessoas não podiam se aproximar de Deus se tivessem ingerido determinados alimentos impuros, tocado coisas mortas, contraído uma enfermidade ou tocado em alguém enfermo, e assim por diante (Lv 11;15;20). Essa lei cerimonial era um método de ensino pelo qual o Deus santo mostrava que as pessoas pecadoras não podem entrar em sua presença sem se purificarem. Apesar de Jesus explicar que, com sua chegada, o tempo dessas leis havia passado (Mc 7:14-23), foi preciso Deus enviar a Pedro uma visão para lhe mostrar que lei cerimonial terminara" (KELLER, p. 54)

Pedro se afasta dos gentios, culpado de hipocrisia (2:13)
Até o ponto em que Barnabé, companheiro de viagem de Tito, o incircunciso, se deixa levar por ele - 2:13

O que causou essa hipocrisia? O medo.


ANDAR NA LINHA

Paulo percebe que há algo mais profundo acontecendo, diz que Pedro não agia conforme a verdade do evangelho (2:14). O que isto significa?

1o. O EVANGELHO É UMA VERDADE: o fato de que somos fracos e pecadores, de que buscamos controlar nossa vida sendo nossos próprios salvadores e senhores, de que a lei de Deus foi cumprida por Cristo em nosso favor, de que agora somos plenamente aceitos.

2o. EVANGELHO TEM CONSEQUÊNCIAS: é nossa função colocar tudo que faz parte de nossa vida em conformidade com a direção, com o sentido para o qual o evangelho nos impulsiona. 

"A vida cristã é um contínuo processo de realinhamento, de colocar tudo em conformidade com a verdade do evangelho" (KELLER, p. 56)

O ERRO DE PEDRO

O erro de Pedro foi nacionalismo, que é uma forma de legalismo. O legalismo busca algo além de Jesus a fim de se apresentar aceitável e puro diante de Deus. 

Não conseguimos enxergar que apenas somos diferentes, acreditamos que nosso estilo e costumes são melhores espiritualmente. Isso conduz a todo tipo de divisão no corpo de Cristo.

RESPOSTA DE PAULO

Paulo enxerga o princípio por trás da mudança da prática alimentar de Pedro. 

"O raciocínio básico de Paulo é: Deus não estabeleceu comunhão com você com base em sua etnia e cultura (2:15). Por melhor e mais devoto que você fosse, sua etnia e seus costumes não tiveram nada a ver com isso (2:16). Então, você acha que pode ter comunhão com base base em etnia e cultura (2:14)?" (KELLER, p. 58)

Paulo mostra as raízes do racismo. O racismo é a continuidade da justificação pelas obras em parte da nossa vida, ele nasce do desejo de encontrarmos um modo de sentir que somos melhores ou justos de alguma forma. Equivale a esquecer que somos salvos apenas pela graça. 

Paulo não diz que Pedro está infringindo as regras somente, mas mostra como ele se esqueceu do evangelho, esquecendo-se como foi graciosamente recebido por Cristo.

JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

"As palavras, na verdade, são fáceis, mas, na tentação, é dificílimo estabelecer corretamente no coração que, apenas, por graça temos remissão dos pecados e paz com Deus com a exclusão de todos os outros meios que existem no céu e na terra"
( Lutero, Prefácio,p. 48)


Se até Pedro precisou aprender, quanto mais nós.

a. Não pela observância da lei: se somos justificados pela fé no que Cristo fez, não somos justificados pelo que fazemos. A observância da lei não é o que nos salva (2:16)

b. "Pela lei, morri para a lei": significa que Paulo morreu para a lei como meio de salvação. Morreu para a condenação da lei. Se não somos justificados pela lei, mas por Cristo (2:16), então a lei não pode nos condenar. 

c. viver para Deus: Paulo nunca viveu para Deus de verdade. Fora muito correto e bom, mas tudo para si próprio, não para Deus.  Agora, justificado e aceito, ele tem uma nova motivação para a obediência, que é muito mais sadia e poderosa.

Agora, ao viver minha vida, ao fazer minhas escolhas e meu trabalho, lembro o tempo todo de quem sou pela fé em Cristo, que tanto me amou!


"Cristo fará ou tudo ou nada por você. Não há como combinar mérito e graça. Se a justificação for de algum modo pela lei, a morte de Cristo não faz sentido nem na história, nem para você pessoalmente" (KELLER, p. 66)