sábado, junho 30, 2012

Quando vemos Jesus em nossa vida?




MATEUS 25.34-40:   Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;  porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber?  E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?  E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes. Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos? Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna


Quando vemos Jesus em nossas vidas?

Os versos 37 ao 39 deste capítulo do Evangelho de São Mateus tem no fundo a mesma pergunta, Senhor quando foi que te vimos? Essa é uma pergunta que muitos hoje já têm, nosso "eu" e sua grande importância e o mundo parecem nos cegar da presença de Jesus em nosso dia a dia.

Existem três momentos em que vemos Jesus em nossa vida, queria falar sobre eles.

A primeira vez que vemos Jesus é quando Ele vem em nossa direção, nos buscar e resgatar de todo pecado e mesquinhez que é a nossa vida. A Bíblia tem uma história de alguém que se encontrou com Jesus pela primeira vez, o jovem rico, ele tinha acumulado muita coisa na vida, muita sabedoria e bens, mas faltava-lhe alguma coisa para herdar a vida eterna.

Faltava conhecer Jesus e seu caminho, Jesus lhe faz um convite para entrar no seu reino, largando tudo que tinha conquistado e segui-lo. Porque aquilo tudo não o tinha levado a lugar nenhum no reino de Deus.

Tudo que fazemos, tudo que conquistamos, tudo que somos não resolveu a nossa vida, não trouxe paz, alegria e satisfação. Está faltando alguma coisa. O essencial a presença de Jesus Cristo em nossa vida.

Aquele estudioso da lei não queria comprometer sua vida com Jesus, pois ele achava que o tinha não perder. Mas, o convite básico que Jesus faz a cada um de nós é o de comprometermos tudo que temos, de por a perder tudo que temos e que somos pois achamos um tesouro maior que tudo que podemos possuir.

O segundo encontro é quando na vida cristã começamos a viver a vida dEle, começamos a nos tornar como Ele. Em momentos que ajudamos aos outros, estendemos a mão, fazemos coisas que nunca jamais poderíamos sonhar em fazer, no jargão de hoje em dia, somos usados por Ele. Damos frutos espirituais, ao invés, de vivermos da carne. Neste instante, vemos a presença de Jesus em nosso coração, em nossa mente e em nossos atos. 

Estamos sendo construídos pelo Espírito Santo na imagem dEle, pois a presença do Espírito louva a Jesus, então, nossa vida começa a ser vivida nEle pois ele é quem dá significado a cada pensamento, cada emoção e cada ato. 

Os teólogos chamam isto de santificação, é quando a presença e alegria de Jesus passa a contagiar a nossa vida e vive-la.  Vemos Jesus em cada momento nosso, e assim, começamos a desfrutar e compartilhar a cada momento daquilo que Ele tem realizado em nossa vida.

O terceiro momento é quando vemos Jesus no outro que está sendo ajudado. Como é isto?  Jesus mesmo sendo Deus e sendo rico de todas as coisas se esvaziou para salvar a cada um de nós. Viveu a nossa condição de pobreza e se identificou com cada um dos necessitados e  excluídos deste mundo.

Quando estendemos a mão para além da nossa ganância e avareza para ajudar aqueles que não tem quem os socorra, podemos enxergar a própria pessoa de Jesus na vida deste que pede ajuda. 

O texto de Mateus coloca Jesus não na pessoa que ajuda, mas naquela que é ajudada. Pois se a generosidade é uma característica divina, o sofrimento também o é, pois o próprio Senhor aprendeu no sofrimento (Hb 5:8).  

Quando Jesus veio ao nosso mundo tomou sobre todas as nossas dores, o sofrimento é o aspecto comum da alienação que a morte e o pecado produziram no ser humano. Jesus trouxe para si todo este nosso fardo, não há sofrimento humano que ele não tenha padecido, por isto, Ele se coloca como um dos nossos necessitados e excluídos, pois Ele mais do que qualquer um de nós sabe o que é não ter nada e depender da graça de Deus e do outro. Ele conhece a pobreza e se faz um com aqueles que a sofrem.

Por isto, quando estendemos a mão para ajudar somos ajudados por Jesus porque vemos no que precisa a real condição de nossa vida: pobre, cego e nu.  Vemos Jesus em todo seu amor por nós que por causa de cada um de nós se fez pobre, cego e nu.




2 comentários:

Joezer barros disse...

Olá Allen. Gostaria que me ajudasse com algumas dúvidas. Não é algo sobre esse post. Na verdade é com relação ao Autor Sidney Greidanus. Vi que você postou uma série de artigos relacionado ao autor sobre a pregação cristocêntrica. Pois bem, já li alguns artigos que tem como base os livros dele e gostei bastante, sobretudo o esforço de se pregar Cristo a partir do Antigo testamento.Por ter gostado muito do autor fui atrás de sua orientação teológica e vi que era reformada, até onde pude saber conservadora(com relação a inerrância e infalibilidade das Escrituras). Sendo assim resolvi comprar um livro dele: " O pregador contemporâneo e o texto antigo". Os livros da cultura cristã são normalmente de orientação reformada, sendo assim já dei como uma literatura confiável. Ao começar estudar o livro tudo estava indo bem até chegar no capítulo 2 quando ele trata do método Histórico- crítico. Ele faz leves críticas a esse método, mas não refuta-o de todo, aliás ele parece não muito convincente quanto a sua posição em relação ao método, que ao meu ver destrói a integridade e inspiração das Escrituras.Ele propõe um outro método que ele chama de: "método histórico - crítico Integral", em oposição ao "método- histórico crítico naturalista"( até então só o conhecia de uma forma geral como "método histórico crítico"). A dúvida que eu tenho é com relação ao método de interpretação.Achei estranho o termo "histórico - crítico Integral", você saberia me dizer se o autor tem tendencias de interpretações liberais? Esse método "histórico crítico integral" tem o mesmo princípio do método "gramático- histórico"? Se puder me ajudar...

Desde já agradeço.

Joezer Barros.

allen vaz disse...

Olá,

obrigado pelo comentário..

Senão,vejamos.. O Greidanus não é liberal, o que ele busca evitar ao meu entender é uma alegorização da Escritura, ele busca mais uma interpretação restrita ao texto. Tanto é assim, que ele enfatiza muito a pregação expositiva.

Quanto ao método, fui pesquisar e dei de cara com este excelente artigo : http://www.walkingtogetherministries.org/FullView/tabid/64/ArticleID/33/CBModuleId/401/Default.aspx

Em português, há outro excelente livro sobre pregação da Cultura Cristã - Pregação Cristocêntrica do Bryan Chappell.

Em inglês, vale ler o que diz Edmond Clowney e Timothy Keller.

espero q tenha sido útil.