quarta-feira, outubro 03, 2007

O Pastor Contemplativo














Ao dirigir a igreja, uso linguagem descritiva e motivacional. Quero que as pessoas sejam informadas para que não haja mal-entendidos. Pretendo também que as pessoas sejam motivadas para que os objetivos venham a ser alcançados. Mas, na cura de almas tenho interesse muito maior em saber quem são as pessoas e quem elas estão se tornando em Cristo, do que naquilo que sabem ou fazem. Neste aspecto, percebo que nem a linguagem descritiva nem a motivacional é de grande ajuda.
(p.. 74)

A cura das almas é uma decisão de trabalhar no âmago das coisas, onde somos mais nos mesmos e onde nossos relacionamentos em fé e intimidade são desenvolvidos. A linguagem principal deve ser, portanto, para e com, a linguagem pessoal do amor e da oração. (p. 75)


"O resultado feliz da compreensão teológica das pessoas como pecadoras é que o pastor fica livre da surpresa constante de que elas são de fato pecadoras. Isto nos capacita a atender a admoestação de Bonhoeffer:'Um pastor não deve queixar-se da sua congregação, certamente nunca a outras pessoas, mas, também, não a Deus., A congregação não lhe foi confiada para que ele se torne seu acusador diante de Deus e dos homens". Pecador então não se torna uma arma num arsenal de condenação, mas a expectativa da graça. Ser simplesmente contra o pecado é uma base pobre para o ministério pastoral. Ver, no entanto, as pessoas como pecadoras- como rebeldes contra Deus, que não atingem o alvo, que se afastam do caminho- estabelece uma base para o ministério pastoral que pode prosseguir alegremente por estar anunciando o grande ato de Deus em Jesus Cristo " para os pecadores" (p.138)


Eugene Peterson O Pastor Contemplativo Ed. Textus

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