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quarta-feira, janeiro 30, 2013

Tim Keller: Contextualização Intencional




O livro Center Church é dividido em três partes: evangelho, cidade e movimento. A segunda parte do livro Center Church irá falar sobre a Cidade,uma igreja de centro não nem não-contextualizada  nem super-contextualizada, porque a cidade tem tanto potencial para o florescimento humano como para a idolatria, o ministério deve ser equilibrado, usando o evangelho para apreciar e desafiar a cultura de acordo com a verdade de Deus.  Esta seção sobre CIDADE se divide em três partes:

A contextualização do evangelho, onde se buscará fundamentos bíblicos para uma contextualização equilibrada.

A visão da cidade, onde se examinará aspectos chaves sobre o entendimento de como uma cidade se desenvolve como tema através das Escrituras, desde suas raízes contra Deus até sua redenção em glória.
O engajamento cultural, onde se discutirá 4 modelos para se engajar na cultura, colocando as forças e fraquezas de cada modelo.

CAP. 7-  CONTEXTUALIZAÇÃO INTENCIONAL.

O capítulo 7 está na parte que fala sobre a contextualização, tem o título de  Contextualização Intecional. Tim Keller começa falando de sua experiência na agência Redeemer City to City que promove plantação de igrejas, falando das dificuldades das igrejas chineses e holandeses em se estabelecerem nos grandes centros urbanos, precisavam adaptar o ministério que funcionava nas áreas rurais para os centros urbanos, ou seja, contextualização.


BOA CONTEXTUALIZAÇÃO.
Não é dar as pessoas aquilo que elas querem ouvir. É dar as respostas bíblicas para as questões que elas tem em suas vidas que talvez não queiram ouvir, mas que podem compreender através de apelos e argumentos que forçam elas a aceitarem ou rejeitarem. Uma contextualização boa significa traduzir e adaptar a comunicação e ministrério do evangelho para uma cultura particular sem compromissar a essências e as particulariedades do evangelho. A grande tarefa é expressar a mensagem do evangelho para uma nova cultura de um modo que evite fazer aquela mensagem desnecessária para aquela cultura, sem remover ou obscurecer o escândalo e a ofensa da verdade bíblica. O evangelho contextualizado é marcado por clareza e atratividade, e ainda assim, desafia pecados auto-suficientes e chama-os ao arrependimento. Se nós falhamos em adaptar a uma cultura ou falhamos em desafiar, nosso ministério pode ser infrutífero.
O melhor exemplo, diz Keller, é quando pensamos num sermão que ouvimos que era bom biblicamente e perfeito doutrinariamente, contudo, muito chato que fez você querer chorar. Talvez seja a mecânica monótona, ou mesmo, apesar de ser perfeito doutrinariamente, ele era irrelevante.  O ouvinte poderia dizer, você me mostrou algo que pode ser verdade, mas não me importo. Não vejo como isto pode transformar como eu penso, sinto ou ajo. Um sermão chato é chato porque falha em trazer a verdade para a vida diária dos ouvintes. Não há uma conexão com as esperanças, narrativas, medos e erros das pessoas num tempo e espaço em particular.  Quando há uma boa contextualização mostramos às pessoas como as narrativas culturais de sua sociedades e as esperanças de seus corações apenas podem ser preenchidas com Jesus. Algumas culturas são pragmáticas e levam seus membros a posses e poder. Algumas são individualistas e levam seus membros a procurar liberdade pessoal acima de tudo. Outras são culturas de honra e vergonha, com ênfase no respeito, reputação, dever e família. Algumas culturas são discursivas e colocam o valor nas artes, filosofia e aprendizagem. Estas são as narrativas culturais porque são estórias que as pessoas contam sobre si mesmas para ter algum sentido de existência. Contudo, qualquer que seja esta narrativa, apenas uma boa contextualização mostra que suas histórias só podem ter final feliz em Jesus.
Cultura toca cada aspecto da vida das pessoas no mundo, como lingua, música e arte. Toma matéria prima e cria um ambiente. Quando tomamos uma matéria bruta e transformamos  num prédio, em música, em roupa, estamos criando um ambiente que chamamos de cultura.Buscamos leva uma ordem para servir às algumas verdades que temos sobre a realidade do mundo que vivemos.
Keller cita Linwood Barney que pensa a cultura como uma cebola. No interior de cada cultura está a cosmovisão, um conjunto de crenças normativas sobre o mundo, cosmologia e a natureza humana, crescendo imediatamente está o conjunto de valores- o que é considerado bom, verdadeiro e belo. A terceira camada é um conjunto de instituições que cuidam dela- justiça, educação, vida familiar, governo com base nos valores e na cosmovisão. Finalmente, vem as partes mais visíveis, os costumes e comportamentos, os produtos materiais, o ambiente construído.  Alguns criticam este pensar porque não é fidedigno às relações entre as camadas.
A contextualização deve levar em conta todos estes aspectos. Não busca mudar apenas o comportamento, mas a visão de mundo. Não significa apenas adaptar o homem superficialmente. A cultura afeta cada parte da vida humana, determina como decisões serão tomadas, como emoções são expressas, o que é considerado como público e como privado, como indivíduos se relacionam com o grupo, como poder social é usado, e como relacionamentos são conduzidos. Nos dá um entendimento distinto de nosso tempo, de resolução de conflitos, solução de problemas.
Citando David Wells que diz: a contextualização não é meramente a aplicação da doutrina bíblica mas a tradução da doutrina dentro de uma conceituação que tece com a realidade das estruturas sociais e os padrões de vida dominantes na nossa vida contemporânea. A habilidade nisto é uma das chaves para um ministério efetivo.

UMA BREVE HISTÓRIA DO TERMO.
O termo foi usado em 1972 por Shoki Coe, que questionou a validade do movimento de igreja nativa de Henry Venn e Rufus Anderson. Antigos missionários plantaram igrejas, quer mantiham o controle das igrejas deixando aos nativos um papel secundário. Como também dirigiam as igrejas de modo ocidental. Os movimentos nativos pediam que os missionários vissem a si mesmos como trabalhadores temporários que deixariam suas igrejas com os nativos para que as igrejas pudessem ser ministradas nas linguas, musicas e cultura nativas. Este foi um passo importante na missão. Contudo Coe, via as formas de estrutura da igreja muito ocidentalizadas e não eram encorajadas para comunicar a mensagem com a cultura local, oTheological Education Fund of the World Council of Churches foi a primeira agência a usar este novo termo e buscar isto como sua missão.
Contudo, este primeiro uso foi sob a influência de Bultmann e Kasermann, teólogos que insistiam que o Novo Testamento era uma adaptação da cultura grega que não tinha validade. Eles diziam que os crentes estavam livres para determinar a verdade interna da revelação bíblica e descartar ou adaptar o resto. Esta aproximação assume que tanto o texto – a Bíblia- como o contexto -  a cultura- são autoridades relativas e iguais. Através de um processo dialético, procuramos uma forma particular de verdade cristã que se encaixe na cultura. Virtualmente, qualquer parte da fé cristã, a trindade, a deidade de Jesus poderiam ser encaixadas em um novo conteúdo, dependendo da cultura. Em nome da contextualização, a igreja tinha um potencial para realizar mudanças radicais na doutrina histórica cristã. Há uma ironia aqui, porque a intenção era sair da imposição de formas ocidentais, mas acabaram ficando sobre outras imposições. A contextualização sem uma bíblia como autoridade é uma visão moderna de alguns teólogos ocidentais, que aceitaram o ceticismo do ilumismo sobre milagres e o sobrenatural. Agora não estavam mais imposta a visão conservadora ocidental, mas a visão liberal ocidental.

O PERIGO DA CONTEXTUALIZAÇÃO.
Por causa disto, muitos tem críticas à contextualização. Em todos os casos, os valores da cultura ganham preferência sobre a autoridade da Escritura.
Keller cita J. Gresham Machen, que escreveu sobre o liberalismo teológico, que eles estavam tentando entender qual a relação do cristianismo com a cultura moderna, como o cristianismo poderia ser mantido numa era científica? Admitindo as objeções contra certas particularidades do cristianismo, como a pessoa de Cristo,  a redenção por sua morte e ressurreição. Os teólogos liberais procuraram guardar alguns princípios gerais da religião, dos quais estas particularidades foram consideradas como meros símbolos. O que ela manteve foi só religião, já que o cristianismo é totalmente distinto. Machen falando de sua cultura, a classifica como naturalista, que rejeita intervenção sobrenatural por Deus. Tudo tinha que ter uma explicação natural, científica. O problema com o cristão liberal dos dias de Machen é que ele preferiu sua cultura em detrimento às Escrituras. Dando um exemplo, salvação, a expiação de Jesus é agora apenas um exemplo de como viver, o cristão não tem que nascer de novo, mas viver como Jesus, mudou o evangelho da salvação pela graça pela religião da salvação pelas boas obras.
Outra forma é o sincretismo religioso, que é colocar o evangelho debaixo de outra religião. Quando se coloca que algumas partes essenciais permanecem e outras podem ser flexibilizadas, é um erro pensar que algumas partes são mais essenciais que outras. Keller cita Havie Conn que argumenta que o sincretismo acontece quando em nome da cultura se proibi toda a escritura de falar. Cada cultura encontra partes mais atraentes e outras mais ofensivas, é natural, então, achar que as mais atraentes são mais importantes e essenciais que as ofensivas. Sincretismo também é uma rejeição da autoridade plena da Bíblia, em escolhendo ensinos que não confrontam ou ofendem.
Uma contextualização fiel deve adaptar a comunicação e prática de toda a escritura em seu ensino para uma cultura.

A INEVITABILIDADE DE CONTEXTUALIZAR.
Aqui está um paradoxo fácil de se perder: o fato de que nós precisamos expressar uma verdade universal num contexto cultural particular não significa que a verdade em si é de alguma forma perdida ou menos universal.  Keller começa com um argumento de D.A. Carson, “enquanto nenhuma verdade que o ser humano possa articular pode ser articulada em um modo  culturalmente transcendente…isto não significa que a verdade que está sendo articulada não possa ser transcendente culturalmente”. Primeiro, não há uma forma única de articulação que a fé cristã pode ser universal para todas as culturas. Quando expressamos o evangelho, estamos fazendo de um modo mais compreensível para as pessoas de uma cultura que outra. Por outro lado, enquanto que não há um modo único de expressão, só há uma verdade do evangelho. As verdades do evangelho não são produtos de uma cultura, elas colocam em julgamento todas as culturas humanas. Se você se esquecer desta primeira verdade, você pode pensar que existe apenas um verdadeiro modo de apresentar o evangelho,  você estará sendo conservador culturalmente. Se você esquecer a segunda verdade, que há um único verdadeiro evangelho, você poderá cair num relativismo que leva a um liberalismo sem freios. Seja o caminho, você será menos fiel e menos frutífero em seu ministério. A contextualização é inevitável. Assim que você escolhe uma lingua para falar e palavras, ela está lá, você está sendo mais acessível para alguns e menos para outros. Não há uma apresentação universal do evangelho para todas as pessoas.
A seguir, Keller volta ao sermão chato e pensa sobre o conceito de longo ou tarde, e como ele varia de cultura para cultura. Um sermão também pode perder as pessoas por causa dos tipos de metáforas e ilustrações que são escolhidas, quando Jesus diz para quem pregar o evangelho para pessoas hostis evitar jogar pérolas aos porcos (Mt 7:6), ele está ligando dois campos de discurso, ele está ligando a pregação ao mundo concreto da criação de porcos.Cada ilustração deve ser pensada do uso de experiências concretas das pessoas, devem ser compartilhadas com quem ouvem e podem ser mais remotas ou menos acessíveis para outras que não as compartilham. Algumas ilustrações podem até levar as pessoas a pensarem que o pregador é esnobe.
Os pregadores devem escolher algumas ilustrações e conceitos que vão ser mais significativos para certos grupos culturais que outros, precisamos ser mais inclusivos possível. Precisamos estar cientes dos nossos limites, não podemos ter a ilusão de que podemos compartilhar o evangelho para todas as pessoas ao mesmo tempo.
Uma outra razão que um sermão pode ser correto mas ter pouco impacto é o nível de expressão emocional, quando ela não está calibrada com a cultura das pessoas que ouvem.
Até aqui se falou sobre a maneira e o modo de pregar, mas a contextualização tem muito a ver com seu conteúdo.  Um sermão pode não engajar as pessoas porque a não conecta o ensino bíblico com as questões e objeções das pessoas daquela cultura tem a respeito da fé. As objeções do legalismo ou liberalismo, o evangelho pode responder.  Devemos ver qual destes grupos dominam nossa vizinhança, e devemos pregar tenho este grupo e suas objeções em mente. Nenhuma apresentação será igualmente agradável para os dois grupos.
Finalmente, a contextualização afeta o modo como pensamos porque as pessoas numa cultura encontra um modo que lhes seja mais persuasivo enquanto outros não. Algumas pessoas são mais lógicas, outras mais intuitivas. Se escolhemos um modo, estaremos argumentando mais com um grupo que outro inevitavelmente.


O PERIGO DE NÃO CONTEXTUALIZAR (OU DE PENSAR QUE NÃO ESTÁ).
Todo ministério do evangelho e comunicação são profundamente adaptadas a uma cultura em particular. Se não pensarmos como contextualizar para uma nova cultura, estamos contextualizados em uma outra, inconscientemente. Nosso ministério no evangelho estará super adaptado a nossa própria cultura e pouco adaptado a uma nova cultura, o que leva uma distorção na mensagem cristã.  Keller cita o exemplo do cristão branco americano, que identifica o modo americano de viver com a vida bíblica cristã. A falta de uma atenção a cultura pode levar a um viver e ministério cristão distorcidos. Crentes que vivem em culturas individualistas estão cegos para importância de viver em comunidade profunda e colocar a si mesmos para prestar contas de sua espiritualidade e disciplina. Hoje muitos vêem a membresia como uma opção.  Por outro lado, cristãos em culturas patriarcais estão cegos sobre a liberdade de consciência e a graça.
A inabilidade de enxergar nossa cultura tem outros resultados, um dos erros é ministros regurgitarem métodos e programas que influenciaram a elas pessoalmente. Depois de experimentar um impacto no ministério numa parte do mundo, eles levam as ferramentas para outro lugar e tentam reproduzir sem mudar nada. Keller fala de seu desapontamento de muitas igrejas que visitam a Redeemer copiarem simplesmente os métodos sem realizar o duro trabalho de contextualizar o evangelho a realidade local da igreja.

Todos contextualizam, mas poucos pensam a respeito disto, não devemos apenas contextualizar,mas pensar como fazemos isto. Devemos fazer este processo visível e intencional para nós mesmos e para os outros.

domingo, janeiro 04, 2009

A Díficil Doutrina do Amor de Deus



D.A. Carson


CPAD,





Algumas maneiras diferentes de como a Bíblia fala do Amor de Deus
1. Amor peculiar do Pai pelo Filho, e do Filho pelo Pai

João 3.35
João 14.31

2. Amor providencial de DEus sobre tudo que Ele fez.


Genesis 1
Mateus 6.26 e 10.29


3. A postura salvadora em relação ao seu mundo caído.

João 3.16

"alguns calvinistas tentam tomar o grego kosmos aqui para se referir aos que eles chamam de eleitos. Mas isto realmente não servirá. Todas as evidências do uso da palavra no Evangelho de João são contrárias a tal sugestão (...) No vocabulário de João, mundo é primeiramente a ordem moral em rebelião intencional e culpável contra Deus. Em João 3.16, o amor de Deus ao enviar o Senhor Jesus deve ser admirado, não porque seja estendido a algo tão grande quanto o mundo, mas a algo tão mau; não a tantas pessoas, mas a tantas tão impiedosas" p. 17-18
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4. O amor particular efetivo e seletivo de Deus em relação aos seus eleitos.

Deuteronomio 7.7-8 cf. 4.37 e 10.14,15
Malaquias 1.2,3
Efésios 5.25

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5. Finalmente, às vezes é dito que o amor de Deus é dirigido ao seu próprio povo de uma maneira provisional ou condicional condicionado, isto é, à obediência.



"Se o amor de Deus se referir exclusivamente ao seu amor pelos eleitos, é
facil se desviar em direção a uma bifurcação simples e absoluta: Deus ama os
eleitos e odeia os reprováveis.(Caindo no hipercalvinismo).


(...)

Na verdade em uma igreja caracterizada antes mais pela preferencia pessoal e pelo antinomismo do que pelo temor piedoso do Senhor, tais passagens certamente tem algo a nos dizer. Mas separados das declarações biblicas complementares sobre o amor de Deus, tais textos podem nos fazer retroceder na direção da teologia do mérito, uma irritação incessante sobre se temos ou não sido suficientemente bons hoje para desfrutarmos o amor de Deus." (p.23)



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Ch 2- DEUS É AMOR
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No passado, muitos estudiosos buscaram vincular o amor de Deus e, consequentemente, o amor cristão a um grupo de palavras. Por exemplo, eros era tido como referente ao amor sexual, phileo, ao amor emocional, o amor que envolve amizade e sentimentos, e agapao refere-se ao amor voluntário, um ato de renúncia pessoal em favor de outra pessoa.
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Contudo, a vinculação de agapao ao amor de Deus não é tão evidente, senão, errônea.
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O verbo agapao vem do choque homonímico que houve entre as palavras kyneo- beijar- e kyno-impregnar. Certas formas deste verbo são identicas, que foram substituídas por phileo, em Lucas 22.47, quando Jesus beija Judas, a palavra para o ato é phileo.
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Na septuaginta, em 2Samuel 13, quando Amnom incestuosamente estupra sua meia-irmã Tamar, somos informados que ele a "ama"- sua atitude é um ato criminoso e deplorável, contudo os verbos usados aqui são tanto agapao quanto phileo.
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No Evangelho de João, nos 3.35 e 5.20 quando descreve o amor do Pai pelo Filho, ambos os verbos também são usados, assim, não se pode falar em diferença de significado.
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Em 2Timoteo 4.10, quando Paulo fala que Damas amou este mundo maligno presente, mais uma vez o verbo é agapao.
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A melhor coisa que podemos fazer é simplesmente usar o verbo amar que é tão ambíguo quanto era os seus cognatos gregos.
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"Embora eu jamais tenha identificado em detalhes, suspeito que a herança de entender agapao referindo-se a um amor voluntário independente de emoção e comprometido com o bem dos outros, foi influenciada pelos estudiosos e outros teologos filosoficos de uma era do passado, que negavam a existência de sentimentos em Deus. Ter sentimentos, eles argumentavam, implicaria passividade, isto é, suscetibilidade a impressão de pessoas ou eventos fora de si mesmo, e isto certamente é incompatível com a própria natureza de Deus (...) O unico ponto de similaridade entre o amor de Deus e nosso amor, eles argumentavam, é auto-comunicação, não é emoção ou sentimento. Evidências contrárias encontradas na Bíblia devem então ser marginalizadas e dispensadas como antropopatismo - o contraponto emocional ao antropomorfismo- ." p.31
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Relação entre o Pai e o Filho.
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"Primeiro, o Filho por sua obediência a seu Pai, fazendo apenas o que Deus lhe dá para fazer e dizendo apenas o que Deus lhe dá para dizer, embora fazendo tais coisas em função de sua habilidade para fazer tudo que o que seu Pai faz, o Filho esteja agindo de um modo que revela Deus Pai perfeitamente" p. 37
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Jesus : antes da encarnação?
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Alguns acreditam que Jesus recebeu o rótulo de Filho somente após a encarnação. Contudo, há evidências bíblicas em contrário.
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1. João 1.2,3 informa que Filho faz tudo que o Pai faz, ora, se tudo for completo, então desde a criação, a ligação entre o Pai e o Filho já existe, o Filho é agente na criação.
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2. A leitura de João 3.17 diz que Deus enviou seu Filho, nomenclatura que ele já possuía antes.
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3. Em João 5.26, mostra que a filiação é uma concessão eterna do Pai ao Filho, portanto nunca houve um momento inicial em que o Filho não tenha tido vida em si mesmo, esta concessão estabeleceu a natureza mesma do eterno relacionamento entre as duas primeiras pessoas da trindade, logo, a filiação de Jesus não está restrita aos dias de sua carne.
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4. TExtos em Jesus indica Deus Pai como Pai, e assim, se considera como Filho - João 17.5
"Todas as manifestações do amor de Deus surgem a partir desta realidade mais profunda e mais fundamental: o amor de Deus está ligado a própria natureza de Deus, pois, Deus é amor" p.42
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Amor de Deus e sua Soberania
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Paixões de Deus
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"Diferentemente das nossas, não se inflamam repentinamente nem ficam fora de controle. As nossas paixões mudam a nossa direção e as nossas prioridades, domesticando a nossa vontade, controlando a nossa tristeza e nossa felicidade, supreendendo e destruindo ou estabelecendo os nossos compromissos. Mas as paixões de Deus, como tudo o mais em Deus, são mostradas juntamente com a plenitude de todas as suas outras perfeições. Neste panorama, o amor de Deus não é tanto uma função de sua vontade, quanto algo que se mostre em perfeita harmonia com ela e com sua santidade, com os seus propósitos na redenção, com os seus planos, infinitamente sábios, e assim por diante" (p.64)
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domingo, dezembro 14, 2008

O Evangelho em todas as suas formas


Tim Keller.
fonte: http://www.acts29network.org/acts-29-blog/keller-explains-the-gospel/

Como Deus, o Evangelho é também é um e mais que isso.

O evangelho tem sido descrito como uma piscina onde um nenê pode andar em cima e ainda um elefante pode mergulhar. É bastante simples para se dizer a uma criança e profundo suficiente para a mente mais arguta explorar. Entretanto, até mesmo os anjos nunca se cansam de olhar dentro dele (1Pe1:12).
A uma geração atrás, evangélicos concordaram sobre o "Evangelho simples": 1; Deus fez voce e quer ter um relacionamento com você, 2. mas o seu pecado separa voce de Deus. 3. Jesus tomou sobre si o castigo merecido pelos seus pecados, 4. Assim, se arrependam dos pecados e confie nele para sua salvação, você será perdoado, justificado, e livremente aceito pela graça, seu Espírito vai trazer alegria a sua vida, e quando morrer, você irá para o céu.
Existem, hoje, pelo menos duas grandes críticas a esta formulação simples. Muitos dizem que ela é muito individualista, que salvação em Cristo não é somente para trazer felicidade individual como também para trazer paz, justiça e uma nova criação. Uma segunda crítica é que nao existe um simples evangelho, porque tudo é contextual e Bíblia mesma contém muitas apresentações do evangelho em tensões entre si.

Não existe uma única mensagem do Evangelho?

Vamos tomar a segunda crítica em primeiro lugar. A crença que não existe um unico esquema basico do evangelho na Bíblia remonta a escolha bíblica de Tubingen, que insistiu que o evangelho da justificação em Paulo foi acentuadamente diferente do evangelho do reino de Jesus. No século 20, o professor britânico C.H. Dodd contrariou a tese que havia um consenso bíblico sobre a mensagem unica do evangelho. Então, por sua vez, James Dunn alegou em seu livro Unidade e Diversidade no Novo Testamento (1977) que o evangelho na Bíblia havia formulações tão diferentes que nao poderiamos chegar a um único esquema.

Agora, centenas de sites de jovens líderes cristãos se queixam de que os mais velhos na igreja evangélica passaram muito tempo lendo Romanos, esquecendo das declarações de Jesu que o reino de Deus está próximo. Mas para ser fiel aos cristãos do primeiro século e seu entendimento do evangelho, eu creio que devemos estar ao lado de Dodd sobre Dunn. Paulo é enfático que o evangelho que ele apresenta é o mesmo que é pregado pelos apostolos em Jerusalém. "Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido (1Co 15:11). Esta declaração assume um corpo singular do conteúdo do evangelho.

Um evangelho, muitas formas.
Então sim, deve haver apenas um evangelho, ainda que seja esclarecido em diferentes formas nas quais pode ser expresso. Esta é a própria maneira da Bíblia ao se referir a ele, e deveríamos ficar com ela. Paulo é um exemplo. Depois de insistir, só há um evangelho (Gl 1:8), então ele fala de estar encarregado do Evangelho da incircuncisão em oposição ao Evangelho da circuncisão (Gl. 2:7).

Quando Paulo fala com o gregos, ele confronto sua cultura idolátra de especulão e filosofia com a locura da cruz, e então apresenta que salvação em Cristo é a verdadeira sabedoria. Quando ele fala para os judeus, elçe confronta a cultura idolatra do poder e realizações com a fraqueza da cruz, e então apresenta um evangelho como o verdadeiro poder (1Co 1:22-25).


Um das formas do evangelho em Paulo foi adapatada por aquelas pessoas que acreditam na Bíblia e que acreditam que serão justificadas pelas obras no dia do julgamento, e outra para pagãos. Estas duas aproximações podem ser discernidas nos discursos de Paulo no livro de Atos, alguns para judeus outros para pagãos.


Existe outras formas do evangelho. Leitores sempre percebem que a linguagem do reino dos Evangelhos sinoticos é virtualmente perdida no Evangelho de João, que usualmente fala em receber a vida eterna. Entretanto,quando nós comparamos Marcos 10:17,23-34, Mateus 25:34,46 e João 3:5,6 e 17, nós vemos que a a entrada do reino de Deus e o recebimento da vida eterna são virtualemente a mesma coisa. Lendo Mateus 18:3, Marcos 10:15 e João 3:3,5 juntos revelam que a conversão, novo nascimento, e o recebimento do reino de Deus como uma criança são os mesmos movimentos.


Porque, então, a diferença no vocabulário entre os Sinoticos e João? Como muitos scholares tem apontado, João enfatiza o individual e e os aspectos espirituais introspectivos do ser no reino de Deus. Ele tem o cuidado de mostrar que não se trata apenas de uma nova ordem socio-politica terrena (Jo. 18:36). Por outro lado, quando os Sinoticos falam sobre o reino, eles colocam expostas as mudanças sociais e comportamentais que o evangelho traz. Nos vimos que em João e nos Sinoticos, duas formas do mesmo evangelho que tensiona o individual e o aspecto corporativo que é nossa salvação.


O que, então, é um simples evangelho?


Simon Gathercole distingue três pontos em comum entre Paulo e os escritores sinóticos. ( "The Gospel of Paul and the Gospel of the Kingdom" in God's Power to Save, ed. Chris Green Apollos/Inter-Varsity Press, UK, 2006). Ele escreve que a boa nova em Paulo era, primeiro, que Jesus era o prometido Rei messianico e Filho de Deus que veio a terra como um servo, na forma humana (Rm. 1:3-4, Fp. 2:4ss).

Segundo, por sua morte e resureição, Jesus pagou por nossos pegados e assegurou nossa justificação pela graça, não por nossas obras (1 Co 15:3ss). Terceiro, na cruz Jesus quebrou o dominio do pecado e mal sobre nós (Cl 2:13-15) e quando retornar ele vai completar o que começou, renovando toda ordem material e a ressureição dos nossos corpos (Rm 8:18ss).


Gathercole então traça estes mesmos três aspectos no ensino dos Sinoticos sobre Jesus, que o Messias, é o divino filho de Deus (Mc 1:1), que morreu como um substituto para resgate de muitos (Mc 10:45), que tem conquistado dominio sobre os demonios e sobre seu mal e pecado (Mc. 1:14-2:10) e irá retornar para regenerar o mundo material (Mt. 19:28).


Se nos colocarmos este esquema numa simples declaração, eu poderia dizer que: Através da pessoas e da obra de Jesus Cristo, Deus realiza complemente a salvação para nós, resgatando-nos do julgamento do pecado levando para uma amizade com Ele, e então restaraundo toda criação que assim poderá desfrutar da nossa nova vida junto com Ele para sempre.


Um desses elementos era o coração das velhas mensagens do evangelho, a salvação é pela graça e não por obras. Este era o ultimo elemento que estava normalmente faltando, ou seja, que a graça restaura a natureza, como dizia o teologo holandes Herman Bavinck. Quando o terceiro, o elemento escatologico é deixado de fora, cristãos tem a impressão que nada sobre este mundo importa realmente. Teoricamente, quando trazemos devolta esta perspectiva, faz com os que cristãos tenham um interesse na conversão através de evangelismo como também no serviço aos seus proximos como trabalhar pela paz e justiça no mundo.


Sentindo a tensão.


Minha experiênai é que os aspetos individuais e corporativos do evangelho não vivem em harmonia facil um com outro nas pregações e em nossas igrejas. De fato, muito comunicadores hoje deliberadamente assumem um posição em oposição a outra.

Estes que colocam a versão corporativa do reino do evangelho definem o pecado quase sempre em termos corporativos, como o racismo, materialismo, e militarismo, como violações a paz -shalom- de Deus. Isso ocasionalmente obscurece quão ofensivo o pecado é para Deus em si meso, e quando usualmente silencia qualquer enfase sobre a ira de Deus. Também, a impressão que pode ser dada é o que o evangelho é Deus trabalhando por justiça e paz no mundo, e você também pode faze-lo.

Embora é verdade é que o advento da nova ordem social são boas novas para todos que sofrem, então falar sobre evangelho e como ele relaciona com a justiça leva ao fato que a salvação é dada totalmente pela graça, não por obras.

Recentemente, eu estudei todos os lugares na Biblia Grega em que as formas da palavra evangelho são usadas, e eu fiquei sobrecarregado em como isto é usado para denotar não de um modo-de-vida-que-eu-faço mas uma proclamação verbal de jesus sobre o que ele fez como as pessoas adquirem justiça perante Deus. Por vezes pessoas que falam sobre as boas novas falam sobre fazer justiça e paz e se referem a isto como evangelho do reino, Mas quem recebe o reino como uma criança pequena, e acredita no nome de Cristo e nasceu de Deus (Jo. 1:12-13) é a mesma coisa- é o modo como cada um vem a Cristo (Jo. 3:3,5).
Apos ter dito isto, eu tenho que admitir que muitos de nós que crescemos ouvindo a classica frase do evangelho que diz "a graça sozinha atraves da fe unica em Cristo apenas" tendem a ignorar muito as implicações escatologicas do evangelho.
Textos como Lucas 4:18 e Lucas 6:20-35 mostrar a implicação do evangelho que os quebrantados de coração, os desprezados e os oprimidos têm agora um lugar central na economia da comunidade cristã, enquanto os poderosos e bem sucedidos serão humilhados.Paulo diz a Pedro que atitudes de superioridade racial e cultural não estão " em linha" com o evangelho da graça (Gl 2:14). Generosidade para os pobres vai fluir daqueles que se apegarem rapidamente ao evangelho como a sua profissão de fé (2 Coríntios. 9:13).
Em Romanos 2:16, Paulo diz que o retorno de Cristo para julgar a terra era parte do seu evangelho, e se você ler Salmos 96:10 ss, você vai saber porquê. A terra será renovada e até mesmo as árvores estarão cantando de alegria. E se as árvores serão capazes de dançar e cantar sob o poder do cosmos- renovando o poder de Sua Realeza-o que nós vamos ser capazes de fazer?
Se nesta última renovação do mundo material fazia parte das boas notícias de Paulo, não devemos ficar surpreendidos ao ver que Jesus curando e alimentando enquanto estava pregando o evangelho eram sinais e vislumbres deste reino que está por vir (Mt 9:35).
Quando nos damos conta de que Jesus está caminhando para que em algum dia destruir a fome, doenças, pobreza, injustiça, morte em si, o que torna o cristianismo, o que CS Lewis chamada de "religião da luta", quando somos confrontados com uma favela da cidade ou um câncer enfermaria. Esta versão completa do evangelho nos lembra que Deus criou tanto o material e quanto o espiritual, e e busca resgatar-redimir- ambos.

As coisas que estão neste momento estão erradas no mundo material, ele irá endireitá-las. Alguns evitar a importância de trabalhar pela paz e pela justiça apontando para 2 Pedro 3:10-12, o que parece dizer que este material mundo vai ser completamente queimado até à ressurreição final.. Mas esse não foi isso o que aconteceu com o corpo de Jesus, que reteve a suas impressões digitais, e Doug Moo torna isto um caso de transformação do mundo, não substituição, em seu ensaio sobre ""Nature and the New Creation: NT Eschatology and the Environment"disponível on line.
Pregando as formas.

Você poderia esperar de mim, que neste ponto agora, explicasse como é que podemos perfeitamente integrar os diferentes aspectos do evangelho na nossa pregação. Eu não posso, porque eu não tenho. Mas aqui está como eu tento.
1. Eu não coloco todos os pontos do evangelho em qualquer apresentação do evangelho. Acho que é instrutivo que os escritores do Novo Testamento raramente, ou nunca, embalavam todos os aspectos do evangelho no seu texto. Ao estudar o evangelho de Paulo nos discursos no livro de Atos, é impressionante quanta coisa sempre é deixada de fora.


Ele sempre lidera com alguns pontos em vez de outros, em um esforço para estabelecer a ligação com a linha de base cultural de seus ouvintes. É quase impossível cobrir todas as bases do evangelho com um não-crente ouvinte, sem que esta pessoa acabe perdendo o interesse.


Algumas partes são mais simples de encaixar do que outras, e, outras para começar são mais, um comunicador deve saber com quais irá trabalhar. Eventualmente, é claro, você tem que chegar a todos os aspectos do evangelho pleno em um processo de evangelismo e discipulado.. Mas você não tem que dizer tudo, todas as vezes.

2. Eu uso tanto um evangelho para o "circuncidado" e para o "incircuncidado." Assim como o Paulo falou de um evangelho para os mais religiosos (os da circuncisão ) e para os pagãos, de modo que eu encontrei o meu público-alvo em Manhattan contém os dois: tanto aqueles que são moralistas, religiosos, bem como aqueles com pós-moderna, com cosmovisões pluralistas.
Há pessoas de outras religiões (judaísmo, islamismo), com forte origem católica, bem como as que cresceram em igrejas protestantes conservadores.
As pessoas com uma educação religiosa pode agarrar a idéia do pecado como a violação da lei moral de Deus. A lei deve ser explicada de forma que eles percebem que ficam aquém realizarem ela. Nesse contexto, Cristo e a sua salvação pode ser apresentado como a única esperança de perdão pela culpa. Este é por sinal, o tradicional evangelho dos evangélicos da última geração, é um "evangelho para a circuncisão".
Se você tentar convence-los da culpa pela volúpia sexual, eles simplesmente dizem: "Você tem seus padrões, e eu tenho os meus." Se você responder com uma diatribe sobre os perigos do relativismo, seus ouvintes irão simplesmente se sentirão deslocamento e distanciamento. Evidentemente, pessoas pós-modernas devem em algum ponto serem confrontadas sobre suas opiniões sem consistência da verdade, mas numa forma que crie credibilidade e convencimento da apresentação do evangelho para aqueles que antes mesmo de entrar em discussões apologéticas.
Levo uma página de A Doença da Após a Morte de Kierkegaard e defino o pecado como construir sua identidade, sua auto-estima e felicidade- em outra coisa fora de Deus. Ou seja, eu uso a definição bíblica do pecado como idolatria. Isso coloca a ênfase não tanto em "fazer coisas ruins", mas em "fazer coisas boas como as grandes coisas."

Em vez de dizer-lhes que estão pecando porque estão dormindo com suas namoradas ou namorados, quero dizer-lhes que eles estão pecando porque estão buscando os seus romances para dar significado a sua vida, mas apenas para justificarem-se e salvá-los, dar-lhes o que devem o propósito da vida, que deveria ter sido procurado a partir de Deus.
A idolatria leva à ansiedade, obsessão , inveja e ressentimento. Eu tenho descoberto que quando você descreve a sua vida em termos de idolatria,as pessoas pós-moderna não dão muita resistênciaEntão Cristo e a sua salvação pode ser apresentado não (até este ponto) tanto como a única esperança de perdão, mas como sua única esperança de liberdade. Este é o meu "evangelho para o incircuncisos”.
3. Eu uso tanto um evangelho do Reino quanto um da Vida Eterna.
Acho que muitos ouvindo mais jovens estão lutando para fazer escolhas, num mundo em que há uma interminavel lista de opções de consumo e confusão sobre suas identidades numa cultura de auto-criação e auto-promoção.
Estas pessoas estão super empenhadas pelo bem por uma apresentação mais focada individualmente do evangelho da graça livre e não das obras. Elas estão cheias do evengelho da vida eterna de João. Contudo, eu tenho encontrado pessoas com mais de 40 anos que nao buscam uma enfase em seus problemas pessoais. Muitas delas estão indo muito bem, obrigado. Elas sao muito preocupadas a respeito dos problemas de uma guerra mundial, racismo, pobreza e injustiça. E elas respondem muito bem aos sinoticos e seu Evangelho do Reino.
Ao invés de me debruçar sobre isto, um das epístolas e falar do evangelho em termos de DEus, pecado, Cristo, fé, eu tiro da historia da Bíblia e falo do evangelho em termos de criação, queda, redenção, e restauração. Nos uma vez tinhamos um mundo que todos gostariamos, um mundo de paz e justiça, sem morte, doença, ou conflito. Mas ao nos voltarmos contra DEus, nós perdemos este mundo. Nosso pecado desencadeiou forças do mal e destruição e então agora as coisas foram colocadas de lado e tudo é caracterizado como desintegração fisica, social e pessoal. Jesus Cristo, entretanto, veio ao mundo, morreu como uma vitima da injustiça e nos substituiu, carregando a falta do nosso mal e pecado sobre si mesmo. Isto o coloca como pato para algum dia julgar o mundo e destruir toda morte e maldade sem que tenha que nos destruir.
4. Eu uso, então, tudo e deixo cada grupo que me ouviu pregar para outros.
Nenhuma forma do evangelho dá tanta enfase a todos os aspectos do evangelho. Se, então, voce somente pregar sobre uma forma, então voce estara em grande perigo de ofertar as pessoas um dieta desequilibrada da verdade do evangelho. Qual é alternativa? Não pregue apenas uma forma do evangelho. Se voce prega de forma expositiva, diferentes passagens traram as diferentes formas do mesmo evangelho. Pregue diferentes textos e seu povo ouvirá todos os pontos.
Isto não irá confundir as pessoas? Não, acontece o seguinte: Quando um grupo dito acima, os pos-modernos ouvem uma penetrante apresentação do pecado como idolatria, isso abre-os para o conceito do pecado como ofensa a Deus. Pecado como uma pessoal afronta a perfeição, santidade de Deus, que assim começa a fazer sentido para estas pessoas, e então quando elas ouvem uma apresentação da outra forma de evangelho, isto será com mais credibilidade.
Quando pessoas muito tradicionais com um desenvolvido entendimento da culpa moral aprendem sobre a morte substitutiva-reparadora e sobre a legal justifição, elas se sentem confortadas. Mas estas doutrinas classicas tem profundas implicações nas relações raciais e amor para os pobres, já que destroem todo orgulho e auto-justificação.
Quando pessoais muito liberais escutam sobre o reino de Deus para a restauração do mundo, isto abre neles a demanda de obediência que ha no reino de Cristo para dentro de suas vidas pessoais. Em resumo, toda forma de evangelho, assim que atinge seu alvo, abre a pessoa para outros pontos do evangelho de maneira vivida.
Hoje ha muitos que duvidam que ha apenas um evangelho. Isso gera um mandato para ignorar o evangelho da justificação e da expiação. Há também outros que não gostam de admitir que há diferentes formas do evangelho, por isto não gostam muito de contextualização. Eles constroem sua apresentação como de uma unica dimensão. Nenhum dessas aproximações pode ser verdade de uma maneira biblica, nem efetiva no ministerio atual, como aquela que entende que a Biblia apresenta o unico evangelho em muitas formas.
Tim Keller
pastor da Redeemer Presbyterian Church in Manhattan, NY.

sábado, março 15, 2008

A Supremacia de Cristo


Recentemente a CPAD publicou um dos melhores livros de sua história, trata-se de A SUPREMACIA DE CRISTO EM MUNDO PÓS-MODERNO, que contêm textos da Conferência Desiring God de 2006, organizados por John Piper e Justin Taylor.

O livro/resumo da conferência contêm a participação de: David Wells, Don Carson, Tim Keller, Mark Driscoll, Voddie Baucham, and John Piper.

Em inglês, é possível o download tanto do audio e video quanto do livro.

Os dois últimos capítulos são reservados aos pastores emergente-reformados Tim Keller e Mark Driscoll, sobre a Teologização e contextatualização do Evangelho, ou seja, a mão na massa.

Tim Keller diz em " O Evangelho e a Supremaciade Cristo em um Mundo pós-moderno":

"A religião opera segundo o princípio: Eu vou obedecer, por isso, sou aceito (por Deus). O evangelho opera segundo outro princípio: Eu sou aceito, por meio da preciosa graça de Deus, por isso,vou obedecer. Duas pessoas vivendo nesses dois princípios podem sentar uma do lado da outra na igreja, domingo, tentando fazer as mesmas coisas- ler a Bíblia, obedecer aos dez mandamentos, ser ativo na Casa de Deus, e orar- mas por duas motivações complementamente diferentes. A religião motiva a pessoa a fazer o que faz por medo, insegurançae virtuosismo, mas o evangelhoo a motiva a fazer o que faz, por alegria e gratidão aquEle que que é o próprio Deus" (p. 121)


"Correndo o risco de simplificar demais, vou apresentar quatro estágios pelos quais o povo deve passar, da completa ignorância do evangelho e do cristianismo até a aceitação completa. Eu os chamo de:
  1. inteligibilidade
  2. credibilidade
  3. plausabilidade
  4. intimidade
Por intimidade, quero dizer conduzir alguém a um compromisso pessoal" (p. 124).