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terça-feira, junho 26, 2012

A necessidade vital de sermos gratos.


Lucas 17.11-19:   E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia;  e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe.   E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!   E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.  E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.


Aquele que foi grato.

Esta história de Jesus é muito conhecida sobre a ingratidão humana, Jesus estando numa aldeia se depara com dez leprosos,  que pedem pela misericórdia do Senhor. Naquela época os doentes incuráveis andavam sempre em grupo para não contaminarem mais ninguém (Lm 4:15). 

Jesus lhes ordena que vão até ao sacerdote se apresentarem (cf. Lv. 13:45.46; 14:2). Indo eles, pelo meio do caminho, ficaram limpos da lepra. Apenas um dos nove voltou para Jesus glorificando a Deus em alta voz, e caindo aos pés do Mestre agradeceu-lhe e este era samaritano. 

Jesus pergunta a ele, cadê os outros nove? Não houve ninguém que voltou a não ser aquele que era estrangeiro. Jesus  diz ao samaritano para levantar e ir porque a fé dele o salvara.

É bem provável que quando lemos esta história torcemos o nariz, achando que jamais seriamos como aqueles nove, é claro que faríamos como o samaritano.  Contudo, não é bem assim a realidade de nossas vidas. 

Um dos primeiros pontos de Jesus nesta história é mostrar que uma verdadeira gratidão é bem mais do que aquele sentimento quente no coração, ela precisa ser manifesta na vida, ela quando realmente cai no coração muda a nossa a vida.

Os outros nove leprosos talvez tivessem no seu coração um sentimento de gratidão em relação aquilo que Deus fez na vida deles, mas a impureza do coração ainda permanecia debaixo de uma pele agora limpa. 

A gratidão a Deus nos leva a uma vida em que glorificar a Deus é tudo em nossa vida, ela se manifesta mais do que em um simples calor no coração, ela transforma a nossa vida. É a prova da fé que agora controla a nossa vida e que a alegria nossa é engradecer o nome de Jesus em nossa vida, esta é a fé que salva, a confiança de que nossa vida foi realmente transformada por Jesus e não apenas nossas circunstâncias, Ele é a nossa alegria.

O perigo da ingratidão

Romanos 1.20-23   Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!

Em seu tratado teológico sobre a condição humana em Romanos 1, Paulo coloca claramente que um dos motivos da queda e da desgraça humana é que mesmo tendo conhecido a Deus, nós não glorificamos a Ele como Deus, nem damos graças a Ele.

A ingratidão está na raiz do pecado humano, ela é a causa do nossa escuridão porque fecha o homem em si mesmo. Colocamos aquilo que Deus fez no mesmo patamar daquilo que fazemos, e assim, está pronta a idolatria.

Quantas vezes obscurecemos o favor de Deus em nossa vida com nossos pensamentos, talvez, achando que aquilo que Ele fez e faz por nós é  não é nada demais ou até mesmo, que merecemos tal coisa. Transformamos a glória de Deus em nossa própria glória, quando deixamos de honrar a Ele por todas as coisas que Ele tem feito em nossa vida. 

Viver sem gratidão é viver sem depender de Deus, é achar que podemos salvar a nós mesmos através de nossos desejos e conquistas, é transformar a verdade de Deus em mentira, e honrar a criatura mais do que ao Criador.

Pode ser que no fundo do nosso coração temos um sentimento de gratidão a Deus, mas se este sentimento é apenas uma sensação, e não algo que transformou a nossa vida. Deus é apenas um auxílio ou uma força para o nosso verdadeiro deus: nós mesmos e a coisas.

Toda a sorte de pecados em nossa vida nasce da ingratidão, quando colocamos outras coisas em nossa vida como aquilo que gera um sentido de vida para nós. É quando colocamos a fé a honra em qualquer coisa além de Deus para sermos felizes, isto nos leva ao pecado e a perdição:

Romanos 1:28-30: E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe;


A verdadeira fé gera gratidão.

Romanos 1.17   Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.


A fé verdadeira não combina com ingratidão, primeiro porque a própria fé é um presente de Deus para o ser humano (Ef. 2:8).  Hoje, se pensa fé como um esforço pessoal para alcançar a graça de Deus, mas fé nunca foi calculada pela medida da força humana.No próprio capítulo 17 de Lucas, Jesus diz que uma fé do tamanho de um grão de mostarda pode fazer muita coisa, porque a fé não está baseada no tamanho do homem, mas na pessoa do próprio Senhor Jesus.  É um presente dele para ele.

Por isto também, a história dos leprosos está ali, para demonstrar que uma fé verdadeira tem como consequência um coração grato de verdade.  Jesus conta no mesmo capítulo a parábola do servo inútil, ou seja, ele nos ensina que a disposição daquele que segue a Deus não pode ser a busca por interesses pessoais, mas uma inclinação natural na vida daquele que segue a Deus e tem na presença de Jesus, o salário mais precioso desta vida.

Para vivermos precisamos de fé, para vivermos precisamos que a gratidão seja muito mais do que um simples sentimento de ser grato, ela se manifeste em nossa vida.

Isto só é possível quando Jesus é a nossa própria vida e entendemos no coração que tudo que temos é porque Ele nos dá. Aí não restará outra resposta para nós a não ser: gratidão.

terça-feira, março 30, 2010

BRIAN MCLAREN: Fé que é Real


"na solidão, no entanto, eu me lembro de todos esses eus fora de sincronia; e nós somos reconstituídos em um eu mais sólido...e esse eu reconstituído é a pessoa que pode chegar em casa, para se encontrar com Deus" p. 57


"A minha fé é a minha própria criação - uma visão de mundo, um paradigma, um mapa para a vida, um conjunto de princípios orientadores- que estou juntando e rejuntando a partir do que leio, de quem conheço e respeito, do que experimento, e assim por diante. A minha fé não é perfeita, nem estática. A minha condição de ser finito faz com que ela seja incompleta, inexata em muitos lugares, desproporcional, com necessidade contínua de correções de percurso" p. 71


"Fé significa acreditar que a dúvida é apenas um estágio, uma disposição de ânimo rancorosa que irá passar e que, no tempo certo, pela graça de Deus, será superada e vocês serão velhos amigos de novo, de um jeito novo e mais profundo" p. 74


Brian D. McLaren Em Busca de Uma Fé que É Real Editora Palavra.

terça-feira, março 23, 2010

Brian D. McLaren: Em busca de sentido


"A boa fé não é sinônimo de um comportamento de rebanho ( a relação dinâmica entre as estruturas de autoridade e o questionamento e comprometimento individual é complexa e tem implicações importantes para os pais que estejam tentando transmitir boa fé aos seus filhos). Pressão demais pode arruinar o que se está tentando fortalecer, enquanto que orientação de menos pode implicar inadvertidamente que o assunto não é assim tão importante"

Brian Mclaren em UMA FÉ EM BUSCA DE SENTIDO.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Simplesmente Cristão.

WRIGHT, N. T.
Simplesmente Cristão: Por que o Cristianismo faz Sentido
Ed. Ultimato, 2008.
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JESUS: RESGATE E RENOVAÇÃO
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"O cristianismo fala do Deus vivo que, no cumprimento de suas promessas e como climax da historia de Israel, nos encontrou, salvou e nos deu nova vida em Jesus. Através de Jesus, a operação-resgate de Deus foi colocada em pratica de uma vez por todas. Uma grande porta se abriu, e jamais poderá ser fechada. Trata-se da porta da prisão onde viviamos acorrentados. porém, nos foi oferecida a liberdade: a liberdade de experimentar o resgaste de Deus, de passar pela porta aberta e explorar o novo mundo ao qual agora temos acesso. Todos nós fomos especialmente convidados- ou melhor, convocados- a seguir a Jesus e descobrir que esse novo mundo é, na verdade, um lugar de justiça, espiritualidade, relacionamento e beleza. Não devemos apenas desfrutar de todas essas coisas, mas trabalhar para que elas se tornem evidentes, assim na terra como no céu. Quando ouvimos a voz de Jesus, descobrimos que é essa voz que ecoa no coração e na mente de toda a raça humana". p. 105
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"O ponto central da obra de Jesus era unir o céu e a terra para sempre, trazer o futuro de Deus para o presente e mantê-los juntos. porém, se o futuro de DEus chega ao presente e encontra-o despreparado, certamente ocorrerão choques, e foi o que aconteceu" p. 114.
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"o céu e a terra não são a mesma coisa, nem estão distantes um do outro, mas se fundem e se mistruram misteriosamente de varias maneiras. O Deus que fez o ceu e a terra esta atuando dentro e fora do mundo, partilhando de nossas dores, na verdade carregando-as sobre seus ombros(...) quando Jesus ressuscitou, toda a nova criação de Deus emergiu do tumulo, apresentado um mundo repleto de novos potenciais e possibilidades" p. 127
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VIVER NO ESPIRITO
...a intenção do Espírito é capacitar os seguidores de Jesus a levar ao mundo as boas novas do Senhor, contar que ele conquistou a vitória sobre as forças do mal e que um novo mundo está surgindo. Devemos contribuir para que isso aconteça" p. 135
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ADORAÇÃO
"a exposição das Escrituras é uma demonstração que estamos tratando-a com a seriedade que ela merece. Assim como você insulta um bom vinho ao usar um copo de plastico em vez de uma taça de vidro, que permite apreciar seu aroma e sabor, você insultará a Bíblia se, dada a oportunidade voce nao usa-la de modo que a Palavra seja ouvida e celebrada pelo que ela realmente é: o relato dos feitos poderosos do Criador e Redentor" p. 163
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"Assim como os filhos de Israel provaram, ainda no deserto, dos alimentos trazidos pelos espiais quando de sua visita secreta à terra prometida, no partir do pão provamos da nova criação de Deus, cujo modelo e origem é o próprio Jesus" p. 166
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"Viver como cristão significa viver em um mundo remodelado por jesus, atrav´s do seu Espirito;. Assim, a oração cristã é um tipo diferente de oração- diferente do panteísmo, em sua busca pelo que está no interior da natureza, e do deísta, enviando mensagens através do vazio". p. 176
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ORAÇÃO
"A oração do Pai-Nosso, como a chamamos, é fruto direto de tudo aquilo que Jesus realizou na Galileia- e no Getsemani. E aponta diretamente para aquilo que ele conquistou por meio de sua morte e ressureição" p. 172
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LIVRO SOPRADO POR DEUS
"A Bíblia realmente oferece muitas informações, porém, mais do que isso, ela nos da forças para executar a tarefa que Deus nos chama a realizar. Falar sobre a inspiração da Biblia é uma maneira de dizer que essa força vem através da obra do Espirito de Deus". p. 194
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HISTORIA E TAREFA
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"a bÍBLIA de fato não é simplesmente uma descrição autorizada de um plano de salvação, como se fosse a fotografia aérea de determinada paisagem. Ela faz parte do plano. Ela comparavel ao guia que nos conduz até a paisagem e nos ensina como tirar o melhor proveito dela" p. 198
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"A Bíblia não é simplesmente um repositório de informações verdadeiras sobre DEus e Jesus, nem de palavras de esperança para o mundo. Ela é um elemento essencial pelo qual no poder do Espirito, o Deus vivo resgata seu povo e o conduz em sua jornada em direção à nova criação, tornando-o agente dessa nova criação durante a viagem". p.203
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"A unica regra certa é lembrar que a Biblia é de fato o presente de Deus para a igreja, a fim de equipa-la para a sua obra no mundo" p. 209
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CRER E PERTENCER
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"A igreja é a familia multietnica prometida pelo Deus criador a Abraão. Ela foi criada através de Jesus, o Messias de Israel, fortalecida pelo Espirito de Deus e chamada para levar a toda a criação a boa nova de que a justiça de DEus nos resgatou". p.213
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"O chamado da fé é o chamado para crer que o Deus verdadeiro, o Criador do mundo, ama voce de tal maneira que veio na pessoa do seu Filho, morreu e ressuscitou para extinguir o poder do mal e criar um novo mundo no qual todas as coisas serão endireitadas e a alegria tomará o lugar da tristeza" p.220
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"a mensagem do evangelho,anunciando que Jesus é Senhor e nos chamando à obediência contem o remedio: o perdão, concedido de forma imerecida e gratuitamente, através da sua cruz. A unica coisa que nos resta fazer é agradecer" p. 221
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"a igreja existe principalmente para 3 propositos: adorar a Deus, trabalhar pelo estabelecimento do seu reino no mundo e encorajamento mutuo" - p.223
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NOVA CRIAÇÃO, COMEÇANDO AGORA
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"Ao contrário do que muita gente pensa, dentro ou fora da familia cristã, o objetivo de tudo isso não é ir para o ceu quando morrer.
O Novo Testamento retoma o tema do Antigo Testamento ao colocar que o proposito de DEus, no final das contas, é endireitar toda a criação. A terra e o céu foram feitos para se sobreporem um ao outro, e não para se adaptarem de forma misteriosa e parcial, como acontece no momento, mas de forma completa, gloriosa e absoluta (...) O grande drama chegará ao fim não com as almas salvas sendo arrebatadas ao céu, para longe da terra perversa e dos corpos mortais que as arrastaram para o pecado, mas com a Nova Jerusalém descendo do ceu à terra pois o tabernaculo de Deus está com os homens, e Deus habitará com eles (ap. 21:3)" p. 230
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"Paulo e João, o proprio Jesus e todos os grandes mestres cristãos dos dois primeiros seculos declararam sua crença na ressureição. Ressureição não significa ir para o ceu quando voce morrer. Não se trata de "vida após a morte" , "vida após vida após morte". Ao morrer, nós partimos para estar com Cristo -vida apos a morte-. mas nosso corpo permanece morto. É dificil descrever onde estamos e o que somos nesse interim, e a maior parte dos autores do Novo TEstamento nao tenta explicar. podemos chamar de ceu se quisermos, mas nao significa que este seja o fim de todas as coisas. Aquilo que é prometido apos esse interim é uma nova vida corporea no novo mundo de Deus - vida apos vida apos a morte-
Fico admirado que muitos cristãos contemporaneos achem isso confuso. A igreja primitiva e varias gerações posteriores de cristãos chamavam isso de segunda natureza. Era assim que eles criam e ensinavam. Se o que cremos e ensinamos é diferente, está na hora de rever nossa leitura dos textos. O plano de Deus nao é abandonar este mundo, que ele disse que era muito bom. A intenção dele é refazê-lo, e quando isso acontecerr ele ressuscitará corporalmente todo o seu povo para viver nele. Esta é a promessa do evangelho cristão." p. 231
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  • "Viver como cristão significa morrer com Cristo e ressuscitar com ele. Como observamos, este é o significado do batismo, o ponto de partida da peregrinação cristã. A figura da peregrinação é util, uma vez que o batismo relembra a historia dos filhos de Israel saindo do Egito em direção a terra prometida. O mundo inteiro é agora a terra santa de Deus, ele irá regenerá-lo e renova-lo como meta final de todas as nossas andanças.
  • Nossa peregrinação começa com a morte e ressureição de Jesus. Nosso objetivo é a renovação desta criação corrupta. Isso significa que a rota pelo deserto, o caminho de nossa peregrinação, inclui renúncia por um lado e redescoberta por outro" p. 234-35.
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Renúncia: a unica maneira é buscar uma força superior a nos, a força do Espirito Santo, com base no compartilhar da morte e ressureição de Jesus pelo batismo.
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Redescoberta: aprender a viver como cristão é aprender a viver como um ser humano renovado, antevendo a nova criação em um mundo que aguarda ansiosamente e com gemidos pela redenção final.
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"A fidelidade conjugal simboliza e antecipa a fidelidade de Deus para com toda a criação, do mesmo modo que outros tipos de atividade sexual simbolizam e incorporam as distorções e corrupções do mundo presente" p. 244
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"No cerne da etica cristã está a humildade, enquanto que no cerne de suas imitações está o orgulho. Estradas diferentes levam a diferentes destinos, e os destinos revelam o caráter dos viajantes" p. 245
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"Criados para a espiritualidade, nós mergulhamos na
introspecção. Criados
para a alegria, buscamos o prazer. Criados para a justiça,
buscamos a
vingança. Criados para os relacionamentos, buscamos traçar nosso
proprio
caminho. Criados para o que é belo, nos contentamos com a emoção. A nova
criação, no entanto, já começou. O sol já começou a brilhar. Os cristãos são
chamados a deixar para trás, no túmulo de Cristo, toda corrupção e
imperfeição,
do mundo presente. É tempo de assumirmos, pelo poder do
Espírito, nosso próprio
papel, nosso papel plenamente humano, como agentes,
arautos e administradores do
novo dia que está nascendo. Colocado de forma
simples, é isso que significa ser
cristão, é seguir a Jesus Cristo no novo
mundo que Deus tem colocado diante de
nós.

A igreja com todos os seus defeitos, é a principal comunidade
daqueles que estão tentando seguir a Jesus. Aqueles que estão começando a
descobrir essas coisas certamente encontrarão ajuda, encorajamento e
sabedoria
numa igreja local. Como diríamos a alguém que está começando a
apreciar a
musica: não se contente em escutar, aprenda a tocar um
instrumento e participe
de uma orquestra
"
p. 248-249

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Perspectivas da Nova Perspectiva




Romanos 3:21-22


"A resposta, é claro, é que para Paulo há uma conexão íntima entre a justificação gratuita por Deus de pecadores pela morte de Jesus e com base na fé, porum lado, e a criação de Deus, por outro lado, de uma nova família composta por judeus e gentios igualmente. Nós bem que podemos entender que os Reformadores,enfrentando o urgente desafio de um Catolicismo Romano profundamente corrupto,desejassem, corretamente, enfatizar o primeiro ao invés do segundo. Mas ao compartilhar seu princípio fundamental de “Sola Scriptura” nós nos comprometemos a salientar o que está lá no texto, sílaba por sílaba, mesmo que eles não o tenham feito.

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E para Paulo aquela pequena letra e é uma indicação crucial e explicativa de para onde seu verdadeiro argumento estava indo. Seu ponto é simplesmente isto: quese Deus justificasse pessoas em uma base qualquer diferente da fé, então ele seriaafinal Deus dos judeus apenas, e não dos gentios igualmente. E a menos que estejamos preparados para pensar sobre a razão de tal ponto ser assim e captar o fato de que isto é para onde o parágrafo está indo – em outras palavras, a menos que vejamos que Romanos 3:21-31 como está registrado, sílaba por sílaba, no texto da escritura inspirada, esteja indo em direção a este ponto, o qual é fortemente apoiado por todo o capítulo 4, e que este ponto não é uma questão secundária, uma “implicação extra” de um evangelho que é sobre algo muito diferente – então o princípio formal de toda a teologia inspirada na reforma terá sido sacrificado no altarde nossas próprias tradições." (pag.3)


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"Para Paulo, o que ele quer dizer com “evangelho” não é, a despeito do nosso uso atual, a descrição de um modo de salvação; não é umadescrição de como reordenar sua espiritualidade privada; não é uma ordo salutis. O “evangelho” não é, em especial, idêntico à doutrina da justificação. O “evangelho”não é em si mesmo a mesma coisa que a revelação da justiça de Deus; tal revelação tem lugar dentro do evangelho, de modo que quando o evangelho é anunciado ajustiça de Deus é, de fato, manifestada; mas o “evangelho” em si mesmo se refere à proclamação de que Jesus, o Messias crucificado e ressuscitado, é o verdadeiro e único Senhor do mundo.

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Reparem em como isso funciona em Romanos, e novamente devemos prestar atenção ao que a escritura diz ao invés do que nossas tradições teriam preferido que o texto dissesse. Paulo descreve seu evangelho em 1:3-4; então, em 1:16-17, ele explica a razão pela qual ele não se envergonha de seu evangelho, porque nele a justiça de Deus se revela. Aqueles dentre nós que cresceram na tradição da Reforma foram ensinados muitas vezes, implícita se não explicitamente, (a) que 1:16-17 é a primeira afirmação da justificação pela fé, que então se torna o tema principal da carta, (b) que a justificação pela fé é o que Paulo quer dizer por “evangelho” e (c)que 1:3-4 é uma afirmação retirada de uma fórmula de credo primitiva colocada naquele ponto por outras razões que não centrais nem ao pensamento de Paulo nem à mensagem da carta. Eu me lembro bem da luta que tive, intelectual e espiritualmente,no meio da década de 1970, quando percebi que cada um desses três pontos tinha deser desafiado em nome de uma exegese cuidadosa, fiel e acurada daquilo que Paulo de fato escreveu. Meu compromisso contínuo de ler 1:3-4 como a descrição introdutória de Paulo do próprio evangelho, 1:16-17 como uma descrição da revelação da própria justiça de Deus, que por sua vez resulta na justificação pela fé mas é também algo muito maior, e a conseqüente diferenciação entre “evangelho” e “justificação pela fé”,sem diminuir ou desmentir esta última – tal compromisso contínuo tem se justificado,se posso dizer assim, por tantos outros insights teológicos e exegéticos derivados diretamente dele que eu nem posso sonhar em voltar atrás. “Solus Christus”: o próprio Messias, não uma verdade sobre mim mesmo, nem mesmo sobre minha salvação, é o centro do evangelho de Paulo". (pag. 7)

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N.T. Wright PAULO EM DIFERENTES PERSPECTIVAS 3/1/2005 p.3 doc. pdf disponível em http://www.ntwrightpage.com/port/DiferentesPerspectivas.pdf

sábado, janeiro 12, 2008

Orgânica Igreja

Capítulo 6 Um Reino Encantado
"Controle humano e reprodução espontânea são incompatíveis"

"O Espírito Santo é referido ao menos 57 vezes nos 28 capítulos de Atos, Se nós queremos ter a experiência de Atos hoje, nós devemos deixar o controle para o Espírito Santo. Eu acredito que se uníssemos o Espírito de Deus e a Palavra de Deus em nossos corações, nós poderíamos ver um movimento espontâneo que abalaria o mundo"

"Expansão espontânea é um poder verdadeiro. É o que nós todos queremos do fundo do coração. É também o que o Senhor deseja. Vamos ter fé no Senhor da Ceifa e na semente da sua Palavra mais do que em nossos métodos ou estratégias. Vamos encontrar o caminho para acreditar mais uma vez, como uma criança, com sementes mágicas e árvores milagrosas"

pág. 89



Capítulo 7
Todos nós começamos zigotos


"Reprodução é um produto da intimidade, e nós somos criados para desfrutar intimidade. Mesmo através das igrejas, reprodução é um produto de intimidade- com Cristo, com Sua missão, com Sua família espiritual, e com o mundo perdido" pág. 93


"Eu achei isso algo perplexo, o fato que a Bíblia nunca instrui sobre como começar igrejas. Não há um só comando para tanto em toda Bíblia. A razão é bem clara: nós não começamos igrejas, mas, em lugar disso, nós fazemos discípulos que fazem discípulos. Esta é realmente o caminho para as igrejas se iniciarem, pelo menos no Novo Testamento. Jesus deu-nos uma instrução que é sobre a vida molecular da vida do Reino, por uma razão muito boa: funciona. Tente multiplicar o que é largo, altamente complexos organismos sem multiplicar sua micro estrutura, é impossível tal." pág. 98


"A micro forma de uma igreja viva é a unidade de dois ou três crentes num relacionamento" pág. 99

"Cristianismo está sempre apenas uma geração de distância de ser extinto. Se nós falharmos no processo de reprodução de nós mesmos e em passarmos a tocha da vida nas mãos da nova geração. Cristianismo irá acabar em apenas uma geração. Ainda por causa do poder da multiplicação, nós estamos há uma geração distante da multiplicaçã que completará a Grande Comissão por todo o mundo. A escolha é nossa" pág. 105
COLE, Neil Organic Church: Growing Faith Where Life happens San Francisco:Leadership NetworkPublications/Jossey- Bass, 2005. - tradução livre.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Ainda o Desejo de Status.


POLÍTICA

“como se acredita nas sociedades são praticamente meritocraticas, entende-se que as realizações financeiras são merecidas. A capacidade de acumular dinheiro é valorizada por refletir a presença de pelo menos quatro virtudes cardeais: criatividade, inteligência, coragem e perseverança. A presença de outras virtudes- humildade ou piedade, por exemplo- raramente merece atenção. As realizações não são atribuídas, como nas sociedades do passado, à sorte, à providencia divina ou a Deus- um reflexo da fé das sociedades laicas modernas na força de vontade do individuo. Os fracassos financeiros, da mesma forma, são considerados merecidos e o desemprego carrega parte da vergonha da covardia física das épocas guerreiras. O dinheiro é imbuído de uma qualidade ética. Sua presença indica virtude de seu possuidor, como os bens materiais que ele pode comprar”.(p.191-192)

“A idéia de um símbolo de status, um objeto material caro que confere respeito a seu proprietário, repousa na idéia disseminada e nada improvável de que a aquisição dos bens mais dispendiosos deve inevitavelmente exigir a maior de todas as qualidades de caráter” (p.195)

“A forma mais rápida de deixar de apreciar uma coisa pode ser compra-la- assim como a forma mais rápida de deixar de apreciar uma pessoa pode ser casar-se com ela. Somos tentado a acreditar que determinadas realizações e posses nos garantirão uma satisfação duradoura. Somos levados a nos imaginar escalando as encostas íngremes do penhasco da felicidade para chegar ao platô alto e amplo onde continuaríamos nossa vida; não somos lembrados de que logo depois de chegar ao topo, seremos chamados novamente para as planícies frescas da ansiedade e do desejo” (p.205)



CRISTIANISMO

"Em um mundo onde as construções seculares sussurram incansavelmente para nós sobre a importância do poder terreno, as catedrais no horizonte de grandes cidades podem continuar a proporcionar um espaço imaginário para as prioridades do espírito" (p.265)



Alain de Botton- O Desejo de Status- Ed. Rocco, 2004

quinta-feira, julho 05, 2007

Ainda sobre a FÉ


"A fé a capacidade de crer em Deus e submeter-se a Deus em todas as circunstâncias. É a capacidade de se deslumbrar ante as surpreendentes manifestações de Deus reveladas tanto no milagre da cura como na graça de aceitar o sofrimento e a morte com alegria e paz. Indiscutivelmente, o maior de todos os sinais e maravilhas é o milagre da conversão e do novo nascimento"


SHENK et STUZTMAN Criando Comunidades do Reino, p. 70

terça-feira, julho 03, 2007

Outra fé



A maioria dos discipulos contemporâneos busca crescer na fé para que possa usufruir mais de Deus. São poucos os que buscam crescer na fé para que possam ser mais úteis nas mãos de Deus.


Os heróis da fé não são heróis por serem muito abençados, mas porque abençoam a muitos.


Fé crer que Deus tem para nós planos de paz e felicidade, para nos dar um futuro. Somente quem crê assim é livre para deixar de pensar em si e experimentar a liberdade necessária para que as mãos sejam mobilizadas na direção do serviço ao próximo.


Não quero a fé que espera Deus trabalhar por mim. Quero a fé que me faz trabalhar para Deus;. Não quero a fé que me faça prosperar entre meus irmãos. Quero a fé que me faça cooperar e servir para que meus irmãos prosperem. No fundo, acho que sou movido por ambições maiores: não quero apenas ser fiel, quero ser herói da fé. Não me basta ser o tipo de homem que é digno do mundo. O que quero mesmo é ser o tipo de homem do qual o mundo não é digno.








Ed Rene Kivitz, Outra Espiritualidade, p. 187-188.

sábado, maio 05, 2007

Uma nova definição da Trindade


"A vida cristã é a volta ao Pai, Origem e Fundamento de toda existência, através do Filho, Esplendor e Imagem do Pai, no Espírito Santo, o Amor do Pai e do Filho"


Thomas Merton

quinta-feira, novembro 16, 2006

A Bíblia que Jesus Lia

YANCEY, Phillip A Biblia que Jesus Lia Ed. Vida, 2000.

Fé não é o apego a um santuário, mas uma peregrinação infindável do coração. Espera audaciosa, cânticos ardentes, planos ousados, um ímpeto inundando o coração, invadindo a mente – tudo isso é o impulso que nos leva [a amar aquele] que toca o nosso coração como um sino.

Abraham Heschel, p.45


“Ao colocarmos a raiva diante de Deus, colocamos tanto o nosso inimigo injusto quanto nós mesmos, com o nosso ser vingativo, face a face com um Deus que ama e faz justiça. Escondido nos recônditos escuros de nosso coração e alimentado pelo sistema das trevas, o ódio cresce e tenta infestar tudo com sua vontade infernal de exclusão. A luz da justiça e do amor de Deus, entretanto, o ódio mirra e a semente para o milagre do perdão é plantada”

Miroslav Volf p.134


“A única sabedoria que podemos ter esperança de adquirir é a sabedoria da humildade. A humildade é infinita”

T.S.Eliot p. 148


“A justiça é essencial para os profetas porque a reputação de Deus depende do fato de conseguir impor sua justiça ao mundo. Como um sino dobrando em outro mundo, os profetas anunciam que, não importa a aparência das coisas agora, só o bem, e não o mal, tem futuro”. P.186


“Os obcecados pelo Apocalipse perguntaram a respeito do reino de Deus, o futuro absoluto, à luz da situação presente do homem e do mundo. É por isso que estavam tão preocupados com a data exata da sua chegada. Jesus toma o caminho exatamente oposto: pergunta sobre a situação presente do homem e do mundo à luz do iminente advento do reino futuro de Deus. É por isso que não está preocupado com o tempo nem com a forma da vinda do reino de Deus”

Hans Kung, p. 179


“A situação de uma pessoa imersa nas palavras dos profetas é a de alguém exposto a um bombardeio incessante de indiferença, e a pessoa precisa de um crânio de pedra para permanecer insensível a esses ataques”

Abraham Heschel, p.163