segunda-feira, julho 30, 2007

Kenosis


por Ed Rene Kivitz

No Concílio de Nicéia (325 d.C.), sob o imperador Constantino, e no primeiro Concílio de Constantinopla (381 d.C.), se o consenso de que Cristo era eterno, uma encarnação divina, (chamada de "homoousios"), que significa consubstancial com Deus Pai, em uma só pessoa, porém com duas naturezas - completamente divina e completamente humana - e propósitos.

"O termo KENOSIS (ke/nwse - ekénose) que significa esvaziamento, é encontrado no Novo Testamento como o esvaziamento de Jesus (Fl 2,7), esta relacionado a sua divindade, mas precisamente ao deixar de lado seus atributos divinos sem perder sua natureza divina. Jesus deixa de depender de seu poder divino para depender do Espírito Santo". A definição é simples, mas serve.

A discussão ao redor da kenosis de Jesus está no contexto das disputas cristológicas, que debate a natureza de Jesus Cristo durante os primeiros séculos do Cristianismo, e gira ao redor do objeto do esvaziamento, ou, o que foi que Jesus deixou no céu ao descer para a terra?

No emaranhado de heresias históricas a respeito, há pelo menos duas possibilidades de explicação da kenosis: esvaziamento na forma e nos atributos. Jesus é Deus esvaziado dos atributos próprios de sua divindade (onipotência, onipresença e onisciência), embora intocado em sua natureza divina (eternidade e santidade). Isso implica dizer que o esvaziamento de Deus em Jesus não diz respeito à natureza de Deus. Deus é o mesmo, antes e depois de sua kenosis. Podemos considerar a kenosis, portanto, um critério de relação de Deus com sua criação e suas criaturas.

Creio que Deus conduz a história independentemente de sua kenosis, mas entra na história sempre esvaziado, através de Jesus. Apenas para diferenciar os critérios de relacionamento de Deus com sua criação e suas criaturas, falemos do Deus exaltado (sem kenosis) e do Deus esvaziado, em Jesus (com kenosis). Deus conduz a história desde seu alto e sublime trono, Deus exaltado, mas participa da história em Jesus, o Deus esvaziado . Estes são os sentidos das chamadas teofanias: a presença de Deus, em Jesus, no Velho Testamento, antes da encarnação.

Aqui surge um mistério: existe kenosis antes da encarnação. Somente o Deus esvaziado se manifestaria no tempo e seria passível de ser percebido por suas criaturas. O Deus em seu alto e sublime trono habita em luz inacessível (1Timóteo 6.16), e não pode ser contemplado pelo mortal.

Por esta razão, quando Moisés solicita que Deus lhe mostre sua glória, Deus lhe concede ver sua bondade: "Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti", pois "Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá" (Êxodo 33.20).

O Deus que precisa descer para saber o que se passa em Babel (Gênesis 11.5), verificar a pertinência das acusações feitas contra Sodoma e Gomorra (Gênesis 18.20 ,21), e colocar Abraão à prova (Gênesis 22.12) é o Deus esvaziado em Jesus. Dizer que tais expressões são meras figuras de linguagem implica a diminuição da verdade bíblica. Estes não são exemplos de antropomorfismo como figura de linguagem, mas de antropomorfismo como kenosis, pois o Deus que participa da história é o Deus esvaziado em Jesus.

Podemos concordar com Ariovaldo Ramos quando diz que em Filipenses 2 há, portanto, duas kenosis.. A primeira é Deus em forma de servo (a kenosis antes da encarnação): deus se esvazia para incluir a humanidade em si mesmo, diminui-se para que o finito conviva com o eterno sem ser esmagado pela eternidade e pela glória do Eterno; a segunda é Deus em forma humana (a kenosis da encarnação): Deus se esvazia para se identificar em termos absolutos com a humanidade (Hebreus 4.15,16; 10.5) e para conduzir a humanidade à participação em sua natureza divina (2Pedro 1.4).

Os grandes conflitos da espiritualidade cristã consistem no desejo humano de conviver aqui e agora com o Deus exaltado, negligenciando todas as possibilidades de convivência com o Deus esvaziado.

A maioria das pessoas quer um Deus exaltado: onipotente, onipresente e onisciente, que invade a história com seu poder e autoridade e interfere na realidade em benefício dos seus. A proposta cristã, entretanto, é um convite ao seguimento do Deus esvaziado, que habita nos seus através do Espírito Santo. Sua forma de atuação não é a intervenção que perpetua a imaturidade, mas a cooperação que convida à emancipação e autonomia.

Quanto tempo será necessário para que os cristãos assumam que o Deus exaltado continua a agir na história como Deus esvaziado? Este é o tempo de afirmação da terceira kenosis: o esvaziamento de Deus para habitar sua igreja: Deus age em nós, através de nós, apesar de nós, e nos dá o privilégio de cooperar com Ele em sua obra de redenção (João 14.16-23; 1Coríntios 3.16; 6.19; 12.4-7; Efésios 2.20-22; 1Pedro 2.4-6; Apocalipse 21.3).

domingo, julho 29, 2007

Peregrino

Quanto mais o peregrino for capaz de discernir e de interferir no outro mundo, maior a possibilidade de êxito neste mundo (...) O cristão é um peregrino que caminha em comunhão. O cristianismo é a trilha da intimidade com Deus e com o próximo. Cristianismo é conexão
p.7
A capacidade de viver um momento de cada vez, expressando a imago Dei por meio de minha singularidade, é o que chamo viver com propósito
p. 8

“Quem deseja experimentar a profundidade da vida de Deus não precisa deixar tudo de lado para olhar apenas para Deus. Ao contrário, não pode deixar nenhum aspecto da realidade circundante fora da interação com Deus



Ed Rene Kivitz, Vivendo com propósitos, Mundo Cristão

sexta-feira, julho 27, 2007

Encarnação, missão e salvação

Período Oriental
o Estado, a sociedade, a cultura, a própria natureza constituem objetos reais da missão, e não um ambiente neutro em que a única tarefa da igreja seria preservar sua própria liberdade interior, manter sua vida religiosa...No mundo da encarnação, nada de neutro remanesce, nada pode ser tirado do Filho do homem.
Alexander Schmemann in Bosch, p. 260.

Período Romano-Medieval



A esperança pelo reino de Deus se transformou em esperança pelo céu, o lugar ou estado de vida em que as pessoas que fazem o bem serão recompensadas e o qual se alcança como prêmio para perseverança. Visando a isso, desenvolveu-se uma prática penitencial cada vez mais refinada. Orientavam-se os crentes quanto a maneiras apropriadas de realizar o auto-exame espiritual a fim de que pudessem analisar melhor suas consciências e detectar suas fraquezas morais em sua constituição espiritual. Em termos positivos, esse desenvolvimento ajudou a criar uma tradição de integridade e vitalidade moral no cristianismo ocidental
p. 268

quinta-feira, julho 26, 2007

Kierkegaard - Faith and Tremble.


Faith is precisely the paradox that the single individual as the single individual is higher than the universal, is justified before it, not as inferior to it but superior—yet in such a way, please note, that it is the single individual who, after being subordinate as the single individual to the universal, now by means of the universal becomes the single individual who as the single individual is superior, that the single individual as the single individual stands in an absolute relation to the absolute. This position cannot be mediated, for all mediation takes place only by virtue of the universal; it is and remains for all eternity a paradox, impervious to thought. And yet faith is this paradox...


The difference between the tragic hero and Abraham is very obvious. The tragic hero is still within the ethical. He allows an expression of the ethical to have its telos [end, goal] in a higher expression of the ethical; he scales down the ethical relation between father and son or daughter and father to a feeling that has its dialectic in its relation to the idea of moral conduct. Here there can be no teleological suspension of the ethical itself.

Abraham's act is different. By his act he transgressed the ethical altogether and had a higher telos outside it, in relation to which he suspended it.... It is not to save a nation, not to uphold the idea of a state that Abraham does it; it is not to appease the angry gods.... Therefore, while the tragic hero is great because of his moral virtue, Abraham is great because of a purely personal virtue

terça-feira, julho 24, 2007

Conversas da Alma


a transformação verdadeira do tipo que nos transforma em quem mais ansiamos ser e torna o mundo uma comunidade que honra a Deus acontece quando os seguidores de Jesus relacionam-se com a mais profunda paixão que está dentro deles. p. 125


Nosso propósito não é meramente ouvir o que o outro está sentindo. Queremos discernir o que as forças da trevas tem falado enganosamente a nosso amigo, queremos reconhecer os sussuros do Espírito vindo dos lugares mais profundos da alama de nosso amigo que talvez ainda não tenham sido ouvidos. Isso é curiosidade transcendente. p. 162

Larry Crabb, Conversas da Alma, Ed. Mundo Cristão 2004

segunda-feira, julho 23, 2007

dinheiro e medo


"quando fazemos o que Deus quer de nós, somos abençados, ficamos espiritualmente saudáveis. Deus quer que doemos uma parte do nosso dinheiro para seu trabalho na Terra. (...) Ele quer que você supere o medo- aquele medo de confiar nele. É um lugar assustador, mas é aonde você deve ir como seguidor de Cristo.




Rick em Don Miller, Como pinguins.., p. 187

sábado, julho 21, 2007

20 days stewardship- Tim Keller

Dia 1 - Tu és nosso único tesouro.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Mateus 6:21

Jesus aqui nos dá a mais importante lição sobre dinheiro. Nosso coração, nosso desejo e esperança, está amarrado ao nosso tesouro. Nosso dinheiro e nosso coração caminham juntos. Nós todos sabemos, claro, que isso acontece. Mas, quando Jesus chama nossa atenção para esta parte da nosso caráter, ele confronta a gente.
Ele alerta-nos para a poderosa atração que a riqueza material possui, um fascínio que nos molda a agir e a acreditar de maneira contrária a confissão cristã. Nós dizemos que vivemos para o céu. Esse devocional mostra para nós para quem nos realmente vivemos. Ele nos chama para examinar onde nós colocamos nosso dinheiro e nosso coração: nos prazeres terrestres que vão desvanecer ou no reino eterno que sempre durará.


1. Onde está a maioria do seu tesouro? É lá que está seu coração também?

2. Quando você dá, isso te deixa para baixo ou anima você ? Por que?


Ore
Por um coração renovado que diga ao tesouro que fazer, não mais o tesouro diga ao seu coração o que ser.


Pense
Em seus gastos mensais, para onde vai o seu dinheiro? Quais são suas prioridades
e interesses?

Como pinguins, coelhos, cenoura...


o problema na vida, realmente, é que as coisas que mais queremos irão nos matar (...) Por causa do pecado, porque eu sou viciado em mim mesmo, porque vivo nos destroços da queda, meu corpo, meu coração, meus afetos tendem a amar mais coisas que me matam. p. 79





"não é que eu não queira descobrir minha própria forma de dar algo a Deus, o caso é que quero descobrir minha própria forma de fazê-lo de modo que não seja por meio de mera caridade" p. 86



"ao aceitar o amor de Deus por nós, nos apaixonamos por ele, e só então temos o combustível necessário para obedecê-lo (...) Em troca de nossa humildade e de nossa disposição de aceitar a caridade de Deus, recebemos um reino. E um reino de mendigos é melhor que a ilusão de um homem orgulhoso" p. 88





Donald Miller, Como os pinguins me ajudaram a entender Deus,

sexta-feira, julho 20, 2007

quarta-feira, julho 18, 2007

How to Use God to Get What You Want

Ben Rogers

Few people realize that the best part of being a Christian, besides getting into heaven, is that if you are truly good and holy and righteous you get to be rich. It’s what God wants for you! That is his greatest promise to us, right after waiving damnation.

When we see an openly wealthy person on the street we are instantly overwhelmed with awe. We can tell that their riches are the result of their pragmatic wisdom and shrewd decisions. This is all the more true for Christians of such conspicuously bountiful means. Not only must they possess all the admirable qualities of the secularly rich, they have the added blessings-to-income variable of walking in the figurative Promised Land, making them the envy of even their non-religious yet equally loaded brethren.

For instance, if you see a person come to church in a Cadillac you can know with good certainty that he or she tithes regularly and can recite the Apostle’s Creed almost completely from memory, fumbling only a bit at the “suffered under Pontius Pilate, was crucified dead and buried” part but mouthing along with enough subtlety to fool the apostles themselves (though that wouldn’t be too hard because they neither wrote the creed nor did they speak English). If in a Mercedes they are most likely a deacon, and any reverend worth his salt drives nothing less than a Bentley. His Excellency Pat Robertson allegedly drives a Maserati towing a Ferrari with a Ducati super bike shoved in the passenger seat. Case in point: the Pope has his own custom-made military grade anti-ballistics car. That’s about as much pimped out holiness as you can get.

On the other hand, if you see people coming to church and being told to park their Ford Tempo across the street then they are probably prostitutes or they read the Washington Post or something.

Not rich already? Don’t worry; you may not be too far-gone to receive God’s blessings in your life.* Though your poor soul is lost and you dwell in the darkness of a plebian tax bracket, redemption is still possible. God’s grace and blessings are no more than five easy steps away.

Step 1: Memorize the Prayer of Jabez. Even though it is little more than two verses attributed to an obscure man from the Old Testament about whom nothing else is said excepting that he was “more honorable than any of his brothers,”** it is the backbone of our faith and should be recited habitually.

Step 2: Don’t read the gospels. These will only confuse you, and you probably won’t be as excited about getting rich. Besides, it’s only four books. That leaves like 62 other books, which is still about 94% of the whole Bible. You can be a good Christian and get rich without them so don’t sweat it.

Step 3: Say you love Jesus. Though you haven’t ever really read what he said, publicly invoke his name with the utmost piety whenever the opportunity arises. Doing so privately is fine too, though this serves more as practice for the public times. Rehearsals are good, but never forget it’s the big show that counts.

Step 4: Even if you haven’t got it yet, flaunt it. Get some credit cards, go to Payday Loans, whatever, and pick up some new suits, some Christian bling, new car, hi-def plasma TV, and get ready to impress your accountability group. Delusions of blessings are almost as good as actual blessings. Besides, if people think you got God working in your wallet they’re going to be a lot more receptive to your venture capital ideas, and you’ll start rolling in piles of dough that God can anoint later when he gets around to it.

Step 5: Study the scriptures! Search through your Bible (avoiding those four cumbersome and aforementioned books of course) and find verses that can be interpreted to fit your needs. Though it is ancient, the Bible can still be a wonderfully relevant, easily accessible, and deliciously profitable text even today if applied the right amount of theological muscle.

For more literature though not necessarily information, please bring eight (8) easy payments of $79.99 to Dock 5-C at the wharf. 2:30 AM. Saturday. Come alone. No questions. No cops. No C.O.D.’s.

ego-a-esmo


"Seis bilhões de pessoas vivem neste mundo e só consigo pensar em uma- eu".


Donald Miller.

terça-feira, julho 17, 2007

Deus e a roleta.


For me, however, there was a mental wall between religion and God. I could walkaround inside religion and never, on any sort of emotional level, understand that God wasa person, an actual Being with thoughts and feelings and that sort of thing. To me, Godwas more of an idea. It was something like a slot machine, a set of spinning images thatdolled out rewards based on behavior and, perhaps, chance.


The slot-machine God provided a relief for the pinging guilt, and a sense of hopethat my life would get organized toward a purpose. I was too dumb to test the merit of theslot machine idea. I simply began to pray for forgiveness, thinking the cherries might lineup and the light atop the machine would flash, spilling shiny tokens of good fate. What Iwas doing was more in line with superstition than spirituality. But it worked. Ifsomething nice happened to me, I thought it was God, and if something nice didnít, Iwent back to the slot machine, knelt down in prayer, and pulled the lever a few moretimes. I liked this God very much because you hardly had to talk to it and it never talkedback. But the fun never lasts.



My slot-machine God disintegrated on Christmas Eve when I was thirteen. I stillthink of that night as ìthe lifting of the haze,î and it remains one of the few times I cancategorically claim an interaction with God. Though I am half certain these interactionsare routine, they simply donít feel as metaphysical as the happenings of that night. It wasvery simple, but it was one of those profound revelations that only God can induce. Whathappened was that I realized I was not alone in my own surroundings. Iím not talkingabout ghosts or angels or anything; Iím talking about other people. As silly as it sounds, Irealized, late that night, that other people had feelings and fears, and that my interactionswith them actually meant something, that I could make them happy or sad in the way thatI associated with them. Not only could I make them happy or sad, but I was responsiblefor the way I interacted with them. I suddenly felt responsible. I was supposed to makethem happy. I was not supposed to make them sad. Like I said, it sounds simple, but when you really get it for the first time, it hits hard.


I was shell shocked.



Donald Miller, Como os pinguins me ajudaram a entender Deus thomas nelson brasil

Universalismo em Paulo.

Segundo Paulo, portanto, igreja e mundo estão vinculados por um elo de solidariedade. a igreja, como criação já redimida, não pode jactar-se de uma escatologia realizada para si mesma em oposição ao mundo. Ela está inserida, como uma comunidade de esperança, no contexto do mundo e de suas estruturas de poder (...) enquanto qualquer parcela da criação de Deus sofrer, eles estarão impedidos de participar da glória escatológica.

importa que os cristãos fazem e quão autenticamente demonstram a mentalidade de Cristo e os valores do reinado de Deus em suas vidas cotidianas. Ele está incumbido de ampliar neste mundo, o domínio do vindouro mundo divino (...) É impossível crer no triunfo vindouro de Deus sem que se milite pelo Reino de Deus aqui e agora e sem uma ética que se empenhe e lute para acercar a criação de Deus da realização da promessa de Deus em Cristo" p. 191



"A igreja é chamada a ser a comunidade de pessoas que glorificam a Deus anunciando sua natureza e suas obras e tornando manifestas a reconciliação e a redenção que ele operou através da morte, ressurreição e reinado de Cristo ( 1Co 5:18-20)" p. 211


"A igreja não é metaterrenal. Ela se envolve com o mundo, o que significa que é missionária. As pessoas cristãs são conclamadas a praticar um estilo de vida messiânico dentro da igreja, mas também a exercer um impacto revolucionário sobre os valores do mundo.(...) a igreja é igreja no mundo e para o mundo, o que significa que ela tem uma vocação e missão ativa para com a ordem criada e suas instituições. A igreja é aquela comunidade de pessoas que estão engajadas em criar novas relações entre si e na sociedade mais ampla e, ao fazê-lo, testemunham o senhorio de Cristo. Ele não é um Senhor particular ou individual, mas sempre, como SEnhor da igreja, também Senhor do mundo" p. 212

" a igreja é uma realidade proléptica, o sinal do raiar da nova era em meio à antiga e, assim, a vanguarda do novo mundo de Deus. Ela age, simultaneamente como penhor da firme esperança da transformação do mundo quando do triunfo último de Deus e se empenha, em todas as suas atividades, no sentido de preparar o mundo para seu destino vindouro. A igreja sabe, que a aparência deste mundo passa e que o tempo se abrevia". p.213

David J. Bosch, Missão Transformadora

segunda-feira, julho 16, 2007

Do ex-blog do Cesar Maia


PSICOPROFILAXIA DAS DORES DA VAIA!

1. TIXOTROPIA – É o fenômeno físico-químico que explica porque o excesso de floculante para amolecer uma mistura na confecção de uma massa homogênea por moagem pode transformá-la em pedra. Jacques Seguelá –assessor de imagem de François Mitterand- em seu livro –Em nome de Deus (não traduzido ao português) recomenda aos políticos um movimento oscilante de –emersão/ submersão- de forma a não se expor continuamente à "luz do sol, pois as queimaduras do excesso de exposição, são de terceiro grau". A assessoria de Lula faz exatamente o contrário quer expô-lo ao sol (imprensa, especialmente TVs) todos os dias.

2. FALSA PROXIMIDADE – É o fenômeno em que o círculo próximo do líder (presidente, primeiro-ministro) procura levá-lo apenas aonde os aplausos serão inevitáveis. E então envolvê-lo num calor artificial de infravermelho. A assessoria de Lula vai mais longe e usa "claques de aluguel". Isso dá ao líder (presidente, primeiro-ministro) a falsa impressão de popularidade. E o mais grave: a cobertura da imprensa coonesta as imagens e esta sensação, que se transforma em popularidade de pesquisa, sem lastro.

3. A MORTE DO COMERCIAL DE 30" – Nos últimos seis anos o impacto do uso de publicidade política na TV, vem perdendo impacto. Os comerciais políticos tradicionais de 30" não produzem memória nem minutos depois. É como se o telespectador achasse tudo a mesma coisa e tivesse a sensação de manipulação. A assessoria de Lula insiste em gastar bilhões em publicidade na imprensa buscando popularidade para o governo. O efeito é zero na imprensa independente. Na imprensa dependente da publicidade do governo o efeito é uma mídia "espontânea" favorável, o que amplia a falsa impressão de que vai tudo bem nas áreas alcançadas por ela.

4. O EFEITO HERNÁN CORTEZ - É quando políticos de uma região imaginam que os fatores locais independem da presença de políticos locais (que conhecem bem a região –sob qualquer ponto de vista). A consagração no inicio é o desastre posterior. A assessoria de Lula decidiu conquistar o Rio –onde sua avaliação é a pior do Brasil- a partir da posse do novo governador. Destacou volumosa transferência de recursos e passou a trazer Lula ao Rio com freqüência às vezes semanais. Numa dessas, ele teve 4 eventos no mesmo dia e sempre acompanhado das “claques de aluguel". Até o interlocutor local escolhido –o vice-governador é um político do interior. As prioridades escolhidas foram os locais que a imprensa mais destaca. Só que são lógicas opostas muitas vezes. O governador –que deveria ter o papel principal- foi tratado como coadjuvante. Resultado: a produtividade política foi nenhuma.

5. PESQUISAS E OS SBF - Pesquisas de opinião na mão de amadores iludem. Sua leitura deve levar em conta –muito menos patamares- que tendências em série e fatores que influenciam. Por exemplo, o bolsa-família que atinge um limite e em seguida os possuidores começarão –naturalmente- a exigir mais e a capitalização passará a ser decrescente e negativa. A porcentagem mais relevante em pesquisa hoje é a dos SBF (Sem Bolsa Família). A rejeição a Lula dos SBF é de 40%. A assessoria de Lula não consegue ver que esta % será crescente pelo esgotamento –físico- e depois perceptivo, dos programas assistenciais.

quarta-feira, julho 11, 2007

Outra hipocrisia



... para Mateus, a hipocrisia é mais do que fazer de conta ou fingimento. Hipocrisia é fazer o mal. É uma falha de conduta que se refere tanto às pessoas quanto a Deus. Não fazer o bem significa fazer o mal; não produzir fruto significa produzir fruto errado. Os hipócritas deixaram de obedecer à vontade de Deus; vivem fora do relacionamento pactual com Deus; não são mais herdeiros do reinado de Deus. Aos que fazem o mal e hipócritas se contrapôem-se aos dikaioi, os justos, os que produzem fruto (Mt 13. 41-43; 23.27)"
Bosch, p. 95

Missão sofredora

"Não era possível convencer todo mundo da autenticidade de Jesus. Ele praticou seu ministério em fraqueza, sob uma sombra, por assim dizer. É assim, entretanto, que toda missão autêntica sempre se apresenta- em fraqueza. Como diz Paulo, desafiando toda lógica:"Quando sou fraco, então é que sou forte" (2Co 12.10)" p. 73


"O martírio e a missão constituem uma unidade. O martírio está especialmente ambientando no campo de missão" Von Campenhausen, p. 73
"O discipulo de Jesus nunca se forma e vira rabino. Ele pode, naturalmente, tornar-se apostolo, mas um apostolo não é um discipulo com diploma em teologia. O apostolado não é, em si, um status elevado. Um apostolo é, essencialmente, uma testemunha da ressurreição" p. 60
"Seguir Jesus não significa passar adiante seus ensinamentos ou tornar-se os depositários fiéis de suas percepções, mas ser suas testemunhas" p. 61
O reinado de Deus não se destina às pessoas que se consideram muito importantes, mas às que estão na margem: às que sofrem, aos coletores de impostos e pecadores, às viúvas e as crianças" p. 54
BOSCH, David Missão transformadora..

Brian McLaren sobre Louvor pré-fabricado

segunda-feira, julho 09, 2007

Missão Transformadora


"A tarefa da teologia contemporânea não é realmente distinta do que os autores do Novo Testamento se propuseram tão ousadamente a fazer. O que eles fizeram para época deles é o que temos que fazer para nossa própria épóca. Também nós temos que escutar o passado e falar para o presente e o futuro" p.40

"Uma tarefa crucial para a igreja hoje é verificar continuamente se sua compreensão de Cristo corresponde à compreensão das primeiras testemunhas" p. 41

David J. Bosch, Missão Transformadora, Ed Sinodal.

Brennan Manning

Verdade, prática.

A verdadeira espiritualidade não é uma fuga da vida. Ela é essencialmente revolucionária, e o teste de sua genuinidade é prático

Kenneth Leech

Palavra e chamado.

"A palavra é palavra e ato. Dizer uma palavra implica que a ação é consequência do que foi dito. Por trás da palavra está pessoa. A visão hebraica e bíblica da pessoa é que ela é uma unidade- uma unidadade psico-pneumo-somática (alma, corpo e espírito). As palavras, portanto, não apenas sons incidentais que saem de nossos corpos; elas são uma extensão da pessoa, a autodoação da pessoa. Dar a palavra é dar a essência daquilo que se é. Se a pessoa carece de integridade, suas palavras cairão no chão (serão inúteis, terão pouco significado), como não foi, por certo o caso de SAmuel (1 Sm 2.19)" p. 160



"Vocação é muito mais que simplesmente trabalhar. É a escolha de Deus de que o escolhido pertença a Deus, viva da maneira que Deus quer e faça a obra de Deus no mundo". p. 175
"Monumentos apontam para um pessoa a fim de trazer honra ao nome dela; memoriais nos direcionam a Deus, a fim de fortalecer a nossa fé" p. 215

"As Sagradas Escrituras nos convidam, pessoas traiçoeiras e fraudulentas, a nos apegar a Deus e lutar por uma bênção. Quando finalmente desistirmos de nosso orgulho auto-suficiente, o anjo do Senhor, a quem conhecemos como Jesus Cristo, nos abraçará bem forte, em um gesto de amor do qual nada pode nos separar" Calvin Seerveld na p.226

"A espritualidade não deve ser reservada para lugares especiais, pessoas especiais, para a fronteira da existência. A espiritualidade é responder ao Deus que nos busca com totalidade de nossa vida, no centro de nossa existência cotidiana, e não na fronteira. E um espiritualidade na prática não nos torna religiosos, mas plenamente humanos". p. 230.


R. Paul Stevens, Espiritualidade na Prática Ed. Ultimato.

quinta-feira, julho 05, 2007

Ainda sobre a FÉ


"A fé a capacidade de crer em Deus e submeter-se a Deus em todas as circunstâncias. É a capacidade de se deslumbrar ante as surpreendentes manifestações de Deus reveladas tanto no milagre da cura como na graça de aceitar o sofrimento e a morte com alegria e paz. Indiscutivelmente, o maior de todos os sinais e maravilhas é o milagre da conversão e do novo nascimento"


SHENK et STUZTMAN Criando Comunidades do Reino, p. 70

quarta-feira, julho 04, 2007

Esboço de Igreja


"Uma igreja que não compreenda sua vocação em relação às pessoas em aflição, e para a qual o ensinamento e a pregação não correspondam aos problemas levantados pela situação atual, uma Igreja que não se ponha inteiramente no trabalho de responder à urgência dessa tarefa esmagadora, celebrará seu próprio funeral. Oxalá cada cristã individualemente possa ver claramente o que sua fé implica: enquanto ela não passa de uma espécie de agradável torre de marfim que o dispensa de pensar em outrem, enquato ela lhe oferece um alíbi fácil e faz dele um ser duplo, ela não é autêntica"

Esboço de Dogmática, Karl Barth, p.41-42

Pr. Marcos na polinter

terça-feira, julho 03, 2007

Outra fé



A maioria dos discipulos contemporâneos busca crescer na fé para que possa usufruir mais de Deus. São poucos os que buscam crescer na fé para que possam ser mais úteis nas mãos de Deus.


Os heróis da fé não são heróis por serem muito abençados, mas porque abençoam a muitos.


Fé crer que Deus tem para nós planos de paz e felicidade, para nos dar um futuro. Somente quem crê assim é livre para deixar de pensar em si e experimentar a liberdade necessária para que as mãos sejam mobilizadas na direção do serviço ao próximo.


Não quero a fé que espera Deus trabalhar por mim. Quero a fé que me faz trabalhar para Deus;. Não quero a fé que me faça prosperar entre meus irmãos. Quero a fé que me faça cooperar e servir para que meus irmãos prosperem. No fundo, acho que sou movido por ambições maiores: não quero apenas ser fiel, quero ser herói da fé. Não me basta ser o tipo de homem que é digno do mundo. O que quero mesmo é ser o tipo de homem do qual o mundo não é digno.








Ed Rene Kivitz, Outra Espiritualidade, p. 187-188.

segunda-feira, julho 02, 2007

Outra espiritualidade

Ed René Kivitz Outra Espiritualidade Ed. Mundo Cristão

Missão integral
"A igreja é a comunidade da graça, comunidade terapêutica, agência de transformação social, sinal histórico do Reino de Deus, instrumentalizada pelo Espírito Santo enquanto serve incondicionalmente a Jesus Cristo, Rei dos reis, Senhor dos senhores, a quem seja glória eternamente, amém" p. 57


"Jesus nunca orou em busca de poder. Na verdade, sempre advertiu seus discipulos a respeito das armadilhas do poder. Seu reino não seria de servos, mas de amigos, e seus amigos deveriam reinar não como poderosos, mas servos. Jesus esteve ocupado em manter-se submisso ao Pai, guardando a exata relação de dependência e rendição. As expressões de poder seriam consequências naturais. Curar pessoas, expulsar demônios, andar sobre as águas, alimentar multidões, ressuscitar mortos e falar com autoridade eram os bons frutos da árvore boa, que mesmo sendo em forma de Deus, não teve por usurpação aferrar-se aos seus direitos e prerrogativas divinas. Esvaziou-se, assumiu a forma humana e vestiu os trajes de servo, pois sabia que, no mundo dos homens, o poder seduz e degrada quem o possui, mas o amor constrange os corações na direção de Deus Pai. Mesmo porque o inferno, ainda imperfeitamente, imita o poder de Deus, mas jamais é capaz de um mínimo gesto de amor" p. 72-73

Padre Antonio Vieira:
"a Palavra de Deus apresentada com sentido inverso ao pretendido por Deus ao proferi-la não é palavra de Deus; é palavra do Diabo" p. 65

"Ministérios institucionalizados não se preocupam em transformar vidas de dentro para fora, querem mesmo é conquistar o mundo e organizar uma sede internacional" p. 87


"A conversão já não implica transformação, e os frutos dignos do arrependimento já não são esperados ( Mt 3:8). Pior do que a adesão institucional, a legitimidade da conversão está vinculada à satisfação do cliente. Convertido não é aquele que se tornou nova criatura ( 2Co 5:17), mas aquele para quem Deus funciona, em que funcionar equivale abençoar". p. 90

Outro Casamento.


"O compromisso conjugal não é um atalho para o prazer indolor, mas um passo na direção da coragem para o autoconhecimento, da transformação e do crescimento pessoal, no intercâmbio de forças e fraquezas, em que um faz o outro melhor, muitas vezes às custas de atrito e faísca, pois somente o ferro com ferro se afia. Costumo dizer que durante a vida de solteiro nos estragamos, e o casamento é a principal resposta terapêutica de Deus. Quem não quer crescer, vencer limites emocionais, rescrever sua história, exorcizar seus demônios, fica solteiro e pula de paixão em paixão, em relações que são eternas enquanto duram. Isso sem falar na saúde das futuras gerações e no equilíbrio sistêmico possível apenas a uma sociedade que saiba valorizar a família" p. 45

Ed Rene Kivitz, Outra Espiritualidade.

cRiando....


"A visão compele o fundador de igrejas a prosseguir até que todas as pessoas tenham a oportunidade de aceitar o convite de Jesus Cristo. Toda congregação fiel, todo fundador de igrejas , todo cristão deve orar para que a visão de Deus se torne nossa visão". p. 48

Jeremy Camp

Só não dá.


"Vivendo só um homem busca apenas sua própria salvação, o que é contrário à lei do amor...Ele não tem ninguém que corrija suas falhas...Deus nos fez como partes delicadas do seu corpo para depender, cada qual, da ajuda do outro...Os homens em comunidade, compartilham seus dons...Como pode alguém ser humilde, misericordioso ou paciente, se não houver outra pessoa perto? Os pés de quem você vai lavar, quem você vai servir, como você pode ser o menor entre todos, se você está só?"

Basilio de Capadócia

Criando Comunidades do Reino


Livro de David Shenk e Ervin Stutzman

"A intenção de Deus é que cada congregação de crentes em Jesus seja uma surpreendente revelação da presença do seu reino na terra. Esses admiráveis agrupamentos celestiais são expressões audiovisuais da continuidade da vida e do ministério de Jesus, em sua plenitude, neste mundo mau (Ef. 1:22-23)" p. 12


"O mundo naqueles tempos era dividido por lutas raciais e étnicas. A Igreja de Antioquia representava um novo desenvolvimento. Sua congregação, composta de pessoas de muitas e variagens origens raciais e étnicas, e dirigidas por líderes de três continentes era inédita. A igreja de Antioquia era única e tão especial que os pagãos deram a seus participantes um apelido: cristãos. Os cidadãos daquela cidade reconheceram que o amor que unia seus membros era um dom de Cristo." p. 31

domingo, julho 01, 2007