quarta-feira, dezembro 05, 2007

101 dias em Bagdá


Neste ano li como nunca sobre o oriente, todo o terrorismo, toda dor, nos fez descobrir o vizinho, o inimigo bárbaro que se espreita no fim do império.... verdade ou inverdade, as pessoas são as mesmas lá e cá, as dores e angústias pesam as mesmas gramas, lá um pouco menos, dada a fome e miséria.

Como li no Neve, a questão não deve se resumir a paranóia ocidental são pobres, são imbecis, logo, são fanáticos, e bárbaros, há mais sutileza nesta cadeia de raciocínio e é preciso muito mais leituras para entender, ou pelo menos dialogar com o oriente, então, sigo meu caminho curioso e capitalista- leitor de livros comprados no carrefour- no oriente.

Então, passe os 101 dias em Bagdá de Asne Seierstad, a guerra, sua expectativa e desilusão no meu caminho à Marília.


Neste livro, a autora relata o que viu e viveu em Bagdá entre os meses de janeiro e abril de 2003. Usando sua experiência como correspondente, Seierstad faz uma crônica do cotidiano na Guerra do Iraque, mostrando como vivem os iraquianos, como reagem durante os bombardeios, suas opiniões sobre o regime deposto de Saddam Hussein, as expectativas em relação ao futuro e a censura à imprensa estrangeira.
Em artigos na imprensa e reportagens ao vivo para a televisão, a autora reportou os acontecimentos no Iraque antes, durante e depois dos ataques americanos e britânicos. Sempre em busca de histórias menos óbvias que as da pura e simples invasão militar, Seierstad procurou expor o universo do conflito além das manchetes. O resultado foi este relato de sua estada entre o povo iraquiano - um valioso e impressionante retrato da realidade. Desde o momento em que chegou a Bagdá, com um visto de dez dias, a autora estava determinada a descobrir os novos segredos daquela terra antiga e a conhecer as condições reais de vida dos iraquianos.
'101 dias em Bagdá' apresenta ao leitor a vida cotidiana sob a constante ameaça de ataques - primeiro do governo iraquiano e depois dos bombardeios americanos. Passando do silêncio ensurdecedor da era de Saddam Hussein às explosões que interromperam o fornecimento de eletricidade, água e outros serviços essenciais no país, Seierstad revela o que acontece às pessoas diante de situações-limite - do que sentem mais falta quando seu mundo se transforma num campo de guerra? O que denunciam quando não há censura? A autora traz à vida um elenco de personagens inesquecíveis - o burocrata responsável pelo atendimento aos jornalistas estrangeiros, Uday al-Tay; Zahra, mãe de três filhos; Aliya, guia e intérprete que se tornou amigo. Ao confiar em uma mulher européia sem roteiro preestabelecido, esses e outros iraquianos desabafam e narram acontecimentos jamais reportados nos jornais e redes de televisão.

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