sábado, julho 28, 2012

O reino de Deus: seu nome e sua vontade glorificadas na oração.

MATEUS 6:7-12:  E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.  O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.   Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém


Tudo sem oração é nada.

A primeira coisa que precisamos saber sobre a oração é que precisamos aprender a orar, nunca sabemos o suficiente. Tudo que podemos aprender sem oração não será nada.

1. Pai.

A primeira confiança que precisamos ter quando dobramos nosso joelho para orar, é que temos um Pai que sabe quem somos e que precisamos. Lembre-se que a oração começa com o Espírito de Deus e termina com Espírito, é Ele quem nos leva a oração e também quem dá as palavras que precisamos.

A confiança da nossa oração nasce  que agora somos filhos de Deus por meio de Jesus Cristo (1Jo 3:1). E clamamos a Deus a quem temos agora acesso pelo seu Espírito (Ef. 2:18) quando o recebemos (Rm 8:15).

Um dos grandes inimigos da oração somos nós mesmos, por vezes, ficamos tão concentrados em nós mesmos e em nossos problemas que esquecemos de invocar a Deus em sua absoluta majestade e deixamos que nossas circunstâncias diminuem a grandeza e a graça de Deus para nossa vida. Por isto, o Pai nosso começa lembrando para cada um de nós quem Deus é:

"Antes de começarmos a pensar em nós mesmos e em nossas próprias necessidades, antes de nossa preocupação com o próximo, devemos começar nossa oração por esse grande interesse acerca do Senhor Deus, de sua honra, sua glória. Não existe princípio mais básico em conexão com com o qual a vida cristã exceda a isso em grau de importância"  D. Martyn Lloyd-Jones, Estudos sobre Sermão do Monte, p. 344.

2. O nome, a vontade e o reino: os alvos da oração.

No céu, hoje o nome, a vontade e o reino de Deus são santificados plenamente, contudo, na terra até sua volta, já podemos experimentar a glória destas três coisas, mas ainda não estão plenamente cumpridas.

A oração é um grito de guerra em busca da concretização destas três coisas na terra hoje. 

O nome.

Toda a criação foi feita por Deus para glorificar o nome  de Deus ( Jo. 12:28).  Tudo que fazemos nessa terra devemos fazer para a glória deste nome. Crer no nome de Jesus é confiar naquilo que Ele conquistou por cada um de nós.

É ter a fé naquilo que Deus alcançou e pode alcançar em nosso favor. Saber que Deus veio e buscou a cada um de nós, e pelo seu grande amor por nós alcançou um nome que é sobre todo nome.

Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, Filipenses 2:9-10



A vontade.

No céu, a vontade de Deus é perfeita, na terra ela é:

1. A certeza que temos em Jesus um irmão (Marcos 3:35)

2. A certeza de que somos ouvidos por Deus ( João 9:31)

3. A certeza de alegria para a nossa vida (Sl. 40:8)


Quando oramos estamos nos colocando debaixo da proteção do nome de Jesus e buscando realizar sua vontade na terra. Podemos orar tendo a certeza que Ele é quem opera em nossas vidas, tanto o querer como o efetuar (Fp. 2:13).

A carne são nossa vontade, pensamento e emoções, quando vivíamos longe de Deus, estávamos perdidos buscando realizar apenas aquilo que queríamos e nosso caminho era de pecado e morte. Quando somos achados por Deus o nosso espírito se acende pelo Espírito Santo, e a nossa vida passa a ser guiada pela vontade de Deus e não a nossa.


O reino.

"O exercício da soberania de Deus no céu, em seu Reino, deve se tonar realidade também em todos os lugares sobre a terra também" Oscar Cullmann, Oração no Novo Testamento, p. 120


Se colocamos nossa confiança no poder do nome de Jesus e fazemos sua vontade para manifestar sua glória, o reino de Deus está próximo. 

Todos temos um reino interior, quando estamos no pecado, buscamos em vão governar a nossa vida com nosso desejos, nossas vontades e nossos interesses. No mundo exterior, há um outro reino decaído, onde o pecado alimenta esta pobreza de vida interior.

O reino de Deus está ligado ao poder de Deus (1Co 4:20). O poder vem do seu nome, da sua glória que fez todas as coisas para o melhor propósito que existe: sua glória. O reino de Deus é quando o poder e a vontade de Deus se materializam na vida do cristão.

No reino de Deus brilha a santidade do nome e da vontade de Deus que dá vida a cada um de seus filhos para manifestar este reinado. 

A pobreza é a porta de entrada neste reino, reconhecer que em nós nada temos de nome, vontade suficiente ou poder para alcançar o Reino de Deus.

“A única maneira do Reino de Deus ser suficientemente forte, de um modo verdadeiramente libertador, é através de um certo tipo de fraqueza, escandalosa e não-coercitiva, a única forma de ser poderoso é através de uma fenomenal vulnerabilidade, a única maneira de dar vida é morrendo, o único modo de ter sucesso é fracassando?”Brian McLaren, A mensagem secreta de Jesus,  p. 95


Quando vivemos para o reino de Deus?

A nossa fé não está em qualquer qualidade pessoal nossa, mas no nome e na pessoa de nosso Deus revelado pelo seu Filho Jesus Cristo.

A nossa vontade, pensamento ou esforço são incapazes de fazer aquilo que Deus quer, por isto temos que pedir, nos alimentar da vontade Deus que é perfeita revelada em Jesus Cristo.

O nosso amor vem do reinado de Deus sobre as nossas vidas, aquilo que fazemos é em nome de Jesus, nosso Senhor e Salvador.

O reino de Deus nada mais é que o próprio Jesus em nossa vida e no mundo:


E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós. Lucas 17:20-21




terça-feira, julho 24, 2012

Definições: Amor - existe limite?

1CORÍNTIOS 13.4-8, 13   A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata  leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.


Estamos conversando sobre definições que Bíblia traz sobre 3 conceitos chaves da vida cristã: a fé, a esperança e o amor.

Já vimos que a fé é o início do nosso relacionamento com Jesus, é quando deixamos de confiar naquilo que temos e passamos a desfrutar daquilo que Ele é para nós. Numa linguagem teológica a fé está ligada a nossa justificação.

A esperança está ligada a nossa santificação, ao permanecer em Cristo, à graça futura. É a nossa vida que está sendo construída pelo Espírito Santo afim de revelar a presença de Cristo em nós.

Agora, o amor é a manifestação desta vida externamente, é o compartilhar a beleza, a satisfação e a segurança que Jesus tem dado a nós. São os frutos do Espírito.

Pensando na metáfora da videira de João 15, a qualidade de nossos frutos não provém de nenhuma qualidade nossa ( e sim, da fé) e como também não vem de nenhum esforço pessoal (e sim, da esperança). 

1. O limite do amor é o próprio Amor.

No texto citado de 1Coríntios fala que o amor não tem limites- a inveja, a leviandade, a soberba, a indecência, o auto-interesse, o julgamento. Como também há outros inimigos como a falência de nós mesmos, o tempo, a paciência e a nossa perseverança.

Porque o amor pode vencer todos estes inimigos? Por que o amor não vêm de nós mesmos, apenas recebemos o amor. Se dependesse de cada um de nós produzir e conversar o amor, o fruto seria amargura e ódio jamais amor.

Se olhamos para nós mesmos buscando alguma força para vencer estes inimigos, já podemos desistir antes mesmo de começar, mas não está em nós a fonte de vida, a causa para que podemos cumprir aquilo que ordena as escrituras é que Jesus Cristo já cumpriu, e somos um com Ele e assim, podemos viver a plenitude da vida.

"O fruto é aquilo que o Agricultor pretende dar ao mundo. O fruto é exatamente aquilo que Deus sabe que o mundo precisa. A vida de Jesus demonstrou perfeitamente o que Deus pretende e o que o mundo precisa. Agora Jesus habita em nós para garantir que o fruto permaneça disponível ao mundo que tanto necessita dele" Carlos McCord, A vida que satisfaz, p. 92

O limite do amor é o limite da nossa satisfação pessoal em Jesus Cristo, o limite do amor é quanto de vida está correndo no interior do ramo.

O limite do amor é o próprio amor.

Deus nos fez para sua própria glória, não há outro lugar em que podemos descansar. Um vida de ódio não combina com a nossa felicidade, imagine-se odiando uma pessoa 24 horas por dia e 7 dias por semana. Você pode ser qualquer coisa assim, menos feliz.

Deus nos ordenou o amor para a nossa própria felicidade.

"O amor é a expansão e o transbordar do prazer em Deus, que alegremente supre a necessidade de outros" John Piper, Plena Satisfação em Deus, p.49.


2. Zaqueu: o dinheiro, a graça e o amor.

Um dos meios que Deus usa nossa vida para levar amor para outras pessoas são nossos recursos. Jesus disse que onde está o nosso tesouro, aí estará também nosso coração. Muitos tentam fugir dessa verdade, espiritualizando esta passagem. Mas, o que Jesus quis dizer é a verdade de que onde colocamos nosso dinheiro, aí está o que amamos.

A ganância é tratada pela Bíblia como uma idolatria (Cl 3:5), porque acreditamos que nosso dinheiro pode trazer paz, segurança e satisfação que apenas Deus pode dar. O resultado é que perdemos nosso contentamento em Deus e assim, impomos um limite ao amor.

Vamos ver como Jesus muda isto na bem conhecida história de Zaqueu:

LUCAS 19:1-10  E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando.   E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico.  E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali.  E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo. E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.


Zaqueu era um homem pequeno, queria ver Jesus mas não conseguia, subiu numa árvore para poder vê-lo, Jesus vem ao seu encontro e propõe ir a sua casa.

Uma das primeiras coisas que devemos saber a respeito deste homem é que não foi somente sua baixa estatura que o fez subir naquela árvore, mas por que ele era publicamente taxado como um homem pecador, se não fosse assim, ele poderia ter buscado um lugar a frente da multidão. A segunda coisa que devemos notar que ele era um coletor de impostos, era um pessoa que vivia uma vida dedicada ao dinheiro, e ganhava dinheiro cobrando impostos romanos dos judeus. Seria como se o Brasil fosse invadido pela Argentina, e ele agora estava trabalhando para Argentina se enriquecendo.

Vemos duas coisas aqui: a ganância como estilo de vida que o afasta de Deus e o julgamento das outras pessoas que também o afastam de Deus.

Zaqueu nunca conheceu uma pessoa que não o difamava, nunca encontrou alguém que o levasse esperança. Precisou Jesus vir até ele.

Abrindo um parêntese, muitas pessoas hoje são afastadas de Deus porque muitos crentes nominais, irmãos mais velhos, ficam dizendo que essas pessoas são pecadoras e jamais levam o amor da graça de Deus.

Voltando, Jesus pede para comer em sua casa, o Evangelho de Deus começa a se relacionar com ele, e sua vida é transformada. Como podemos dizer isto? Pelo modo como ele lidou com o dinheiro:

 E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Jesus não diz para ele se você cumprir seu plano mesmo,. você poderá será salvo. Ele não deixa condições. Por que? 

Porque quando a nossa vida entra em contato com a graça que há em Jesus, tudo passa a ver visto de uma nova forma.  Tudo começa a ser visto pelo olhar de Jesus e sua generosidade, que abriu mão de tudo para alcançar a cada um de nós e que sustentará nossa vida por toda a eternidade.

Quem descobre isto, descobre uma alegria que o dinheiro não pode dar. Quando somos impactados por Jesus, somos levados a impactar outras vidas pela presença de Jesus em nossa vida.

3. Amar é arriscar-se!

1 João 4:18-19: No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor  Nós amamos, porque ele nos amou primeiro. 

Isto me leva ao último ponto, amar é arriscar-se! É confiar na graça de Deus que trabalha em nossa vida e vai continuar trabalhando. 

Jonh Piper coloca que na vida ou a desperdiçamos ou a perdemos. C.S. Lewis coloca que há duas escolhas: servir no céu ou ser senhor no inferno. Viver para amar é uma vida de riscos,  porque quando estamos cheios do amor de Deus somos colocados pela fé em situações onde o impossível acontece.

Aqueles obstáculos para amar deixam de ser obstáculos, porque o amor dele na nossa vida, lança fora todo o medo. E deixamos de viver guiados pelas nossas vontades, desejos e satisfações e passamos a viver contentes na sua graça, na sua provisão diária.

O medo paralisa o amor porque pensamos que haverá percas,  mas arriscar em amar  me leva a viver na confiança de que Deus é existe e é dEle que vem a minha recompensa (Hb 11.6).

Carlos McCord coloca em a vida cristã em três palavras com R: receber, regozijar e repartir. Lembre-se sempre disso! Recebemos as perfeições divinas pela obra de Deus Pai através Jesus, regozijamos da perfeição de Cristo em nossa vida diária através do Espírito Santo dado pelo Pai e repartir a vida de Jesus com outros pela força do Espírito movidos pelo amor do Pai.

Porque por ele, por meio dEle e para Ele são todas as coisas, Paulo dizendo que a fé, a esperança e o amor é o próprio Jesus. Somente permanecendo nEle podemos ter vida.

"Quando as intenções de Jesus se movimentam livremente na vida de uma pessoa, ela é como Jesus. A boa notícia é que não temos que colocar isto na vida de ninguém. Jesus já está lá! O que falta nessas vidas, não falta!"  Carlos McCord, p.95

Por que o amor é o maior dos três? Algumas dicas:

E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. 1Jo 4.16

Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.  1Jo 4.8

Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. Lc. 15:10





Fontes Bibliográticas:

Carlos McCord - A vida que satisfaz

John Piper - Plena Satisfação em Deus.

John Piper - Não jogue sua vida fora.

Timothy J Keller- Counterfeit Gods

segunda-feira, julho 23, 2012

John Piper: Não jogue sua vida fora. (cps 1-6)


Algumas coisas que catei na leitura do livro do Piper, apesar da capa horrorosa que a Editora Cultura Cristã deu ao livro, é um baita livro como diria o Neto!


O modo de não desperdiçamos nossa vida é viver para a glória de Deus e ter deleite nEle. Deus nos fez para glorificar a Ele tendo prazer nEle e, assim, demonstrar sua excelência em todas as esferas da vida.

Por outro lado, a vida desperdiçada é uma vida sem paixão por Deus.

Fomos feitos para ver e saborear Deus, e assim espalhar esta satisfação. Quando deixamos de mostrar isso, pecamos.

E Deus nos ama, nos libertando das garras do egoísmo para que possamos conhecê-lo e admirá-lo para sempre.

No capítulo 3, Piper coloca  a cruz como o centro da Glória de Deus, se não vemos a beleza da glória na cruz, desperdiçamos a vida. conforme Gl 6:4, a única coisa que podemos nos gloriar é na cruz de Cristo. 

"Toda boa coisa na vida (ou coisa ruim que graciosamente é tornada em bem) tem o alvo de engradecer Cristo e este crucificado" p. 45

Na cruz, Cristo morreu por nossos pecados, nos livrou da ira de Deus, e assegurou para nós a graça onipotente de Deus que opera todas as coisas para o nosso bem.

O outro sentido do versículo é quando Cristo morreu, todos nós pela fé morremos com Ele, e assim ficamos unidos com Ele pela morte - Rm 6:5. O que vive agora é uma nova criatura que tem uma única paixão: exaltar Cristo e sua cruz.

No quarto capítulo, Piper fala sobre magnificar Cristo por meio da dor e da morte.  Se experimentamos a morte como lucro, você magnifica a Cristo na morte - Fp. 1:20-21.

No quinto capítulo, é melhor perder a vida que jogar ela fora. O risco faz parte da vida cristã, há uma falsa segurança que nos impede de arriscar pelos outros. 

"Como você pode ser mais que um vencedor, quando arrisca pela causa de Deus e sai ferido por isso? (....) Uma resposta bíblica é que um vencedor derrota seu inimigo, mas um que é mais que vencedor subjuga seu inimigo. Um vencedor anula o propósito de seu inimigo, mas um que é mais que vencedor faz com que o inimigo lhe sirva para seus próprios propósitos. Um vencedor abate seu inimigo, um que é mais que vencedor faz de seu inimigo escravo" p. 79


O alvo da vida  é com alegria, tornar outros alegres em Deus. O perdão é o modo como Deus remove o obstáculo da nossa comunhão com Ele.  Quando buscamos a alegria dos outros a nossa custa até, não estamos jogando fora nossa vida.

"Quando falo de alegria em Deus, portanto, falo em uma felicidade alegre que tem raízes no decreto eterno de Deus, foi comprada pelo sangue de Cristo, surge no coração nascido de novo por causa do Espírito de Deus, desabrocha em arrependimento e fé,  constitui a essência da santificação e semelhança de Cristo, e dá surgimento a uma vida de amor e uma paixão por redimir o mundo segundo a imagem de Deus. Alegria em Deus é uma realidade maciça planejada, comprada e produzida por Deus na vida de seus eleitos para glória de seu nome" p. 85



domingo, julho 22, 2012

O importante é ser feliz: o propósito da vida.

MATEUS 19.16-26:   E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?    E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom, senão um só que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.  Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me. E o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.   Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus. E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus. Os seus discípulos, ouvindo isso, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá, pois, salvar-se? E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.


1. A felicidade não combina com a glória de Deus.

Hoje se há um absoluto sobre qual é o sentido da vida, podemos resumir numa simples frase: o importante é ser feliz! 

Muitas pessoas pensam que na vida elas tem duas escolhas: ou buscam sua própria felicidade ou buscam a glória de Deus.  Para muitos, as duas coisas são impossíveis, são como água e óleo. 

O significado da  felicidade do mundo de hoje não é muito distante do mundo antigo, o mundo daquele jovem mancebo.  A felicidade estava em ter coisas e não dever nada para ninguém, contudo, esta felicidade não era suficiente para ele viver uma vida de alegria. 

Faltava-lhe alguma coisa, tanto era assim, que ele foi atrás de Jesus buscando saber o que ele precisava adquirir ou fazer para entrar na vida eterna. 

Quando ele chega perante Jesus, ele chama-o de bom mestre. Jesus responde dizendo por que chama Ele de bom, se bom só é Deus. Jesus está se identificando para aquele homem.  Era como se Jesus estivesse dizendo: Você está entendendo que está falando com Deus, é isso? Você confia em mim como Deus? 

Jesus o ordena que guarde os mandamentos porque a felicidade está na vontade de Deus, em ouvir a Deus e fazer o que Ele mandar.

O jovem diz que guarda, mas ainda falta alguma coisa. 

Jesus entende, ele guarda mas seu coração está não na vontade de Deus mas nas coisas que ele têm e faz. Aí, Jesus toca na ferida, vá vende tudo quanto tem e me segue.

O jovem vai triste embora, não consegue entender que a verdadeira felicidade está em viver na fé em Jesus, em conhecer Ele a cada dia dependendo dele, glorificando a Ele no caminho.


2. Felicidade é viver para glória de Deus.

1Cronicas 16.10
   Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR.


Salmo 105.3   Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao SENHOR.



A felicidade não está em algo que possamos ter ou fazer, a felicidade verdadeira está em conhecer a Deus e viver dependendo dEle minuto a minuto, momento após momento. 

Hebreus 11.6   Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.

A bíblia deixa claro que a felicidade do homem e a glória de Deus  caminham juntas, existe em Deus uma felicidade para cada um de nós que supera qualquer uma deste mundo. 

Deus está pronto para encher cada um de nós com sua alegria, é necessária que peçamos a Ele mais e mais dessa alegria. Como diz Andrew Murray, o único modo de não termos sede é continuarmos sedentos.

"Fomos feitos para ver e saborear Deus- e saboreando-o, ser supremamente satisfeitos , e assim espalhar em todo mundo o valor da presença dele. Deixar de mostrar às pessoas o Deus que tudo satisfaz é não amá-los" John Piper (NJSVF, p. 29)

O prazer em Deus é o destino da nossa alma, Deus nos criou para sermos satisfeitos com nada menos que a sua própria presença dentro de cada um de nós. 

Se temos em Deus a maior alegria desta vida, a própria torna-se lucro (Fp. 1:20-21). Cristo é o nosso tesouro, é nossa recompensa, o nosso prazer. Ele deve ser uma satisfação tão profunda que quando a morte levar tudo que você ama, ela vai te dar mais de Cristo e você considera isto lucro.

Em Hebreus 11.26, fala que Moisés suportou as dores tendo em vista a recompensa que Jesus tinha para ele. Buscamos em Deus, uma recompensa maior que a que há no mundo.

"Não é possível agradar a Deus sem buscar gratificação nele. Portanto, a adoração que agrada a Deus é a busca prazerosa por Deus. Ele é a recompensa que supera a grandeza de tudo o mais" John Piper, PSD, p. 61

3. O que é impossível aos homens a Deus é possível.

Galatas 6.14   Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo.


A cruz de nosso Senhor é a prova da maior alegria do cristão, Deus faz o que era impossível para nós possível. Deus revela a grandeza do seu amor para cada um de nós. Traz de novo a felicidade para o nosso coração, perdoa cada um de nós, afasta a sentença de morte e nos coloca  de novo junto a Deus.

Na cruz, Deus nos dá o melhor de todos os presentes: Ele mesmo.

E pela fé, nós estamos lá com Jesus, deixamos toda a tristeza do pecado e recebemos uma nova vida de glória. 

A paixão pela glória de Deus é a única coisa que transforma a nossa vida. A felicidade do mundo está dependente dos nossos recursos e circunstâncias, sempre há falta de algo. A felicidade que está na glória de Deus não tem falta de nada, todas as coisas cooperam para o nosso bem.

O objetivo não é chegarmos para Deus com a nossa lista de qualidades e feitos para herdarmos a vida eterna, mas  a nossa vida é deleitar-se no nosso Deus glorificando a Ele com a nossa vida. Buscando em Deus a provisão para a nossa felicidade, a nossa alegria e a nossa satisfação.


Aquilo que é impossível para nós, para Deus é possível! Ele tem mais e mais para nos dar!




quinta-feira, julho 19, 2012

Mike Wells: O discípulo e a fé.


No quinto capítulo de Discipulado Celestial, Mike Wells irá falar da fé do discípulo.  Para ele, a alegria da esperança é a fé, por outro lado, a incredulidade não tem raízes na fraqueza, mas no mundanismo, justiça própria e orgulho.

Em Hebreus 11, há duas listas pessoas que receberam aquilo que pediram e outras que não receberam, destes Deus diz que o mundo não era digno deles. A maneira simples de obter fé é fixando os olhos em Jesus. A fé representa os olhos do espírito e que nós escolhemos o que vamos olhar, Deus age para que fiquemos olhando para Cristo, mas a escolha é nossa.

A fé, então, pode ser pensada como a explosão que acontece quando a vontade de Deus encontra a vontade do homem em ação.

Lembrando sempre que a fé é um presente de Deus, recebemos o trabalho de Deus e trabalhamos, através da operação dele em nós temos a salvação diária.

Alguns se queixam que Deus não sabe o que é viver a nossa vida, contudo, Ele se tornou homem.

"Durante a comunhão celebramos uma dupla realidade: no pão, seu corpo, nós reconhecemos a crucificação e a remoção do velho homem, a vida de Adão, a velha natureza; e no vinho nós observamos o recebimento de uma nova vida, a sua vida, aquela que venceu tudo que o homem vai encontrar" p. 137

Em Jesus temos a fé,  a carne do homem ama a incredulidade e sempre vai fazer com que ela pareça importante para evitar a fé. Mike cita pessoas que buscam a Deus através da força de vontade ou de sistemas. 

"Porque a sua proximidade vence tudo o mais e experimentar isso é tão simples que todos podem fazê-lo. O inimigo precisa ocultar a questão da simplicidade da fé" p. 140


O arrependimento não é uma experiência negativa, pelo contrário, ela permite ao crente se livrar de coisas que impedem seu foco em Jesus Cristo.

"A medida que Ele nos purificam crescemos na fé. O arrependimento  nos torna sensíveis às nossa fraqueza, e sensibilidade é bom, pois a pessoa fraca não argumenta com Deus. Os crentes raramente falham em seus pontos fracos, os problemas geralmente surgem nas áreas em que eles se julgam fortes" p. 142

A fé é ser sincero em Deus, buscando-O em primeiro lugar, pois, quando o encontramos, encontraremos tudo o que buscamos em vão em outros lugares. 

A fé por vezes fica em risco quando comparamos com os outros, devemos nos lembrar que Jesus mudava as pessoas por contraste, Ele enfrenta a nossa rejeição com seu amor e, assim, ao ver minha verdadeira condição em contraste com a dele, não posso viver mais do mesmo jeito a partir deste encontro.

Outro desafio para fé é o tempo, mas a espera acrescenta o máximo de apreciação e benefício ao dom do Filho.

O orgulho também é um desafio a fé e a glória de Deus, é o nosso esforço dando um empurrãozinho em Deus, a incredulidade faz isto. Lembre-se a carne ama o legalismo, porque ele mantém a carne vivinha.

A obediência que vêm da fé é felicidade, o pecado não se adapta mais ao novo homem,  portanto, a fé é manter nosso foco em Cristo, muitos erram achanado que devem lutar com o inimigo e focar nele, mas estes combates já foram vencidos.

Voltando a questão do tempo e da espera, Mike diz:

"A grandeza da nossa fé não deve ser julgada por quanto recebemos, mas sim por quanto podemos esperar sem receber nada. A fé torna o meu andar cristão uma alegria, portanto, se anulei a fé por desejar resultados imediatos, anulei também a alegria" p. 154

Antes do fazer, vem o crer.  O fazer foca seus recursos imediatos, mas o crer leva você até o fim.

A fé e as circunstâncias, se colocamos nosso foco nas ocasiões da vida ficamos ao mesmo grau de miséria das circunstâncias. 

Há uma simplicidade na fé, e isto deve ser assim: o foco em Jesus Cristo. 

Há também um ciclo de vida na fé, colocamos nossa confiança em Cristo e assim, Ele vai revelando na nossa vida lugares onde nossa consciência não está nele.

"A vida profunda vem através da fé - não da atividade do corpo,  mas da atividade da alma e do espírito,. Fazer deve ser o resultado da fé. Portanto, a fé é maior, embora esteja ao alcance de todos, até o mais fraco. De fato, os mais fracos têm mais condições de agradar a Deus, o crente raramente falha em seu ponto fraco, mas faz isso com mais frequencia no seu ponto forte"  p.166

Quanto ao nosso inimigo,  devemos nos lembar que:

"O homem é superior, portanto, tudo que satanás pode dar é uma mentira e ele se excede em mentir, Muitos cometeram o erro de não reconhecer a obra de satanás. Como um discípulo celestial,  reconheça o trabalho dele, depois reconheça a obra de Jesus que o fez cair do céu e permaneça na obra de Cristo" p. 170.



terça-feira, julho 17, 2012

Definições: Você tem esperança em que?


 1 CORÍNTIOS 13.8-13:   A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;  porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.   Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.  Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.


A vida cristã basicamente pode ser pensada em três aspectos: fé, esperança e amor. 

A fé está ligada ao nosso relacionamento com Deus, quando Ele encontrou a gente e deixamos de acreditar em nós mesmos e passamos a acreditar que Ele agora é nossa vida através do Espírito Santo. A fé é deixar de lado todos os esforços pessoais para se auto-justificar, e receber a perfeita e divina vida de Jesus em nossa vida como nossa própria nova vida.

O segundo aspecto do evangelho em nossa vida tem a ver com a esperança. Numa terminologia mais teológica, primeiro acontece nossa justificação pela fé e a seguir pelo mesmo evangelho e o poder do Espírito Santo começamos a viver nossa santificação, nossa esperança. A divisão de termos é apenas pedagógica, porque ambas as coisas surgem do nosso relacionamento pessoal com Jesus. Jesus é nossa fé, nossa esperança e o nosso amor.




1. O que esperamos nesta vida.


Vivemos hoje em um mundo aniquilado, que vemos as coisas em parte, contudo, todos nós temos a esperança de um casamento perfeito, de um emprego perfeito, de filhos perfeitos,  de uma conta bancária perfeita, de uma igreja perfeita.


Quando fomos criados, Deus soprou em nossas vidas a vida que há em nós, este sopro divino foi dado em uma direção a Ele mesmo. Contudo, o pecado nos fez crer que poderíamos preencher nosso coração em outras coisas. Então, todo esse desejo por perfeição nas coisas é muito pequeno:




Na realidade, se considerarmos as promessas pouco modestas de galardão e a espantosa natureza das recompensas prometidas nos evangelhos, diríamos que nosso Senhor considera nossos desejos não demasiadamente grandes, mas demasiadamente pequenos. Somos criaturas divididas, correndo atrás de álcool, sexo e ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo seus bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia. Contentamo-nos com muito pouco.

(C.S. Lewis, Peso de Glória)


O grande problema do ser humano é que ele passou a se contentar com a escassez do pecado, desprezando a abundância de vida que há em Deus.



2. A verdadeira esperança: Cristo formado em nós.





A esperança cristã tem a ver com a vida de santificação do cristão. Como Paulo diz no texto de 1Coríntios quando vier o que é perfeito, o que é em parte será aniquilado. A esperança do crente é que tudo que é imperfeito em nossa vida seja finalmente curado.


A esperança é de perfeição!!!


Contudo, como ensina Carlos McCord pensamos que a perfeição é algo que devemos produzir, em vez de recebermos e compartilharmos. "É hora de nos apaixonarmos pelas perfeições de Deus, como reveladas em Jesus" (p.59).




Mas, a esperança cristã nasce da fé que em Jesus, tudo precisamos pode se encontrar nEle. A esperança cristã começa agora com a plena satisfação que Deus nos dá em Jesus Cristo.

O a perfeição da (e na) vida é conhecer a Cristo como sou conhecido dEle, pois agora ainda vemos como se fosse um enigma, mas um dia seremos do modo como Ele sonhou que fossemos: sua imagem e semelhança:


Romanos 8.21   na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.





As imperfeições da vida,  as dores e  as provações de hoje nos devem ser vencidas pela vida de Cristo sendo formada em nós. 


Galatas 4.19   Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;

Este é o objetivo do cristão, que Cristo seja formado nEle. Como chegar até lá? A fé traz a esperança que tudo que precisamos podemos ter em Jesus.



Filipenses 4.19   O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. 


Hebreus 11.6   Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
Muitos de nós pensamos a santificação como algo que devemos fazer para pagar aquilo que Deus fez por nós, pensamos a santificação como algo que teria um fim em si mesmo, contudo, a nossa santificação como também a fé não nasce em nós mesmos, vêm de Deus.


Uma vida santificada é uma vida que sabe que tudo que precisa pode encontrar em Jesus. Ele sabe que tem uma nova vida, nova disposição, novo poder, nova energia- é a vida que vêm de Cristo e a vida em Cristo. Cristo, agora é sua própria vida.  

O propósito da santificação é a glorificação de Deus em nossa vida, não sermos mais santos  apenas. Mas, que toda a nossa vida se ache escondida em Cristo para glória de Deus.

As tentativas humanas de viver uma vida de santidade levam a regras, que levam ao orgulho ou a depressão e nunca a glorificação de Deus.  Em Mateus 7:16-20, Jesus nos conta uma metáfora sobre quem é e quem não é de Deus:

Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?   Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.   Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Alguns pensam que dando alguns frutos bons podem compensar os frutos ruins, mas é um engano. Pensar assim é tentar tirar vida de si mesmo,  é forçar um viver de acordo com a vontade de Deus como faziam os fariseus.  A vida verdadeira provém daquilo que sai do nosso Senhor e não de nós, colocar perfume no lixo que a carne não muda a condição que ela está.


A perfeição está em Deus, temos que recebê-la pela fé na esperança que Ele tem e irá cuidar de cada aspecto de nossa vida. 

Lloyd-Jones diz que "a fé olha para Deus, fixa-se na fidelidade de Deus. A grandeza da fé não está no que eu estou fazendo, porém na fidelidade de Deus".

Precisamos de Jesus como fonte de tudo em nossa vida, John Piper pensando na confissão de Westminster diz: que o propósito de todo homem é glorificar a Deus se alegrando nEle sempre.

Permanecer em Cristo e desfrutar da sua perfeição  é o único modo de termos uma vida de santidade, uma vida de perfeição,  quando Deus passa a ser foco da nossa vida. Quando aquele sopro vida volta para aquele que soprou, Cristo em nós, a esperança da glória (Cl. 1:27).

"A fé em Cristo transforma a esperança em confiança e certeza, e a esperança torna a fé em Cristo ampla e dá-lhe vida"  (Jurgen Moltmann, Teologia da Esperança, p. 35)

O tapeceiro: a perfeita obra de Jesus e as nossas imperfeições.




Stênio Marcus compôs uma música que nos conta isto claramente:

Tapeceiro, grande artista,
Vai fazendo seu trabalho
Incansável, paciente no seu tear

Tapeceiro, não se engana
Sabe o fim desde o começo,
Traça voltas, mil desvios sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria,
É tecida de cores alegres e vivas,
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes
Se você olha do avesso,
Nem imagina o desfecho
No fim das contas, tudo se explica,
Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo,
Muda-se logo a expressão do rosto,
Obra de arte para Honra e Glória do Tapeceiro

Minha vida é obra de tapeçaria,
É tecida de cores alegres e vivas,
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes
Se você olha do avesso,
Nem imagina o desfecho
No fim das contas, tudo se explica,
Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo,
Todas as cores da minha vida

Dignificam a Jesus Cristo, o Tapeceiro

Quando entendemos que a nossa vida está nas mãos do tapeceiro, conseguimos entender o que o apóstolo Paulo diz que todas as coisas contribuem em nosso favor (Rm 8.25). Como também aprendemos a sermos alegres na esperança, sendo pacientes na tribulação e nunca deixando de pedir a Deus (Rm. 12:12). 

Estamos sendo construídos pelo Agricultor, pelas suas promessas temos esperança.  A obediência a Deus não pode ser pensada como alguma coisa que possamos produzir, mas em buscar a alegria e a satisfação nele.

Carlos McCord coloca que: " a dor da poda não tem a intenção de causar mal, mas de focar o ramo no momento em questão, para que o futuro seja  tudo aquilo que a vinha pode ser para a glória de Deus. A poda representa o compromisso do Agricultor com o nosso futuro. Se ele não se importasse, não podaria" p.115

A grande incredulidade nossa é acreditar que Deus não é o suficiente, vença isto em nome de Jesus. Acredite que o melhor pra sua vida está nas mãos do tapeceiro. A melhor alegria está em Jesus, a melhor segurança está em Jesus, a melhor satisfação está em Jesus. 


Eis a nossa esperança:

2 Corintios 3.18   Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

 Não se contente com nada menos que a perfeição de Deus disponível para você em Jesus!!!