1CORÍNTIOS 13.4-8, 13 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.
Estamos conversando sobre definições que Bíblia traz sobre 3 conceitos chaves da vida cristã: a fé, a esperança e o amor.
Já vimos que a fé é o início do nosso relacionamento com Jesus, é quando deixamos de confiar naquilo que temos e passamos a desfrutar daquilo que Ele é para nós. Numa linguagem teológica a fé está ligada a nossa justificação.
A esperança está ligada a nossa santificação, ao permanecer em Cristo, à graça futura. É a nossa vida que está sendo construída pelo Espírito Santo afim de revelar a presença de Cristo em nós.
Agora, o amor é a manifestação desta vida externamente, é o compartilhar a beleza, a satisfação e a segurança que Jesus tem dado a nós. São os frutos do Espírito.
Pensando na metáfora da videira de João 15, a qualidade de nossos frutos não provém de nenhuma qualidade nossa ( e sim, da fé) e como também não vem de nenhum esforço pessoal (e sim, da esperança).
1. O limite do amor é o próprio Amor.
No texto citado de 1Coríntios fala que o amor não tem limites- a inveja, a leviandade, a soberba, a indecência, o auto-interesse, o julgamento. Como também há outros inimigos como a falência de nós mesmos, o tempo, a paciência e a nossa perseverança.
Porque o amor pode vencer todos estes inimigos? Por que o amor não vêm de nós mesmos, apenas recebemos o amor. Se dependesse de cada um de nós produzir e conversar o amor, o fruto seria amargura e ódio jamais amor.
Se olhamos para nós mesmos buscando alguma força para vencer estes inimigos, já podemos desistir antes mesmo de começar, mas não está em nós a fonte de vida, a causa para que podemos cumprir aquilo que ordena as escrituras é que Jesus Cristo já cumpriu, e somos um com Ele e assim, podemos viver a plenitude da vida.
"O fruto é aquilo que o Agricultor pretende dar ao mundo. O fruto é exatamente aquilo que Deus sabe que o mundo precisa. A vida de Jesus demonstrou perfeitamente o que Deus pretende e o que o mundo precisa. Agora Jesus habita em nós para garantir que o fruto permaneça disponível ao mundo que tanto necessita dele" Carlos McCord, A vida que satisfaz, p. 92
O limite do amor é o limite da nossa satisfação pessoal em Jesus Cristo, o limite do amor é quanto de vida está correndo no interior do ramo.
O limite do amor é o próprio amor.
Deus nos fez para sua própria glória, não há outro lugar em que podemos descansar. Um vida de ódio não combina com a nossa felicidade, imagine-se odiando uma pessoa 24 horas por dia e 7 dias por semana. Você pode ser qualquer coisa assim, menos feliz.
Deus nos ordenou o amor para a nossa própria felicidade.
"O amor é a expansão e o transbordar do prazer em Deus, que alegremente supre a necessidade de outros" John Piper, Plena Satisfação em Deus, p.49.
2. Zaqueu: o dinheiro, a graça e o amor.
Um dos meios que Deus usa nossa vida para levar amor para outras pessoas são nossos recursos. Jesus disse que onde está o nosso tesouro, aí estará também nosso coração. Muitos tentam fugir dessa verdade, espiritualizando esta passagem. Mas, o que Jesus quis dizer é a verdade de que onde colocamos nosso dinheiro, aí está o que amamos.
A ganância é tratada pela Bíblia como uma idolatria (Cl 3:5), porque acreditamos que nosso dinheiro pode trazer paz, segurança e satisfação que apenas Deus pode dar. O resultado é que perdemos nosso contentamento em Deus e assim, impomos um limite ao amor.
Vamos ver como Jesus muda isto na bem conhecida história de Zaqueu:
LUCAS 19:1-10 E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico. E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali. E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo. E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Zaqueu era um homem pequeno, queria ver Jesus mas não conseguia, subiu numa árvore para poder vê-lo, Jesus vem ao seu encontro e propõe ir a sua casa.
Uma das primeiras coisas que devemos saber a respeito deste homem é que não foi somente sua baixa estatura que o fez subir naquela árvore, mas por que ele era publicamente taxado como um homem pecador, se não fosse assim, ele poderia ter buscado um lugar a frente da multidão. A segunda coisa que devemos notar que ele era um coletor de impostos, era um pessoa que vivia uma vida dedicada ao dinheiro, e ganhava dinheiro cobrando impostos romanos dos judeus. Seria como se o Brasil fosse invadido pela Argentina, e ele agora estava trabalhando para Argentina se enriquecendo.
Vemos duas coisas aqui: a ganância como estilo de vida que o afasta de Deus e o julgamento das outras pessoas que também o afastam de Deus.
Zaqueu nunca conheceu uma pessoa que não o difamava, nunca encontrou alguém que o levasse esperança. Precisou Jesus vir até ele.
Abrindo um parêntese, muitas pessoas hoje são afastadas de Deus porque muitos crentes nominais, irmãos mais velhos, ficam dizendo que essas pessoas são pecadoras e jamais levam o amor da graça de Deus.
Voltando, Jesus pede para comer em sua casa, o Evangelho de Deus começa a se relacionar com ele, e sua vida é transformada. Como podemos dizer isto? Pelo modo como ele lidou com o dinheiro:
E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Jesus não diz para ele se você cumprir seu plano mesmo,. você poderá será salvo. Ele não deixa condições. Por que?
Porque quando a nossa vida entra em contato com a graça que há em Jesus, tudo passa a ver visto de uma nova forma. Tudo começa a ser visto pelo olhar de Jesus e sua generosidade, que abriu mão de tudo para alcançar a cada um de nós e que sustentará nossa vida por toda a eternidade.
Quem descobre isto, descobre uma alegria que o dinheiro não pode dar. Quando somos impactados por Jesus, somos levados a impactar outras vidas pela presença de Jesus em nossa vida.
3. Amar é arriscar-se!
1 João 4:18-19: No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor Nós amamos, porque ele nos amou primeiro.
Isto me leva ao último ponto, amar é arriscar-se! É confiar na graça de Deus que trabalha em nossa vida e vai continuar trabalhando.
Jonh Piper coloca que na vida ou a desperdiçamos ou a perdemos. C.S. Lewis coloca que há duas escolhas: servir no céu ou ser senhor no inferno. Viver para amar é uma vida de riscos, porque quando estamos cheios do amor de Deus somos colocados pela fé em situações onde o impossível acontece.
Aqueles obstáculos para amar deixam de ser obstáculos, porque o amor dele na nossa vida, lança fora todo o medo. E deixamos de viver guiados pelas nossas vontades, desejos e satisfações e passamos a viver contentes na sua graça, na sua provisão diária.
O medo paralisa o amor porque pensamos que haverá percas, mas arriscar em amar me leva a viver na confiança de que Deus é existe e é dEle que vem a minha recompensa (Hb 11.6).
Carlos McCord coloca em a vida cristã em três palavras com R: receber, regozijar e repartir. Lembre-se sempre disso! Recebemos as perfeições divinas pela obra de Deus Pai através Jesus, regozijamos da perfeição de Cristo em nossa vida diária através do Espírito Santo dado pelo Pai e repartir a vida de Jesus com outros pela força do Espírito movidos pelo amor do Pai.
Porque por ele, por meio dEle e para Ele são todas as coisas, Paulo dizendo que a fé, a esperança e o amor é o próprio Jesus. Somente permanecendo nEle podemos ter vida.
"Quando as intenções de Jesus se movimentam livremente na vida de uma pessoa, ela é como Jesus. A boa notícia é que não temos que colocar isto na vida de ninguém. Jesus já está lá! O que falta nessas vidas, não falta!" Carlos McCord, p.95
Por que o amor é o maior dos três? Algumas dicas:
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. 1Jo 4.16
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1Jo 4.8
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. Lc. 15:10
Fontes Bibliográticas:
Carlos McCord - A vida que satisfaz
John Piper - Plena Satisfação em Deus.
John Piper - Não jogue sua vida fora.
Timothy J Keller- Counterfeit Gods
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