segunda-feira, outubro 23, 2006

A assinatura de Jesus

MANNING, Brennan A Assinatura de Jesus Ed. Textus

“quando tememos o fracasso mais do que amamos a vida; quando somos dominados pelos pensamentos mais do que deveríamos ter sido ao invés de pelos pensamentos do que poderíamos nos tornar; quando somos assombrados pela disparidade entre nosso eu ideal e nosso verdadeiro eu; quando somos atormentados pela culpa, pela vergonha, pelo remorso e pela autocondenação, negamos nossa fé no Deus de amor. Deus nos chama para levantar acampamento, a abandonar o conforto e a segurança do status para embarcar na perigosa liberdade rumo à nova Canaã”.
P. 19-20


“muitos deixam de receber a bencao de ministrar aos outros por causa da crença que Deus usa apenas os perfeitos ou quase perfeitos... Na minha vida, bem como na Escritura, nunca vi nada mais longe da verdade. Deus com freqüência usa os que têm as maiores falhas, ou que passaram por muita dor, para realizar tarefas vitais no seu reino... Ninguém está arrebentado demais para ser usado por Deus” p. 22


“A possibilidade de qualquer pessoa reconhecer na frágil humanidade de Jesus a plenitude do poder de Deus para salvar vem apenas de uma intervenção miraculosa de Deus” p. 24


Carlos Carreto: “Deus nos dá o bote e os remos, mas então nos diz: “remar é com você”. Realizar os atos positivos de fé é como treinar essa faculdade, ela é desenvolvida pelo treino, da mesma forma que os músculos são desenvolvidos pelos ginastas” p. 29


Maurice Blondel: “Se você quer realmente entender em que um homem acredita, não ouça o que ele diz, mas observe o que ele faz” p. 30


“Mas quando o Cristo crucificado e ressurreto, ao invés de permanecer um ícone, torna-se vivo e nos entrega ao fogo que veio atear, ele gera mais estrago do que todos os hereges, humanistas seculares e pregadores em causa própria juntos” p. 33


“Jesus disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo. 8:32). Qual é a verdade fundamental que libertou João e Maria? È que Cristo amou-os além de qualquer merecimento ou não-merecimento, além de qualquer barreira, limite ou ponto de ruptura. Este é o maior dos carismas- não apenas a cognição intelectual, mas a consciência experiencial dela- é a sabedoria de que estou falando, que é mediada através do espírito do Senhor crucificado. Como disse Francisco de Sales: “É no Calvário da Cruz de Cristo que os santos meditam, contemplam e vem experimentar o seu Senhor” p.57


“Tome sua cruz não anualmente, mas diariamente. Perdoe os que o odeiam, magoam, enganam ou desdenham. Rejeite a sabedoria do mundo que amarra nossa identidade a dinheiro, prazer, poder e às percepções piscologicas das ciências sociais; encontre seu verdadeiro eu na fé e sabedoria do meu servo Paulo: “Cristo amou-nos e entregou-se a si mesmo por nós (Ef 5:2)” p. 58


“A função profética e obrigação pastoral da igreja de Jesus Cristo- um povo chamado conjuntamente, colocado à parte e consagrado à adoração de Deus- é proclamar a paz e o amor de Deus na presente situação de nosso mundo quebrantado e atormentado” p. 69


Scott Peck : “Não pode haver vulnerabilidade sem risco, não pode haver comunidade sem vulnerabilidade, não pode haver paz- nem, em ultima instancia, vida- sem comunidade” p. 71


“Todas as estradas levam ao Calvário para nós que pregamos o Cristo crucificado- pedra de tropeço para os judeus, absurdo para os gentios, mas para os que são chamados, Cristo, poder e sabedoria de Deus” p. 72


“a Páscoa nos convence da sabedoria de Deus, e do seu poder para transformar o mundo. Nossa fé no Cristo ressureto é o poder que vence a nós mesmos, nossa cultura e nosso mundo” p. 73


Francisco de Assis: “Lembre que quando você deixar esta terra você não poderá levar consigo nada que recebeu- sinais efêmeros de honra, paramentos de poder- mas, apenas o que lhe foi dado: um coração pleno enriquecido por honestos serviço, amor, sacrifício e coragem” p. 76


Meister Eckhart: “Há abundancia de cristãos que seguem o Senhor até metade do caminho, mas não pela outra metade. Abrem mão de bens, amigos e honra, mas afeta-os muito de perto a possibilidade de renegarem a si próprios” p.80


“Um dos mistérios da tradição do evangelho é a estranha atração de Jesus pelos sem atração, seu estranho desejo pelos indesejáveis, seu estranho amor pelos não-amaveis. A chave deste mistério é, naturalmente, o Pai, Jesus faz o que vê seu Pai fazendo, ama os que o Pai ama” p. 84


“Em geral eles não tinham de levantar um dedo para evangelizar. Alguém estaria caminhando por uma viela de Corinto ou Efeso e veria um grupo de pessoas sentado conversando sobre coisas estranhas- algo sobre um homem e um madeiro e uma execução e uma tumba vazia. O assunto sobre o qual eles conversavam não fazia sentido para o observador. Mas havia algo no modo em que eles falavam uns com os outros, o modo que riam juntos, o modo que tocavam uns aos outros, que era estranhamente atraente. Emanava um aroma de amor. O observador começava a afastar-se pela viela, apenas para ser atraído para esse grupinho de volta como uma abelha para flor. Ele ouvia mais e mais, ainda não compreendendo, e começava a deixar se afastar novamente. Porem era mais uma vez puxado de volta, pensando, não tenho a mínima idéia de a respeito de que essa gente está falando, mas o que quer seja, quero fazer parte” Keith Miller, p. 90.


“Há uma única espiritualidade na igreja do Senhor Jesus: espiritualidade pascal. Essencialmente, é nossa morte diária para o pecado, o egoísmo, a desonestidade e amor degradado a fim de alcançarmos novidade de vida(...) Cada vez que escolhemos caminhar aquela milha adicional, oferecemos a outra face, abraçamos ao invés de rejeitar, somos compassivos ao invés de competitivos, beijamos ao invés de morder, perdoamos e nos abstemos de massagear a contusão mais recente do nosso ego ferido, estamos passando da morte para a vida” p.98


“O reino diz-nos Jesus, está de fato em nosso meio, no mistério do relacionamento uns com os outros. Estamos do lado de dentro dos portões quando aproximamo-nos uns dos outros com o amor que é ateado pelo Espírito. Já estamos em terreno santo quando estendemos a mão para compreender ao invés de condenar, quando perdoamos ao invés de buscar vigança, quando na qualidade de peregrinos desarmados estamos prontos para enfrentar nossos inimigos. O que Jesus ensina é simples demais e maravilhoso demais para os que querem mágica em sua religião”. Eugene Kennedy, p. 105


“Não há cristianismo genuíno onde o signo da Cruz está ausente. Graça barata é graça sem a Cruz, um assentimento intelectual è empoeirada casa de penhores de crenças doutrinarias ao mesmo tempo em que se é levado sem direção pelos valores culturais da cidade secular. O discipulado sem sacrifício gera um cristianismo confortável praticamente indistinguível, em sua mediocridade, do resto do mundo. A cruz é tanto o teste quanto o destino de um seguidor de Jesus” p. 108


“A madeira precisa ser carbonizada antes que Ele possa desenhar com ela” Francis Thompson p. 110.


“Cuidemos para não buscar experiencias místicas quando o que deveríamos estar buscando é arrependimento e conversão” Pastor de Hermas p. 118


Sobre a idolatria: “Deus fez o homem a sua imagem, e o homem devolveu a gentileza” Blaise Pascal p. 135


“Jesus é completa expressão de Deus. Através dele como através de ninguém mais, Deus falou e agiu. Quem o encontrava era encontrado, julgado e salvo por Deus” p. 138


“A videira é mais intima de todas as plantas, crescendo sobre si, para dentro e ao redor de si, intricadamente conectada a cada uma de suas partes. A imagem de Jesus, eu sou a videira, é a perfeita expressão de intimidade.


O amor paternal de Abba é revelado como amor fraternal em nosso irmão Jesus. Quão profunda é a intimidade para o domínio da qual somos convidados a entrar! Orar é simplesmente relaxar e deleitar-se em Jesus sem nenhum compromisso, exceto celebrar a profunda afeição entre vocês. Esse encontro interpessoal aprofunda o senso de sermos amados e altera o nosso relacionamento com os outros” p. 146


“A adoração é o ápice da vida da igreja, fonte de todo ministério, da solidariedade compartilhada em comunidade que torna a fidelidade a Jesus possível. A adoração, como expressão da disciplina do segredo, não é para amadores em busca de entreterimento” p.157


“O sucesso nunca é final, o fracasso nunca é fatal. É a coragem que conta” W. Churchill p 170


“Fé era a destemida confiança em Jesus e na Boa Nova que ele vivia e pregava. Com o tempo, é verdade, essa confiança viria a se cristalizar em crenças explicitas. Mas o ponto onde tudo começou é na coragem confiante, não nas crenças. E em nossa vida de fé, da mesma forma que quando se acende um pavio, faz toda diferença por qual ponta começamos” David Steindl-Rast p. 175


“O homem pobre aceita a si mesmo. Ele tem uma auto-imagem na qual a consciência de suas limitações é muito vivida, mas isso não o deprime. Essa consciência da sua própria insuficiência à parte de sentimentos de autodepreciação é típica do humilde de espírito” Peter Van Breemen P. 185


“Deus não tem importância alguma até que tenha suprema importância” Abraham Heschel p. 187


“Prepare lugar para meu Cristo cujo sorriso, como relâmpago, libera a canção de gloria perene que agora dorme em sua carne de papel como dinamite” p. 196