O PROPÓSITO DO NATAL
O CREDO DOS APÓSTOLOS: TENDO UM
VOCABULÁRIO PARA A FÉ.
Texto original:
Transcrição de sermão, 19 de
Dezembro de 1999.
1 João 1:1-4: O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos
com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da
Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos
dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi
manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também
tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus
Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
O natal fala a respeito da palavra
encarnação. Nós cantamos isto em cada ano em nossos cânticos natalinos,
especialmente no "Hark! The Herald Angels Sing.” Charles
Wesley escreveu isto e uma das estrofes nos diz: “Velada em carne, a deidade é vista, glória a encarnada deidade".
Se você entender a palavra
encarnação, você irá entender sobre o que é o Natal. O Credo dos Apóstolos não
usa a palavra encarnação, mas nos ensina a doutrina da encarnação quando lá
diz: “concebido pelo Espírito Santo, nascido da virgem Maria”.
Onde nós devemos ir para entender o
que é o Natal? Os primeiros dois versos do nosso texto nos dão o ensino do
Natal, e os dois seguintes nos dão o propósito do Natal.
Vamos olhar os dois primeiros
versos. Nós vemos aqui o ensino do Natal em duas coisas. Isto é claramente
doutrinário e vigorosamente histórico. Nós temos que entender isto antes que
nos movamos para como isto muda as nossas vidas.
NATAL É SINCERAMENTE DOUTRINÁRIO.
O que eu quero dizer com sinceramente doutrinário?
Eu utilizei a palavra doutrinária de propósito, sei que é uma palavra negativa,
sendo rígida e fechada. Faz parte de uma família de palavras com conotações negativas.
Doutrina ou dogma dão uma conotação de ser estreito rígido ou fechado. A
palavra doutrina tem também este aspecto.
Doutrinária
é ruim. É ruim por ser estreita. É ruim por ser fechada. É ruim por ser altiva.
É ruim por não estar aberta a razão. É ruim por não ouvir os outros.
Contudo,
em nosso medo de sermos doutrinários, não somos francos- não somos honestos-
sobre o fato que nós todos somos doutrinários. A doutrina é uma crença em que
nós baseamos nossas vidas sobre, algo pelo qual que nós contendemos, nós
insistimos nisto. Em outras palavras, a doutrina, antes de tudo, é uma posição
de fé. Não é algo que nós podemos provar cientificamente. Não é algo que
podemos provar empiricamente. Segundo, é algo pelo qual vivemos, nós nos
comprometemos com isto, nós baseamos nossas vidas nisto. E terceiro, é algo que
nós forçamos, que nós discutimos com outras pessoas a respeito. Isto é uma
doutrina. E mesmo até quando não sejamos doutrinários, nós todos somos
doutrinários.
Eu
vou ter dar um exemplo. Senhor A é um cristão. Seu amigo, Senhor B não é. O Senhor
Há um dia senta junto com o Senhor B e diz, “eu gostaria que você acreditasse
que Jesus é o Senhor e Salvador. Deixe-me tentar convencer você”. O Senhor B diz,
“ninguém pode saber nada definitivo sobre Deus. E, em segundo lugar, você
deveria não tentar persuadir outras pessoas para verem as coisas do seu jeito.
Isto não é certo”.
Quando
o Senhor B diz, “você não pode saber nada definitivo sobre Deus”, o que é isto?
Isto é uma posição de fé. Não é
cientifico. Não é empírico. É uma crença. E, também, quando ele diz que você
não deve tentar convencer outras pessoas que sua forma de pensar a realidade
spiritual é a correta, ele está neste momento tentando dizer para o Senhor A,
“você deve ver como eu vejo”. Em outras palavras, ele está dizendo, “eu tenho
uma posição relativista sobre a realidade espiritual, e você deveria ter ela”. Eles
estão fazendo aquilo que ele está proibindo quando está proibindo.
Tanto
o Senhor A e o Senhor B estão sendo doutrinários. Eles têm uma posição de fé não
empírica. Eles estão apostando suas vidas nisto. O Senhor B tem apostado seu
destino eterno na ideia de que ninguém pode saber algo em definitivo a respeito
de Deus. E eles estão contendendo sobre isto. Eis aqui a diferença. O Senhor A
está sendo abertamente doutrinário. Está sendo franco sobre sua doutrina. O Senhor
B não é. Ele está em negação.
Vamos
tentar não sermos doutrinários. Mas, nós não conseguimos evitar sermos
doutrinários. Todo mundo tem algumas de fé em relação a Deus, sobre eternidade,
sobre a natureza humana, sobre a verdade moral. Nós apostamos nossas vidas
nisto e pressionados por isto e não há nenhum jeito de evitarmos sermos
doutrinários.
O
natal é sinceramente doutrinário. O texto diz que o invisível se tornou
visível. O incorpóreo se tornou corpóreo. Em outras palavras, Deus se tornou homem.
O absoluto se tornou particular. O ideal se tornou real. O divino tomou sobre
si a natureza humana.
Esta
não é apenas uma doutrina muito especifica, mas é também única. Doutrina sempre
distingue você. Uma das razoes que nós temos medo de falar sobre doutrina é
porque isto nos distingue dos outros. Aqui é o porquê a doutrina do Natal é
única.
Por
um lado, você tem muitas religiões que dizem que Deus é tão iminente em todas
as coisas que a encarnação é normal. Se
você for um budista ou hindu, por exemplo. Deus é iminente em tudo. Deus é a
fagulha divina em tudo e, então, a encarnação é normal. Deles é encarnado em todos os tipos de
pessoas e coisas. Cristãos dizem que Jesus é o Deus-homem, e as pessoas desta linhagem
vão dizer “é claro”. Por outro lado, a família de religiões tais como o Islão e
o Judaísmo dizem que Deus é tão transcendente sobre todas as coisas que a
encarnação é impossível. Jesus como Deus-homem é uma blasfêmia.
Contudo,
o cristianismo é singular. Ele não diz que a encarnação é normal, mas, não.
Diz
que isto é impossível. Ele diz que Deus é tão iminente que isto é possível, mas
ele tão transcendente que a encarnação de Deus na pessoa de Jesus Cristo é um
evento do tipo de romper o universo, alterar a história, transformar a vida, mudança
de paradigma. Cristianismo tem uma visão absolutamente única nisto que o coloca
a parte de todo o resto.
NATAL
É VIGOROSAMENTE HISTÓRICO.
Natal
não é apenas sinceramente doutrinário; é também vigorosamente histórico. Olhe
para o que João diz sobre Jesus: “Nos vimos isto. Nós ouvimos isto. Nossos
próprios olhos. Nossos próprios ouvidos. Nós sentimos isto, a vida eternal”.
Aqui
o que ele está dizendo, “quando nós damos estes relatos sobre Jesus andando
sobre as aguas, Jesus ressuscitando da morte ou Jesus falando estas palavras,
isto não são lendas. Não são coisas que foram fabricadas. Não são maravilhosas
parábolas espirituais. Estas são coisas que vimos. Nós o vimos fazendo isto.
Nós o ouvimos fazendo isto. Nós o sentimos fazendo isto”.
Isto
vai completamente contra o que a pessoa comum acredita. A pessoa comum diz,
“estas são histórias maravilhosas, mas elas são como parábolas. Como lendas.
Elas não aconteceram realmente”.
Aqui
está uma coisa que o Natal pressiona a gente. Primeira de João 1:1-2 diz que o
que você lê no Novo Testamento, você deve decidir se são mentiras ou relatos de
testemunhas oculares, mas, eles não podem ser lendas. Muitos acadêmicos de
literatura antiga tem nos dito que a ficção moderna joga com detalhes que dão
um senso realístico, contudo, as antigas lendas nunca foram escritas assim.
Por
exemplo, a historia de Jesus andando sobre ás aguas em João 6 diz, “Tendo,
pois, remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre
o mar e aproximando-se do barco;” (vs. 19). Você pode não ser um expert em
literatura antiga, mas, pense na Ilíada ou na Odisseia. Você pode imaginar
Homero dizendo, “e Aquiles encontrou com Heitor num combater homem a homem, e
eles estavam de três a três milha e meia da muralha de Troia?” Ele não poderia
ter dito isto, porque nas lendas antigas, eles não colocavam detalhes que não
ajudariam o enredo ou o desenvolvimento do personagem. Então, quando um homem
lá de trás estava escrevendo uma lenda, ele não poderia dizer, “eles estão a
três ou três milhas e meia”. Isto não poderia ter acontecido com ele a menos
que estivesse escrevendo um relato testemunhal ocular.
Quando
João diz “eu vi Ele, eu senti Ele, eu o ouvi com meus próprios ouvidos. Eu vi
Ele com meus próprios olhos”, todo mundo poderia saber imediatamente que ele
estava alegando ser uma testemunha. Então, cada leitor do Novo Testamento sabia
que estava diante de mentiras deliberadamente fabricadas ou eram relatos
verdadeiros de testemunhas oculares, mas não poderiam ser lendas.
Se
eles fossem mentirosos, eles seriam o tipo mais estupido de mentiroso que já
existiu. Aqui está o porquê. Estes relatos foram escritos durante o tempo de
vida de pessoas que estavam lá. Se você vai escrever que 500 pessoas viram
Jesus surgir dos mortos no Vale do Cédron, você não poderia escrever isto
quarenta ou cinquenta anos depois, como os evangelhos foram escritos. Você
poderia escrever isto 100 anos depois, quando todo mundo que viveu no Vale do
Cédron estivesse morto na ocasião. Se você vai escrever falsamente que 500
pessoas viram Jesus no Vale do Cédron, e muitas pessoas ainda vivem no Vale do
Cédron, que estavam lá naquele tempo, você nunca poderia ter uma religião que
saia do zero. Mas se ela foi para frente é porque eles escrevem estes relatos e
não foram contestados.
O
ponto do Natal é que Jesus Cristo realmente viveu, e Ele realmente morreu. Isto
aconteceu na historia. Ele fez estas coisas. Ele disse estas coisas.
Você
poderia pensar, “mas qual é importância? Você está sendo doutrinário aí”. Não.
As pessoas dizem, “eu gosto dos ensinos de Jesus. Eu gosto do sentido das historias.
O significado destas histórias é que amemos uns aos outros, servimos uns aos
outros. Eu gosto disto. Mas, não importa se estas coisas realmente ocorreram.
Doutrina não importa. O que importa é você ser uma boa pessoa”.
A
grande ironia é que isto é doutrina, mas, eles não estão sendo sinceros sobre
isto. É a chamada doutrina da justificação pelas obras. Quando alguém diz que,
eles estão dizendo que não importa que Jesus realmente viveu a vida que nós
deveríamos ter vivido e morreu a morte que nós deveríamos ter morrido. Tudo que
importa é que nós podemos seguir seus ensinamentos. Esta que é a doutrina que diz “eu não sou tão
mau que eu precise de alguém venha e seja bom por mim. Eu posso ser bom. Eu não
estou tão desligado de Deus e Deus não é tão santo que existe uma punição para
o pecado. Isto não importa”.
O
evangelho não que Jesus veio para terra, nos falou como viver a vida, nós
vivemos uma boa vida e, então, Deus nos deve abençoar. O evangelho é que Jesus
veio para terra, viveu a vida que nós deveríamos viver e morreu a morte que nós
deveríamos ter morrido, então quando nós acreditamos nEle, nós aceitamos e
vivemos uma vida de gratidão e alegria por Ele.
Em
outras palavras, se estas coisas não aconteceram, não podemos ser salvos pela
graça totalmente. Se estas coisas não aconteceram- se elas são apenas
parábolas- o que você está dizendo é que você acredita na doutrina da salvação
pelas obras: que se você tentar duro o bastante, Deus irá aceitar você. Veja
você não consegue evitar doutrina.
A
doutrina do Natal é que Jesus realmente veio. Se não tivesse vindo, a história
do Natal é mais paradigma moral para chocar você. Se Jesus não veio, eu não
iria querer estar em qualquer em torno destas historias de Natal que dizem que
nós precisamos ser sacrificiais, precisamos ser humildes, precisamos ser
amorosos. Tudo isto iria esmaga-lo no chão porque se não é verdade que João o
viu, o ouviu e o sentiu – que Jesus realmente veio fazer estas coisas- então o
cristianismo é depressivo. Cada ano, eu vejo histórias nos jornais dizendo que
o Natal é uma época do ano para depressão. É verdade, mas não se você acreditar
que estes dois primeiros versículos. Natal é mais que uma historia inspiradora
– é sinceramente doutrinário e vigorosamente histórico.
NATAL FAZ VOCÊ PROFUNDAMENTE MÍSTICO.
Os versículos 3 e 4 nos dizem que se você entender esta
ideia- que o Natal não é uma historia doce, mas, que Jesus veio a terra, Deus
se tornou carne e viveu a vida que você deveria viver, morreu a morte que você
deveria morrer, como um salvador, não apenas como um mestre ou um exemplo-
então, o Natal irá fazer quatro coisas em você. Você será profundamente
místico, materialmente feliz, corajosamente relacional e livre para ser
emocional.
Primeiro de tudo, o Natal fará você profundamente
místico. Primeira Carta de João 1:3 diz “nossa comunhão com o Pai e com o seu
Filho”. A palavra “comunhão”, que é koinomia, significa que se Jesus Cristo
veio- se o Natal é verdade-, então, nós temos uma base para um relacionamento
pessoal com Deus. Deus não é mais uma ideia remota ou apenas uma força que nos
faz acovardar, mas nós podemos conhecê-Lo pessoalmente, ele se tornou
apreensível.
Deixe me dar um exemplo. O professor A e o professor B estão
ambos, tentando escrever a biografia de Sir João Ninguém. Sir João Ninguém
viveu em East Anglia e morreu em 1721. Tanto o professor A como professor B
acreditam que sir João Ninguém escreveu cinco cartas para sua esposa, e que eles
podem aprender muito através delas. Contudo, então há uma autobiografia de 500
páginas, ela diz que foi escrita pelo Sir João Ninguém. O professor A diz, eu
acredito que isto é genuíno, o professor B, diz que não. Então, eles começam a
escrever suas biografias. Estas biografias estão indo de um jeito muito
diferente entre si. A biografia do professor A do Sir João Ninguém está
contendo muito mais detalhes, muito mais pessoal. Quando você terminar de
lê-la, dá até para sentir que conhece este sujeito. Contudo, a biografia do
professor B vai sendo muito mais remota, mais generalizada, muito mais
especulativa. Você se sente que dificilmente conhece o biografado de todo. Tudo
se resume em saber se a autobiografia é genuína.
Aqui está o ponto. Se Jesus Cristo é realmente Deus que
veio em carne, você vai saber muito mais sobre Deus. Ele será apreensível. Ele será alguém com que
você pode se relacionar. Você o vê chorando. Você o vê chateado. Você o vê
perseguido. Você o vê exaltado. Se Jesus é quem Ele diz que é, nós temos uma
autobiografia de 500 paginas de Deus, em um sentido. E nosso entendimento será
muito mais pessoal e especifico que qualquer filosofia ou religião pode nos
dar.
Olhe para o que Deus tem feito para você conhece-lo
pessoalmente. Se o Filho veio todo este caminho para ser uma pessoa real para
você, não pense que o Espírito Santo faz qualquer coisa em seu poder para fazer
Jesus se tornar uma pessoa real em seu coração?
Natal é um convite para ser místico. Natal é um convite para conhecer
Cristo pessoalmente. Natal é um convite de Deus pra dizer, “olhe, o que eu fiz
para me aproximar de você. Agora estou perto de você. Eu não quero ser um
conceito. Eu quero ser um amigo”.
NATAL FAZ VOCÊ FELIZ MATERIALMENTE.
Os leitores gregos e romanos deste versículo ficariam
maravilhados quando João diz que ele sente o eterno; ele viu o eterno. Gregos e
romanos e mesmo as pessoas religiosas tradicionais hoje acreditam que a matéria
é ruim, o divino é bom.
A religião tradicional diz que a salvação é um escapa
deste mundo para o reino de Deus, mas o evangelho do Natal diz que o reino de
Deus está vindo para este mundo. A religião tradicional diz que o mundo é ruim.
Vamos sair deste câncer. Vamos sair da pobreza que está em nossas cidades. Não,
o evangelho é que a salvação é o reino de Deus vindo a este mundo. O corpo é importante. Matéria é importante. O
mundo é importante. Ele tomou uma carne física, então, cristão sabem em nome de
Cristo que nos compartilhamos nossa fé, mas o em nome de Cristo nós também
ajudamos as pessoas pobres a terem uma casa decente. Esta é a parte do testemunho
do evangelho do Natal. O reino de Deus está aqui para reabilitar este mundo, não
para salvar-nos para um paraíso etéreo. O
futuro da religião tradicional é um paraíso. O futuro do evangelho é um novo
céu, uma nova terra.
NATAL FAZ DE VOCÊ FEROZMENTE RELACIONAL.
Terceiro, não apenas o evangelho do Natal faz de nós
profundamente místicos e felizes materialmente, mas nos faz ferozmente
relacionais. A encarnação coloca em nós uma atitude a respeito dos
relacionamentos. João diz, “eu quero comunhão com você”. O teste que você sabe
qual o sentido do Natal é que você se torna mais e mais desejoso de
relacionamentos íntimos e pessoas com outras pessoas e melhor chega a eles,
porque a encarnação é o segredo para bons relacionamentos pessoais.
Quando duas pessoas são diferentes culturalmente e
linguisticamente, como elas podem ter um relacionamento? Um precisa aprender a língua do outro, falar
num dialeto quebrado, e se tornar vulnerável e fraco. Se você entra no mundo de
outra pessoa, você se torna fraco, e outra pessoa guarda o poder. Contudo, aí você
tem um relacionamento.
Se você segue o caminho de Jesus, você diz, “eu não vou trabalhar
muito para ser entendido, mas para entender. Eu não vou me esforçar para ter as
minhas necessidades, mas para satisfazer as necessidades. Eu vou me esforçar
para entrar no mundo dela ou dele, dando o que aquela pessoa considera como
amor, não o que eu considero como amor”. Encarnação, se isto está impresso em você
– se você vê o que Jesus Cristo fez- vai leva-lo você a relacionamentos
inacreditavelmente bons em suas relações pessoais.
NATAL FAZ VOCÊ LIVRE PARA SER EMOCIONAL.
Olhe para o versículo 4, Joao diz, “eu quero ter comunhão
com vocês. Eu quero que você acredite que nós estamos dizendo. Eu quero que você
entenda a doutrina do natal. Eu quero que nos sejamos unidos em uma comunidade.
Eu quero que sejamos unidos na fé”.
E, então, ele diz, “eu estou fazendo tudo isto” – por quê?
– “para minha alegria seja completa”.
Ele não diz, “eu preciso que suas vidas estejam certas
para eu tenha alegria”. Ele já tem alegria. Ele diz, “você precisa agir junto
para que minha alegria seja completa”. Aqui está o equilíbrio. Ele já tem
alegria não importa o que eles façam. Natal dá a você uma alegria subterrânea.
Kathy e eu tínhamos uma casa em Filadélfia. Era sempre úmido
no porão e sempre tinha musgo no quintal. Alguém disse, “você não sabia disto
antes de comprar a casa? Existe um rio subterrâneo que vai debaixo de todas as
casas desta rua. Está sempre fluindo, mesmo na época seca”.
Por um lado, o natal lhe dá um rio subterrâneo de
alegria, e não importa quão ruim está na superfície, não importa quão ruim
sejam as circunstancias, a alegria sempre está lá. Isto te mantém verde. Isto te
mantem fresco. Depois de tudo, Jesus desceu. O Senhor abriu uma fenda nas
paredes impiedosas do mundo, e o reino de Deus está vindo, venha o inferno ou o
diluvio. Existe a alegria subterrânea.
Contudo, por outro lado, João diz, “eu não posso ter
alegria completa a menos que vocês acreditem”. Isto significa que muitos de nós
temos medo de enredar-nos nas vidas de outras pessoas, porque não podemos
suportar a ideia de amarrar nossos corações com a vida de outras pessoas. Se eles
estão infelizes, então estamos infelizes. Então, isto nos puxa para trás. Retiramos-nos.
Não queremos nos envolver com a vida de outras pessoas. Contudo, a encarnação
significa que Jesus Cristo, Deus em si mesmo, se envolveu com a nossa
fragilidade. Ele entrou, e ele sofreu,
tinha pregos em suas mãos.
Entretanto, aqui está o grandioso. Existe uma alegria subterrânea.
Esta alegria não pode sair, e vai dar a você liberdade para se envolver na vida
de outras pessoas. Natal faz de você livre para ser emocional. Faz você perceber
a emoção da tristeza, da dor, mas não vai leva-lo até o fim, porque você tem
uma alegria subterrânea.
Se você acreditar na doutrina do Natal, isto fará de você
profundamente místico. Faz de você feliz materialmente. Força você a ser
ferozmente relacional. Dá a você uma liberdade para ser emocional. O que mais você
quer? Pense a respeito disto na próxima vez que você dizer para alguém, “tenha
um feliz natal”.
Vamos orar.
Pai, nós queremos a alegria que vem da doutrina do Natal.
Não é um alegria sentimental, não é uma alegria boba. Não é um sentimento
generalizado de inspiração. Certamente não é apenas outra historia que temos
viver de acordo. É uma afirmação histórica robusta- que Jesus Cristo veio para
ser nosso Salvador. E nós pedimos, então, que toda a grande teologia do Natal
que nós cantamos a respeito todo ano em nossos cânticos natalinos encontre um
lar em nós- então, para que pudéssemos lutar como loucos para chegar perto de você,
de modo que pudéssemos estar profundamente engajados nas necessidades dos
pobres e doentes e o que estão morrendo, de modo que seja o padrão para os
nossos relacionamentos depois da Encarnação e encontremos nós mesmos rompendo e
formando amizades que nunca formamos antes, e então que pudéssemos ser livres
para sermos emocionalmente envolvidos porque por baixo de tudo não temos o que
temer. Nós pedimos que nós sejamos totalmente transformados pela grande
doutrina do Natal. No nome de Jesus, Amém.
Copyright © 2010 by Timothy Keller,
Redeemer Presbyterian Church. This transcript is based on the audio recording
and has been lightly edited. The original audio can be found at
http://sermons.redeemer.com.
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