quarta-feira, agosto 11, 2004

Capitulo 15 de Mateus e Três Livros


Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isto o torna impuro"
S. Mateus 15, 11

O Senhor Nosso Deus está vivo e Ele nos escuta, nos fala e está esperando nesse momento exato uma resposta certa da sua boca: uma resposta pura, uma escolha em favor de uma vida em santidade, em separação com Ele.
Muitas questões povoam a Assembléia de Deus e as igrejas pentecostais em geral sobre as novas formas da manifestação do Santo Espírito, essas questões nos confundem, e chegam até a derrubar em nós algumas certezas tão exatas que nunca achávamos que seriam duvidadas, quanto mais derribadas estão sendo demolidas (Cl 2, 22-23).
É nesse tempo de desilusões. Isto é, um tempo onde estamos descobrindo que aquilo que pensávamos ser a vontade de Deus na nossa vida na verdade não é nada mais que a nossa própria ilusão (Cl 2,22-23).
É nessa hora de verdade e desilusão, Deus nos mostra o que Ele quer e espera realmente de nós. Ele está querendo que nós nos limpamos de todo nosso "lixo", para poder fazer do nosso viver, do nosso coração a sua casa.
Nada pode escapar da vontade de Deus, Jesus diz: "Toda planta que não foi plantada por meu Pai celeste será arrancada" (Mt. 15,13). Já pensou nessa promessa? Já pensou nas conseqüências que ela possui para nossa vida, nas maldades que praticamos contra os santos(Mt. 12, 15)?
Pode-se até estar indignado lendo a palavra "promessa" acima associada a uma palavra que tão repreensiva. Contudo, essa palavra de Cristo, no fundo, é uma promessa e uma constatação da fidelidade de Deus com Sua Palavra, com a Sua Real Intenção: a nossa transformação em nova criatura impulsionada por um novo coração.
Para que transformar o coração?
Porque é no coração do homem que "todas essas coisas más saem de dentro do homem e o torna impuro" (Mc 7.23). Jesus está preocupado em mudar nossas vidas, em nos transformar e nos purificar desde que nos reconhecemos como doentes necessitados dos seus cuidados, Ele anseia por ovelhas sinceras que se reconhecem como maculadas, decaídas, como portadoras de um coração que só pode produzir "más intenções, assasínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações"(Mt 15,19).
Ele espera por uma mulher cananéia que se coloque como cachorrinhos na mesa do dono, indignas de receber o pão celestial, Cristo na terra, mas que anseiam ao menos pelas migalhas do mestre, por um sorriso, um afago (Mt.15,27).
Somente com o reconhecimento de nossas fraquezas é que poderemos realmente transformar nossas vidas, é que poderemos alcançar o favor do Rei, disso trata o primeiro livro indicado aqui "De Dentro para Fora" de Larry Crabb, Ed. Betânia.
Para que possamos possuir uma grande fé como a da mulher cananéia (Mt. 15, 28) precisamos descobrir em nós a real situação de nossa vida e deixar que Deus não nos mude apenas aparentemente, mas nos mude totalmente de dentro para fora. Jesus puxa a nossa orelha e nos diz: "Fariseu cego,limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique limpo!" (Mt. 23,25).
Está difícil nos reconhecermos como perdidos, lembremos do que Jesus disse ainda no mesmo cap. 15 de Mateus: ”Não fui enviado senão as ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt. 15,24).
Agora, depois que mudarmos de dentro para fora, estaremos comprometido com o senhorio de Cristo em nossa vida. Devemos, logo, demonstrar em nossa vida frutos de Santidade para mostrarmos que estamos realmente ligados na videira (Jo. 15).
Entretanto, lembremos que antes de realizar a obra de Deus, você tem que ser de Deus, Rick Warren em seu primeiro capítulo do “Vida com Propósitos” lembra que TUDO, absolutamente tudo começa com Deus. Sem Ele, nem adianta ir ou começar.
Primeiro, a Santidade que possamos experimentar em nossa vida vem Deus, ("Um homem nada pode receber a não que lhe tenha sido dado do céu" Jo. 3, 27). Ela se manifesta em uma fé firme e em obras de vida produzidas por um amor que não nasceu de nós mesmos. Alguém disse não fazemos a obra de Deus para sermos salvos, mas porque somos salvos fazemos a obra de Deus.
Para aprender mais sobre a alegria da Santidade, vou recomendar um livro que uma vez me foi recomendado "Dos Apóstolos a Wesley" do William A. Greathouse, Casa Nazarena de Publicações. Em agradecimento, em louvor ao amor incondicional de Jesus por nossa vida, devemos demonstrar por Ele e pelo próximo o mesmo amor. Nisso se traduzirá em nossa vida o Grande Mandamento (Mt. 22, 36-40) e sua execução será manifestação em nossa vida da Grande Comissão (Mt. 28, 19-20). Devemos Santidade ao Senhor que é Santo.

Outro livro que recomendo para vocês lerem urgentemente é lindo, chama-se "O Jesus Que Eu Nunca Conheci" do Phillip Yancey, Ed. Vida. Esse livro vai apresentar um Jesus mais real e mais surpreendente e tocante que aquele que vimos no filme do Mel Gibson, um Jesus que não conhecemos vai ser revelado a nós na leitura desse livro.
Comecei meu texto falando que Deus nos escuta, nos fala e espera algo de nós, pois bem, a obra do Evangelho é arrependimento das obras mortas e fé em Jesus Cristo, duas coisas fundamentais para Paulo em At. 20,21. O arrependimento diante de Deus por nossas obras mortas e a fé (que também pode ser entendida com fidelidade) em Jesus Cristo para as novas obras vivificadoras que poderemos fazer em Cristo.

Em um tempo onde Deus fala tanto conosco, é tempo de escutar Sua voz e obedecer os Seus conselhos. Pois como diz o texto sagrado no mesmo capítulo 15: "Em seguida, chamando junto de si a multidão, disse-lhes: Ouvi e entendei!" (Mt.15,10).


O Reino dos Céus não é feito nem de comida e muito menos de bebida, ele é feito de alegria, de justiça e paz.
Rm 14,17.

Allen Marques Valadares Vaz

alguns versículos para reflexão.

"O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, mas o homem mau, do seu mau tesouro tira coisas más"
Mt. 12, 15.

"Se soubésseis o que significa: Misericórdia é que eu quero e não sacrifício, não condenarieis os que não têm culpa"
Mt. 12, 7.

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