segunda-feira, fevereiro 23, 2009

A igreja da Palavra e do Poder

Como conciliar as tradições reformadas com as pentecostais, num ambiente onde uma não exclua a outra. Este é o desafio proposto pelo livro a Igreja da Palavra e do Poder de Douglas Banister.
A partir da experiência da igreja local e do próprio autor, o livro busca conciliar essas riquezas e vivenciá-las da maneira mais plena possível em sua igreja.
Os legados são apresentados assim:
tradicional:
  • pregação expositiva
  • ênfase na autoridade e na suficiência das Escrituras.
  • confirmação realista de que o Reino de Deus ainda não está completo aqui
  • crença de que o crescimento espiritual é um processo
  • crença que a Palavra deve ser estudada em comunidade



renovado:

  • ênfase no poder
  • confirmação cheia de esperança de que o Reino está aqui em parte
  • crença de que Deus fala hoje
  • crença de que o Espírito deve ser experimentado em comunidade.
As igrejas de Palavra e do Poder buscam reunir o melhor de ambos os mundos: o renovado e o tradicional.
o LEGADO TRADICIONAL
Pregação Expositiva


1.A pregação expositiva é centrada em Deus

2. A pregação expositiva concentra-se no texto
"Para avaliar um bom sermão expositivo, basta saber o seguinto: O que mais causou impacto nos ouvintes: a própria Escritura? ou foi a emoção, as ilustrações ou histórias do pregador? Se foram elas, o poder do sermão se perdeu. Os melhores sermões expositivos deixam o ouvinte pensando nas palavras da própria passagem, como se Cristo as houvesse proferido de novo" p. 73-74
3. a pregação expositiva incliua-se para a aplicação
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"A tarefa principal da igreja, lembra D. Martin Lloyd-Jones é pregar e proclamar a Palavra, mostrar a verdadeira necessidade do homem e o único remédio, a única cura para ele" p.77
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"As igrejas da Palavra e do poder têm uma história mais do que fatos para contar. A pregação bíblica e o estudo das Escrituras que comunicam à proxima geração vão convocar o povo de Deus a considerar um novo roteiro para sua vida, um roteiro cujo autor é um Pai amoroso, escrito com o sangue do seu Filho" p. 177
  • Grupos Pequenos
"os membros do grupo podem partilhar de modo e em que medida o texto exerceu impacto sobre eles e pedir apoio para por aquelas verdades em prática na vida diária. Poucas coisas são um incentivo melhor para a santidade do que saber que seu grupo pequeno vai questioná-lo na noite seguinte de quarta-feira, por exemplo
As igrejas da Palavra e do poder colocam grande prioridade na pregação da Palavra. Mas a pregação por si só não é suficiente. Jesus deixou o modelo dos grupos pequenos como meio melhor de fazer discipulos. As igrejas da Palavra e do poder são impulsionadas pelos grupos pequenos, reunindo seu povo para o estudo da Palavra" p. 85
"Os grupos pequenos são organismos vivos. Crescem e amadurecem. Um bom grupo pequeno precisa crescer em sua capacidade de ministrar a Palavra. um bom grupo pequeno também precisa crescer em sua capacidade de praticar os dons espirituais" (p. 111)
"O grupo pequeno é um lugar seguro para a prática dos dons espirituais. Erros podem ser cometidos, mas qualquer prejuízo é mais facil de controlar em um grupo pequeno. É mais fácil recuperar, crescer e receber correção em um ambiente onde você sabe que é amado e aceito" p. 147

  • Cinco tijolos do legado tradicional
1. pregação expositiva
2. autoridade das Escrituras
3. mistério do Reino
4. Crescimento espiritual como processo
5. renovação espiritual por meio de grupos pequenos


Legado dos Renovados
  • Oração é essencial.
1.precisamos oferecer às pessoas uma teologia prática, experimental
Esclarecer as dúvidas sobre os dons do Espírito Santo.


2. Identificar e estabelecer e mobilizar intercessores.


3. Precisamos liberar o tempo dos pastores para que façam da oração uma prioridade de vida.

4.Abertura de espaço oportuno para os dons de línguas em em meio à congregação.
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"A oração de cura nos liberta para avançar em nossa peregrinação espiritual. momentos de oração geralmente revelam áreas do caráter que precisam estar apoiadas no estudo das Escrituras, na disciplina e na prestação de contas mútuas. É muito importante não abandonar as pessoas depois que o Espírito tenha poderosamente se envolvido com elas. Relacionamentos de amor ajudam as pessoas a avançar para além da cura e estabelecer hábitos espirituais eficientes que os protegerão de feridas da alma no futuro" p. 195

  • Reino de Deus já está aqui.
"O Reino de Deus pertence à Era Futura. Mas a Era Futura se sobrepôs a esta Era. Podemos experimentar sua influência poderosa e assim ser libertos desta Era sem viver mais em conformidade com Ela. Esse novo poder transformador é poder da Era Futura; é realmente o poder do Reino de Deus. O Reino de DEus é futuro, mas não é apenas futuro. Como o poder da Era Futura, o Reino de Deus invadiu esta Era perversa para que os homens possam conhecer algumas da bênçãos, embora ainda estejam na Era do mal" George Eldon Ladd na p. 95
  • Deus fala hoje
Palavra de sabedoria e palavra de conhecimento
Profecia

uma boa definição de profecia é dizer algo que Deus traz de modo espontâneo à mente (p. 99)

"Os profetas do Antigo Testamento falavam com a autoridade das Escrituras. Os do Novo Testamento, não. Na verdade, Paulo exige que as profecias sejam julgadas pelos outros crentes presentes (I Co 14.29). Você é capaz de imaginar alguém julgando um profeta do Antigo Testamento como Jeremias ou Isaías? Mas Paulo chega ao ponto de desobedecer uma profecia (At 21.4,5) (...) As palavras proféticas são convicções da parte de Deus impressas em nossa mente que partilhamos uns com os outros para edificação. Podem referir-se ao futuro, mas nem sempre." (p.100)

"O Espírito que habita em nós não é mudo ... Simplesmente não posso crer que duas pessoas tão intimamente relacionadas não falariam uma com a outra. Como poderia haver relacionamento pessoal com Deus sem comunicação individual" Dallas Willard na p. 120
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"Longe de afastar-se da Palavra, a profecia inspirada pelo Espírito Santo glorifica a Palavra, revelando os lugares em que o bálsamo das Escrituras precisa ser aplicado" p. 125
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Precisamos destacar as Escrituras e não as palavras proféticas como meio principal de crescimento e orientação espiritual e também aprender a ouvir a voz de Deus por meio das Escrituras.
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O autor estabelece algumas instruções em relação ao dom profético:
  • a. Esta profecia edifica aqueles a quem se dirige?
"A profecia do Novo Testamento é principalmente para edificação, encorajamento e consolação (ICo 14,3). Profecias inspiradas pelo Espírito vão edificar as pessoas que as ouve" (p.129)
  • b. Esta profecia concorda com as Escrituras?
  • c. Todos concordam que esta profecia veio de Deus
  • d. A pessoa que está com a profecia a apresentou com humildade.
"As Escrituras nunca são maculadas pela influência humana do autor bíblico. As palavras proféticas sempre são e devem ser transmitidas com humildade" p. 130
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Línguas e interpretação de línguas


Há três formas bíblicas segundo o autor:
1. Atos 2 mostra que o dom de línguas pode ser a capacidade de proclamar o evangelho em uma língua desconhecida à pessoa que fala.
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2. Que espécie de falar em línguas Paulo praticava fora da igreja: a melhor explicação é que se referia à oração em línguas em particular. Paulo chama esse tipo de oração de falar à Deus (1Co 14, 2) e diz que quem fala em língua a si mesmo se edifica (1Co 14,4); ele incentiva as pessoas a usar esse dom em particular (1 Co 14,5).
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3. O terceiro uso das línguas é uma mensagem pública enunciada em línguas e interpretada por alguém que tenha o dom de interpretação. Quando essa mensagem pública de línguas é corretamente interpretada, serve de palavra profética para a assembléia. Paulo é irredutível quando diz que não se deve falar em línguas sem interpretação: "Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete.Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus." (1Co 14, 27-28)

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O autor defende que nem todos falaram em línguas, pois "a Bíblia ensina claramente que nem todos falam em línguas. Paulo termina 1Coríntios 12 fazendo uma série de perguntas retoricas: Tem todos o dom de realizar milagres? Falam todos em línguas? Todos interpretam? vs. 29,30. A resposta que ele claramente espera é não"pag. 136

O culto é participativo

1. Há atenção cuidadosa a forma de adorar

2. Cada igreja determina o equilíbrio adequado entre hinos e corinhos.

3. criam um ambiente de adoração em que há liberdade para cultuar o Senhor de maneiras expressivas ou não.

4. Aceitam as artes

Tudo é uma questão de amor.
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Voce terá de determinar o que edifica mais a sua congregação. Lembre-se o propósito de cada dom espiritual é a edificação do corpo. Se um dom não edifica, Deus não está nele.

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