quarta-feira, janeiro 05, 2011

2666 até q se finde.

“ they want to watch the great masters spar, but they have no interest in real combat, when the great masters struggle against that something, that something that terrifies us all, that something that cows us and spurs us on, amid blood and mortal wounds and stench. ”


Amalfitano sobre o gosto de alguns.



o engraçado das resenhas do livro de Bolaño é que elas estão sempre limitadas a primeira das cinco partes do livro, dando quase a entender que o camarada não teve pique de ir mais longe.


No livro, Santa Teresa é a fronteira extrema do faroeste globalizado para onde os personagens de cada capítulo convergem e mal se cruzam: um pequeno grupo de acadêmicos na trilha de um autor alemão recluso e misterioso; um professor universitário viúvo, exilado da Espanha e desesperançado do México; um repórter negro de Nova York enviado para cobrir uma luta de boxe; um investigador de polícia que mantém um caso amoroso com uma psicóloga enquanto cadáveres de mulheres são desovados no atacado pelos enormes terrenos baldios entre as fábricas maquiladoras que pipocam pela fronteira; e, por fim, um capítulo que nos leva até o front russo da Segunda Guerra Mundial e que promete dar a chave para uma montanha de mistérios, mas só faz espalhar mais uma leva de pistas falsas. Os círculos não se fecham, as histórias são deixadas no ar, mas fica-se com a sensação de que todas elas continuam seguindo seus cursos, e se multiplicando na cabeça como uma desova ininterrupta de cadáveres de mulheres violadas, muito depois da última linha. 
revista bravo. 


agora o melhor artigo que li até agora sobre o livro..

In the days before his death, Bolaño asked his editor to publish the five sections of “2666” individually, in order to secure a sizable inheritance for his children. After consultation with Bolaño’s wife, the publisher issued it as a single volume. (The book, which is eleven hundred pages long, is currently being translated by Wimmer.) “2666” has hundreds of characters, but in a sense its protagonist is Santa Teresa, a town in the Sonora Desert where impoverished Mexicans labor in maquiladoras, the low-wage factories that have proliferated in the era of globalization. Santa Teresa is modelled on Ciudad Juárez, where, since 1993, the corpses of more than four hundred young women—many of them mutilated—have been found in garbage containers or vacant lots. (Almost none of these crimes have been solved.) In the novel, a parallel massacre has taken place. The plot of “2666” is byzantine—in a variation on “The Savage Detectives,” it hinges on the hunt for a reclusive Prussian novelist who, admirers believe, has hidden himself in the Sonora Desert. But, at its core, “2666” is a testament to the unredressed evil of the murders. The fourth section, “The Part About the Crimes,” offers a sickeningly comprehensive account of the killings, written in the frigid tone of a forensic report. This litany is interspliced with accounts of corrupt police officials, one of whom jokes, “Women are like laws, they were made to be violated.” More than three hundred pages long, it may be the grimmest sequence in contemporary fiction.


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