Este é um comentário sobre o livro TRANSFORMATIONAL DISCIPLESHIP: how people really grow escrito por Eric Geiger, Michael Kelley e Phillip Nation publicado pela BH Books em 2012.
O livro como seu outro livro genitor TRANSFORMATIONAL CHURCH é todo baseado em pesquisas sobre modelos e igrejas que possuem um discipulado que seja realmente eficiente.
Em suma, é um livro muito bom que oferece algumas explicações básicas sobre o evangelho e como ele opera na vida das pessoas. Como também o evangelho além de transforma as pessoas, modela a comunidade.
A tese é que o discipulado é mais do que o repasse de informações ou uma mudança de comportamento.
Algumas igrejas que pensam no primeiro modelo, acreditam que o discipulado seria um modo de transferência de conhecimento bíblico levando a um paradigma mais informativo e não transformativo. O resultado seria apenas conhecimento sem obediência.
Por outro lado, quem trabalho no aspecto comportamental não há uma transformação sincera, seria apenas um ajuste comportamental que não trabalha as estruturas internas das pessoas.
Eles defendem um discipulado para transformação de pessoas, a partir do Evangelho, que confia no poder regenerador do Espírito Santo e acredita que Jesus irá trazer a mudança.
No capítulo 3, "transformational sweet spot" vem a síntese de como os autores entendem ser um discipulado que transforma quando líderes saudáveis dão a verdade ao discípulo que está em uma posição vulnerável (p. 82). Então, são três pontos: Verdade (disciplinas com identidade no Evangelho), Líderes e Postura (fraqueza interdependente de alguém).
O restante do livro é para analisar como cada um desses princípios se desenvolve num discipulado que transforma:
Na parte 1 sobre a verdade, há uma retomada do conceito de evangelho distinto de um conceito de melhora de vida, mas uma volta ao evangelho em sentido da morte de Jesus como expiação e substituição, há uma clara influência dos escritos de Tim Keller, há até uma nota em que os autores dizem que tudo que ele escreve deve ser lido (p. 228).
Eles dividem a parte da verdade em : as lentes do evangelho, como o evangelho muda o modo como vivemos a vida,
As lentes da identidade, como o evangelho muda o modo como pensamos a respeito de nós mesmos:
"A salvação começa com a justificação quando Cristo Sua própria retidão e termina com a glorificação quando os crentes gozam a eternidade sem a presença do pecado. O processo entre os dois é a santificação. Santificação é o processo de sermos feitos santos pelo Único que nos declarou santos e andamos em novidade de vida por causa que Ele nos fez novos. Deus é perfeitamente aquele que nos já declarou-nos perfeitos e continuamente purifica aqueles que Ele já fez puros através de Cristo" (p. 95)
"Ao invés de começar com comportamento, os líderes devem lemvrar as pessoas quem elas são em Cristo. Isto conecta os mandamentos de Deus com a identidade que Ele assegura aos seus seguidores, apresentando a obediência como um fluir do entendimento e da vida da nova natureza que Cristo nos deu" (. 96)
Ele termina este capítulo lembrando quatro aspectos de nossa identidade: noiva, embaixador, estrangeiro e escravos.
As lentes da disciplina, aqui há uma visão de sinergia entre humilharmos a nós mesmos e a presença de Deus. É o ponto da postura humilde, vulnerável que devemos ter no discipulado, como algo intencional e não passivo.
"As lentes da disciplina é um caminho de ver tudo através da obra do evangelho. É priorizar a obra de Deus, humilhando a nós mesmos diante disto, e fazendo nós mesmos sempre disponíveis para aquilo que está sendo realizado através de nós" (p. 118)
Na parte 2, os autores vão falar da postura que se releva em três posturas principais: a da fraqueza, da intedependência e da para fora (outward). Há uma posição de depravação total diante da graça de Deus que leva a fraqueza.
No capítulo sobre interdepência, há uma posição brilhante sobre que a fé é algo pessoal mas não privado, sendo que uma comunidade transformadora é mais do que uma associação é uma participação de pessoas, que são parceiras no crescimento espiritual.
Para fora, é o propósito de crescimento, lembrando que uma das identidades do cristão é embaixador.
A liderança deve se lembrar que vive pelo poder do evangelho e também está sujeita a fraquezas, interdepência e ser para fora.
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