CAPÍTULO 2
O MAPAMEAMENTO DO CAMPO DA
REVELAÇÃO
Revelação Especial x Revelação
Geral
GERAL: também é chamada de
revelação natural
ESPECIAL: sobrenatural
A revelação geral vem a todos, a especial
a um circulo mais limitado.
REVELAÇÃO NATURAL
Pode ser de NATUREZA INTERIOR-
Deus nos revela a si mesmo por meio da consciência religiosa e da consciência moral
ou por NATUREZA EXTERIOR nas obras da natureza
exterior.
Para VOS, deve haver algum conhecimento
inato de Deus a partir da pressuposição de que o homem foi criado à imagem do próprio
Deus.
Esse conhecimento natural deve
ser acrescido de uma autorrevelação sobrenatural.
Para VOS, a sobrenaturalidade em revelação
não se origina no fato do pecado.
A natureza
interior não mais funciona normalmente no homem pecador. Seu senso de Deus,
tanto moral como religioso, pode ter se tornado impreciso e cego e a busca por
Deus na natureza exterior tem se tornado objeto de erro e distorção. O senso
inato de Deus, estando mais perto do ser interior do homem, é mais afetado
seriamente por esse do que sua observação externa da escrita (assinatura) de
Deus na natureza. Daí a exortação nas Escrituras endereçada aos pagãos para que
eles corrijam suas preconcepções tolas sobre a natureza de Deus derivadas das
obras da criação (p.ex.: Is 40.25,26; SI 94.5-11). Contudo, a correção
principal do conhecimento natural de Deus não pode vir da natureza interior em
si; essa correção deve ser suprida pela sobrenaturalidade da redenção (VOS,
p.34)
A função mais importante da revelação
especial sob o regime do pecado não está tanto na correção da faculdade de percepção
humana caída, mas na introdução do homem à verdade da redenção agora disponível.
Em virtude disso, é dada ao
conteúdo essencial na nova revelação redentora uma forma permanente: primeiro,
por meio da tradição; então, por meio do registro da tradição em escritos
sagrados e inspirados. Ao final, não haverá nenhum requisito a ser acrescentado
no estado aperfeiçoado das coisas seja para essa objetividade de conteúdo ou
para essa estabilidade da forma
REVELAÇÃO ESPECIAL PRÉ
REDENTORA E REDENTORA
Antes da Queda, havia uma
revelação especial que transcendia o conhecimento natural de Deus?
A religião é um intercurso pessoal
entre Deus e o homem, neste sentido, a religião necessita de um conhecimento
baseado em fontes diretas.
O estado
original do homem era um estado indefinido sob prova: ele permaneceria de posse
do que tinha à medida que não cometesse pecado, mas esse não seria um estado no
qual a continuidade de seu status moral e religioso pudesse ser-lhe garantida (...)Contudo,
a natureza de um período de provas concentrado e intensificado requereria que o
homem devesse estar a par do fato da provação e de seus termos. Daí a
necessidade de uma revelação especial com provisão para isso. (VOS,p. 37)
A DIVISÃO ENTRE REVELAÇÃO ESPECIAL
REDENTORA “BERITH” E “DIATHEKE”
Pacto de Graça x Pacto de Obras.
O Antigo Testamento não é igual
ao pacto de obras. A parte do AT após a Queda pertence a primeira parte do
Pacto da Graça, sendo período deste pacto que antecede a vinda do Messias.
A palavra BERITH significa pacto,
não há na Bíblia judaica a ideia de um testamento como ultimo desejo.
Inalterabilidade, certeza,
validade eterna e não sua natureza
voluntaria e mutável caracterizam o BERITH.
DIATHEKE significava uma disposição
que alguém fez de si mesmo, no uso legal seria o testamento como expressão de
um ultimo desejo.
Eles sentiram
que diatheke sugeria uma disposição soberana, nem sempre partindo da natureza
de um último desejo, e restauraram esse antigo significado. E, desse modo, eles
não somente superaram um obstáculo; também registraram o ganho positivo de
serem aptos a reproduzir um elemento muito importante na consciência de
religião presente no Antigo Testamento (VOS, p.40)
ANTIGO BERITH X NOVO BERITH
Finalmente, deve-se notar que,
quando a Bíblia fala de um duplo berith, uma dupla diatheke, por “antiga”
aliança se entenda não o período inteiro que vai da Queda do homem a Cristo,
mas o período desde Moisés até Cristo. Entretanto, o que precede o período
mosaico na descrição de Gênesis pode ser apropriadamente incorporado sob a
“Antiga Aliança”. No Pentateuco, ela tem a função do prefácio à narrativa das
instituições mosaicas e o prefácio pertence à capa do livro. De igual modo, a
“Nova Aliança”, no sentido periódico, soteriológico da palavra, vai além do
tempo de vida de Cristo na terra e da era apostólica; ela não somente nos
inclui, mas se estende e cobre o estado escatológico ou eterno. (VOS, 41-42)
O texto de Vos nos deixa
assim:
Período Criação até Moisés – Antiga
Aliança - PREFÁCIO
Período Moisés até Cristo –
antiga aliança - ANTIGO
Período Cristo até eternidade –
Nova Aliança – NOVO
Pacto das obras – Até a Queda
Pactos da Graça – dois testamentos,
após a Queda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário