terça-feira, maio 29, 2007

Ex-blog CEsar Maia 27.05.06

COMO NAS NOVELAS CLÁSSICAS DE DETETIVE, A PERGUNTA FICA NO AR (OU NA TERRA): A QUEM INTERESSA TUDO ISSO POLITICAMENTE?

1. Todas os regimes autoritários se estabelecem passando por um mesmo processo: desmoralizando o poder legislativo. Com Napoleão III, foi assim, e depois referendado por um plebiscito. Com Hitler também e da mesma forma. A Duma foi desmoralizada entre fevereiro e outubro até culminar com a tomada do poder na Rússia. O discurso de Getulio que estabeleceu o Estado Novo dizia que os partidos iam levar o país à desordem e que por isso não haveria eleições em 1938. E não vamos longe: Chávez fez isso com um poder legislativo eleito. Rafael do Equador, outro dia fez o mesmo, acumpliciando-se com o TSE e cassando mandatos. E por aí vão, exemplos e exemplos.

2. Todos estão inteiramente de acordo com identificar evidencias de corrupção -de quem for- investigar, processar e aplicar a força da lei. Mas -do ponto de vista político- a análise deve dar foco a lente. Explica-se: nem todos os casos são iguais, mas a forma de vazar e divulgar pode dar o foco que politicamente interessa.

3. Cada grampo vem acompanhado da informação que o foi por ordem judicial. Mas sabe-se que às vezes a ordem judicial dá cobertura ao grampo já feito. Um aparelho de grampo -normal- grava 600 telefones simultaneamente. Surgem suspeitas e se vai na direção e então se pede autorização. É como uma rede de pesca predatória: pega tudo e aproveita o melhor.

4. O uso da algema desmoraliza. Mas se o preso não oferece qualquer sinal de resistência, a algema não pode ser usada. Mas, as imagens com algema e sem algema, tem pesos diferentes. A prisão preventiva se dá quando o acusado em liberdade possa prejudicar a investigação, desfazer provas, etc... Portanto os casos devem ser objetivos e não de qualquer forma, pois a conseqüência será muito mais o espetáculo que a solução dos casos. Por isso os vazamentos e prisões começam legitimando os fatos e escandalizando. Depois vem o foco. Elementar!

5. Terá sido coincidência que o foco destacado dos fatos tenha sido os dois principais lideres do PMDB? Dois senadores que indicaram o ministro das Minas e Energia. E logo em seguida a revista Veja tem acesso a informações contra um deles e presidente do senado. É lógico que jornalisticamente a revista teria que publicar. O ponto não está na revista, mas quem passou a informação e entregou os dados e com que objetivo.

6. Que o senador responda pelo que é acusado. Mas politicamente o problema não é esse. O problema é porque o foco deste vazamento? Na Câmara de Deputados o governo tem -por enquanto- maioria sólida. No Senado não tem maioria. E tem menos ainda para matérias polemicas. E vem aí as prorrogações da CPMF e da DRU. A quem interessa enfraquecer o Senado?

7. O Lula já declarou várias vezes que é o Congresso que não aprova as reformas, etc... Mas se 90% das leis aprovadas são da iniciativa e interesse do executivo, porque não apresenta as leis das tais reformas? Elementar meu caro Watson: o objetivo central é desmoralizar, enfraquecendo o legislativo e preparando o momento para um plebiscito ou algo parecido. E usar a corrupção em base a fatos verdadeiros é um instrumento tão sutil quanto eficiente. E o Povo em sua indignação, "quer ver sangue".

8. Este Ex-Blog fez uma nota semanas atrás, chamando a atenção no mesmo momento do anúncio de um comissário do politburo para ministro da Justiça, que viria isso. A KGB. A Gestapo. Não demorou muito. É mais fácil ainda quando há fatos gravados para demonstrar. O bem vindo e necessário objetivo policial é o meio. O fim é a desmoralização do legislativo.

9. Quem não deve não teme. O Congresso deve perder a inibição e defender a democracia. Enquanto é tempo.

segunda-feira, maio 28, 2007

The Transformation of Kinship in the New Testament

by Gabriel Andrade

One of the most challenging questions asked of Jesus is to be found in Matthew 22: 23-30, Mark 12: 18-24 and Luke 20: 27-35. The Sadducees, who did not believe in the resurrection, address Jesus, telling him the story of a widow who, because of the Levirate law, ends up marrying seven brothers sequentially. "In the resurrection, whose wife shall she be of the seven? for they all had her" (Matthew. 22: 28). The Sadducees wish to embarrass Jesus by driving him to a logical jam, attempting to show the impossibility of resurrection. But, Jesus answers: "Ye do err, not knowing the scriptures, nor the power of God. For in the resurrection they neither marry, nor are given in marriage, but are as the angels of God in heaven" (Matthew. 22-30).

Jesus manages to overcome the challenge of the Sadducees and affirms his prescription of love. The Sadducees only think in terms of mimetic rivalry: if the Kingdom of God exists, it is threatened by the brothers’ jealousy over their wife. Jesus’ answer is a way, once again, to proclaim a Kingdom free of mimetic rivalry: brothers who shared a wife will not be rivals, because there are no husbands and wives in the resurrection: only angels all participating of God’s love.

This is a most important passage for mimetic theorists and Girardians. It further proves Jesus’ program of love, placing emphasis on the need to avoid mimetic rivalry. But, the passage is also significant for another important reason: it is one among many passages that display a reaction against traditional concepts of kinship. (...)


Jesus has come to bring the sword and not peace. His message is profoundly apocalyptical, for in a world where once the truth is known, sacrifice no longer works, and the cultural institutions it supports come tumbling down. Perhaps one of Jesus’ most disturbing words are to be found in what is known as the "Little Apocalypse" in Mark 13. There, he announces the terrible violence that the world will bear. One of the most eerie announcements is: "And brother will deliver up brother to death, and the father his child, and children will rise against parents, and have them put to death" (Mark 13: 12).

For Raymund Schwager, this passage was of capital importance for his biblical hermeneutics: "At the end of time, conflicts among human beings will become so severe that even the most intimate family relationships will be incapable of healing the rifts, or even of covering them up. To be sure, deadly persecutions within families are not mentioned in general but only in connection with the gospel. But this could very well become the occasion for special enmities, precisely because it uncovers the hidden truth among family members as well as among others" (2000: 149). Even the core of society, the family, will be threatened by the gospels’ revelatory power. Kinship will no longer function, for it is based upon a sacrificial violence that the gospels have made ever more difficult.



Entendes o que lês?


Um guia para entender a Bíblia com auxílio da exegese e da hermeneutica
de Gordon D. Fee et Douglas Stuart
Edições Vida Nova


"Fazer esse texto significar alguma coisa que Deus não pretendeu é abusar do texto, não usá-lo. Para evitar erros deste tipo, devemos aprender a pensar exegeticamente, ou seja, começar no passado, lá e então, e fazer assim com todos os textos" p. 21

domingo, maio 27, 2007

sábado, maio 19, 2007

Por que ainda ser cristão Hoje?


De Hans Küng...



"Só poderá subsistir uma sociedade que se orienta pela verdade, e não apenas a que se orienta pela felicidade" Weizsacker



só quando se envolve com o único infinito é que o homem chega à liberdade em relação a tudo quanto não passa de finito. Dizem os críticos do cristianismo: Deus escraviza os homens. Mas o contrário é que é verdade: só quando se liga a Deus e à sua vontade e que o homem deixa de ser escravo dos poderes e bens deste mundo, da sociedade e da história

(p. 71)


A essência do cristianismo é simplesmente este Jesus de Nazaré como o Cristo. E o que é um cristão? É aquele que, em sua caminhada individual (e todo cristão tem a sua própria caminhada individual), se esforça (mais do que isso não é exigido) por orientar-se por este Jesus Cristo.

(p. 89)

Linguagem...

O Senhor da linguagem usa a linguagem não para dominar, mas para formar relacionamentos de graça e amor, criar comunidades e amadurecê-las em oração

Eugenne Peterson, A maldição ...., p.109

Nova perspectiva paulina


FEE, Gordon D. Paulo, o Espírito e o Povo de Deus United Press, 1997.


Parece impossível compreender Paulo sem reconhecer a escatologia como estrutura essencial de todo o seu pensamento teológico, por outro lado, a salvação em Cristo é a preocupação essencial dessa estrutura. P.7

Avida do Espirito como cumprimento de três expectativas que se relacionam: 1. A associação do Espirito com nova aliança. 2. O uso da palavra habitar 3.a associação do Espirito com a imagem do templo. P. 16

Pelo Espirito Santo a presença de Deus retornou agora a seu povo, para habitar nele corporativa e individualmente p. 21

O que corrige tudo isso para nos não é simplesmente o fato do amor de Deus- mas sim que o amor de Deus tem sido eficazmente reconhecido na experiência do crente. O amor de Deus para nós tem sido, derramado como uma realidade pródiga experimentada pela presença do Espírito Santo, que Deus tem também profusamente derramado em nossos corações p. 47

Ser um cristão Paulino significa tomar o Espírito com plena seriedade como meio pelo qual o Deus eterno está sempre presente com seu povo p. 51

sexta-feira, maio 18, 2007

mais Espiritualidade na Prática

"A promessa de Deus requer obediência e resposta. Mas, por meio da obediência, vêm a graça e a necessidade de novas repostas- uma agradável espiral de bênçãos" p. 124

R. Paul Stevens

terça-feira, maio 15, 2007

segunda-feira, maio 14, 2007

Faces da Igreja em Missão por David Bosch

1. Encarnação.

2. Cruz
A kenosis de Jesus, seu esvaziar-se, teve inicio com seu nascimento. E foi por causa de sua identificação com os que se encontravam na periferia e de sua recusa em agir conforme as convenções vigentes que ele foi crucificado

Trata-se de uma missão de auto-esvaziamento, de serviço humilde- aqui reside a validade permanente da idéia da igreja para os outros de Bonhoeffer.

“Quando Cristo vocaciona um homem, ele o convida a vir e morre” D.Bonhoeffer

O Sofrimento representa a maneira como Deus age na historia. A missão da igreja no mundo é sofrer, é participar da existência de Deus no mundo”


3. Ressurreição
Na ressurreição de Cristo, as forças do futuro já fluem para o presente e o transformam, mesmo que, aos nossos olhos, tudo pareça inalterado

4.
Ascensão
5. Pentecostes
6. Parúsia

Consciente de sua provisoriedade, ela vive e presta serviço como aquela força na humanidade através da qual se servem a renovação e a comunidade de todas as pessoas

Dignitatis Humaniae


A Rede Globo e demais emissoras que ignoraram a liberdade religiosa no Brasil no último fim de semana, precisam ler um dos documentos da própria igreja católica que trata do assunto:



Este Concílio Vaticano declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Esta liberdade consiste no seguinte: todos os homens devem estar livres de coacção, quer por parte dos indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal modo que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de proceder segundo a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos devidos limites. Declara, além disso, que o direito à liberdade religiosa se funda realmente na própria dignidade da pessoa humana, como a palavra revelada de Deus e a própria razão a dão a conhecer (2). Este direito da pessoa humana à liberdade religiosa na ordem jurídica da sociedade deve ser de tal modo reconhecido que se torne um direito civil.
(...)
De harmonia com própria dignidade, todos os homens, que são pessoas dotadas de razão e de vontade livre e por isso mesmo com responsabilidade pessoal, são levados pela própria natureza e também moralmente a procurar a verdade, antes de mais a que diz respeito à religião. Têm também a obrigação de aderir à verdade conhecida e de ordenar toda a sua vida segundo as suas exigências. Ora, os homens não podem satisfazer a esta obrigação de modo conforme com a própria natureza, a não ser que gozem ao mesmo tempo de liberdade psicológica e imunidade de coacção externa. O direito à liberdade religiosa não se funda, pois, na disposição subjectiva da pessoa, mas na sua própria natureza. Por esta razão, o direito a esta imunidade permanece ainda naqueles que não satisfazem à obrigação de buscar e aderir à verdade; e, desde que se guarde a justa ordem pública, o seu exercício não pode ser impedido

(...)

É, portanto, uma injustiça contra a pessoa humana e contra a própria ordem estabelecida por Deus, negar ao homem o livre exercício da religião na sociedade, uma vez salvaguardada a justa ordem pública.

(...)

Os homens de hoje estão sujeitos a pressões de toda a ordem e correm o perigo de se verem privados da própria liberdade. Por outro lado, não poucos mostram-se inclinados a rejeitar, sob pretexto de liberdade, toda e qualquer sujeição, ou a fazer pouco caso da devida obediência
(...)

Pelo que este Concílio Vaticano exorta a todos, mas sobretudo aos que têm a seu cargo educar outros, a que se esforcem por formar homens que, fiéis à ordem moral, obedeçam à autoridade legítima e amem a autêntica liberdade; isto é, homens que julguem as coisas por si mesmos e à luz da verdade, procedam com sentido de responsabilidade, e aspirem a tudo o que é verdadeiro e justo, sempre prontos para colaborar com os demais. A liberdade religiosa deve, portanto, também servir e orientar-se para que os homens procedam responsavelmente no desempenho dos seus deveres na vida social.

(...)


sábado, maio 12, 2007

Chega de Genérico


No ato de crer na criação, aceitamos o que Deus faz, nos inserimos nele e nos sujeitamos ao que ele realizou a continuar a realizar. Não somos expectadores da criação, mas participantes dela. p. 69



Quando nada do que podemos fazer resolve e quando nos vermos perdidos e de mãos vazias, estamos prontos para deixar Deus criar.
p. 81

O grande amor de Deus por nós e seus propósitos para conosco são concretizados nas bagunças das cozinha e do quintal, nas tempestades e nos pecados, no céu azul, no trabalho diário e nos sonhos de nossa vida comum. Deus trabalha conosco do jeito que somos, e não como devemos ser ou imaginamos que devemos ser. Deus lida conosco no lugar onde estamos, e não onde gostaríamos de estar.
p. 93
.
A Trindade não é uma tentativa de explicar ou definir Deus por meio de abstrações (ainda que, em parte, seja isso também), mas um testemunho de que Deus se revela pessoal, em relacionamentos pessoais. A conseqüência prática desse fato é que Deus nos resgatou das especulações dos metafísicos e nos trouxe ousadamente para uma comunidade de homens, mulheres e crianças chamados a ter essa vida comum de amor, uma vida extremamente pessoal, na qual experimentam a si mesmos em termos pessoais de amor, perdão, esperança e desejo.
Descobrimos, sob a imagem da Trindade, que não conhecemos Deus ao defini-lo, mas ao sermos amados por ele e ao correspondermos a esse amor. As conseqüências são pessoalmente reveladoras: outra pessoa não vem a me conhecer, nem eu a outrem, pela definição, explicação, categorização ou "psicologização", mas de modo relacional, ao aceitar e amar, dar e receber. Os aspectos pessoais e interpessoais oferecem as imagens centrais (Pai, Filho, Espírito Santo) tanto para conhecermos Deus quanto para sermos conhecidos por ele. Isso é viver, e não pensar sobre viver; é viver com alguém, e não desempenhar funções para alguém. p. 16

PETERSON, Eugene H. A Maldição do Cristo Genérico Editora Mundo Cristão

segunda-feira, maio 07, 2007

Just walk across the run

Tim Keller and Missional Church

Maldição do Cristo genérico

http://video.google.com/videoplay?docid=6535225430006715559&q=eugene+peterson&hl=en

Este livro é uma conversa sobre teologia espiritual. Escolhi o termo “conversa” porque ele denota o vaivém de vozes de pessoas empenhadas na tarefa de considerar, explorar, discutir e desfrutar não apenas o tema em questão, mas também a companhia umas das outras. A expressão “teologia espiritual” é um par de palavras que mantém a coesão daquilo que, com freqüência, é “desmembrado”. Representa o esforço da comunidade da igreja para manter o que pensamos a respeito de Deus (teologia) em ligação orgânica com a maneira como vivemos com Deus (espiritualidade).

O crescimento meteórico do interesse pela espiritualidade nas últimas décadas deve-se, em grande parte, a uma profunda insatisfação com abordagens da vida aridamente racionalistas, constituídas de definições, explicações, esquemas e instruções (de psicólogos, pastores, teólogos ou planejadores), ou impessoalmente funcionais, compostas de slogans, objetivos, incentivos e programas (de anunciantes, palestrantes, consultores, líderes de igreja ou evangelistas). Mais cedo ou mais tarde, quase todos nós descobrimos um desejo profundo de viver de coração o que já sabemos com a mente e fazemos com as mãos.

Mas “a quem recorrer”? As instituições educacionais demonstram um interesse apenas secundário em lidar com nosso desejo ¾ oferecem-nos livros para ler e exames para nos aprovar, mas, fora isso, não nos dão muita atenção. Em nossos locais de trabalho, descobrimos mais que depressa que somos valorizados, principalmente (senão exclusivamente), em função de utilidade e lucratividade ¾ somos recompensados quando desempenhos bem nosso papel; do contrário, somos demitidos.

As instituições religiosas, que em outros tempos eram (e em outras culturas ainda são) os lugares mais óbvios para tratar das questões de Deus e da alma, causam decepção a um número cada vez maior de pessoas. Elas descobrem estar sendo cuidadosamente desenvolvidas como consumidoras num mercado que comercializa Deus como produto; ou se vêem tratadas como alunos aprendendo em ritmo irritantemente vagaroso, sendo preparados para provas finais sobre “a mobília do céu e a temperatura do inferno”.4

Por causa dessa pobreza espiritual que nos cerca, da falta de interesse em tratar daquilo que é de suma importância ¾ e está ausente tanto de escolas, empregos e vocações quanto de nossos lugares de culto ¾, a “espiritualidade” (usando um termo genérico) saiu das estruturas institucionais e se encontra um tanto dispersa. A espiritualidade está “no ar”. O lado bom é o fato de que os aspectos mais profundos e característicos da vida passaram a ser preocupações correntes; a fome e a sede pelo eterno e duradouro são amplamente reconhecidas e abertamente expressas; a recusa das pessoas em ser reduzidas a uma descrição de cargo e a resultados de avaliações é, hoje, uma realidade clara e definida.

No entanto, a dificuldade encontra-se na constatação de que, de uma forma ou de outra, todos estão convidados a criar a espiritualidade mais adequada para si mesmos. Da miscelânea de testemunhos de celebridades, gurus da mídia, fragmentos de êxtase e fantasias pessoais, inúmeras pessoas, com as melhores intenções do mundo, montam, “por conta própria”, identidades espirituais e modos de vida dotados de uma inclinação clara para vícios, relacionamentos rompidos, isolamento e violência.

Não há dúvida de que existe um interesse amplamente difundido de viver além dos papéis e funções atribuídos pela cultura. No entanto, grande parte dessa preocupação resulta numa espiritualidade moldada segundo parâmetros determinados por essa mesma cultura. Assim, parece-nos preferível usar o termo “teologia espiritual” para nos referirmos de modo específico à tentativa dos cristãos de tratar das experiências vividas e reveladas nas Sagradas Escrituras e da riqueza de conhecimentos e práticas de nossos antepassados ao aplicá-las ao nosso mundo contemporâneo, no qual a “fome e sede de justiça” são difusas e indistintas.

Os termos “teologia” e “espiritual” formam um ótimo par. “Teologia” é a atenção que dedicamos a Deus, nossa tentativa de conhecê-lo conforme é revelado nas Sagradas Escrituras e em Jesus Cristo. O adjetivo “espiritual” se refere à insistência de que toda revelação de Deus sobre si mesmo e suas obras pode ser vivida por homens e mulheres comuns em seus lares e locais de trabalho. O “espiritual” impede que a “teologia” se deteriore num simples e distante exercício de pensar, falar e escrever sobre Deus. A “teologia” evita que o “espiritual” se torne apenas a atividade emocional de pensar, falar e escrever sobre sentimentos e idéias individuais de Deus. Uma palavra necessita da outra, pois sabemos como é fácil desassociar o estudo sobre Deus (teologia) da maneira como vivemos; também sabemos como é fácil desvincular nosso desejo de viver com plenitude e satisfação (vida espiritual) daquilo que Deus é, de fato, e das maneiras como ele opera entre nós.

A teologia espiritual é a atenção que dedicamos à teologia prática que vivemos e sobre a qual oramos, pois se não orarmos, mais cedo ou mais tarde ela deixará de ser vivida de dentro para fora e em harmonia com o Senhor da vida. É nossa tentativa de viver aquilo que sabemos e cremos acerca de Deus. É o desenvolvimento da vida como adoração, ajoelhados perante Deus, o Pai; da vida como sacrifício, usando nossos pés para seguir Deus, o Filho; da vida como amor, envolvendo e sendo envolvidos pela comunidade de Deus, o Espírito.

A teologia espiritual não é uma área a mais que pode ser listada juntamente com as disciplinas da teologia sistemática, bíblica, prática e histórica; ela representa a convicção de que toda teologia, sem exceção, diz respeito ao Deus vivo, que nos torna criaturas vivas cujo propósito é viver para a sua glória. É o desenvolvimento da consciência e de percepções ao mesmo tempo alertas e responsivas em nosso local de trabalho e no local de culto; igualmente ativas quando trocamos as fraldas de um bebê em seu quarto e quando meditamos no meio de um bosque; necessárias tanto ao lermos os editoriais do jornal quanto ao fazermos a exegese de uma frase escrita em hebraico.

Alguns podem querer simplificar tudo mantendo o espiritual e descartando a teologia. Outros se contentarão em continuar com a teologia habitual e deixar de lado o espiritual. No entanto, a verdade é que vivemos apenas porque Deus vive e vivemos bem apenas quando o fazemos de modo coerente com a forma como Deus nos cria, salva e abençoa. A espiritualidade começa com a teologia (a revelação e compreensão acerca de Deus) e é norteada por ela. E a teologia nunca se encontra inteiramente separada de sua expressão no corpo de homens e mulheres aos quais Deus deu vida, sendo o desejo dele que todos vivam a vida de salvação na plenitude (espiritualidade).

sábado, maio 05, 2007

So What!

Uma AD moderna


Uma nova definição da Trindade


"A vida cristã é a volta ao Pai, Origem e Fundamento de toda existência, através do Filho, Esplendor e Imagem do Pai, no Espírito Santo, o Amor do Pai e do Filho"


Thomas Merton

sexta-feira, maio 04, 2007

Blog da Gateway Church

“Those who believe they believe in God without passion in the heart, without anguish of mind, without uncertainty, without doubt, and even times without despair, believe only in the idea of God and not God himself.”)
"Grande Compromisso ao Grande Mandamento e a Grande Comissão fará crescer um Grande Cristão e uma Grande Igreja"

Rick Warren

Informativo 464 STF

Ação Penal Pública Condicionada e Ilegitimidade da Defensoria Pública

A Turma negou provimento a recurso ordinário em habeas corpus em que a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro alegava a ilegitimidade do Ministério Público para propor ação penal pública condicionada à representação pela suposta prática dos delitos de estupro (CP, art. 213) e atentado violento ao pudor (CP, art. 214) quando, não obstante a pobreza da vítima, o ente da federação possui Defensoria Pública devidamente aparelhada. Rejeitou-se o argumento de inconstitucionalidade do art. 225, §§ 1º e 2º, do CP pelo simples fato de o Estado-membro ser provido de Defensoria Pública estruturada. Asseverou-se, no ponto, ser distinto o dever de o Estado prestar assistência judiciária às pessoas menos favorecidas e as condições estabelecidas no Código Penal para a propositura da ação penal. Desse modo, considerou-se despropositada a construção da recorrente no sentido de invocar, para a espécie, a norma do art. 68 do CPP e a jurisprudência fixada pela Corte quanto a esse dispositivo — até que viabilizada, em cada Estado, a implementação da Defensoria Pública, o parquet deteria legitimidade para o ajuizamento de ação civil ex delicto, quando o titular do direito à reparação do dano for pobre —, a fim de converter a ação penal pública condicionada em ação penal privada, que passaria a ter como parte legitimada ativa a Defensoria Pública. Aduziu-se que a opção do legislador pela convivência entre os artigos 32 do CPP (autoriza o juiz, comprovada a pobreza da parte, a nomear advogado para a promoção da ação penal privada) e 225 do CP (concede titularidade ao Ministério Público para a propositura de ação penal pública condicionada) tem como conseqüência impedir que, na hipótese do art. 225, § 1º, I, do CP (vítima pobre), depois de formalizada a representação, possa haver concessão de perdão ou abandono da causa. Por fim, entendeu-se que tal eleição não fora alterada com a criação e instalação das defensorias públicas nos Estados, pois a norma visa impedir que, nas hipóteses de pobreza declarada da ofendida, após a representação formalizada, não haja disposição de conteúdo material do processo.
RHC 88143/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa, 24.4.2007. (RHC-88143)

quinta-feira, maio 03, 2007

Oi, gente, bem... é o brinquedinho do Lulinha!

Folha de SP -Daniel Castro.
Gamecorp tem prejuízo de R$ 6 mi em 2 anos

A Gamecorp, empresa que desde o ano passado comanda a programação da Play TV (ex-Rede 21), teve um prejuízo de R$ 2,537 milhões em 2006. Somando-se a 2005, acumula um prejuízo de R$ 6,046 milhões, o que supera o seu capital social (de R$ 5,21 milhões). Seu patrimônio líquido (diferença entre bens/direitos e dívidas/obrigações) está negativo em R$ 836 mil. Os dados são de balanço publicado no sábado. A Gamecorp é uma produtora de TV e de games para celulares que tem entre seus sócios Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula. Em 2005, a empresa -que até então tinha um capital social de R$ 10 mil- recebeu um aporte de R$ 5 milhões da Telemar, que é sua cliente e sócia.

Pequena Miss Sunshine

quarta-feira, maio 02, 2007


"Remember that as a teenager you are at the last stage of your life when you will be happy to hear that the phone is for you."- Fran Lebowitz
“A cultura teve mais lucro com aqueles livros que fizeram os editores ter prejuízo.” THOMAS FULLER

Wilkerson X sinners-friendly-churches



Há não muito tempo vi um evangelista destes na televisão apresentando um trabalho de levantamento de fundos. Contou uma história louca sobre uma mulher que deu 100 dólares para o seu ministério, e dentro de semanas recebeu uma herança de mais de 800.000 dólares.
Fiquei preso na cadeira em choque, ao assistir essa sedução caminhando. Logo fui me esquentando com raiva, e gritei aos céus, "Vou desmascarar este homem!". Mas, a próxima coisa que entendi foi o Senhor cochichando ao meu coração: "Não, você não vai. Você vai deixá-lo em paz. Um cego guia outro cego, e todos acabam caindo no barranco".
Acredito, de verdade, que o meu desejo era defender o evangelho, mas eu estava reagindo na carne. O fato é: Jesus já fez uma declaração sobre esse mesmíssimo assunto. Os discípulos vieram até Ele um dia dizendo, "Mestre, Tu estás ofendendo os fariseus com o Teu ensino". Jesus lhes respondeu: "Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14).

Igreja Emergente e os problemas com Romanos

"It seems fair to say that Paul’s letter to the Romans has so far failed to capture the imagination of the emerging church. There are a number of likely reasons for this: the emerging church prefers Jesus and the Gospels; the emerging church does not feel comfortable with Paul’s strong stance against homosexuality; the emerging church does not at all like the doctrine of penal substitutionary atonement; the emerging church does not want to get into futile and politically fraught debates about the place of modern Israel in the purposes of God; and the emerging church probably finds squeezing the tough and indigestible fruit of Romans far too much like hard work for the little practical spiritual benefit that can be obtained from it."

Como lidar com a pressão do patrão?

How to Lift Your Leader’s Load
By John Maxwell

1.Be sure to do your own job well before you concentrate on lifting your leader’s load. If you drop your personal responsibilities, you’ll drag your leader down rather than propping them up.


2.When you find a problem, provide a solution. If you only identify what is broken, you look no different than a complainer. Show initiative by repairing the problems you encounter.


3.Tell your leaders what they need to hear, not what they want to hear. In the words of President Dwight Eisenhower: “A bold heart is half the battle.” Have the courage to speak your mind and confront difficult truths.


4.Go the second mile. Be willing to arrive early, stay late, and do more than your share of work.


5.Stand up for your leader whenever you can. Don’t become party to backbiting or criticism. Speak highly of your leaders and diffuse the negativity others may show toward them.


6.Stand in for your leader whenever you can.

terça-feira, maio 01, 2007

Maria João Pires

Já que acabei de postar uma música, aqui vai outra com Maria João Pires tocando Mozart, a melhor pianista portuguesa hoje, que estará no Festival de Campos este ano.

Dave Brubeck