segunda-feira, maio 14, 2012

Marilia de Camargo Cesar: Feridos em nome de Deus

Este é um livro muito recomendado para todo o pastor ou líder em uma igreja, o livro trata sobre o abuso que pode ocorrer entre o líder e liderado dentro de uma igreja, seja ele emocional, espiritual ou social.

Todo pastor dentro de uma igreja encontra-se mesmo numa posição em que pode acontecer tal coisa, seja por iniciativa dele ou mesmo da pessoa que o procura. A igreja é uma situação limite, onde a fraqueza humana está mais exposta.

O livro traz uma série de situações factuais de casos de abuso, mostrando quão complexo e variado é este assunto. 

O que gostei no livro foi a variada tomada de informações e relatos, e a sinceridade de não colocar ninguém como isento de uma possível ocorrência ao fato. O remédio proposto é de humildade ao pastor, reconhecendo que é apenas um ser humano.

Os limites para não haver abuso são o do bom senso, numa relação lider-liderado deve estar sempre claro o limite do serviço, o líder serve.

Outro tema importante é a questão do ungido, usado por alguns para ter poderes especiais, isto não existe e nem é bíblico.

Um terceiro tema importante na questão é a relação de dependência que muitos crentes tem em relação aos seus lideres, como se fosse uma terceirização da fé na pessoa do líder, a doutrina reformada é clara no sentido de universalização do sacerdócio e da responsabilidade pessoal de cada crente por sua vida espiritual. Nesse ponto, a autora foi muito bem, ressaltando ainda aspectos psicológicos dessa relação.( especialmente cap. 11)

O que não gostei foi da constante equalização de pentecostal com abuso, o livro, por vezes, trata os dois termos como sinônimos. 

O estranho mesmo são os capítulos 6 e 7, o seis trata do abuso teológico criado por um pastor impor o teísmo aberto aos seus membro. E no capítulo sete,  a autora busca opinião de Ricardo Gondim, grande defensor do teísmo aberto no Brasil. Não entendi.

Depois de ler este livro, se você quiser o remédio tem que ler O Pastor Desnecessário de Eugene Peterson.


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