quinta-feira, outubro 04, 2012

Watchman Nee: Oferecer-se a Deus.



No capítulo 6 da Vida Cristã Normal, Nee nos conta o terceiro passo da vereda do progresso, Oferecer-se a Deus. Seguindo o programa de questões de auxílio da edição Tesouro Aberto, vamos responder as questões propostas.

O texto base deste capítulo está em Romanos 6:12-13: Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça".
 

2. Por que um homem não convertido, não possui nada que possa consagrar a Deus?

Conforme o verso 13, não se trata de um oferecimento de dons e talentos, ou qualquer coisa que estava na velha criação, mas como "ressurretos dentre os mortos". O que é ofertado é aquilo que passou da morte para vida.

Quando eu realmente sei que fui crucificado com Ele, então espontaneamente considero-me morto (vv. 6 e 11) e quando sei que ressuscitei com Ele de entre os mortos, então, considero-me "vivo para Deus em Cristo Jesus" (vv. 9 e 11), pois tanto o aspecto da Cruz denominado "morte", como o denominado "ressurreição" têm que ser aceitos pela fé. Quando chego a este ponto, segue-se que me dou a Ele. Na ressurreição, Ele é a fonte da mi­nha vida — realmente Ele é a minha vida; de modo que não posso deixar de oferecer tudo a Ele, pois tudo é dEle e não meu. Mas, sem passar pela morte, nada tenho para consagrar, nada há de aceitável a Deus, pois já con­denou, na Cruz, tudo quanto é da velha criação. A morte acabou com tudo o que não pode ser consagrado a Ele, e somente a ressurreição torna possível qualquer consagra­ção. Apresentar-me a Deus significa que, agora e daqui em diante, considero a minha vida como pertencente ao Senhor

3. O desafio de Nee no que se refere ao uso do tempo, dinheiro e talentos, nos deixaria muito introspectivos e sensíveis?

A verdade cristã é que não pertencemos a nós mesmos mais, esta verdade pode nos deixar introspectivos e sensíveis sim e não.  Porque é uma verdade que vai além do nosso egoísmo, contudo, é uma verdade que muda nossa compreensão subjetiva da vida e o modo pelo qual andamos no mundo.


4. A santidade tem alguma coisa a ver com a qualidade e o caráter da pessoa?

Não nos tornamos por termos alguma coisa maligna que foi erradica dentro de nós, nos tornamos assim por termos sidos separados por Deus. Nee coloca que muitos consagram-se ao trabalho de Deus, colocando seus dotes naturais para fazer o trabalho, mas devemos nos consagrar à vontade para ser e fazer aquilo que Ele quiser. Obedecer é mais do que fazer aquilo que Deus quer, é querer o que Deus quer, isto é santidade, algo que só Ele pode colocar em nosso coração.


5. Como Deus decide em nossas vidas?

Deus tem uma carreira preparada para cada um de nós - 2Tm 4:7. É Ele quem decide qual o serviço que iremos prestar em seu reino.


6. Existe diferença entre a vontade própria assertiva e a escolha deliberada pela vontade de Deus?

A vontade própria de cada homem é voltada para si mesmo, buscar a sua própria satisfação.  A escolha pela vontade de Deus é algo distinto, é entregar-se, oferecer-se a Deus para viver uma vida segundo a vontade de Deus. 

"Não podemos esperar que o Senhor viva sua vida em nós se não lhe dermos a nossa para que Ele vida por meio dela" p. 83


7. Deus pode interferir em nossa vida em coisas que não o agradam?

Se nos dermos a Deus, sem reservas, muitos ajusta­mentos talvez sejam necessários: na família, nos negócios, na vida da Igreja, ou em nossas opiniões pessoais. Deus não deixará sobrar nada de nós mesmos. O Seu dedo to­cará, uma por uma, todas as coisas que não são dEle, e Ele dirá: "Isto tem que desaparecer". Você está pronto? É loucura resistir a Deus, e é sempre prudente e sábio submeter-nos a Ele. Admitamos que muitos de nós ainda temos controvérsia com o Senhor. Ele deseja uma coisa da nossa parte, enquanto nós desejamos outra. Não ousa­mos considerar muitas coisas, nem orar a respeito delas, nem mesmo pensar nelas, por medo de perdermos a nos­sa paz. Podemos fugir assim do problema, mas isso nos colocaria fora da vontade de Deus. É sempre fácil nos afastarmos da Sua vontade, mas é uma bênção nos entregarmos a Ele e deixá-Lo realizar em nós o Seu propósito.


8. "Deus sempre quebrará aquilo que é oferecido para ele". Quão sincera é a nossa consagração?

Aqui Nee fala da falta de entendimento de muitos que pensam que ainda são donos de si mesmos, mas não o são mais, agora, todos nós pertencemos a Deus. Estamos em suas mãos, e o Senhor sempre irá construir e remodelar a nossa vida para o seu agrado e não o nosso, porque isto é que no final irá nos trazer mais felicidade e gozo.

9. Como deve ser a vida de consagração do crente?

A minha entrega ao Senhor deve ser um ato inicial e fundamental. Depois, dia a dia, devo prosseguir, dando-me a Ele, sem me queixar do uso que Ele faz de mim, mas aceitando, com grato louvor, mesmo aquilo contra c o qual a carne se revolta.Sou do Senhor e agora não mais me considero pro­priedade minha, mas reconheço em tudo a Sua soberania e autoridade. Esta é a atitude que Deus requer, e mantê-la é verdadeira consagração. Não me consagro pa­ra ser missionário ou pregador; consagro-me a Deus para fazer a Sua vontade, onde estiver, quer seja na escola, no escritório, na oficina ou na cozinha, considerando que tudo o que Ele ordena é o melhor para mim, pois so­mente o que é bom pode advir para aqueles que são intei­ramente Seus. Permita Deus que estejamos sempre possuídos da consciência de que não somos de nós mesmos!

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