FILIPENSES 1:1-5: Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: 2 graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo. 3 Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, 4 fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas, 5 pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. 6 Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo. 7 Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.
1. Graça e Paz
O cristão primeiro precisa conhecer a graça de Deus para depois poder experimentar a Paz de Deus.
A Graça de Deus é o favor imerecido de Deus a nosso respeito, é o presente de Deus para cada um de nós sem que haja qualquer mérito nosso em recebê-lo:
“Graça é o livre, imerecido favor de Deus, trabalhando poderosamente na mente e no coração para transformar vidas. Não há um exemplo mais claro disto que Paulo que a salvação é pela graça apenas, não através de nossa performance moral ou religiosa(...)Ninguém é tão bom que não precise da graça do evangelho, nem é tão ruim que não possa receber a graça do evangelho” (KELLER, Galatians for You, p. 28)
"A graça não seria graça se reagisse aos recursos existentes em nós. A graça é graça porque ressalta os recursos transbordantes da própria bondade de Deus. A graça é eterna porque é esse tempo gasto por Deus para derramar provisões inesgotáveis da sua bondade sobre nós. A graça é gratuita porque Deus não seria infinito e auto-suficiente se fosse constrangido por qualquer coisa fora dele mesmo" John Piper, Graça Futura, p. 84
A igreja de Filipos era partipante da graça de Deus porque Deus e Jesus concederam a ela este favor.
"Quando não merecemos nada senão a punição e inferno, quando não merecemos nada senão colher o fruto do que semeamos, quando não éramos nada senão filhos da ira. Deus, por seu amor eterno e sempiterno, e de acordo com o seu conhecimento e com sua sabedoria, olhou para nós com seu olhar de favor, de modo que agora estamos peculiarmente sob sua graça" Lloyd-Jones, A vida de Alegria, p. 29
A graça reconhece sempre a necessidade de ajuda. O orgulho não, a forma de combater isto é admitir a ansiedade, a vanglória ou, até mesmo, autocompaixão, e apreciar a promessa da graça futura, a fé se fundamenta na ajuda de Deus que tem cuidado de nós.
2. Santos em Cristo Jesus
Por isto, também Paulo diz que a carta é aos santos, mas não somente santos, santos em Cristo Jesus.
Quem são os santos?
Os santos não são os cristãos excepcionais, os santos são todos aqueles que participam da graça de Deus, que foram separados por Deus para fazerem parte da sua igreja.
Paulo ora a todos (v.4), ama a todos (v. 7), tem saudade de todos (v.8), espera com todos (v.25) e saúda a todos (4:21).
"Paulo está os vendo como são. não em si mesmos, mas como são em Cristo. Como tais eles são santos. Um santo é alguém que foi separado pelo Senhor, para glorificá-lo (...) um santo é uma pessoa a quem o Senhor mostrou seu grande favor e sobre quem, consequentemente, depositou uma grande responsabilidade" (HENDRIKSEN,p. 69)
Santidade sem graça é apenas legalismo ou moralismo.
É a pessoa acreditar que por seus próprios esforços se faz agradável a Deus. isto é rebaixar o próprio padrão de santidade pedido por Deus.
"O Espírito aplica ao coração do crente os méritos da morte de Cristo, e, ao plantar nesse coração a semente da fé, o habilita a abraçar o seu Senhor por meio de uma fé viva" (HENDRIKSEN, p. 69)
Jesus é tanto o começo como o modo como ficamos na fé.
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