tradução livre de
CHRIST OF THE MOUNT de
E. STANLEY JONES
Capítulo 1: O homem no monte.
Chamamos isto de o Sermão do Monte. Ao chamá-lo assim acabamos cometendo uma injustiça e diminuímos seu tom. Num sermão, tomamos um texto e expomos ele. Não há nada disso aqui. Este não é um sermão apenas, é um retrato, um retrato de Jesus em si mesmo e do Pai e de como homem-deve-ser. Verdade, que ele não coloca como um retrato de si mesmo, mas enquanto desenha as linhas na figura do Pai e do como homem deve ser descobrimos que ele mergulha seu pincel nas profundezas de sua própria vida e experiência e, assim, gradualmente vemos sua face adorada, a interpretação tanto de Deus como do homem. Não temos aqui linhas de algum código, mas traços de Um Personagem.
Jesus é a simplificação de Deus. Todas as grandes descobertas são simplificações. O pensar move-se do complicado para o simples. "O fato curioso permanece" diz o Professor Vaughan"que na ciência e na filosofia a hipótese mais interminável e pesada vem primeiro, especialmente para uma mente ensinada e a hipótese simples e adequada aparece por último". Todos os sistemas religiosos e filosóficos da Grécia, Índia e China se completaram e alcançaram seu topo antes do tempo da vinda de Cristo. Um é profundamente impressionado com a perspicácia do homem que escreveu as Upanishads, mas ele também profundamente influenciado pelas complicações, meandros e labirintos do seu pensamento sobre Deus. Eles sofrem de uma sobrecarga mental. Os homens, provavelmente, nunca irão de novo tão longe atrás de um complicado uso de palavras na busca do divino como aquelas colocadas em sânscrito. Eles foram os melhores em palavras. O que era necessário era a Palavra Melhor. Então, a Grande Simplificação tomou lugar. A Palavra se fez carne.
Jesus é chamado de a Palavra porque a palavra é a expressão do pensamento oculto. A menos, que coloque meu pensamento em palavras, ninguém entender nada. Aqui é Deus, nós sentimos sua presença, mas seu Espírito permanece oculto. Queremos conhecer como ele é sem onipotência, nem em onisciência e nem em onipresença; a revelação disto poderia fazer pouco ou nenhum bem, mas devemos saber seu caráter, por aquilo que ele é em seu caráte, nós, suas crianças, devemos. Então, o Pensamento Oculto- Deus- se torna a Palavra Revelada: Cristo.
Minhas palavras são da encarnação, da prole, do filho, do meu pensamento. Então, a Palavra, Jesus, é o Filho do Pensamento, Deus. Como vemos acima através das palavras de um homem entendemos seu pensamento, então vemos através de Jesus para conhecer a Deus como ele é. Deus é como aquilo que vemos em Jesus. E se ele é, então ele é um bom Deus e confiável. Não pedir nada melhor. Streeter coloca desta forma: "Suponha que seu filho venha até você e pergunte: É Deus sábio como Einstein? Você provavelmente riria. Mas, a criança deveria dizer: É Deus tão bom como Jesus? Você deveria estar hábil para dizer que Deus é melhor que qualquer homem, mas no seu coração do corações você provavelmente dirá ( para si e não para a criança) que a questão real é, É Deus tão bom como Jesus?". Isto não é um exagero, a dúvida moderna não é concernente a Jesus, mas sim a Deus. "Eu não entendo Deus, mas a personagem de Jesus é uma das coisas que mantém meu mundo em pé, diz um homem brilhante em nossas Conferências de Mesa Redonda. Um doutor da Europa protestou quando eu escrevi esta sentença: "se o Coração que está por trás do Universo é como este gentil coração que se quebra na cruz, ele pode ter meu coração sem qualificação" dizendo,"eu concordo com você quando você diz que esta vida vivida de acordo com Jesus é a melhor e mais fina que podemos conhecer, mas porquê você escreveu coração com C maiúsculo, como se o ser horrível por trás do universo tivesse um coração?" Esta dúvida do doutor não era em relação a Jesus mas a respeito de Deus. Mas Jesus disse e mostrou que eles eram um - "Eu e o Pai somos um".Assim como a palavra e o pensamento são um, então Jesus e o Pai são um.
Em outro lugar, Jesus disse: "O Pai é maior do que eu". Estas declarações não são contraditórias? Não, não necessariamente, pois enquanto o pensamento e a palavra são um, não obstante o pensamento é maior que a palavra. Toda expressão do pensamento por palavras significa uma limitação do pensamento. Você deve olhar ao redor para ver se pode encontrar uma palavra que vai adequadamente expressar um pensamento. Então Deus, expressado na Palavra, é limitado pela própria natureza do caso. O Pai - o Deus inexpressado, é maior que o Filho- o expressado Deus. E ainda assim são um.
As palavras do homem são, para aqueles de fora dele, o caminho para seu pensamento. Então, Jesus, a Palavra, é o caminho para o Pensamento, Deus. Mas, minhas palavras não são uma terceira coisa que fica entre você e meu pensamento, elas são meus pensamentos projetados para você, meu pensamento se tornando disponível. Se você tomar minhas palavras, você toma meu próprio pensamento, Jesus não é uma terceira pessoa que fica entre eu e Deus. Ao invés disso, ele é Deus projetado para mim, Deus se tornando disponível. Ele é um mediador no sentido que ele medeia Deus para mim, então, quando tomo posse dele eu tomo posso do próprio ser de Deus.
Esta Palavra não é uma Palavra soletrada, esta é uma Palavra vivida para fora. Ele é, de fato, o discurso da eternidade traduzido na linguagem do tempo, mas a linguagem é a Vida. O método de Deus é um Homem. Jesus é Deus falando para o homem na rua. Ele é Deus encontrando a mim em meu ambiente, o ambiente humano. Ele é Deus mostrando o seu caráter no lugar onde os caracteres são formados. Ele é a vida humana de Deus. Ele é aquela parte de Deus que podemos enxergar. E se o resto de Deus é como isto que podemos ver, então está tudo bem, Deus significa o bem e ele deseja que nos também nos encontremos bem.
Contudo, a Vida era verdadeiramente humano. Ele encontrou a vida como um ser humano. Ele não pediu nenhum poder para sua batalha moral que não esteja disponível para nós. Ele fez milagres, mas apenas para os outros e em resposta a uma necessidade humana. Seu caráter foi uma conquista. Tudo que ele deixou diante dos homens em palavras ditas no Monte aconteceram em sua própria alma. Elas eram possíveis de serem vividas, pois ele as viveu. "Ficamos felizes em ler sobre o Homem que praticou tudo que pregou" escreveram alguns estudantes hindus que receberam bíblias de presente em sua graduação. Ele fez.
O Sermão do Monte é possível, por causa do Homem que primeiro falou estas palavras as praticou, então, a prática delas produzem um caráter tão belo, tão simétrico, tão atraente, apenas como a vida deveria ser, ele é tão inescapável no campo moral como a gravidade é para a física.
As palavras do Sermão deve ser interpretadas na luz desta Face. Ele coloca um novo conteúdo em palavras antigas pela ilustração de sua própria vida. Ao interpretar o Sermão do Monte, geralmente, aplicamos métodos de criticismo histórico e isto nos dá as palavras com o seu significado como do Antigo Testamento ou num panorama contemporâneo. Talvez nós ganharíamos muito mais deste método, mas talvez nós também estamos perdendo o ponto central e reduzindo o todo a um eco de um ditado disperso vindo do passado. Seus ouvintes não se sentiram assim sobre isto, eles foram atingidos com novidade que foi posta, como Baying: "Eles estavam espantados com seu ensino: pois colocaram que ele ensinava com autoridade e não como seus escribas".
Você pode apontar dizeres paralelos no passado, e ainda quando você faz isso, você perde a coisa central que era o aroma que estava sob estas palavras, o contágio de sua Pessoa moral, o senso de profundidade que vinha do fato que ele falava e ilustrava as palavras. Ele não estava apresentando um novo conjunto de leis, mas demandando uma nova lealdade para sua pessoa. A lealdade para sua pessoa era para ser expressada em cuidar das coisas que ele incorporava. Ele era a encarnação do Sermão do Monte, e para ser leal a ele significa ser leal ao seu caminho de vida. "Para o bem da justiça era uma palavra do passado, para o meu bem era a nova palavra; "Para o bem da justiça era o cumprimento da lei, para o meu bem, era o cumprimento da Vida. A coisa surpreendente é que ele usa ambos e os faz sinônimos (Mt 5:10,11), e assim, alega, incidentalmente, que ele era a encarnação da justiça do universo. A nova lei era a Vida. Isto levanta a bondade do legalismo e a baseia no amor.
A diferença essencial entre o Farisaísmo e o ensinamento de Jesus está aqui: "Um era sobre devoção para uma ideia da Lei, o outro era devoção para a Pessoa - o Evangelho". No primeiro, um poderia sentir que ele estava completo e poderia ficar no templo dando graças a Deus porque ele não era outra pessoa; mas o outro nunca poderia sentir que alcançou, porque o amor sempre abre outras portas novas. Um produzia o perfeito fariseu e o outro produz o perfeito amante. "Se religião é a respeito de amar uma pessoa não pode haver limite para o dever e não pode haver nenhuma questão de mérito" diz Findlay, e ele aponta seu dedo para esta verdade essencial. Existe um exagero no Sermão do Monte que assusta e choca a mente legalista. Não vê limite do serviço, a primeira milha não é o bastante, ele vai duas; o casaco não é suficiente, ele vai dar a capa também; amar os amigos não é suficiente, ele vai amar os inimigos também. Venha com isto para a mente legalista e isto será impossível ou um absurdo, venha com isto para a mente do amante e nada diferente disto é possível. A atitude do que ama não é uma nascida do dever, mas do privilégio. Aqui está a chave para o Sermão do Monte. Erramos ele completamente se olhamos para ele como um gráfico do dever cristão, ao invés disso, aqui está um gráfico da liberdade cristã que nos leva além, fazer aquilo que o amor impele e não meramente aquilo que o dever compele. O fato é que isto não é lei sobretudo, mas uma lira que tocamos com os dedos do amor em devoção feliz. Esta felicidade, essa piedade alegre é a expressão de um amor e não uma compressão de um dever advindo da lei.
Coloque o Homem, que fala essas palavras num contexto e olhe apenas para seus dizeres e elas se tornam elevadas como as montanhas do Himalaia e também impossíveis. Mas, coloque um toque caloroso da sua revigorante amizade dentro disso, e qualquer coisa, tudo se torna possível, porque estas coisas não podem ser realizadas vindas de um princípio unitário, mas de um plano cooperativo.
Eu disse acima que Jesus era a grande simplificação de Deus. Ele também é a simplificação do dever. "Ame e faça o que gosta", ele diz em essência. E as coisas que você vai gostar são justamente estas coisas "impossíveis" que ele deixou aqui no Sermão.
Mas, ele não é apenas a simplificação de Deus e do dever, Ele também é a simplificação das palavras. As palavras nunca foram reduzidas ao máximo de sua essência como aqui. Elas também são tão reduzidas que parecem que cessam sua função como palavras e se tornam fatos. De alguém, é dito que suas palavras eram meia-batalhas. Segure firme estas palavras e você vai encontrar o segura da Palavra. O Sermão do Monte é o Homem no Monte.
Contudo, esta Palavra é uma Palavra que se desdobra. "Eu tenho ainda muitas coisas para dizer para você, mas você ainda não pode aguentar elas agora". Ele está dizendo coisas para cada geração como se elas estivessem prontas para ouvir e responder. Não temos ainda interpretado completamente o Interprete. Nos dias do Novo Testamento era dito que quando as pessoas o ouviam, "elas estavam além da medida surpreendidas, dizendo, Ele tem feito as coisas todas bem, ele faz o surdo ouvir, o mudo falar". Sim, graças a Deus, ele fez as coisas bem , mas esta interpretação também é muito limitada. "Todas as coisas bem" significa mais do que fazer o surdo ouvir e mudo falar. Agora podemos ver que Ele colocou diante de nós, um ideal perfeito do viver humano, dando-nos uma filosofia de vida, encontrou o pecado, sofrendo e morrendo na cruz, ressuscitou, redimiu e leva as eras e deixa aberto os portões da plena vida para todos os homens. Talvez, as era por vir vão dizer que tentamos interpretar a Ele de um modo muito limitado e pequeno.
Este livro não vem com nenhum ar de finalidade na interpretação destas palavras de Jesus. Seu propósito só pode ser conquistado se isto amplia nossa visão de Cristo. Porque Ele é a Palavra final de Deus e está revelada a nós.
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