sexta-feira, agosto 31, 2007

"A vida é uma dança na direção de Deus, começo a pensar. E a dança não é tão graciosa quanto desejaríamos. Enquanto deslizamos e rodopiamos, com nossos passos ensaiados, Deus atrapalha nossos pés, pisa em nossos dedos e raspa em nossos sapatos. Então, aprendemos a dançar com aquele que nos criou. E é uma dança díficil de aprender, porque seus passos são estranhos" Donald Miller

segunda-feira, agosto 27, 2007

domingo, agosto 26, 2007

Missão Integral Transformadora

A forma da ética cristã está diretamente relacionada à forma do Evangelho que anunciamos. Se a igreja pregar um Evangelho incompleto, a ética dela também será incompleta

Rosalee Velloso Ewell

"Quanto mais o espírito em seu progresso através de um esforço cada vez maior e mais perfeito, chega a compreender o que é conhecimento dessas realidades e se aproxima sempre mais da contemplação, tanto mais vê que a natureza divina é invisível. Tendo deixado para trás todas as aparências- não só as que se percebem pelos sentidos, mas também as que a inteligência julga apreender, entra cada vez mais a dentro até que, com grande luta do espírito, penetra no Invisível e Incognoscível e vê a Deus"


Gregório de Nissa, De Vita Moysi, II, 162

Narrativas do Antigo Testamento

As narrativas bíblicas nos contam acerca de coisas que aconteceram- mas não quaisquer coisas. O propósito delas é nos mostrar-nos Deus operando na Sua criação e entre Seu povo. As narrativas O glorificam, ajudam-nos a entendê-lo e dar o devido valor a Ele, e nos dão um quadro da Sua providência e proteção. Ao mesmo tempo, também fornecem ilustrações de muitas outras lições que são importantes para nossas vidas. p. 64
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Você sempre pode aprender muita coisa destras narrativas ( do antigo testamento), e de todas as narrativas da Bíblia, mas você nunca pode tomar por certo que Deus espera que você faça exatamente as mesmas coisas que as personagens na Bíblia fizeram, nem que aconteçam a você as mesmas coisas que aconteceram a elas. p. 78

Douglas Stuart, Entendes o que lês?

sábado, agosto 25, 2007

Outros Seis Dias

Resumo Outros Seis Dias de R. Paul Stevens ultimato/textus


PRIMEIRA PARTE: UM POVO SEM LAICATO E CLERO

1. Teologia do Povo
O autor constrói as variáveis existentes e propõe uma nova construção de uma teologia do povo, “laos”, uma teologia que vá além da dicotomia clero-laico. Sobre esta incoerência evangélica:

“Entrar no trabalho de Deus significa tornar-se pastor ou missionário e não ser colaborador de Deus em Sua obra criadora, sustentadora, redentora e aperfeiçoadora, tanto na igreja como no mundo” (p.15)

2. Reiventando o Laicato e o Clero

O autor aponta nas Escrituras a insensatez da divisão.




A palavra laicato vem de dois termos:



1- laikos surge com Clemente de Roma, no fim do Séc. I, em sua carta aos corintios para descrever o ugar do laicato na adoração quando os presbíteros estavam sendo privados de suas funções.




2-idiotés, que significa leigo em contraste com um perito- especialista. O termo é usado em 1 Corintios 14:23 para descrever o individuo fora da igreja que entra numa reunião cristã totalmente despreparado e não consegue compreender o que está acontecendo, se referindo a pessoas não cristãs.

O laos de Deus
Não significa despreparado ou comum, mas o povo de Deus- um povo realmente extraordinário (Ef. 4:11-12). “Existe uma continuidade notável no povo de Deus sob a Antiga Aliança com respeito á sua consciência de ser um povo, mas uma descontinuidade no Antigo Testamento com respeito à liderança (Gordon Fee, p. 31)




Povo sem clero



Uma definição inaceitável de clérigo é que se trata de lideres que ganham seu sustento por meio do evangelho ou que se envolvem no serviço religioso por conta da remuneração. (p. 32)



O termo kleros aparece em At. 8.21, At. 26:17-18, Ef.1.11, Gl 3:29, Cl 1.12 como herança compartilhada entre todos os crentes, nunca significando uma posição individual especial.




O novo testamento mostra um mundo de dons universais, capacitação universal do povo de Deus mediante o dom do Espírito Santo, ministério universal e a experiencia universal do chamado de Deus por todo o povo de Deus” p.33

3. Um Deus- Um povo
Por que buscar abolir o conceito de laicato e sua separação do clero? Para a recuperação de todo o povo de Deus como verdadeiro ministério do Senhor.


Sir John Lawrence traduz o preconceito comum:
“O que o leigo quer realmente? Quer um prédio que pareça uma igreja; um clérigo vestido de maneira aprovada por ele; serviços do tipo a que está acostumado e ser deixado em paz” p. 49

Um Deus – Três Pessoas – Um Povo
At. 15:14
“ identidade do laos vem da Trindade – um povo em comunhão com Deus – e a vocação do laos tem também origem na comunhão com Deus. Desta forma, tanto o ser como o fazer, tanto a identidade como a vocação do laos serão considerados”(p 52)




O ministério é gerado em Deus, que continua Seu ministério por meio do Seu povo, começa quando nos unimos a Deus ( Jo. 1:12) e temos comunhao com o Pai e seu Filho (1 Jo. 1:3)

“O ministério de Deus é criativo e unitivo ( Jo. 17.21-23) e não apenas curativo e redentor, constituindo assim uma definição mais ampla de sevico e relacionamento do que é geralmente atribuído ao termo ministério. Como o seu Deus, o povo de Deus tem um ministério tanto criativo (fazer) como restaurador ( ministério de reparação): um ministério tanto unitivo (que liga) quanto curativo (que corrige) - desafiando assim a preocupação evangelica comum com a Grande Comissão ( Mt. 28.19-20) como a definição exclusiva de ministério, por mais importante que essa ordem seja”. (p. 53)




Pericorese

Doutrina dos pais capadocios que ensinavam que a essência de Deus é relacional, que Deus existe em uma pluralidade de pessoas distintas unidas em comunhão. Buscando evitar coletivismo ou individualismo, falava-se em pericorese – reciprocidade, intercambio, dar e receber sem obscurecer).

“As três pessoas da Trindade “ estando uma na outra” são atraídas para a outra, contidas na outra, interpenetram uma à outra ao extrair vida e derramar vida uma na outra- como a comunhão do amor” Edwin Hui p. 55

A doutrina da pericorese associa de maneira brilhante a trindade e a unidade, sem reduzir a trindade à unidade, ou dissolver a unidade na trindade” Jurgen Moltmann p. 55

O laos significa que os membros do povo de Deus tem comunhão com Deus e uns com os outros sem se fundir com Deus ou uns com os outros. Numa comunhão participatoria e pessoal- Fp. 3:12

1 Co 12
“O laos não tem uma unidade de purê de batatas, como é algumas vezes alegado, mas uma rica unidade social na qual cada membro se torna mais ele mesmo, experimentando uma vida comunitária fora-de-si-mesmo (extática). A unidade não é meio para o fim- uma necessidade prática para realizar o serviço da Igreja. Unidade é o fim, o alvo, o próprio ministério” (p. 56)

Ser laos significa ser simultaneamente ser comunitário e pessoal. “Deus que é comunidade do Pai, Filho e Espírito, criou uma comunidade que expressa a vida do amor de Deus na Terra”.

Na igreja pericorética.

1º. Não existe membro individual.
“No individualismo granular da cultura ocidental, a unidade básica da igreja é o membro individual. Mas, para Paulo,a unidade básica da Igreja é a Igreja!” (p. 58)

2º. Não há hierarquia de ministérios.

3º. Todos os membros do laos de Deus pertencem uns aos outros, ministram uns aos outros, precisam uns dos outro e contribuem para a rica unidade e ministério do todo.

quinta-feira, agosto 23, 2007

J. Stott e Trabalho

John Stott define o trabalho como o gasto de energia (manual, mental ou ambas) a serviço de alguém, que trasz satisfação para o trabalhador, benefício para comunidade e glória a Deus.

terça-feira, agosto 21, 2007

Henri Nouwen e o Perdão

Henri Nouwen, que define o perdão como "amor praticado entre pessoas que amam defeituosamente", descreve como o processo do perdão funciona:

Digo com freqüência: "Eu perdôo você". Mas, mesmo quando digo essas palavras, meu coração continua zangado ou ressentido. Ainda quero ouvir a história que me diz que eu estava certo, afinal de contas; ainda quero ouvir pedidos de desculpas e justificativas; ainda quero ter a satisfação de receber algum louvor em troca — pelo menos o louvor de ser tão perdoador!

O perdão de Deus, contudo, é incondicional; ele vem de um coração que não exige nada para si mesmo, um coração que está completamente vazio de interesses próprios. É o perdão divino que tenho de praticar em minha vida diária. Ele me convoca para continuar passando por cima de todos os meus argumentos que dizem que o perdão é loucura, doentio e impraticável. Ele me desafia a passar por cima de toda a minha necessidade de gratidão e elogios. Finalmente, ele exige de mim que eu passe por cima daquela parte ferida do meu coração que se sente machucada e maltratada e que deseja ficar no controle e colocar algumas condições entre mim e a pessoa a qual sou solicitado a perdoar.

Um dia descobri estas advertências do apóstolo Paulo aninhada entre muitas outras em Romanos 12. Aborrecei o mal, alegrai-vos, sede unânimes, não sejais sábios em vós mesmos — e a lista prossegue. Então aparece este versículo: "Não vos vingueis15 a vós mesmos, amados, mas dai lugar a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor".

Finalmente, entendi: em última análise, o perdão é um ato de fé. Perdoando outra pessoa, estou confiando que Deus é um juiz melhor do que eu. Perdoando, abandono meus próprios direitos de me vingar e deixo toda a questão da justiça nas mãos divinas. Deixo nas mãos de Deus a balança que deve pesar a justiça e a misericórdia.

Quando José, finalmente, chegou ao ponto de perdoar seus irmãos, a dor não desapareceu, mas o fardo de ser o juiz se desfez. Embora o mal não desapareça quando perdôo, ele perde o seu poder sobre mim e é assumido por Deus, que sabe muito bem o que fazer. Tal decisão envolve risco, naturalmente: o risco de Deus não lidar com a pessoa como eu gostaria (o profeta Jonas, por exemplo, ressentiu-se porque Deus foi mais misericordioso do que os ninivitas mereciam).

Eu nunca achei que o perdão é fácil, e raramente o considero completamente satisfatório. As injustiças importunas continuam, e as feridas ainda doem. Tenho de me aproximar de Deus repetidas vezes, entregando a Ele os resíduos do que pensava ter-lhe entregue há muito tempo. Ajo dessa forma porque os evangelhos tornam clara a conexão: Deus perdoa minhas dívidas como eu perdôo meus devedores. O inverso também é verdadeiro: apenas vivendo na correnteza da graça de Deus encontrarei forças para reagir com graça para com os outros.

Um cessar-fogo entre os seres humanos depende de um cessar-fogo com Deus.

Henri Nouwen

sexta-feira, agosto 17, 2007

Podemos fazer escolhas erradas, mas Deus é grande demais para que nossos erros estraguem tudo.
Marva Dawn

quarta-feira, agosto 15, 2007

O chamado para triunfar sobre principados e poderes

Um deus que não existe na realidade tangível torna-se um deus se o cultuamos, mesmo se (ou será que é especialmente se?) não temos consciência do culto que lhe prestamos.

Os poderes não se transformam em deuses quando os mantemos em seu devido lugar, executando as funções para as quais foram criados- funções que dão gloria a Deus e contribuem para Seu louvor. Não obstante, vivemos em um mundo tão perdido que nada permanece em seu devido lugar. Há em tudo a tendência de ultrapassar os limites. Nós também. Nós nos transformamos em deuses o tempo todo. p. 79

A maior evidencia de como a morte pode ser um inimigo está nas atitudes extraordinárias das pessoas visando controla-la (como no movimento em favor da eutanásia) ou adia-la.

Quando não cremos que a Palavra carrega em si mesma seu próprio poder, começamos a manipula-la pelo modo como a lemos. A adoração se degenera quando nos transformamos em apresentadores de programas de entrevista- como se Deus não fosse convincente por Ele mesmo quando o mostramos claramente aos outros p. 89

O senhor chama-nos para fazer e construir a justiça o tempo todo, para amar o próximo como a nós mesmos e para reagir a Deus, a quem não vemos, através do serviço àqueles que podemos ver p.94

O mundo do qual o Novo Testamento fala não é apenas uma realidade espiritual e abstrata, mas, sim, uma realidade idêntica ao que o homem em geral chama de mundo, isto é, sociedade p 99

MAMOM

A autoridade espiritual de Mamom requer a cooperação humana. Por outro lado, a realidade material do dinheiro não é suficiente para explicar a compulsão que ele suscita. Como já foi mencionado antes, é claro que o dinheiro não obtém seu poder do papel com qual é feito.

“Não devemos, de forma alguma, minimizar o paralelo que Jesus estabelece entre Deus e Mamom. Ele não tencionava usar uma figura retórica. Seu objetivo era salientar uma realidade, Deus, uma pessoa, e Mamom, outra pessoa, encontram-se em conflito. Jesus descreve a relação entre nós e um dos dois do mesmo modo: é o relacionamento entre servo e senhor. Mamom pode ser um senhor extamente como Deus é: Mamom pode ser o senhor de uma pessoa...Jesus não está descrevendo o relacionamento entre nós e os objetos, mas, entre nós e um agente ativo. Ele não sugere que usemos o dinheiro com sabedoria ou que o ganhemos honestamente. Ele fala de um poder que tenta ser igual a Deus, que se coloca como nosso senhor e que possui alvos específicos

Assim, quando afirmamos que usamos o dinheiro, estamos cometendo um erro crasso. Podemos, se necessário, usar o dinheiro, mas, na verdade, é ele que nos usa e nos transforma em seus servos, colocando-nos sob suas leis e subordinando-nos a seus objetivos. Não estamos apenas falando de nossa vida interior, mas, sim, observando a nossa situação total. Não somos livres para dirigir o uso de nosso dinheiro de um modo ou de outro, pois estamos nas mãos desse poder controlador. O dinheiro é apenas uma manifestação exterior dele poder, um modo de ser, uma forma de ser usado no que se relaciona ao homem-extamente como os governos, reis e ditadores não passam de foram e aparições de outro poder claramente descrito na Bíblia”

Jacques Ellul na p.101

PODERES E SUAS FUNÇÕES

“A Biblia se refere a seis poderes do mal: Mamom, o príncipe deste mundo, o príncipe das mentiras, Satanás, o diabo e a morte. Isso é o suficiente. E relação a esses, poder-se-ia afirmar que, se o compararmos, descobriremos que são todos caracterizados por suas funções: dinheiro, poder, engano, acusação, divisão e destruição”. Jacques Ellul na p. 103


A fé reconhece que nosso valor deriva dAquele a quem pertencemos, sabe que o amor de Deus nos envolve e nos liberta para sermos autênticos p. 110



fonte- Pastor Desnecessário

terça-feira, agosto 14, 2007

A grande mudança do Evangelho não é eu deixar de ser eu, mas eu me render a vontade do meu novo Senhor, isto é, não mais o eu, mas o Cristo que vive em mim.”
ED RENE KIVITZ

O Pastor Desnecessário

Paulo e as Escrituras
"Como o fariseu, ele as utilizava e como cristã, submete-se a elas"

Necessários e as Escrituras
"Queremos viver a partir da revelação inteira, de tal forma que, mesmo que não tenhamos citações bíblicas para circunstâncias e perguntas específicas, saibamos que continuamos a viver de acordo com o que a Bíblia ensina"

"Um pastor necessário procura controlar as Escrituras, manejando-a para defender seus próprios interesses. Um pastor desnecessário encontra lugar onde habitar dentro das Escrituras e é moldado por elas" p. 61

Necessários e o Mistério
"Mistério não é a ausência de significado, mas a presença de mais significado que conseguimos compreender"

"Os pastores necessários agem dentro do que conhecem e controlam, sendo muito hábeis em apresentar explicações e solucionar problemas. Pastores desnecessários não precisam explicar todas as coisas, mas vivem maravilhados frente ao Deus do mistério, felizes por saber que há mais coisas para vir do que podem ver ou imaginar"
p. 64


PETERSON, Eugene et DAWN, Marwa O Pastor Desnecessário Ed. Textus

segunda-feira, agosto 13, 2007

Paulo, o Espírito e o Povo de Deus


"Clamar Abba a Deus por intermédio do Espírito do Filho de Deus significa que nossa relação de total confiança em Deus perdida na queda, foi restaurada pelo Filho: podemos confiar nele para todas as coisas"
Gordon Fee

sexta-feira, agosto 10, 2007

Sabedoria


vivemos num ethos cristão que conhece sua perspectiva de salvação pela Bíblia e tem sua perspectiva do mundo pelas notícias de jornal. p. 74



se o ministério cristão se resume apenas ao trabalho de pastores e das pessoas que os auxiliam nos cultos noturnos e de fins de semana, não há muita integridade em orar "Venha o teu Reino, há?" p. 81


PETERSON, Eugene Diálogos de Sabedoria Ed. Vida

Henri Nouwen - transfoma meu pranto em dança

Pessoas agradecidas são as que aprendem a celebrar mesmo através de lembranças difíceis e atormentadoras, porque sabem que a poda não é mera punição, mas preparação. Quando nossa gratidão pelo passado é apenas parcial, da mesma forma nossa esperança de futuro nuncapoderá ser completa. Mas submetendo-nos à poda que Deus realiza em nossa vida não icaremos tristes e, sim, esperançosos por aquilo que ele irá fazer em nós e através de nós. A colheita trará suas próprias bênçãos.

Tenho aprendido, gradualmente, que o chamado à gratidão nos pede para dizer: “Tudo é graça.” Enquanto nos ressentirmos de situações indesejadas, relacionamentos com um desfecho diferente do que desejávamos e erros que nunca gostaríamos de ter cometido, então parte do nosso coração permanecerá isolada, incapaz de produzir fruto na vida nova que está à nossa frente.

Desse modo, manteremos fora do alcance de Deus uma parte de nós mesmos. Em lugar disso, podemos aprender a ver a lembrança de nossa experiência passada como oportunidade para uma conversão ativa de nosso coração. Permitimos que aquilo que recordamos nos faça também nos lembrar de quem somos, não de nós mesmos, mas de Deus. Se estivermos verdadeiramente prontos para uma nova vida a serviço de Deus, verdadeiramente plenos de alegria na perspectiva da vocação revelada por Deus para a nossa vida, verdadeiramente libertos para sermos enviados para onde Deus nos guiar, nosso passado inteiro, reunido na amplidão de um coração convertido, vai tornar-se a fonte de energia que nos moverá para a frente.

Nuvem do não-saber

"Eleve seu coração para Deus com um humilde impulso de amor; e tome Ele mesmo como seu objetivo e não como qualquer um de seus bens. Tenha cuidado: evite pensar em outra coisa que não seja nele mesmo, de maneira que não haja coisa alguma em que a sua razão ou a sua vontade trabalhe, exceto Ele mesmo. Faça tudo o que estiver ao seu alcance para esquecer todas as criaturas que Deus já criou, para que, nem o seu pensamento, nem o seu desejo, em geral ou em particular, sejam dirigidos ou estendidos a qualquer uma delas. Deixe-as em paz e não preste atenção nelas. Esta é a obra que mais agrada a Deus. Todos os santos e anjos sentem alegria com este exercício (o "trabalho do amor", como o autor a chama e nós chamamos de Oração Centrante), e estão desejosos em ajudar com todo o seu poder para que prossiga. Quando você se encarrega deste exercício, todos os demônios ficam furiosos e se propõem, na medida do possível a destruí-lo. Nós não podemos nem imaginar o quanto é maravilhoso o modo como todas as pessoas que habitam a terra são ajudadas por este exercício. Sim, e as almas do purgatório são aliviadas do peso de suas penas, e também você é purificado e se torna virtuoso e isto tudo muito mais por esta obra do que por outra qualquer. Entretanto, este é o exercício mais fácil de todos e se realiza com maior presteza quando uma alma, ajudada pela graça, tem consciência deste desejo; caso contrário, seria extraordinariamente difícil para você fazer este exercício. Não se retraia então, mas trabalhe nele até você sentir o desejo. Pois quando você começa a executá-lo pela primeira vez, tudo quanto você encontra é escuridão, uma espécie de nuvem do "não-saber"; você não pode dizer o que é, exceto que você sente, através de sua vontade, um simples desejo de alcançar Deus."
Esta escuridão com a nuvem está sempre entre você e o seu Deus, não importa o que você faça, e é esta que o impede de ver Deus claramente através da luz do entendimento de sua razão, ou ainda que o impede de conhecer Deus na doçura do amor em sua própria afeição. Portanto, comece a descansar nesta escuridão enquanto você puder, gritando sempre por Ele, a quem você ama. Porque, se você vai conhecê-lo ou vê-lo de qualquer maneira, na medida em que isto seja possível aqui, terá que ser sempre nesta nuvem e nesta escuridão. Portanto, se você trabalhar neste exercício com toda a sua atenção como eu mandei, tenho plena confiança que, pela misericórdia de Deus, você atingirá este objetivo."

quarta-feira, agosto 08, 2007

Philip Yancey- Oração- ela faz alguma diferença?

2. transcender

A espiritualidade cristã implica em cuidar do espírito e relacionar-se com o Espírito a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo p. 92

Pecado é uma opção pela auto-suficiencia que gera em nós uma ilusão de potencia e faz-nos desperdiçar recursos como se fossem inesgotáveis, fazendo-nos descer a ladeira até a desumanização p. 98

Reino é o ambiente em que a vontade de seu soberano é exercida sem restrições e resistências.

Orar é estar sob as vistas de Deus, e cada vez que voce estiver consciente que está sob as vistas de Deus, estará orando p. 111

O que Jesus pretendia era estabelecer não apenas uma dimensão pessoal em nosso relacionamento com Deus, como também enquadrar esse relacionamento numa moldura de extrema afetividade e dependência, como deve ser todo relacionamento entre pai e filho p.112


C.S. Lewis: devemos colocar diante de Deus o que está em nós e não o que deveria estar em nós p.121

A legitima oração não é outra coisa senão a completa submissão do espírito humano ao Espírito de Deus para que o Espírito de Deus realize seus propósitos eternos em-atraves-por-apesar do espírito humano p. 125

A verdade (clareza na visão da realidade), a couraça da justiça (consciência sem culpa), os calçados da paz (relacionamentos íntegros), o escudo da fé (convicções fortalecidas), o capacete da salvação (correta relação com Deus) e a espada do Espírito (a revelação de Deus) p. 127

1. Imago Dei


Qualquer conquista que não sobreviva ao tumulo é incapaz de trazer a experiência de plenitude e encher de significado os dias p. 38


O cristianismo afirma que a essência ultima do Universo é uma pessoa. Ou melhor, a Pessoa. O Eu, o Verdadeiro, o real, é a Pessoa. O fundamento de todas as coisas é Deus. E Deus é Pessoa. P.54

A interpretação mais interessante é a que propõe que os sete dias são os dias da revelação de Deus a Moisés, o que significa que Deus criou o Universo num período indefinido e revelou o processo em sete dias p.55

Do relato de gênesis, três pontos são importantes:
1. antes de existir qualquer coisa, existia Deus
2. antes de existir qualquer coisa, havia design-designio.
3. a ultima intenção do relato bíblico é afirmar que o Universo não é auto-existente, não é auto-sustentavel.

“A teologia cristã diz que em Cristo sabemos como Deus é como o Homem deve ser. Sabemos como Deus é, porque Jesus é Deus-encarnado. Jesus Cristo nos revela o propósito da vida humana: a perfeita comunhão com Deus, a ponto de podermos afirmar: Eu e o Pai somos um, pois assim pretendeu Jesus ao orar ao Pai que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós” p.59

A imagem de Deus no homem possui pelo menos quatro dimensões fundamentais: espiritual, pessoal, relacional e criativa. Espiritual porque Deus é Espírito. Pessoal, porque Deus é plural. Criativa, porque Deus delegou sua autoridade para que o homem exerça domínio sobre o restante da criação. P.66


O ser humano assemelha-se a Deus quando faz o bem e exerce domínio sobre as coisas.

Descansar é recusar-se a mudar o que Deus Eterno determinou como sucessão natural dos fatos... a atividade de Jesus no sabado contraria a vontade de Deus, ou, muito ao contrário, é justamente a expressão da vontade de Deus.(...) trabalho é igual a descanso quando o ser humano não tem a pretensão de tomar nas mãos o controle do Universo, mas de se oferecer como instrumento para que Deus mesmo administre o mundo, e essa vocação de exercer domínio sobre a criação mediante a autoridade delegada por Deus é, sem duvida, uma expressão da imagem de Deus no ser humano. P 73

O cristianimso é o caminho daqueles que escolheram responder ao sentido da vida a partir da imago Dei conforme expressa em Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus p.80


Viver cumprindo as finalidades segundo as quais fomos criados é o nosso desafio, ou seja, realizar os propósitos inerentes de sermos imagem e semelhança de Deus p.85

ed rene kivit. vivendo com propósitos. mundo cristão