Dilma é inocente
seg, 09/11/09
por Guilherme Fiuza
seg, 09/11/09
por Guilherme Fiuza
fonte: http://colunas.epoca.globo.com/guilhermefiuza/2009/11/09/dilma-e-inocente/
Ela não tem culpa. Está sendo só ela mesma. Passeia de mãos dadas com o padrinho, reclama da imprensa burguesa, fuxica informações do governo anterior. Isto é Dilma Rousseff.
O problema são os outros. A opinião pública brasileira é comprável com meio slogan. Caetano Veloso, querendo criticá-la, sem querer abençoou a fraude. O mal de Dilma, segundo o compositor, é ser apenas uma gestora, sem experiência política.
Haja paciência. A única verdade incontestável no currículo de Dilma Rousseff – fora as que ela mesma cria – é ser uma militante. Venerável Caetano: política é a única coisa que a ministra-chefe da Casa Civil fez até hoje.
Quem lhe disse que Dilma é gestora? Lula? Os jornais? Procure saber você mesmo. Descubra, se puder, uma única experiência de gestão bem-sucedida da suposta dama de ferro.
A auto-intitulada companheira de armas de José Dirceu fez na vida o que dez entre dez políticos da DisneyLula fazem: buscar o poder, grudar nele, abrir espaços para a companheirada na sombra do Estado brasileiro.
Avalie a gestão mais conhecida de Dilma Rousseff, à frente do Ministério das Minas e Energia (na Casa Civil ela só conspira, faz campanha e brinca de mãe do PAC, portanto não conta). Caetano, você ouviu falar que as concessionárias de energia elétrica estão devendo bilhões de reais ao consumidor, por cobranças excessivas na conta de luz?
Pois bem: isso é uma das obras-primas da famosa gestora Dilma Rousseff.
Copiando o populismo tarifário argentino, a candidata de Lula baixou na marra o preço da energia – como sempre, em nome do povo. É o crime perfeito: o povo fica feliz agora, e se dá mal mais tarde, com a falência das empresas do setor, que acabarão sendo socorridas pelo Tesouro – isto é, por todos nós.
Desta vez, as empresas deram um jeitinho, dentro do fantástico modelo criado pela gestora Dilma, de já ir abatendo o prejuízo no caminho. O contribuinte vai se ferrar lá na frente, e o consumidor já vai se ferrando agora. Um lembrete: ambos são a mesma pessoa – você –, vítima da grande gestora.
Alguém tem notícia de que a cobrança exorbitante e ilegal será devolvida às vítimas? Alguém ouviu alguma garantia nesse sentido da ministra mais poderosa do governo?
Ninguém tem, ninguém ouviu. Por uma razão simples: Dilma Rousseff não é uma autoridade de fato, não está administrando (gerindo!) os problemas do Brasil. Está cuidando do seu projeto eleitoral. Fazendo política – que é o que se dispõe a fazer.
Nada disso aparece na pasmaceira que é o debate político brasileiro. Todos os gatos por aqui têm status de lebre. Maluf inventa o “gestor” Celso Pitta, e a manada só grita depois do cofre arrombado. E lá vamos nós de novo, Caetano.
O verdadeiro analfabeto brasileiro é o eleitor.
Ela não tem culpa. Está sendo só ela mesma. Passeia de mãos dadas com o padrinho, reclama da imprensa burguesa, fuxica informações do governo anterior. Isto é Dilma Rousseff.
O problema são os outros. A opinião pública brasileira é comprável com meio slogan. Caetano Veloso, querendo criticá-la, sem querer abençoou a fraude. O mal de Dilma, segundo o compositor, é ser apenas uma gestora, sem experiência política.
Haja paciência. A única verdade incontestável no currículo de Dilma Rousseff – fora as que ela mesma cria – é ser uma militante. Venerável Caetano: política é a única coisa que a ministra-chefe da Casa Civil fez até hoje.
Quem lhe disse que Dilma é gestora? Lula? Os jornais? Procure saber você mesmo. Descubra, se puder, uma única experiência de gestão bem-sucedida da suposta dama de ferro.
A auto-intitulada companheira de armas de José Dirceu fez na vida o que dez entre dez políticos da DisneyLula fazem: buscar o poder, grudar nele, abrir espaços para a companheirada na sombra do Estado brasileiro.
Avalie a gestão mais conhecida de Dilma Rousseff, à frente do Ministério das Minas e Energia (na Casa Civil ela só conspira, faz campanha e brinca de mãe do PAC, portanto não conta). Caetano, você ouviu falar que as concessionárias de energia elétrica estão devendo bilhões de reais ao consumidor, por cobranças excessivas na conta de luz?
Pois bem: isso é uma das obras-primas da famosa gestora Dilma Rousseff.
Copiando o populismo tarifário argentino, a candidata de Lula baixou na marra o preço da energia – como sempre, em nome do povo. É o crime perfeito: o povo fica feliz agora, e se dá mal mais tarde, com a falência das empresas do setor, que acabarão sendo socorridas pelo Tesouro – isto é, por todos nós.
Desta vez, as empresas deram um jeitinho, dentro do fantástico modelo criado pela gestora Dilma, de já ir abatendo o prejuízo no caminho. O contribuinte vai se ferrar lá na frente, e o consumidor já vai se ferrando agora. Um lembrete: ambos são a mesma pessoa – você –, vítima da grande gestora.
Alguém tem notícia de que a cobrança exorbitante e ilegal será devolvida às vítimas? Alguém ouviu alguma garantia nesse sentido da ministra mais poderosa do governo?
Ninguém tem, ninguém ouviu. Por uma razão simples: Dilma Rousseff não é uma autoridade de fato, não está administrando (gerindo!) os problemas do Brasil. Está cuidando do seu projeto eleitoral. Fazendo política – que é o que se dispõe a fazer.
Nada disso aparece na pasmaceira que é o debate político brasileiro. Todos os gatos por aqui têm status de lebre. Maluf inventa o “gestor” Celso Pitta, e a manada só grita depois do cofre arrombado. E lá vamos nós de novo, Caetano.
O verdadeiro analfabeto brasileiro é o eleitor.
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