Continuando a leitura do livro UMA FORÇA EM MOVIMENTO do Pastor Erwin McMaus, da igreja Mosaic em Los Angeles. O seguinte capítulo do livro trata sobre o Momentum.
Se o primeiro capítulo tratou das questões sobre a inércia atual da igreja, este irá falar sobre como sair deste repouso e começar a se movimentar.
A geração de mudanças começa por uma redefinição de valores:”Como a igreja estava fundamentada em valores que reforçavam a estabilidade, a segurança, a previsibilidade e a padronização, essa era de mudanças, aparentemente, pegou-nos de surpresa. É algo irônico se pensarmos que a igreja foi criada para revolucionar. Ela deve ser um movimento, e não uma instituição” (p. 75)
O passado deve ser repensado não como um lugar de estabilidade, onde permaneceremos, devemos lembrar dele, mas não se restringir a ele. “As lembranças da atividade divina em nossa vida devem nos mover em direção ao futuro. Nossas experiências do passado precisam nos proporcionar a confinça necessária para enfrentar os desafios do amanhã” (p. 76).
A igreja então deve ser um refúgio para o mundo, e não do mundo. As pessoas olham para igreja, e a encaram como se ela fosse um refúgio das realidade que as cercam, Contudo, a igreja não foi criada para ser um monastério, porque para Deus não deve haver nenhum lugar onde nós possamos nos esconder, a não ser nEle.
“Quando a igreja se transforma no abrigo em que nos protegemos de um mundo em processo de mudança radical, deixamos de nos voltar para Deus e de fazer dele nosso lugar seguro e nosso abrigo. Quando a igreja é um movimento, ela se transforma em lugar de refúgio para um mundo descrente. A igreja se torna o lugar onde as pessoas que buscam DEus finalmente o encontram; o lugar para gente arrasada e fatigada finalmente encontrar cura e ajuda; o lugar onde o solitário e marginzalizado são abraçados e amados na comunidade de Cristo. Quando a igreja se torna um movimento, e não um monastério, ela vira um lugar de transformação para a própria cultura da qual fugimos apavorados” (p. 77)
A definição de movimento não tem o sentido perjorativo, de apenas um agito emocional ou algo provocado para tanto, a definição de movimento se contrapõe a de instituição, no sentido de procurar dialogar com a cultura atual de maneira pro-ativa, transformando-a pelo evangelho, é uma igreja que não aceita o isolacionismo ou, pior, a assimilhação.
Como diz Paschoal Piragine em seu livro sobre Crescimento Integral: A igreja projetada por Jesus Cristo cresce como movimento — não se limita a ser um monumento. A mesma idéia recebe a seguinte frase de McManus, “a igreja jamais deveria ser um monolíto, e sim um movimento gerador de movimentos capazes de mudar a história” (p.77)
A definição de Momentum.
Mometum é definido pelo autor de acordo com sua formulação científica, P=MV2, sendo que P significa momentum, M é a massa, e V a velocidade. sem massa ou velocidade, o momentum será nulo.
A massa é igual a pessoas, sem elas não há momentum. Por exemplo, quando as pessoas se mobilizam é que começa a existir o momentum, pois há velocidade. O autor levanta a questão da dicotomia aparente entre quantidade e qualidade, em que se associaria quantidade a uma linha de montagem e qualidade à algo singular e autêntico.
É claro que momentum não é igual ao tamanho da massa, nisto ele recorda-se da história de Gideao – Jz 7:1-8, colocando a oposição que Gideão estava concentrando-se na massa enquanto que Deus estava pensando no momentum.
Contudo, Deus não cria uma contradição entre momentum e quantidade, basta ver a igreja primtitiva- Atos 2:47.
Já vimos que massa não é o momentum, então, o que é a velocidade? É a resposta da igreja À questão da rapidez, sendo esta, uma maneira de demonstrarmos a pressa com que uma coisa se move, mas não oferece nenhuma informação além disso. Então, a velocidade se distancia da rapidez, especificando uma direção. Aquela se liga a urgência, esta tem a ver com o movimento em si. Finalmente, conforme o autor, a velocidade seria a rapidez com propósito. “Deus nunca quis que a Bíblia fosse estudada como objeto de pura informação ou conhecimento. A Palavra de Deus foi escrita de maneira que pudéssemos oferecer uma resposta à verdade e à voz divina” (p.83)
Outra palavra para definir isto seria intencionalidade, a velocidade como rapidez em uma direção, sendo fundamental para a liderança apostólica. Esta liderança não poderá ficar limitada a determinar o caminho a ser seguido, mas deve seguir o caminho, pois liderança sem movimento é nula. Lembre-se que se o momentum se move proporcionalmente em relação à massa, ele se move exponencialmente quando em relação com a velocidade.
A intencionalidade – mover-se em direção a um objetivo- se liga a aceleração-aumento da força de suas ações-.
“Quando você se movimenta na velocidade espiritual, com noção da chamada divina, com clareza de visão e com um coração pronto a obedecer ao Espírito Santo, o ambiente que antes o oprimia com sua velocidade agora parece se mover em câmera lenta. Para que uma pessoa não se sinta oprimida pelas mudanças radicais e pela rapidez de nosso mundo, ela precisa saber aonde vai, entender opor que está seguindo naquela direção e fazê-lo com senso de urgência” p.86
Então, o momentum requer tanto rapidez com direção como pessoas para acompanhar. O líder apostólico é colocado como um catalisador espiritual, mobilizando outras pessoas com rapidez. “O catalisador começa com a noção de que o cumprimento do objetivo para o qual Deus está chamando depende do trabalho em equipe. É fundamental conquistar o coração e imaginação dos outros” ( p. 87). Tal movimento não irá acontecer se as pessoas não se motivarem juntas, ao compartilhar a missão.
A visão em alta velocidade-o que determina a velocidade não é um plano, é o propósito e a paixão. Erwin nos lembra que pode-se concentrar a energia em um movimento sem saber onde está indo, para isto ele cita a história vivida pelo apostolo Paulo em Atos 16:6-10.
“Enquanto consciente, PAulo não podia entender a palavra divina. Deus teve de levá-lo à inconsciência para esclarecer o significado. Ele acordou e chegou à conclusão de que deveria partir para a Macedônia. Por várias vezes, como líderes, sentimos a pressão de ter de dizer às pessoas determinadas coisas que não conhecemos. Em outras palavras, temos de disfarçar; A liderança espiritual não consiste na capacidade de determinar tudo o quanto o futuro oferece. É a disposição de seguir em frente quando tudo o que você conhece é Deus. O líder apostolico encontra sua direção usando a bussola do proposito de Deus; é abastecido pelas paixões divinas, e, quando toma a iniciativa de fazer o que sabe, Deus lhe concede esclarecimentos e diretrizes” p.89
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