quarta-feira, abril 21, 2010

Nietzchianas

“Independência é algo para bem poucos- é prerrogativa dos fortes. E quem procura ser independente sem ter a obrigação disso, ainda que com todo o d ireito, demonstra que provavelmente é não apenas forte, mas temerário alpem de qualquer medida. Ele penetra num labirinto, multiplica mil vezes os perigos que o viver já traz consigo; dos quais um dos maiores é que ninguém pode ver como e onde se extravia, se isola e é despedaçado por algum Minotauro da consciência. Supondo que algupem assim desapareça, isto ocorre tão longe do entendimento dos homens que eles não sentem nem compadecem: – e ele não pode voltar! já não pode retornar sequer para a compaixão dos homens!

parágrafo 29,

“Até este momento mesmo os homens mais potentes têm se inclinado em--sinal de adoração frente ao santo, como diante de um enigma da sujeição de si mesmo, da última pri

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vação voluntária. Por que se inclinaram? Pressentiam nele — ou melhor, atrás da interrogação do seu aspecto mesquinho e miserável, a força superior que quer se afirmar numa tal vitória, a força da vontade, o próprio brado de dominação, ao honrar o santo, honravam algo em si mesmos. Além do mais, a vista do santo insinuava em si uma suspeita; uma tal monstruosidade de negação contra a natureza, não seria desejada e querida sem uma finalidade, assim diziam e acreditavam. Deveria haver um motivo para fazer isso, um perigo tão grave, que o asceta, graças aos seus conselheiros secretos, espera conhecer? Em breve, os poderosos da terra apresentaram um novo temor, pressentiram uma força nova, um inimigo ignorado e ainda invicto: "a vontade da dominação", foi essa que os constrangiu a deterem-se diante do santo. Sentiam necessidade de interrogá-lo.”

Parágrafo 51

A loucura é muito rara em indivíduos — nos grupos, nos partidos, nos povos, na época — essa a regra.

Parágrafo 156

Além do bem e do mal. Editora Cia de Bolso.

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