Este é um resumo do livro Culture Making: Recovering Our Creative Calling de Andy Crouch, o livro está dividido em três partes: Cultura, Evangelho e Chamado.
1. Cultura.
Andy Crouch começa dizendo que cultura será tratada como tendências, modas e gestos que atraem a atenção coletiva. Ele busca se conectar a cultura a partir do nascimento, da história e do relato da criação bíblica como horizontes possíveis.
"Cultura não é apenas o que os seres humanos fazem do mundo, também não é apenas como os seres humanos encontram sentido no mundo, é de fato parte do mundo que cada novo ser humano tem que fazer alguma coisa com" (p. 25)
Neste sentido a cultura não é uma opção, é incondicional a cada um de nós.
Na segunda parte, Crouch fala dos mundos culturais.
"Cultura requer um público: um grupo de pessoas que te sido suficientemente afetadas por um bem cultural que seus horizontes de possibilidade e impossibilidade foram de fato alterados, e sua própria criatividade cultural tem sido estimulada pela existência desses bens" (p. 38)
Culture Making?
"Os criadores de cultura são pessoas (plural de algo no mundo- nunca é uma coisa solitária. Apenas os artefatos que deixam a solidão do estúdio e da imaginação de seus inventores podem mover os horizontes da possibilidade e se tornarem matéria prima para mais criação cultural" (p. 40)
Se a criação cultural exige pessoas, ela vai acontecer em esferas e em escalas dentro de cada esfera cultural. Quanto maior a escala em cada esfera, mais as pessoas serão necessárias para criar e menor será o impacto residual, pois é algo mais comum.
Para ele, "não existe tal coisa como A Cultura, qualquer tentativa de falar sobre Cultura, especialmente em termos de transformar cultura é engano e enganosa. A criação cultural real , não significa a transformação cultural, começa com a decisão sobre em que mundo cultural - ou melhor, mundos- nós tentaremos fazer algo" (p. 49)
Na terceira parte, Crouch fala sobre a relação entre cosmovisão e cultura:
"O que é privilegiado acima de tudo no mundo da cosmovisão é análise. A cosmovisão é um conceito trazido do mundo da filosofia, e no mundo da filosofia, o filósofo é rei. Talvez inevitavelmente, as pessoas com grande dons analíticos e filosóficos olharam para o evidente problema da disfunção cristã e propõe não um profundo programa de encarnação mas mais pensamento como solução. E depois que tivermos feito um monte de pensamento, como exatamente o mundo muda? Bem, então um milagre acontece.
Cosmovisões são importantes. Elas espreitam sobre dois importantes questões diagnósticas - O que a cultura assume como o modo de mundo? O que a cultura assume como o mundo deveria ser? Não há dúvida que estes valores e crenças ocultas tem uma parte importante nas escolhas humanas sobre o que a cultura deveria produzir. De fato, você poderia dizer que o segundo sentido dessa frase - o que os seres humanos deveriam fazer com o mundo- o sentido ou significado do que fazemos no mundo- é tudo que a cosmovisão é do modo como Walsh e Middleton descrevem ela.
Mas, a cosmovisão quando ela significa um conjunto de preposições filosóficas é muito limitadora como modo de analisarmos a cultura.(...) O perigo de reduzir cultura para cosmovisão é que poderíamos perder a coisa mais distintiva sobre cultura, que é os bens culturais que tem uma vida em si mesmos. Eles remodelam o mundo de formas imprevisíveis. " (p. 63-64)
Na quarta parte, Crouch fala sobre cultivo e criação. Sendo que o único modo de mudar cultura é produzir mais dela. Porque a cultura é uma acumulação de coisas muito tangíveis- as coisas que as pessoas fazer no mundo. E também porque há um senso de plenitude das culturas humanas, nenhuma cultura se sente incompleta ou fina. Então, se quisermos mudar a cultura, devemos criar algo novo, algo que irá persuadir nossos vizinhos a colocarem de lado parte dos bens culturais em troca de nossa nova proposta.
"Não podemos criar cultura sem cultura. E isso significa criação com cultivo- ter cuidado de boas coisas que a cultura tem já dado a nós. A primeira responsabilidade dos criadores de cultura não é fazer algo novo mas se tornar fluente naquilo que são responsáveis. Antes que possamos ser criadores de cultura, devemos ser guardiões de cultura. (...) Cultivo é uma palavra menos atraente de alguma forma, eu acho, que criação. Criação apela para nossa insaciedade moderna mas também a simples jornada humana em busca do novo e do inesperado. Cultivo tem a forma de uma outra geração, desde que as economias pós-industriais pode deixar o cultivo literal de campos e jardins para uma pequena minoria de fazendeiros e jardineiros."(p. 74-75)
A criatividade cultural requer uma maturidade cultural.
Na quinta seção da primeira parte, Crouch vai falar sobre GESTOS E POSTURAS. O autor abre este capítulo sobre como os cristãos têm se relacionado com a cultura. Ao longo do tempo, os cristãos tem diferentes posturas em relação a cultura.
A postura é aquilo que aprendemos inconscientemente, é natural. Posturas são formas dominantes de nos relacionarmos com o mundo, enquanto os gestos são posições temporárias que temos em relação a cultura.
A cópia cultural pode ser tanto uma boa como uma má postura. É boa porque honra as coisas boas de nossa cultura. Mas, quando copiar se torna a nossa postura, ficamos passivos, e muita coisa que não queremos vem junto.
Crouch dá o exemplo do consumo, se ele se torna uma postura, deixamos que a cultura saiba melhor nossos anseios e desejos mais profundos, que tenham uma solução confortável com os nossos horizontes culturais, e que possamos pagar por isso no final.
SEGUNDA PARTE: EVANGELHO.
"Cultura é o plano original de Deus para a humanidade- e dom original de Deus para a humanidade, tanto dever como graça. Cultura é a cena da rebelião humana contra seu Criador, a cena do julgamento- mas também, a cena da misericórdia. Em Babel, as nações tentaram se isolar de Deus através de uma cidade, onde a cultura ficou numa situação crítica- mas começando com Abraão, Deus forma uma nação que irá demonstrar a bondade e a fidelidade da dependência em Deus, Jesus em si mesmo, um descendente de Abraão, é tanto um cultivador da cultura, desfrutando dela e afirmando o que era bom nela, como um criador de cultura, oferecendo dramaticamente novos bens culturais que mudariam os horizontes do possível e do impossível para judeus e gentios. Ele foi esmagado pela cultura, experimentando o peso completo de sua perdidão na cruz- mas sua ressurreição começa uma lenta e inexorável redenção da cultura, ofertando o pagamento para a esperança que a história da cultura não termine em morte, mas um novo começo. Na visão mais alta deste novo começo, a Cidade é central, conduzindo os melhores frutos do amor e do trabalho humano para eternidade" (p.175-176)
Toda cultura define os horizontes, mas o evangelho sempre se coloca como inconformado com estes horizontes, mudando as possibilidades e as impossibilidades. A impossibilidade do evangelho ser uma criação humana o coloca como algo potente culturalmente e sempre relevante, o evangelho sempre desafia cada cultura humana com novos horizontes.
CHAMADO.
Não podemos mudar o mundo, a transformação cultural sempre será em escalas, a partir da produção de novos bens culturais que caracterização o poder cultural.
A criação cultural não deve estar baseada em nossas habilidades, em privilégios, mas na resposta graciosa de que fomos resgatados do pior de nossas culturas. Uma maneira é sempre levar poder para os impotentes.
Toda a criação cultural é local, e todo novo bem cultural começa com um grupo pequeno, sempre uma mudança começa pequena. Porque apenas um pequeno grupo pode sustentar a atenção, energia e perseverança para criar algo que mova os horizontes da possibilidade- Aí, a necessidade de as mudanças serem sempre comunitárias.
As comunidades são as formas que Deus intervem para oferecer um diferente e novo horizonte, ser cristão é estar dividindo as nossas vida porque os unicos bens culturais que valem a pena são aqueles criados quando alguém ama a alguém.
"Se Deus está trabalhando em toda esfera e escala da cultura humana, então esta abundância sobrenatural estão potencialmente presentes quando nós tomamos o risco de criar um novo bem cultural" (p. 254)