terça-feira, julho 21, 2015

Robert G. Hamerton-Kelly: Violência Sagrada - Paulo e a hermenêutica da Cruz


Notas de leitura

"A cruz é um símbolo de violência contra uma vítima, e a teologia cristã tornou a interpretação da cruz uma tarefa central." p. 48

"A violência  é, portanto, o relacionamento entre o desejo e o mediador-tornando-se-obstáculo (mediator-becoming-an-obstacle) durante o processo de desenvolvimento da rivalidade mimética, que é o processo do movimento dos planos relativos entre mediador e sujeito, mutuamente relacionados" - p. 57


"A violência, portanto, é a atualização da propensão mimética do desejo em direção à rivalidade, por meio de um processo no qual o mediador se transforma progressivamente em obstáculo. A violência é a extensão completa dessa deformação do desejo - do início em rivalidade ao clímax na execução da vítima substituta - não apenas a óbvia coerção física. É a energia mantenedora do sistema social. Ela assume formas muito mais sutis do que a mera força física" p. 58

"O nome dado a essa deformação do desejo é idolatria e seu antídoto é a fé no Deus invisível. Sua expressão ética é eros, cujo antídoto é agápe. Assim, quando descrevemos o desejo como deformado, fazemos um julgamento teológico à luz da graça em ágape" p. 59




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