"E é isto que eu peço; que o vosso maor cresça cada vez mais, em conhecimento e em sensibilidade, a fim de poderdes discernir o que mais convém, para que sejais puros e irreprováveis no dia de Cristo, na plena maturidade do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo para a glória de Deus." Fp. 1,9-11.
A vida nossa é um soma de hábitos, eles desmonstram o que há de mais verdadeiro em nosso ser, mais do que nossas palavras nossas ações é que são o maior testemunho daquilo que queremos para nossa vida. Para a salvação de nossa vida é importantíssimo que desenvolvamos hábitos de salvação. Lendo o livro Ministério com Propósitos de Doug Fields, descobri essa verdade e alguma ajuda para a gente descobrir que hábitos são esses?
Hora silenciosa com Deus
Acompanhento de outros crentes.
Bíblia ( memorização)
Intregração com a igreja.
Texto bíblico (estudo)
Oração pessoal e intercessória.
Servir a Deus com ofertas e dízimos.
Hora silenciosa com Deus.
É muito importante uma hora silenciosa com Deus em nossa vida, lembra do Senhor te quero, aquela música, ela começa falando que "Eu te busco, te procuro óh Deus, no silêncio Tu estás", Deus pode falar no meio da multidão, mas a intimidade sempre exige de nós um momento a sós, um momento onde o podemos ver luz para nossos problemas, pois a luz de Cristo é que vemos a luz para nossa vida(Sl 36,10), descansar nos braços do Nosso Pai, deixar sobre nossa preocupação, porque Ele é quem cuida de nós (I Pe 5,7). Estimula-se aqui não apenas um periodo devocional diário particular, mas a criação de um diário pessoal honesto para um crescimento espiritual(I Pe. 5,6 e Sl 51,19).
Acompanhamento de outros crentes.
As preocupações deve ser como uma familia mesmo, Paulo nos ensina isso claramente que já não somos mais estranhos uns aos outros, nem marinheiros de primeira viagem, somos concidadãos dos santos e "membros da família de Deus"( Ef. 3,10). Não há ilhas na igreja, apenas todos têm que ir para o céu, nossa vida é entrega pela vida dos outros( I Jo 3,16).
"Dou-vos um mandamento novo: que vos amei uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros." Jo 13,34-35.
Bíblia (memorização)
A palavra decorar quer dizer saber de coração, a Bíblia fala que a boca fala aquilo que o coração está cheio, nada melhor que encher esse vaso de imagens e paixões com a Palavra de Deus para que sempre que transbordar possa transbordar a consolação e a esperança da nossa vida, "estando sempre pronto a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pede" (I Pe. 3,15).
"Conservei tuas promessas no meu coração para não pecar contra ti" Sl. 119,11.
Integração com a igreja
O salmista diz que ficou alegre quando disseram que ele iria para igreja, a igreja deve ser mesmo um lugar de alegria pois ali o Senhor da nossa redenção e vida e tantas coisas mais que Ele nos dá habita e vai ser adorado(Sl 27,4). O reino de Deus é paz, justiça e alegria, é um lugar de pessoas semeam a paz, que são justificadas por Cristo e alegres pela óleo de alegria que desce dos Céus (Hb 12,14). A finalidade é que "a multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguem considerava exclusivamente seu o que possuia, mas tudo entre eles era comum".( At.4,32)
Texto Biblico (estudo)
"Quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama"( Jo 14,21). Cristo nos fala a amar a sua Palavra que Ele é também, a Palavra de Deus é o próprio Cristo, seu estudo é ouvir aquilo que Deus tem para falar em nossa vida, sua prática é fazer aquilo que Deus tem para realizar em nossa vida( Tg.1,22). Temos que ter prazer naquilo que sai da boca do nosso Deus(Sl 1,2) porque "o justo se algre com o Senhor e nele se abriga"(Sl 64,11), para termos esse abirgo em Deus temos que aprofundar nossa raízes em seu conhecimento, a palavra fidelidade e fé vem de fidelio que é amizade, sem amizade com Deus, sem passarmos um tempo com ele (habito no.1) e sabermos aquilo que Ele tem para nos falar, não podemos ter raízes profundas e frutificar.(Cl.2,6-7).
Oração Pessoal e Intercessória.
Falar com Deus e interceder pela nossa comunidade não há benção maior que Deus, nossos dons dever ser consagrados ao serviço uns dos outros (I Pe 4,10). A oração é o desejo mais puro do nosso ser e nada mais pode ser mais eficaz que usar esse desejo puro de benção sobre a nossa vida para pedir e agradecer a Deus que ajude não só a nós mas ao nossos irmãos (Ef.4,12-13). A oração pessoal é a comunhão com Deus, e a oração intercessória é levar nossa comunhão fraterna aos ouvidos de Deus.
Servir a Deus com nossas ofertas e dízimos.
É nossa obrigação e nossa oblação, é um direito nosso mas também é um dever, somos por demais abençoados por Deus para não estender nossos braços para semear em sua Obra. Não somos aquilo que querermos ser, somos aquilo que semeamos, se semeamos na Obra de Deus, nosso coração estará dando terra para o nascimento de um arvore cheia de vida (Pv. 3,9-10). Honrar a Deus é reconhecer que nada temos que não nos foi dado por ele( "um homem nada pode receber a não ser que lhe tenha sido dado do céu" Jo 3,27).
Justiça, paz e alegia (Rm 14,17)
Allen
terça-feira, maio 25, 2004
terça-feira, maio 18, 2004
Tarde Perdida?
Olá,
Enquanto espero calmamente pela impressão do boleto bancário, vou contar alguma coisa que anda acontecendo, afinal isso também é um blog.
Como diário, vamos partir do mais confessional, estou namorando a Marcela, ela é que nem eu, só que ela é bem mais doce, meu temperamento de mais novo.
Li Igreja com Propósitos Do Rick Warren e Discipulos Hoje! do RC Sproul, pretendo ler agora Ministerio Com Propositos do Doug Fields e Vida Cristã Normal do W. Nee, leituras cristãs têm feito parte da minha vida.
Assim, como tenho escutado musica cristã, ouvi o cd da p.igreja batista de sj campos, as primeiras faixas são legais, as lentas, muita letra que confunde a absorção da essência. Leonardo Gonçalves é muito bom.
Sites novos para vcs verem.
www.ciadaadoracao.com.br
www.betsaida.com.br
Frase da Semana
"Antes de querermos fazer a Obra de Deus, devemos ser homens de Deus"
Doug Fields, e ele tá certo.
Enquanto espero calmamente pela impressão do boleto bancário, vou contar alguma coisa que anda acontecendo, afinal isso também é um blog.
Como diário, vamos partir do mais confessional, estou namorando a Marcela, ela é que nem eu, só que ela é bem mais doce, meu temperamento de mais novo.
Li Igreja com Propósitos Do Rick Warren e Discipulos Hoje! do RC Sproul, pretendo ler agora Ministerio Com Propositos do Doug Fields e Vida Cristã Normal do W. Nee, leituras cristãs têm feito parte da minha vida.
Assim, como tenho escutado musica cristã, ouvi o cd da p.igreja batista de sj campos, as primeiras faixas são legais, as lentas, muita letra que confunde a absorção da essência. Leonardo Gonçalves é muito bom.
Sites novos para vcs verem.
www.ciadaadoracao.com.br
www.betsaida.com.br
Frase da Semana
"Antes de querermos fazer a Obra de Deus, devemos ser homens de Deus"
Doug Fields, e ele tá certo.
sexta-feira, maio 14, 2004
John Stott
Fruit of the Spirit
The expression 'the fruit of the Spirit' comes from Paul's letter to the Galatians. These are his words:
"But the fruit of the Spirit is love, joy, peace, patience, kindness, goodness, faithfulness, gentleness, self-control (Gal. 5:22-23a)."
The mere recital of these Christian graces should be enough to make the mouth water and the heart beat faster. For this is a portrait of Jesus Christ. No man or woman has ever exhibited these qualities in such balance or to such perfection as the man Christ Jesus. Yet this is the kind of person that every Christian longs to be.
This, then, is the portrait of Christ, and so - at least in the ideal - of the balanced, Christlike, Spirit-filled Christian. We have no liberty to pick and choose among these qualities. For it is together (as a bunch of fruit or a harvest) that they constitute Christlikeness; to cultivate some without the others is to be a lopsided Christian. The Spirit gives different Christians different gifts... but he works to produce the same fruit in all. He is not content if we display love for others, while we have no control of ourselves; or interior joy and peace without kindness to others; or a negative patience without a positive goodness; or gentleness and pliability without the firmness of Christian dependability. The lopsided Christian is a carnal Christian; but there is a wholeness, a roundness, a fullness of Christian character which only the Spirit-filled Christian ever exhibits.
John Stott- From Baptism and Fullness (Downers Grove: IVP, 1976) p. 76
The expression 'the fruit of the Spirit' comes from Paul's letter to the Galatians. These are his words:
"But the fruit of the Spirit is love, joy, peace, patience, kindness, goodness, faithfulness, gentleness, self-control (Gal. 5:22-23a)."
The mere recital of these Christian graces should be enough to make the mouth water and the heart beat faster. For this is a portrait of Jesus Christ. No man or woman has ever exhibited these qualities in such balance or to such perfection as the man Christ Jesus. Yet this is the kind of person that every Christian longs to be.
This, then, is the portrait of Christ, and so - at least in the ideal - of the balanced, Christlike, Spirit-filled Christian. We have no liberty to pick and choose among these qualities. For it is together (as a bunch of fruit or a harvest) that they constitute Christlikeness; to cultivate some without the others is to be a lopsided Christian. The Spirit gives different Christians different gifts... but he works to produce the same fruit in all. He is not content if we display love for others, while we have no control of ourselves; or interior joy and peace without kindness to others; or a negative patience without a positive goodness; or gentleness and pliability without the firmness of Christian dependability. The lopsided Christian is a carnal Christian; but there is a wholeness, a roundness, a fullness of Christian character which only the Spirit-filled Christian ever exhibits.
John Stott- From Baptism and Fullness (Downers Grove: IVP, 1976) p. 76
C.S. Lewis
"It is a serious thing to live in a society of possible gods and godesses, to remember that the dullest and most uninteresting person you can talk to may one day be a creature which, if you saw it now, you would be strongly tempted to worship...There are no ordinary people."
The Weight of Glory and other addresses
The Weight of Glory and other addresses
terça-feira, maio 11, 2004
Blog do Pastor Euclides
Olá,
já está sendo postado o blog do Pr. Euclides, logo, vai estar linkado ao site da www.adpinda.blogspot.com ,
mas mesmo antes que isso ocorra textos já estão sendo postados.
já está sendo postado o blog do Pr. Euclides, logo, vai estar linkado ao site da www.adpinda.blogspot.com ,
mas mesmo antes que isso ocorra textos já estão sendo postados.
aprendendo com o Rick.
Estou lendoUMA IGREJA COM PROPOSITOS, algumas coisas do livro são complexas demais outras estranhas demais para nossa tradição de culto. Mas coisas bem simples são fundamentais... .e fica sempre aquela impressão diante da obviedade das suas palavras: Por que não pensei nisso antes?
Eis alguns extratos do livro:
Ainda que esteja usando a palavra “visitantes”, não os chamamos assim na nossa comunidade. Nós os chamamos de “convidados”. O termo “visitante” indica que eles não estão aqui para ficar. O termo “convidado” indica que esta é uma pessoa que deve ser alvo de toda atenção possível par ela se sinta à vontade.
....
Dê uma boa vinda que relaxe as pessoas. As primeiras palavras do púlpito indicam o direcionamento do culto. Cada semana, um dos nossos pastores diz alguma coisa assim: “Bem-vindo ao domingo na Igreja Saddleback! Estamos felizes em tê-lo aqui. Se você está aqui pela primeira vez, queremos que se sinta à vontade, relaxe e desfrute do culto que nós planejamos para você”.
Faça com que as pessoas saibam que elas devem desfrutar do culto. Diga que elas não vão ter que falar nada para ninguém ou fazer algo que possa envergonhá-las....
....
Acredito que um dos maiores problemas com os evangélicos é que estamos fazendo as coisas ao contrário: nós nos levamos muito a sério, mas não levamos Deus tão a sério assim! Ele é perfeito, nós não. É mais do que coincidência que as palavras humor e humildade tenham a mesma raiz. De qualquer forma se você aprender a rir de si mesmo, sempre terá bastante motivo para dar muita risada.
...
Uma musica perde seu poder de testemunho se as pessoas não pensam no que estão cantando. Mas as musicas podem ser uma podem ser uma poderosa testemunha para os crentes quando as pessoas que as cantam sentem no coração o que estão cantando.
....
Gostamos das canções antigas porque elas nos trazem lembranças emocionais que mexem conosco. Existem canções que trazem automaticamente lagrimas aos olhos, porque elas me lembram de momentos espirituais importantes que vivi. Mas essas canções não possuem o mesmo impacto nos não-crentes ou mesmo em outros crente, porque eles não compartilham de minhas memórias.
...
...a maioria das canções de adoração efetivas é compostas de musicas cantadas diretamente para Deus. Esta é a adoração bíblica. A força de muitas canções de adoração contemporâneas é que elas são centralizadas em Deus, em vez de serem centralizadas no homem.
...
Quando os crentes cantam juntos em harmonia, é criado um senso de intimidade, mesmo quando existe um grande numero de pessoas. Essa intimidade impressiona os sem-igreja, que podem sentir que algo de bom está acontecendo, mesmo que eles não consigam explicar o que é.
...
Eis alguns extratos do livro:
Ainda que esteja usando a palavra “visitantes”, não os chamamos assim na nossa comunidade. Nós os chamamos de “convidados”. O termo “visitante” indica que eles não estão aqui para ficar. O termo “convidado” indica que esta é uma pessoa que deve ser alvo de toda atenção possível par ela se sinta à vontade.
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Dê uma boa vinda que relaxe as pessoas. As primeiras palavras do púlpito indicam o direcionamento do culto. Cada semana, um dos nossos pastores diz alguma coisa assim: “Bem-vindo ao domingo na Igreja Saddleback! Estamos felizes em tê-lo aqui. Se você está aqui pela primeira vez, queremos que se sinta à vontade, relaxe e desfrute do culto que nós planejamos para você”.
Faça com que as pessoas saibam que elas devem desfrutar do culto. Diga que elas não vão ter que falar nada para ninguém ou fazer algo que possa envergonhá-las....
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Acredito que um dos maiores problemas com os evangélicos é que estamos fazendo as coisas ao contrário: nós nos levamos muito a sério, mas não levamos Deus tão a sério assim! Ele é perfeito, nós não. É mais do que coincidência que as palavras humor e humildade tenham a mesma raiz. De qualquer forma se você aprender a rir de si mesmo, sempre terá bastante motivo para dar muita risada.
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Uma musica perde seu poder de testemunho se as pessoas não pensam no que estão cantando. Mas as musicas podem ser uma podem ser uma poderosa testemunha para os crentes quando as pessoas que as cantam sentem no coração o que estão cantando.
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Gostamos das canções antigas porque elas nos trazem lembranças emocionais que mexem conosco. Existem canções que trazem automaticamente lagrimas aos olhos, porque elas me lembram de momentos espirituais importantes que vivi. Mas essas canções não possuem o mesmo impacto nos não-crentes ou mesmo em outros crente, porque eles não compartilham de minhas memórias.
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...a maioria das canções de adoração efetivas é compostas de musicas cantadas diretamente para Deus. Esta é a adoração bíblica. A força de muitas canções de adoração contemporâneas é que elas são centralizadas em Deus, em vez de serem centralizadas no homem.
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Quando os crentes cantam juntos em harmonia, é criado um senso de intimidade, mesmo quando existe um grande numero de pessoas. Essa intimidade impressiona os sem-igreja, que podem sentir que algo de bom está acontecendo, mesmo que eles não consigam explicar o que é.
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quinta-feira, maio 06, 2004
Uma cabeça no prato e famílias sendo degoladas.
Desenvolvendo uma ideia do livro “O Bode Expiatório” de René Girard quero aproveitar a semana do Dia das Mães e falar da importância dela, dos pais como modelos de imitação para aqueles que ainda não sabem nada, que tem neles o primeiro ideal de vida.
Girard desenvolve sua teoria no episódio da degolação de João Batista em Mc 6,17-29 e estabelece ligações com a passagem que Cristo diz em Mateus 18,5-6: “E aquele que receber uma criança como esta por causa do meu nome, recebe a mim. Caso alguém escandalize um destes pequeninos que crêem em mim, melhor será que lhe pendurem ao pescoço uma pesada mó e seja precipitado nas profundezas do mar”.
A criança tem naqueles que estão por derredor delas, modelos de bondade e de maldade que elas irão seguir ou padronizar por toda vida, assim como os alunos têm nos mestres os moldes da sabedoria e da maldade.
Em Marcos, temos uma família construída sobre um adultério, sobre a cova de um irmão e um profeta que escandaliza, que serve de pedra de tropeço para que essa “família real” viva feliz para sempre. Herodes mandara acorrentar João Batista por que esse opunha a união dele com a irmã de seu irmão morto, Filipe (Mc 6,17-18). Heroídes, incapaz de dar plena felicidade ao novo amado via em João Batista, a causa da infelicidade e não no seu pecado, quando estamos numa situação de pecado, a igreja sempre parece um mal, e aqueles que falam a verdade de nossa situação são as pessoas a serem evitadas, pessoas a serem esquecidas da consciência, pessoas que queríamos “matar mas não podemos” (Mc. 6,19) pois o Espírito Santo sempre está nos lembrando do pecado por mais que não queremos.
Herodes, aquele que tem poder para exterminar João Batista está ainda confuso e sente prazer na verdade ainda apesar de toda sua situação pecaminosa, Herodes ainda não negou a verdade por completo, ele precisa ter ofuscamento pleno da luz numa multidão e numa situação aparentemente inocente para que possa revelar qual é realmente o desejo de seu coração.
Eis que surge a filha de Heriades, a canalizadora dos desejos paternais, aquela que vai assumir em si as maldades que tanto tempo vem sendo cultivadas naquele seio familiar, por isso, Cristo diz, aquele que escandalizar um desses pequeninos será pendurada sobre o pescoço uma pesada mó, o desejo do pecado dos pais se tornará a corda mais apertada sobre o pescoço, e revela toda a imundícia que é a família.
A filha dança perante o rei e seus convidados ilustres, fascinado pela dança da menina, ele oferta a ela o que foi ofertado a Ester, mas agora a conseqüência não será mais a salvação, mas a perdição de toda a família, ele oferece a menina metade do reino ou qualquer outra coisa.
Ela é uma criança, não tem desejos a não ser aqueles que são lhe dados, então, ela não sabe o que pedir ao rei Herodes, corre a mãe, que não tem outro objeto de desejo no coração senão a morte do profeta, eis o que ela pede a cabeça do profeta, pede a sua morte.
A filha não só compreende o pedido, como o aumenta com uma maldade incapaz ded ser imaginada pelos pais, de ser o objeto do pedido não apenas a morte, mas literalmente a cabeça mesma ser servida num prato. Na filha não há qualquer filtro de consciência, ela simplesmente aprendeu o mal, por isso ela toma a maldade como literal, o mal é toda realidade que ela conhece e deseja, os conflitos paternos não existem para ela. Ela não conhece a bondade do profeta, apenas conhece que ele é um empecilho para a felicidade egoística da mãe.
Muitas vezes, a maldade dos pais não é diluída e desaparece nos filhos, ela toma proporções maiores, a corda pesa mais e mais, o a satisfação que o pecado não tem fim até que venha a morte que se banaliza e entorpece mais ainda as mentes das crianças (o prato).
Como acabar com esse crescimento? A semente do mal deve ser precipitada nas profundezas do mar( Mt 18,6) para que lá não semeia nada a não ser esquecimento.
Contudo, Herodes no meio da multidão acata o pedido da menina mesmo que triste. A multidão, lembra Girard, tem um papel importante porque quanto mais indeferenciado estamos, mais a nossa violência dos nossos pecados que parece a nossos olhos sumir no meio de tanta gente são revelados.
A lição é o aquilo que a mãe e o pai deseja é importantíssimo para a vida familiar, pois aquele desejo é que vai alimentar o filho, é aquela esperança de felicidade que vai mover a família e dizer se ela está colocando uma corda sobre o pescoço dos filhos apressando a morte deles ou colocando-os com os olhos fitos naquele que devemos receber em nosso lar que é Cristo (Mt.6,5), a criança deve ser recebida como Cristo, aquele que é a Verdade (I Co 13,6) e Amor(I Co 13,13), numa família onde a justiça, paz e alegria são as bases, lá será o Reino de Deus( Rm 14,17) e o Reino de Deus é o lugar onde Cristo pode ser recebido. Se os pais precisam de modelo familiar, lembre-se de S. Paulo “Sede meus imitadores, como eu mesmo sou de Cristo”(I Co 11,1), afinal Cristo também é o Caminho.
Desenvolvendo uma ideia do livro “O Bode Expiatório” de René Girard quero aproveitar a semana do Dia das Mães e falar da importância dela, dos pais como modelos de imitação para aqueles que ainda não sabem nada, que tem neles o primeiro ideal de vida.
Girard desenvolve sua teoria no episódio da degolação de João Batista em Mc 6,17-29 e estabelece ligações com a passagem que Cristo diz em Mateus 18,5-6: “E aquele que receber uma criança como esta por causa do meu nome, recebe a mim. Caso alguém escandalize um destes pequeninos que crêem em mim, melhor será que lhe pendurem ao pescoço uma pesada mó e seja precipitado nas profundezas do mar”.
A criança tem naqueles que estão por derredor delas, modelos de bondade e de maldade que elas irão seguir ou padronizar por toda vida, assim como os alunos têm nos mestres os moldes da sabedoria e da maldade.
Em Marcos, temos uma família construída sobre um adultério, sobre a cova de um irmão e um profeta que escandaliza, que serve de pedra de tropeço para que essa “família real” viva feliz para sempre. Herodes mandara acorrentar João Batista por que esse opunha a união dele com a irmã de seu irmão morto, Filipe (Mc 6,17-18). Heroídes, incapaz de dar plena felicidade ao novo amado via em João Batista, a causa da infelicidade e não no seu pecado, quando estamos numa situação de pecado, a igreja sempre parece um mal, e aqueles que falam a verdade de nossa situação são as pessoas a serem evitadas, pessoas a serem esquecidas da consciência, pessoas que queríamos “matar mas não podemos” (Mc. 6,19) pois o Espírito Santo sempre está nos lembrando do pecado por mais que não queremos.
Herodes, aquele que tem poder para exterminar João Batista está ainda confuso e sente prazer na verdade ainda apesar de toda sua situação pecaminosa, Herodes ainda não negou a verdade por completo, ele precisa ter ofuscamento pleno da luz numa multidão e numa situação aparentemente inocente para que possa revelar qual é realmente o desejo de seu coração.
Eis que surge a filha de Heriades, a canalizadora dos desejos paternais, aquela que vai assumir em si as maldades que tanto tempo vem sendo cultivadas naquele seio familiar, por isso, Cristo diz, aquele que escandalizar um desses pequeninos será pendurada sobre o pescoço uma pesada mó, o desejo do pecado dos pais se tornará a corda mais apertada sobre o pescoço, e revela toda a imundícia que é a família.
A filha dança perante o rei e seus convidados ilustres, fascinado pela dança da menina, ele oferta a ela o que foi ofertado a Ester, mas agora a conseqüência não será mais a salvação, mas a perdição de toda a família, ele oferece a menina metade do reino ou qualquer outra coisa.
Ela é uma criança, não tem desejos a não ser aqueles que são lhe dados, então, ela não sabe o que pedir ao rei Herodes, corre a mãe, que não tem outro objeto de desejo no coração senão a morte do profeta, eis o que ela pede a cabeça do profeta, pede a sua morte.
A filha não só compreende o pedido, como o aumenta com uma maldade incapaz ded ser imaginada pelos pais, de ser o objeto do pedido não apenas a morte, mas literalmente a cabeça mesma ser servida num prato. Na filha não há qualquer filtro de consciência, ela simplesmente aprendeu o mal, por isso ela toma a maldade como literal, o mal é toda realidade que ela conhece e deseja, os conflitos paternos não existem para ela. Ela não conhece a bondade do profeta, apenas conhece que ele é um empecilho para a felicidade egoística da mãe.
Muitas vezes, a maldade dos pais não é diluída e desaparece nos filhos, ela toma proporções maiores, a corda pesa mais e mais, o a satisfação que o pecado não tem fim até que venha a morte que se banaliza e entorpece mais ainda as mentes das crianças (o prato).
Como acabar com esse crescimento? A semente do mal deve ser precipitada nas profundezas do mar( Mt 18,6) para que lá não semeia nada a não ser esquecimento.
Contudo, Herodes no meio da multidão acata o pedido da menina mesmo que triste. A multidão, lembra Girard, tem um papel importante porque quanto mais indeferenciado estamos, mais a nossa violência dos nossos pecados que parece a nossos olhos sumir no meio de tanta gente são revelados.
A lição é o aquilo que a mãe e o pai deseja é importantíssimo para a vida familiar, pois aquele desejo é que vai alimentar o filho, é aquela esperança de felicidade que vai mover a família e dizer se ela está colocando uma corda sobre o pescoço dos filhos apressando a morte deles ou colocando-os com os olhos fitos naquele que devemos receber em nosso lar que é Cristo (Mt.6,5), a criança deve ser recebida como Cristo, aquele que é a Verdade (I Co 13,6) e Amor(I Co 13,13), numa família onde a justiça, paz e alegria são as bases, lá será o Reino de Deus( Rm 14,17) e o Reino de Deus é o lugar onde Cristo pode ser recebido. Se os pais precisam de modelo familiar, lembre-se de S. Paulo “Sede meus imitadores, como eu mesmo sou de Cristo”(I Co 11,1), afinal Cristo também é o Caminho.
quarta-feira, maio 05, 2004
Quem é Rene Girard?
Eu sou leitor costumaz de Rene Girard, estou lendo "O Bode Expiatório", mas para uma melhor introdução, leiam o que Olavo de Carvalho fala a seu respeito:
GIRARD: A REVOLUÇÃO por Olavo de Carvalho
O nome de René Girard não é desconhecido nesta parte do mundo. De vez em quando aparece citado, de passagem, em alguma tese universitária. Seu livro mais famoso, La Violence et le Sacré (1972), foi traduzido pela Vozes e a edição está esgotada.
O que espanta não é que após tal sucesso nenhum editor brasileiro se interessasse em publicar Le Bouc Émissaire (1982), La Route Antique des Hommes Pervers (1985) e outras obras memoráveis do mesmo autor. O fenômeno pode refletir apenas a intermitência do stop and go, típica das economias subdesenvolvidas. O que espanta é a capacidade que o nosso meio universitário teve de absorver em discreto silêncio algo de um pensamento tão explosivo, continuando em seguida confortavelmente instalado nas suas convicções dominantes, como se ele não as houvesse abalado em nada.
Entre a insensibilidade pétrea e o fingimento puro e simples, algum fator desconhecido parece ter imunizado essa gente contra qualquer advertência de que o leão escapou da jaula. Mas não custa repetir o aviso: René Girard está à solta. O que ele vem fazendo - preparem-se - pode-se resumir na fórmula única de um plano supremamente maligno: destruir a quaternidade sagrada positivismo-marxismo-estruturalismo-freudismo que domina o horizonte das ciências humanas, e colocar em seu lugar nada menos que o bom e velho cristianismo.
Mesmo no Velho Mundo, onde o sacerdócio do culto estabelecido se sente mais fortinho ao ponto de não querer deixar sem resposta uma provocação desse calibre, as reações tomaram apenas a forma de imprecações e rosnados, seguidos de um silêncio amuado. "Fantasias!", protestou Claude Lévi-Strauss - e mais não disse nem lhe foi perguntado. Nenhuma objeção detalhada o bastante para passar por séria elevou-se contra o empreendimento girardiano, que vai exercendo uma influência cada vez maior nos terrenos mesmos onde a exclusão do cristianismo desfrutava do prestígio de uma exigência metodológica primeira.
O mais irônico da história é que Girard é homem alheio à agitação intelectual parisiense, vivendo há quase meio século em Stanford, Califórnia, e publicando em inglês boa parte de sua obra.
Mas onde, precisamente, ataca Girard o templo do academicismo? "Não se vence realmente senão aquilo que se substitui", dizia Nietzsche. Girard não perde tempo criticando teorias e escolas: oferece uma explicação melhor para os fenômenos sobre os quais elas reinavam soberanas, e ei-las desprovidas de razão de ser, pairando no ar como inúteis flocos de espuma.
A substituição é global e repentina. Onde cada uma dessas escolas, além de ter lá suas fragilidades intrínsecas, não conseguia abranger senão um grupo especializado de fenômenos, deixando os outros às vizinhas que não raro a contradiziam na base, o sistema Girard, como veio a ser chamado, reúne tudo num bloco - leis, instituições, costumes, mitologias, valores, obras de arte - e submete o conjunto a um mesmo princípio explicativo, simples e poderosamente convincente. A nova chave das ciências humanas demite, de um só golpe, o complexo de Édipo e a luta de classes, as estruturas do parentesco e todos os demais ícones teóricos, que só conservam seu antigo prestígio em longínquas terras do Terceiro Mundo ainda não abaladas pelos ecos da revolução girardiana.
O princípio encontrado por Girard pode-se resumir em um parágrafo. Todas as instituições humanas têm origem ritual, e o ritual resume-se no sacrifício. O sacrifício consiste em descarregar sobre um bode expiatório, vítima inocente e indefesa, os ódios e tensões acumulados que ameaçavam romper a unidade social. Estes ódios e tensões, por sua vez, surgem da impossibilidade de conciliar os desejos humanos. A razão desta impossibilidade reside no caráter mimético do desejo: cada homem não deseja isto ou aquilo simplesmente porque sim, porque é bonito, porque é gostoso, porque satisfaz alguma necessidade, mas sim porque é desejado também por outro ser humano, cujo prestígio cobre de encantos, aos olhos do primeiro, um objeto que em si pode ser inócuo, ruim, feio ou prejudicial. O mimetismo é o tema dominante da literatura, assim como o sacrifício do bode expiatório é o tema dominante, se não único, da mitologia universal e do complexo sistema de ritos sobre o qual se ergue, aos poucos, o edifício político e judiciário. A vítima é escolhida entre as criaturas isoladas, inermes, cuja morte não ofenderá uma família, grupo ou facção: ela não tem vingadores, sua morte portanto detém o ciclo da retaliação mútua. Mas a paz é provisória. Por um tempo, a recordação do sacrifício basta para restabelecê-la. Nesta fase a vítima sacrificial se torna retroativamente objeto de culto, como divindade ou herói cultural. Ritualizado, o sacrifício tende a despejar-se sobre vítimas simbólicas ou de substituição: um carneiro, um boi. Quando o sistema ritual perde sua força apaziguante, renascem as tensões, espalha-se a violência que, se não encontrar novas vítimas sacrificiais, leverá tudo ao caos e à ruína. A sociedade humana ergue-se assim sobre uma violência originária, que o rito ao mesmo tempo encobre e reproduz.
Mas essa violência funda-se, essencialmente, numa ilusão. O sacrifício não tem, por si, o poder de gerar efeitos benéficos. Se estes acabam por se produzir, é por intermédio da crença generalizada que despeja os ódios sociais no inocente e aplaca uma sede de vingança irracional que a sociedade atribui a um deus, mas que vem dela mesma. Esta crença, por sua vez, vem do desejo mimético, que, se escolhe por objeto uma miragem, pode se satisfazer igualmente com uma miragem de causa quando se trata de explicar a origem dos males humanos.
Assim fecha-se o sistema: o mimetismo causa a insatisfação, a insatisfação causa os ódios, os ódios ameaçam a ordem social, a ordem social se restaura mediante o sacrifício do inocente, que então vira mais um deus no panteão do engano universal.
O ciclo sacrificial só é rompido uma única vez na História, com o advento do cristianismo. Cristo proclama a inocência das vítimas, a inocuidade dos sacrifícios, a falsidade dos deuses vingativos: "Todos os que vieram antes de Mim são ladrões." Ele substitui a vingança social pelo arrependimento individual, restabelecendo o nexo racional entre os atos e as conseqüências, antes nublado pela mitologia sacrificial. Da desmistificação do sistema antigo nasce não somente a consciência moral autônoma, mas a possibilidade do conhecimento objetivo da natureza: Cristo inaugura a primeira civilização - a nossa - que sabe haver mais justiça no perdão do que na vingança, mais verdade no nexo impessoal de causas e efeitos do que na atribuição de um poder maligno àqueles que desejamos matar.
A massa de documentos que Girard, paleógrafo de formação, submeteu a meticulosas análises de texto para comprovar sua teoria é impressionante: vai das primeiras mitologias indo-arianas às obras de Proust.
Não menos impressionante é a mudança de perspectiva que, sob o impacto da teoria girardiana, sofre a nossa visão das idéias e conflitos contemporâneos. O totalitarismo, por exemplo, aparece como o estado fatal a que caminha um mundo que, tendo rejeitado o antigo sistema mitológico sacrificial, não deseja pôr em seu lugar o cristianismo: não há saída senão voltar à matança de vítimas humanas, sob os nomes de "burguesia", "judeus", "reacionários", "negros impuros", "políticos corruptos", etc. O nazismo surge, a essa luz, como uma oposição frontal ao cristianismo, preconizada por Nietzsche em páginas que defendem, abertamente, o retorno aos sacrifícios humanos. O socialismo, em contrapartida, é o simulacro que pretende substituir o cristianismo, sugando as energias cristãs para colocá-las a serviço da caça ao bode expiatório. Nas democracias capitalistas, o mais temível forma de anticristianismo é o "politicamente correto", onde cada grupo, divinizando a própria autovitimização, se nomeia o sacerdote de novas vinganças sacrificiais.
Girard não diz isto em parte alguma, mas é altamente corroborador de suas interpretações o fato de que, de todos os povos discriminados e perseguidos, o único que não explora seus sofrimentos como meio para a conquista do poder de vingança é justamente aquele que mais vítimas forneceu à violência do século XX: o povo cristão, do qual pereceram pelo menos trinta milhões de membros no altar da perseguição religiosa - o jamais mencionado holocausto cristão.
Girard também não cita, entre seus precursores, certamente porque o desconhece, o nome do psiquiatra húngaro Lipot Szondi. Mas não é possível pensar em fenômenos como o desejo mimético e o bode expiatório sem lembrar a teoria do "complexo de Caim" que esse grande sábio colocou no lugar do artificioso "complexo de Édipo" freudiano, já na década de 20. Mas Szondi foi, ele próprio, um bode expiatório: ao lado dessa teoria, defendia também a raiz genética das doenças mentais, o que na época era considerado puro nazismo pela escola culturalista dominante (que preferia culpar "a educação", "os pais" etc.). Não ficava bem chamar Szondi de nazista, porque ele era judeu; mas, tão logo saiu do campo de concentração onde o haviam posto os nazistas, foi colocado na geladeira do esquecimento pelos democratas e socialistas.
29/05/98
(Publicado na revista Bravo! de junho de 1998)
GIRARD: A REVOLUÇÃO por Olavo de Carvalho
O nome de René Girard não é desconhecido nesta parte do mundo. De vez em quando aparece citado, de passagem, em alguma tese universitária. Seu livro mais famoso, La Violence et le Sacré (1972), foi traduzido pela Vozes e a edição está esgotada.
O que espanta não é que após tal sucesso nenhum editor brasileiro se interessasse em publicar Le Bouc Émissaire (1982), La Route Antique des Hommes Pervers (1985) e outras obras memoráveis do mesmo autor. O fenômeno pode refletir apenas a intermitência do stop and go, típica das economias subdesenvolvidas. O que espanta é a capacidade que o nosso meio universitário teve de absorver em discreto silêncio algo de um pensamento tão explosivo, continuando em seguida confortavelmente instalado nas suas convicções dominantes, como se ele não as houvesse abalado em nada.
Entre a insensibilidade pétrea e o fingimento puro e simples, algum fator desconhecido parece ter imunizado essa gente contra qualquer advertência de que o leão escapou da jaula. Mas não custa repetir o aviso: René Girard está à solta. O que ele vem fazendo - preparem-se - pode-se resumir na fórmula única de um plano supremamente maligno: destruir a quaternidade sagrada positivismo-marxismo-estruturalismo-freudismo que domina o horizonte das ciências humanas, e colocar em seu lugar nada menos que o bom e velho cristianismo.
Mesmo no Velho Mundo, onde o sacerdócio do culto estabelecido se sente mais fortinho ao ponto de não querer deixar sem resposta uma provocação desse calibre, as reações tomaram apenas a forma de imprecações e rosnados, seguidos de um silêncio amuado. "Fantasias!", protestou Claude Lévi-Strauss - e mais não disse nem lhe foi perguntado. Nenhuma objeção detalhada o bastante para passar por séria elevou-se contra o empreendimento girardiano, que vai exercendo uma influência cada vez maior nos terrenos mesmos onde a exclusão do cristianismo desfrutava do prestígio de uma exigência metodológica primeira.
O mais irônico da história é que Girard é homem alheio à agitação intelectual parisiense, vivendo há quase meio século em Stanford, Califórnia, e publicando em inglês boa parte de sua obra.
Mas onde, precisamente, ataca Girard o templo do academicismo? "Não se vence realmente senão aquilo que se substitui", dizia Nietzsche. Girard não perde tempo criticando teorias e escolas: oferece uma explicação melhor para os fenômenos sobre os quais elas reinavam soberanas, e ei-las desprovidas de razão de ser, pairando no ar como inúteis flocos de espuma.
A substituição é global e repentina. Onde cada uma dessas escolas, além de ter lá suas fragilidades intrínsecas, não conseguia abranger senão um grupo especializado de fenômenos, deixando os outros às vizinhas que não raro a contradiziam na base, o sistema Girard, como veio a ser chamado, reúne tudo num bloco - leis, instituições, costumes, mitologias, valores, obras de arte - e submete o conjunto a um mesmo princípio explicativo, simples e poderosamente convincente. A nova chave das ciências humanas demite, de um só golpe, o complexo de Édipo e a luta de classes, as estruturas do parentesco e todos os demais ícones teóricos, que só conservam seu antigo prestígio em longínquas terras do Terceiro Mundo ainda não abaladas pelos ecos da revolução girardiana.
O princípio encontrado por Girard pode-se resumir em um parágrafo. Todas as instituições humanas têm origem ritual, e o ritual resume-se no sacrifício. O sacrifício consiste em descarregar sobre um bode expiatório, vítima inocente e indefesa, os ódios e tensões acumulados que ameaçavam romper a unidade social. Estes ódios e tensões, por sua vez, surgem da impossibilidade de conciliar os desejos humanos. A razão desta impossibilidade reside no caráter mimético do desejo: cada homem não deseja isto ou aquilo simplesmente porque sim, porque é bonito, porque é gostoso, porque satisfaz alguma necessidade, mas sim porque é desejado também por outro ser humano, cujo prestígio cobre de encantos, aos olhos do primeiro, um objeto que em si pode ser inócuo, ruim, feio ou prejudicial. O mimetismo é o tema dominante da literatura, assim como o sacrifício do bode expiatório é o tema dominante, se não único, da mitologia universal e do complexo sistema de ritos sobre o qual se ergue, aos poucos, o edifício político e judiciário. A vítima é escolhida entre as criaturas isoladas, inermes, cuja morte não ofenderá uma família, grupo ou facção: ela não tem vingadores, sua morte portanto detém o ciclo da retaliação mútua. Mas a paz é provisória. Por um tempo, a recordação do sacrifício basta para restabelecê-la. Nesta fase a vítima sacrificial se torna retroativamente objeto de culto, como divindade ou herói cultural. Ritualizado, o sacrifício tende a despejar-se sobre vítimas simbólicas ou de substituição: um carneiro, um boi. Quando o sistema ritual perde sua força apaziguante, renascem as tensões, espalha-se a violência que, se não encontrar novas vítimas sacrificiais, leverá tudo ao caos e à ruína. A sociedade humana ergue-se assim sobre uma violência originária, que o rito ao mesmo tempo encobre e reproduz.
Mas essa violência funda-se, essencialmente, numa ilusão. O sacrifício não tem, por si, o poder de gerar efeitos benéficos. Se estes acabam por se produzir, é por intermédio da crença generalizada que despeja os ódios sociais no inocente e aplaca uma sede de vingança irracional que a sociedade atribui a um deus, mas que vem dela mesma. Esta crença, por sua vez, vem do desejo mimético, que, se escolhe por objeto uma miragem, pode se satisfazer igualmente com uma miragem de causa quando se trata de explicar a origem dos males humanos.
Assim fecha-se o sistema: o mimetismo causa a insatisfação, a insatisfação causa os ódios, os ódios ameaçam a ordem social, a ordem social se restaura mediante o sacrifício do inocente, que então vira mais um deus no panteão do engano universal.
O ciclo sacrificial só é rompido uma única vez na História, com o advento do cristianismo. Cristo proclama a inocência das vítimas, a inocuidade dos sacrifícios, a falsidade dos deuses vingativos: "Todos os que vieram antes de Mim são ladrões." Ele substitui a vingança social pelo arrependimento individual, restabelecendo o nexo racional entre os atos e as conseqüências, antes nublado pela mitologia sacrificial. Da desmistificação do sistema antigo nasce não somente a consciência moral autônoma, mas a possibilidade do conhecimento objetivo da natureza: Cristo inaugura a primeira civilização - a nossa - que sabe haver mais justiça no perdão do que na vingança, mais verdade no nexo impessoal de causas e efeitos do que na atribuição de um poder maligno àqueles que desejamos matar.
A massa de documentos que Girard, paleógrafo de formação, submeteu a meticulosas análises de texto para comprovar sua teoria é impressionante: vai das primeiras mitologias indo-arianas às obras de Proust.
Não menos impressionante é a mudança de perspectiva que, sob o impacto da teoria girardiana, sofre a nossa visão das idéias e conflitos contemporâneos. O totalitarismo, por exemplo, aparece como o estado fatal a que caminha um mundo que, tendo rejeitado o antigo sistema mitológico sacrificial, não deseja pôr em seu lugar o cristianismo: não há saída senão voltar à matança de vítimas humanas, sob os nomes de "burguesia", "judeus", "reacionários", "negros impuros", "políticos corruptos", etc. O nazismo surge, a essa luz, como uma oposição frontal ao cristianismo, preconizada por Nietzsche em páginas que defendem, abertamente, o retorno aos sacrifícios humanos. O socialismo, em contrapartida, é o simulacro que pretende substituir o cristianismo, sugando as energias cristãs para colocá-las a serviço da caça ao bode expiatório. Nas democracias capitalistas, o mais temível forma de anticristianismo é o "politicamente correto", onde cada grupo, divinizando a própria autovitimização, se nomeia o sacerdote de novas vinganças sacrificiais.
Girard não diz isto em parte alguma, mas é altamente corroborador de suas interpretações o fato de que, de todos os povos discriminados e perseguidos, o único que não explora seus sofrimentos como meio para a conquista do poder de vingança é justamente aquele que mais vítimas forneceu à violência do século XX: o povo cristão, do qual pereceram pelo menos trinta milhões de membros no altar da perseguição religiosa - o jamais mencionado holocausto cristão.
Girard também não cita, entre seus precursores, certamente porque o desconhece, o nome do psiquiatra húngaro Lipot Szondi. Mas não é possível pensar em fenômenos como o desejo mimético e o bode expiatório sem lembrar a teoria do "complexo de Caim" que esse grande sábio colocou no lugar do artificioso "complexo de Édipo" freudiano, já na década de 20. Mas Szondi foi, ele próprio, um bode expiatório: ao lado dessa teoria, defendia também a raiz genética das doenças mentais, o que na época era considerado puro nazismo pela escola culturalista dominante (que preferia culpar "a educação", "os pais" etc.). Não ficava bem chamar Szondi de nazista, porque ele era judeu; mas, tão logo saiu do campo de concentração onde o haviam posto os nazistas, foi colocado na geladeira do esquecimento pelos democratas e socialistas.
29/05/98
(Publicado na revista Bravo! de junho de 1998)
The Passion and Rene Girard: the sacred violence of the crucifixion
By John Laughland
Mel Gibson's film The Passion of the Christ has been attacked for its anti-Semitism as well as for its violence. Sometimes these two charges are blended into one: It has been alleged that the film will even encourage acts of retaliatory violence to be committed against Jews. A generation of fashionable critics , such as the heroin-chic wunderkind Will Self, who regard the meaningless Sadism of Quentin Tarantino's Kill Bill as cool, and who dismiss as absurd the idea that violent movies encourage violent behavior, have suddenly developed a rather prudish and old-fashioned liberal disdain for blood and gore. Another version of the same criticism has come from liberal voices within the Catholic Church, who have alleged that the film's violence distract from what is important about Christianity, the "teaching" of Jesus himself.
The French anthropologist Rene Girard has analyzed the relationship between "violence and the sacred" (to use the title of one of his books) and he has written at length on the concept of sacrifice. Girard argues that ritual sacrifice has a specific social function, namely to remove real violence from society by acting as a substitute for it. Girard argues that sacrifice achieves social cohesion by projecting a society's rivalries and inner tensions onto a victim, and then destroying the victim. This is the mechanism known as the scapegoat. Girard tells us that by dissipating violence and vengeance onto victims whose death does not need to be avenged, societies can avoid contracting the microbe of violence, which otherwise would cause them to collapse in a spiral of interminable reprisals. Girard, therefore, would tell us that the criticisms of The Passion leveled above are wrong, and that they are wrong for the same reason: they fail to understand that the violence depicted in the film has a specifically Christian meaning.
Girard is not original in comparing Christ's sacrifice to the sacrificial rites of pagan religions. But he is innovatory in emphasising the crucial difference that, in pagan traditions, sacrificial victims were believed to be guilty of the evils projected onto them. The template for his claim is the myth of Oedipus, who killed his father and slept with his mother. But in modern times, it is not difficult to see the same mechanism operating in witch-hunts, pogroms, lynch-mobs, and even modern televisual hate-ins of foreign bogeymen like Slobodan Milosevic or Saddam Hussein. Christianity inverts this pagan paradigm by showing the victim to be supremely innocent. If pagan societies repeatedly performed real blood sacrifices, be they of of animals or of humans, because they operated within the old framework of behaving as if the victim were truly the bearer of evil, the Christian story seeks to put an end to violence by showing the social unity which comes from a lynching to be a terrible destructive force. Unlike pagan rites, the Christian sacrifice was supposed to be practised in its bloody form once - and never again.
It is not only in his death that Christ shows the dangers of the kind of unity which is promoted by real acts of violence. In one of the most famous events in the Gospels, when the Pharisees bring before Christ a woman taken in adultery, Christ the anthropologist acts precisely by defusing the unanimity of the crowd. When the Pharisees ask Christ what should be done with the woman, they are not differentiated. The evangelist describes them speaking as one. Yet Christ responds by saying, "Let he who is without sin cast the first stone."
By attracting the focus of the crowd onto the first stone, and on to the individual who would cast it, Christ destroys the crowd's nature as a crowd, and, with it, its unified desire for violence and condemnation. Such violence and condemnation, like many collective acts, is committed mimetically: when people imitate others, especially in their desires. Everyone looks around to see what everyone else will do, and who will act first. The consequence is that the crowd disperses, as the evangelist tells us, "one by one."
In this episode, as in his own death, Christ of course teaches that the response to sin or injustice is not condemnation or revenge, but forgiveness. Common parlance describes precisely this attitude as "Christian." He says to the woman, "No one has condemned you, neither do I condemn you," and he says of his tormentors on the cross, "Forgive them, Lord, for they know not what they do." Such frenzies of collective violence are precisely irrational and non-reflective. If Mel Gibson's Christian film provokes hateful or vengeful violence (as many critics have suggested it might), those acts will and can only be anti-Christian in themselves.
At its deepest and most mysteriously paradoxical level, moreover, the Christian story precisely shows Jews and Gentiles united - in a sinful act of collective violence. Christ, of course, specifically taught that the message communicated to God's chosen people was, in fact, intended for the whole of humanity, Jews and Gentiles alike.
Girard's anthropological framework also helps to overcome the bogus division between Jews and Gentiles and, more specifically, between the old law and the new. The Old Testament figure of the innocent Joseph, for instance, who is "sacrificed" by his brothers only to be later "reborn" as their overlord in Egypt, is the polar opposite of the Oedipus myth, where the victim is evil. Girard argues that the Ten Commandments handed to Moses can be read in exactly the same anthropological way as Christ's sacrifice: as a prescription against outbreaks of the cycle of mimetic violence. He argues that the last six commandments - Thou shalt not kill; thou shalt not commit adultery; thou shalt not steal; thou shalt not bear false witness against thy neighbor; thou shalt not covet thy neighbor's wife; thou shalt not covet thy neighbour's goods - are a list, in descending temporal order, and in interdictory form, of the stages of a cycle of mimetic violence. The cycle starts with disordered desire, for another man's goods or for his wife, and leads, through calumny, to actual acts of theft and sexual predatoriness, to culminate in murder. Christ's plea for forgiveness for his tormentors on the cross, and his injunction in the Sermon on the Mount to love one's enemies are, Girard says, nothing but the fulfilment of the meaning of this ancient Jewish law.
If we read Girard, we see that reproaching the film for its bloodiness is as complete a misunderstanding of Christ's self-sacrifice as the accusation of anti-Semitism. The Old Testament had its " teaching," of the kind liberal critics say is the essence of Christianity, but Christianity's true essence lies in the terribly real way in which that teaching was fulfilled. The word made flesh is, as flesh, most cruelly destroyed. The blood and gore of the supreme sacrifice is not a distraction from the Christian message. It is the message itself.
John Laughland teaches politics and philosophy in Paris
By John Laughland
Mel Gibson's film The Passion of the Christ has been attacked for its anti-Semitism as well as for its violence. Sometimes these two charges are blended into one: It has been alleged that the film will even encourage acts of retaliatory violence to be committed against Jews. A generation of fashionable critics , such as the heroin-chic wunderkind Will Self, who regard the meaningless Sadism of Quentin Tarantino's Kill Bill as cool, and who dismiss as absurd the idea that violent movies encourage violent behavior, have suddenly developed a rather prudish and old-fashioned liberal disdain for blood and gore. Another version of the same criticism has come from liberal voices within the Catholic Church, who have alleged that the film's violence distract from what is important about Christianity, the "teaching" of Jesus himself.
The French anthropologist Rene Girard has analyzed the relationship between "violence and the sacred" (to use the title of one of his books) and he has written at length on the concept of sacrifice. Girard argues that ritual sacrifice has a specific social function, namely to remove real violence from society by acting as a substitute for it. Girard argues that sacrifice achieves social cohesion by projecting a society's rivalries and inner tensions onto a victim, and then destroying the victim. This is the mechanism known as the scapegoat. Girard tells us that by dissipating violence and vengeance onto victims whose death does not need to be avenged, societies can avoid contracting the microbe of violence, which otherwise would cause them to collapse in a spiral of interminable reprisals. Girard, therefore, would tell us that the criticisms of The Passion leveled above are wrong, and that they are wrong for the same reason: they fail to understand that the violence depicted in the film has a specifically Christian meaning.
Girard is not original in comparing Christ's sacrifice to the sacrificial rites of pagan religions. But he is innovatory in emphasising the crucial difference that, in pagan traditions, sacrificial victims were believed to be guilty of the evils projected onto them. The template for his claim is the myth of Oedipus, who killed his father and slept with his mother. But in modern times, it is not difficult to see the same mechanism operating in witch-hunts, pogroms, lynch-mobs, and even modern televisual hate-ins of foreign bogeymen like Slobodan Milosevic or Saddam Hussein. Christianity inverts this pagan paradigm by showing the victim to be supremely innocent. If pagan societies repeatedly performed real blood sacrifices, be they of of animals or of humans, because they operated within the old framework of behaving as if the victim were truly the bearer of evil, the Christian story seeks to put an end to violence by showing the social unity which comes from a lynching to be a terrible destructive force. Unlike pagan rites, the Christian sacrifice was supposed to be practised in its bloody form once - and never again.
It is not only in his death that Christ shows the dangers of the kind of unity which is promoted by real acts of violence. In one of the most famous events in the Gospels, when the Pharisees bring before Christ a woman taken in adultery, Christ the anthropologist acts precisely by defusing the unanimity of the crowd. When the Pharisees ask Christ what should be done with the woman, they are not differentiated. The evangelist describes them speaking as one. Yet Christ responds by saying, "Let he who is without sin cast the first stone."
By attracting the focus of the crowd onto the first stone, and on to the individual who would cast it, Christ destroys the crowd's nature as a crowd, and, with it, its unified desire for violence and condemnation. Such violence and condemnation, like many collective acts, is committed mimetically: when people imitate others, especially in their desires. Everyone looks around to see what everyone else will do, and who will act first. The consequence is that the crowd disperses, as the evangelist tells us, "one by one."
In this episode, as in his own death, Christ of course teaches that the response to sin or injustice is not condemnation or revenge, but forgiveness. Common parlance describes precisely this attitude as "Christian." He says to the woman, "No one has condemned you, neither do I condemn you," and he says of his tormentors on the cross, "Forgive them, Lord, for they know not what they do." Such frenzies of collective violence are precisely irrational and non-reflective. If Mel Gibson's Christian film provokes hateful or vengeful violence (as many critics have suggested it might), those acts will and can only be anti-Christian in themselves.
At its deepest and most mysteriously paradoxical level, moreover, the Christian story precisely shows Jews and Gentiles united - in a sinful act of collective violence. Christ, of course, specifically taught that the message communicated to God's chosen people was, in fact, intended for the whole of humanity, Jews and Gentiles alike.
Girard's anthropological framework also helps to overcome the bogus division between Jews and Gentiles and, more specifically, between the old law and the new. The Old Testament figure of the innocent Joseph, for instance, who is "sacrificed" by his brothers only to be later "reborn" as their overlord in Egypt, is the polar opposite of the Oedipus myth, where the victim is evil. Girard argues that the Ten Commandments handed to Moses can be read in exactly the same anthropological way as Christ's sacrifice: as a prescription against outbreaks of the cycle of mimetic violence. He argues that the last six commandments - Thou shalt not kill; thou shalt not commit adultery; thou shalt not steal; thou shalt not bear false witness against thy neighbor; thou shalt not covet thy neighbor's wife; thou shalt not covet thy neighbour's goods - are a list, in descending temporal order, and in interdictory form, of the stages of a cycle of mimetic violence. The cycle starts with disordered desire, for another man's goods or for his wife, and leads, through calumny, to actual acts of theft and sexual predatoriness, to culminate in murder. Christ's plea for forgiveness for his tormentors on the cross, and his injunction in the Sermon on the Mount to love one's enemies are, Girard says, nothing but the fulfilment of the meaning of this ancient Jewish law.
If we read Girard, we see that reproaching the film for its bloodiness is as complete a misunderstanding of Christ's self-sacrifice as the accusation of anti-Semitism. The Old Testament had its " teaching," of the kind liberal critics say is the essence of Christianity, but Christianity's true essence lies in the terribly real way in which that teaching was fulfilled. The word made flesh is, as flesh, most cruelly destroyed. The blood and gore of the supreme sacrifice is not a distraction from the Christian message. It is the message itself.
John Laughland teaches politics and philosophy in Paris
segunda-feira, maio 03, 2004
O que não é uma igreja com Propósitos
Carlito M. Paes
Este texto é dedicado aos líderes de diversos lugares do Brasil: Nossa oração e esperança é que seu interesse pelo tema "Propósitos" venha abençoar muito sua vida e ministério; estamos trabalhando com muita dedicação para que isto aconteça.
O fato de você desejar saber mais sobre isso, demonstra claramente seu interesse no crescimento de sua igreja, de alcançar os sem-igreja de sua comunidade, o que julgamos ser algo muito importante, porque a nossa missão é alcançar pessoas e torná-las parte do núcleo de discípulos de Jesus.
Este artigo nasceu da grande procura de líderes, que começaram a nos contatar para conhecer um pouco da experiência que temos vivido aqui em São José dos Campos, nossos sucessos e fracassos na implantação da visão de uma igreja com propósitos. Temos reproduzido diversos materiais procurando manter a fidelidade dos originais, ao mesmo tempo fazendo um trabalho de adaptação à realidade brasileira e temos realizado muitos treinamentos tanto em nossa igreja como fora dela. Nossa agenda é extensa e estaremos em diversos lugares do Brasil este ano.
Nós não cremos que a visão de uma igreja com propósitos é a única visão bíblica disponível para as igrejas, acreditamos sim, que Deus hoje está mobilizando muitos líderes e igrejas ao redor do mundo para fazer coisas fantásticas e impactarem o mundo.
Assim, cremos é que a visão de uma ICP vem de Deus, e por isso está dando certo no mundo inteiro, levando novas e antigas igrejas a encontrarem seu caminho junto a suas comunidades.
Você está lendo constantemente sobre o que "é" uma igreja com Propósitos, sendo assim gostaria de citar aqui o que "não é" uma igreja com Propósitos...
1. Não é simplesmente ser uma igreja contemporânea
Ser Igreja com Propósitos não é ser contemporânea. É ser bíblica e eterna. Os 5 propósitos da igreja como nos foram entregues por Jesus Cristo no Grande Mandamento e na Grande Comissão são eternos, e nunca ficarão ultrapassados. Eles não são um modismo. Qualquer igreja que falha em cumprir os propósitos que Jesus estabeleceu para a igreja, falha em cumprir sua missão como igreja!
2. Não é exclusivamente ter um alvo evangelístico
Há literalmente milhares de variedades de Igrejas com Propósitos (ICP): ICPs étnicas, ICPs de grupos lingüísticos, até mesmo ICPs para cowboys, solteiros, artistas, e ICPs para surfistas. Há ICPs para todas as gerações (Geração "X", Geração "Milênio", etc.) e elas estão localizadas em todas as partes ao redor do mundo em mais de 100 países diferentes. Sua igreja com propósito será singular também!
3. Não é somente ter um culto sensível ao interessado não crente
ICPs estão comprometidas com o propósito do evangelismo (um dos cinco propósitos do Novo Testamento para a igreja), não com um método particular de evangelismo ou culto. Elas realizam evangelismo em diferentes formatos, atingindo o coração das pessoas.
4. Não é o seu estilo de culto
Não importa se o seu estilo de culto é tradicional, contemporâneo, country, carismático, multi-sensorial, ou casual. O que importa é que ele combine com as pessoas que você está tentando alcançar para Cristo. É indispensável que você conheça sua comunidade para elaborar um culto que venha a alcançá-la.
5. Não é o seu tamanho
ICPs existem em todos os tamanhos e formas. A estratégia da ICP se concentra em equilíbrio, saúde e força, não em tamanho ou forma. Não existe nenhuma relação entre o tamanho e a força de uma igreja. ICP é uma ênfase na saúde eclesiástica, não um programa de super-igrejas. Igrejas dirigidas por propósitos bíblicos são saudáveis, e organismo saudável cresce, porém esse crescimento deve ser analisado de acordo com a região onde sua igreja está.
6. Não é a sua localização
ICPs são encontradas em todos os tipos de locais: zonas rurais, cidades pequenas, áreas de subúrbio, áreas urbanas e centros de cidades. Como mencionado antes, há ICPs em todos os lugares ao redor do mundo. Não importa o lugar onde ela está plantada, ela precisa, sim, é ser conhecida pela comunidade que você espera alcançar.
7. Não é a denominação à qual você pertence
Hoje ICPs existem em mais de cem diferentes denominações e associações de igrejas evangélicas em todo o mundo!
Aproveite ao máximo o material que disponibilizamos aqui, assim como toda a literatura disponível sobre esse empolgante assunto. Todos os que estamos envolvidos com esse ministério temos um objetivo comum, ver o reino de Deus crescer, firmado nos Propósitos da Palavra de Deus!
Carlito M. Paes
Este texto é dedicado aos líderes de diversos lugares do Brasil: Nossa oração e esperança é que seu interesse pelo tema "Propósitos" venha abençoar muito sua vida e ministério; estamos trabalhando com muita dedicação para que isto aconteça.
O fato de você desejar saber mais sobre isso, demonstra claramente seu interesse no crescimento de sua igreja, de alcançar os sem-igreja de sua comunidade, o que julgamos ser algo muito importante, porque a nossa missão é alcançar pessoas e torná-las parte do núcleo de discípulos de Jesus.
Este artigo nasceu da grande procura de líderes, que começaram a nos contatar para conhecer um pouco da experiência que temos vivido aqui em São José dos Campos, nossos sucessos e fracassos na implantação da visão de uma igreja com propósitos. Temos reproduzido diversos materiais procurando manter a fidelidade dos originais, ao mesmo tempo fazendo um trabalho de adaptação à realidade brasileira e temos realizado muitos treinamentos tanto em nossa igreja como fora dela. Nossa agenda é extensa e estaremos em diversos lugares do Brasil este ano.
Nós não cremos que a visão de uma igreja com propósitos é a única visão bíblica disponível para as igrejas, acreditamos sim, que Deus hoje está mobilizando muitos líderes e igrejas ao redor do mundo para fazer coisas fantásticas e impactarem o mundo.
Assim, cremos é que a visão de uma ICP vem de Deus, e por isso está dando certo no mundo inteiro, levando novas e antigas igrejas a encontrarem seu caminho junto a suas comunidades.
Você está lendo constantemente sobre o que "é" uma igreja com Propósitos, sendo assim gostaria de citar aqui o que "não é" uma igreja com Propósitos...
1. Não é simplesmente ser uma igreja contemporânea
Ser Igreja com Propósitos não é ser contemporânea. É ser bíblica e eterna. Os 5 propósitos da igreja como nos foram entregues por Jesus Cristo no Grande Mandamento e na Grande Comissão são eternos, e nunca ficarão ultrapassados. Eles não são um modismo. Qualquer igreja que falha em cumprir os propósitos que Jesus estabeleceu para a igreja, falha em cumprir sua missão como igreja!
2. Não é exclusivamente ter um alvo evangelístico
Há literalmente milhares de variedades de Igrejas com Propósitos (ICP): ICPs étnicas, ICPs de grupos lingüísticos, até mesmo ICPs para cowboys, solteiros, artistas, e ICPs para surfistas. Há ICPs para todas as gerações (Geração "X", Geração "Milênio", etc.) e elas estão localizadas em todas as partes ao redor do mundo em mais de 100 países diferentes. Sua igreja com propósito será singular também!
3. Não é somente ter um culto sensível ao interessado não crente
ICPs estão comprometidas com o propósito do evangelismo (um dos cinco propósitos do Novo Testamento para a igreja), não com um método particular de evangelismo ou culto. Elas realizam evangelismo em diferentes formatos, atingindo o coração das pessoas.
4. Não é o seu estilo de culto
Não importa se o seu estilo de culto é tradicional, contemporâneo, country, carismático, multi-sensorial, ou casual. O que importa é que ele combine com as pessoas que você está tentando alcançar para Cristo. É indispensável que você conheça sua comunidade para elaborar um culto que venha a alcançá-la.
5. Não é o seu tamanho
ICPs existem em todos os tamanhos e formas. A estratégia da ICP se concentra em equilíbrio, saúde e força, não em tamanho ou forma. Não existe nenhuma relação entre o tamanho e a força de uma igreja. ICP é uma ênfase na saúde eclesiástica, não um programa de super-igrejas. Igrejas dirigidas por propósitos bíblicos são saudáveis, e organismo saudável cresce, porém esse crescimento deve ser analisado de acordo com a região onde sua igreja está.
6. Não é a sua localização
ICPs são encontradas em todos os tipos de locais: zonas rurais, cidades pequenas, áreas de subúrbio, áreas urbanas e centros de cidades. Como mencionado antes, há ICPs em todos os lugares ao redor do mundo. Não importa o lugar onde ela está plantada, ela precisa, sim, é ser conhecida pela comunidade que você espera alcançar.
7. Não é a denominação à qual você pertence
Hoje ICPs existem em mais de cem diferentes denominações e associações de igrejas evangélicas em todo o mundo!
Aproveite ao máximo o material que disponibilizamos aqui, assim como toda a literatura disponível sobre esse empolgante assunto. Todos os que estamos envolvidos com esse ministério temos um objetivo comum, ver o reino de Deus crescer, firmado nos Propósitos da Palavra de Deus!
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