domingo, julho 04, 2010

Abraão e os nossos Isaques.

muitas vezes chegamos aos cultos, buscando que Deus realize nossos sonhos, desejos, vontades, algo que transforme a nossa vida. Contudo, nem sempre nos perguntamos sobre aquilo que Deus deseja que façamos, ou como devemos viver a nossa vida. Ou, realizarmos não nosso desejo, mas aquilo que Deus deseja.

Estamos dispostos a isto?

A realizar o desejo do coração de Deus, de Ele ser a única fonte de satisfação, paz, segurança e prosperidade em nossa vida.

Buscamos as coisas para preencher estes espaços, e por vezes, as bênçãos que eles nos dá se tornam estes pontos de salvação, paz, segurança e prosperidade.

Olhando para a história de Abraão podemos entender claramente qual é o papel que Deus deseja ser em nossa vida e qual o papel que as bênçãos que Deus nos dá devem ocupar e podem ocupar.

Quando Deus fez uma promessa a Abraão, em Genesis 12:1-3, Ele pediu a Abraão que saísse da sua terra, do laço familiar, enfim, de tudo que lhe favorável e confortável, fosse para um lugar que Deus o mandaria, sem mesmo saber onde era conforme lemos em Hebres 11:8.

Deus chamou Abraão para abandonar tudo aquilo que poderia significar para ele segurança, prosperidade e paz. Como com Abraão, Deus quer nos tirar da nossa zona de conforto, e trazer novas coisas para nós, vindas dele e não de nós.

Um exemplo disto é que mesmo quando Sara era estéril, incapaz de conceber um filho, Deus prometeu ao casal uma semente, um herdeiro, como está em Gn 12:7.

?Após 25 anos, depois de esperar muito tendo já Sara e Abraão, 90 e 100 anos, nascera Isaque, Abraão tinha sacrificado, tantos anos e tantas coisas por aquilo e finalmente parece que Deus atendera aos seus pedidos, o nome que colocou em Isaque diz tudo: o Senhor nos fez rir.

Parece que acaba assim a história, Deus promete, após alguns anos, Deus cumpri sua promessa. contudo, o final da história ainda está longe.

Em Genesis 22:2- Deus mais uma vez fala com Abraão e pede que ele sacrifique Isaque, note que Deus não chama o menino simplesmente pelo nome – ele diz AQUELE A QUEM AMAS- Isaque tinha se tornado tudo para Abraão, Deus não está dizendo que ele não deveria amar seu filho, mas que ele não deveria ter feito de seu filho –tudo. Por vezes, nós recebemos algo do Senhor, e acabamos transferindo todo nosso significado, toda nossa esperança, toda a nossa segurança, não mais para Deus, para aquilo que Deus colocou em nossa vida.

Por exemplo, com meu emprego posso ficar seguro na vida, ter paz. A com a minha esposa agora, posso ficar feliz pois sou que sou amado, ser esposo dela é tudo que sempre quis, é tudo que preciso. Isto acaba por sufocar a bênção que Deus nos dá, e o que era para ser bênção acaba se transformando em um ídolo em nossa vida.

Abraão precisava aprender como nós, que não são as bênçãos que Deus nos dá a garantia de paz, prosperidade, segurança em nossa vida, mas o próprio Deus.

Naquele tempo, ter um filho significava a própria família em si, era a continuação da herança, do patrimônio, a segurança na velhice- não havia aposentadoria naquela era-. significava a perepetuaão do nome, da família, um lugar na sociedade.

Quando Deus disse na libertação de Israel do Egito que a família pertencia a Ele – ele disse que os primogenitos eram dele.

Isaque assim tinha se tornado uma idolatria para Abraão- como para nós, as bençãos que recebemos de Deus podem se tornar fontes de segurança, paz, prosperidade maiores que o próprio Deus.

Para evitarmos isto, precisamos entender que as promessas de Deus em nossa vida, não são cumpridas por nós, por aquilo que recebemos, mas pelo próprio Deus. Deus é que provê o cordeiro que substitui Isaque, Deus deve ser sempre a fonte de paz, prosperidade e segurança em nossa vida.

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