sábado, agosto 25, 2012

A derrota de Serra:o fim da oposição ou só é o fim do PSDB?


Se realmente se confirmar a derrota de José Serra na prefeitura de São Paulo, ela poderá significar o fim da oposição como conhecemos hoje no Brasil. A dicotomia PT x PSDB. Novas forças surgirão mais enfraquecidas, menos polarizadas.

Lula, realmente é a pessoa que mais entende de povo e política no Brasil, ele entendeu que a população paulistana queria algo novo para governar sua cidade, lançou Haddad com esta proposta, só não contava que as pessoas viriam em Russomano, o novo que queriam.

Russomano, ao sair da sombra malufista do PP, deu um passo importante em sua carreira alinhando-se a Universal, e assim, aos evangélicos, um eleitorado importante abandonado por Kassab e nunca deu muita liga com candidatos do PT.

Voltando ao Serra, a longa permanência do PSDB-DEM-PSD no governo em São Paulo, leva i eleitorado a querer novas coisas. Era o momento dos tucanos apostarem em outra candidatura, Serra com seus abandonos está muito desgastado. E a história de que se candidatou por gratidão é simplesmente ridícula. 

Como um partido pode sobreviver se a figura mais importante da história do partido não sabe fazer marketing ou não gostam que ela apareça. Me refiro a FHC. Falta a Serra, humildade de reconhecer erros e ganância demais.

A candidatura de Aécio Neves, que também não tem nada de novo, já está sofrendo sua primeira derrota.

Uma nova oposição pode surgir mesmo no quintal petista, seja nas formas de PSB com Eduardo Campos ou numa forma mais conservadora PRB-PMDB.

Entendo que:

1. O PSDB perdeu o ritmo da história brasileira, por não ser um partido com penetração social e nacional como o PT.

2. O eleitorado e parcela evangélica da população brasileira deverão ser cada vez mais importantes e fundamentais para as próximas eleições. Qualquer eleição nacional hoje só pode ser ganha com concessões a esta faixa populacional, Dilma que o diga.

3. A eleição de Russomano em São Paulo pode acontecer, seria um repeteco de Erundina. Mas, pode não acontecer, como a quase eleição de Francisco Rossi para governador.

4. A tese de Haddad é tudo novo fica envelhecida com Maluf no palanque e o próprio Lula.

5. Chalita é o cara mais "peroba" que já vi numa campanha, ele já mudou tanto de partido, que agora fala que é amigo de todo mundo pois já esteve em quase todos os partidos e alianças. O novo nome de traíra é amigo.

Um comentário:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Pode ser o fim da bipolarização política entre PT e PSDB. Observe que o PT também está perdendo força na disputa pelas prefeituras nas capitais. Hoje temos vários partidos no cenário eleitoral brasileiro, algo que, além de enfraquecer a nossa democracia, torna incerta a sucessão lá pelo final da década.