segunda-feira, agosto 13, 2012

A Igreja EPIC?




Leonard Sweet em seu livro PEREGRINOS DO NOVO SÉCULO, defende um conceito de igreja para a pós-modernidade, ou como ele gosta de chamar, para o mundo emergente. O conceito é EPIC - Experencial- Participativa- Imagística- Conectada-. No livro, o autor relaciona estes quatro anseios da cultura atual com tradição cristã. Como um livro emergente, o autor busca diferenciar a igreja pós-moderna da moderna.

EXPERENCIAL: o autor defende uma transição do racional (igreja moderna) para o experencial. A cultura atual está em busca de experiências que tragam sentido às suas vidas, na tradição cristã encontramos as experiências que podem transformar a cultura. Infelizmente, para o autor, a igreja deixou de prover estas experiências dando espaço para que outras coisas (ídolos) ocupasse seu lugar.

PARTICIPATIVA: mais uma crítica a dita igreja moderna, que ficou na cultura representativa, e não traz mais respostas a cultura participativa de hoje em dia.  O autor vê o avanço das comunicações e interações com um olhar otimista. Ele apregoa uma maior interação da adoração e do próprio ensino. O conceito de participação é de fato uma necessidade, mas o autor esqueceu de que a própria reforma, a igreja moderna iniciou-se com esta premissa - sacerdócio universal dos crentes - e parece ignorar também a massificação e não criatividade que caracteriza a cultura participativa atual.


IMAGÍSTICA: o autor realça o papel importante que há nas imagens hoje em dia. Além de palavras ruins, existem imagens ruins. A cultura atual é toda imagística, não se consegue postar uma frase no facebook sem que vá uma imagem junto. No que concerne a igreja, ela deve lembrar de suas imagens, suas metáforas para guiar a vida da cultura.

CONECTADA: a conexão é a síntese das três categorias anteriores, o mundo hoje quer algo que seja significativo individualmente-pessoalmente, que seja interativo e, enfim, que lembre a pessoa de fazer parte de uma comunidade -imagem. Por isto, novas formas de comunhão devem ser pensadas para servir os anseios desta nova geração.

"Para Jesus, a verdade não era preposição ou a propriedade de sentenças. Antes, a verdade era o que foi revelado por meio de nossa participação e interação com ele, com os outros e com o mundo" p.164

O livro é muito bom para analisarmos esta letargia da igreja em produzir cultura. Há muitas ressalvas, mas se aprende muita coisa com ele.

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