segunda-feira, maio 13, 2013

O RNA da Vinha




"A vinha de Deus é uma comunidade de ramos vivos que têm tudo que precisam em sua conexão com a Videira e optam por não viver sozinhos" 
Carlos McCord, A Vida que Satisfaz, p. 110.

Todo este texto parte das palavras do pastor Carlos McCord, não que ele tenha escrito ou falado este texto, digamos que inspirado.

A essência da Vinha.


A igreja pode ser pensada como uma vinha. Em João 15, Jesus se coloca com a Videira,  nós somos seus ramos. Podemos pensar que a igreja local é uma vinha, uma parte desta grande Videira. 

A igreja seria um conjunto de ramos que é ligado, nutrido e colhido pelo Agricultor na Videira que é Jesus. Toda criação, toda vida e todo fruto só podem vir da Videira e serem entregues ao Agricultor. 

A essência da vinha é  vida do próprio Deus em cada ramo disponível a cada instante gerando, alimentando e multiplicando vida.


O RNA da Vinha.


O RNA é o ácido ribonucleico, é o responsável pela síntese de proteínas da células vegetais. Ele é o DNA das plantas, falando vulgarmente.


A metáfora do RNA é para enxergarmos melhor como os movimentos da fé, da esperança e do amor dentro desta vinha. 

Ela é a síntese dos processos vitais que acontecem no interior da vinha para que esta continue viva e produzindo.

  • Recebe as perfeições de Deus Pai.
  • Nutrida pelo Espírito Santo.
  • Ama em, como e por Jesus Cristo.


Outra importância desta metáfora é que estes três processos assim como RNA estão presentes no interior de cada ramo e de cada vinha saudáveis.  Por fazer parte da natureza de cada ramo e de cada vinha, estas características sempre estão presentes podendo gerar um crescimento e uma permanência para cada vinha e cada ramo.

A fonte da vida não pode ser copiada ou gerada por qualquer ramo ou vinha, apenas Deus pode criar e reproduzir esta vinha naturalmente pelo seu poder vital. O máximo que os homens podem fazer é clonar este RNA criando uma vinha falsa com ramos artificiais.

Recebe as perfeições de Deus Pai.


Tudo que temos vem Deus, estamos ligados na Videira porque o Pai assim o quis. Sem Jesus, não podemos fazer nada e nem ser nada. 



Em sua eterna bondade, Deus que não precisa de nenhum de nós, escolheu precisar de nós.   


  • A história da imperfeição.



No princípio, Deus criou o mundo e todas as coisas para sua glória. O homem foi criado para glorificar a Deus, carregando dentro de si a imagem  e o sopro divinos para cuidar e desenvolver o jardim que Deus lhe havia dado. 



Contudo, o homem tentado pelo diabo, pensou que era a fonte de sua própria sabedoria, e desobedeceu a Deus juntamente com sua esposa. Eles decidiram viver sem Deus, viver a vida por eles mesmos.




Neste trajeto, toda a humanidade passou a viver em busca de algo que pudesse completar sua carência, o homem deixou Deus e passou a buscar a perfeição nas imperfeições da coisas. 


Deus se fez homem em Jesus, viveu uma vida de perfeita obediência a Deus, uma vida de perfeita satisfação momento a momento em Deus. Uma vida sem idolatria,  uma vida pura de fé, esperança e amor. 

Na cruz, Jesus tomou sobre si aquilo que cada um de nós merecíamos por nossa desobediência, a alienação que era nossa tomou como sua, pagou o preço por cada pecado. 

Na Cruz, Deus nos salvou da condenação que estava sobre a nossa vida por causa do pecado e também nos resgatou das mãos do inimigo. 

Somos declarados justos, aceitáveis, aprovados por aquilo que Deus fez por nós. E recebemos pela fé e pelo arrependimento aquilo que jamais poderíamos conquistar, a salvação. 


A fé e o arrependimento são a porta de entrada para a vida da perfeição. Pela fé, descubro que Deus fez todas as coisas para sua glória e seu louvor. Eu que antes estava entregue à morte e ao pecado, agora fui resgatado e tenho a vida eterna dentro de mim, a presença perfeita de Deus.



No arrependimento, descubro que minhas tentativas de prover para mim mesmo sentido e valor nesta vida são vazias e prejudiciais, somente em Cristo, encontro a perfeição de paz, segurança e satisfação que preciso nesta vida.


Recebendo vida como a vinha.



Vamos voltar a nossa metáfora da igreja como vinha.  Se pensarmos em João 15, a vinha só existe porque existe a Videira e o Agricultor. 


A igreja não surge de um projeto bem elaborado por um grupo de pastores nem por um esforço de um grupo de irmãos, a vinha surge por causa da videira, ela é uma manifestação da vida que existe na Videira e não da vida que existe num formato ou plano de igreja  ou da luta e batalha de um grupo de cristãos. A vinha, a igreja local, surge como um conjunto de ramos da Videira para mostrar ao mundo a vida que existe em Jesus e não em nós.

Andrew Murray, em Permanecendo em Cristo, diz:

a. sem a videira, o ramo nada pode fazer
b. sem o ramo, a videira tampouco pode fazer nada.
c. tudo aquilo que a videira possui pertence aos ramos.
d. tudo que o ramo possui pertence a videira.



Deus escolheu precisar de nós, os ramos não podem ser mais importantes do que aquele que os enxertou, que deu vida a eles.  Se existe uma vinha é por que ele resolveu que precisava existir uma vinha. A igreja surge em Deus para a glória de Deus e vive em Deus.



No princípio é Deus, o criador de sua vinha. A fonte de toda a vida espiritual é Deus, não nossos planos, nossos encontros ou nossos talentos. É uma relação de totalidade, tudo temos é de Deus e tudo que Deus tem é nosso agora pela fé.



Muitas pessoas se perdem na igreja colocando sua sede para ser saciada por cantores, pregadores ou pela comunidade, mas a única coisa que pode realmente alimentar e sustentar sua vida é Deus.



Somos salvos pela fé e não por obras. A justificação pela fé somente nos ajuda a entender que nossos cultos e nossa vida de igreja não tem valor além de adorar a Deus por aquilo que Ele tem fez, tem feito e fará em nossa vida.



Nossas obras religiosas não trazem salvação para a nossa vida. Numa igreja em forma de pirâmide, a fonte de toda a vida é o comportamento, se elege um comportamento padrão, faz-se uma lista de regras e vive um jogo de sejamos iguais ao líder.  



A igreja de Deus, a vinha surge em Deus, a fé nele é o comportamento padrão, as regras vêm da vida em obediência e satisfação nas suas palavras e não há jogos nem encenações, somos todos ramos.



Numa vinha toda a vida vem de Deus, a vida dos ramos não é mais importante do que a vida da Videira. 



Não existe vinha sem estrutura, não existe igreja sem instituição. Contudo, nem as estruturas são mais importantes que a vida, as cercas e os arames servem para dar apoio a vinha. Mas o que dá vida a vinha é a Videira e não as estruturas. As estruturas servem apenas para facilitar a vida na vinha, para facilitar o amor. 



As estruturas são meios e não fins, confundir isto é fatal na vida da vinha porque ela começa a se alimentar daquilo que não é perfeito, vive não da seiva de Deus mas de pregos e tijolos.



Enfim, o que é nascido do Espírito é espírito e o que é nascido da carne é carne. A mesma coisa serve para igreja, ela é uma vinha nascida da vida de Jesus, tem os planos de Deus como seus, e vive do Espírito. 



A vinha é alimentada pela vida perfeita de Jesus que habita nela. As perfeições de Jesus estão presentes na vida da comunidade cristã, quando ela se reúne em seu nome, Cristo está sempre presente disposto a dar tudo e toda a vida que ela precisa.


"Antes de conhecer Jesus, todos vivíamos conduzidos pelo princípio da imperfeição e do medo de nos estar faltando coisas. Essa vida é o que chamamos de viver na carne" (....) "Jesus faz um contraste entre a vida que depende do que pode ser acumulado e guardado, e uma vida em que alguém recebe perfeitamente a fim de distribuir perfeitamente"
(Carlos McCord, A Vida que Satisfaz, p. 90)


Nutrida pela o Espírito Santo.


Filipenses 4.19   O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. 


A vida da vinha é nutrida pelo Espírito. Já vimos que a vida da Vinha começa em Deus, que as perfeições de Deus estão disponíveis para todos aqueles que têm fé e arrependimento, todos que agora são ramos da videira.


Vimos que fomos feito justos e aprovados perante Deus não por aquilo que podemos fazer, mas por causa da fé naquilo que Jesus fez por nós. A boa nova do Evangelho que chegou a nossa vida e nos transformou em filhos de Deus.


A santificação é uma vida dentro de um processo. Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus por causa do pecado perdemos essa sintonia com Deus, com nossos próximos e conosco mesmo. Quando somos salvos, voltamos a viver numa aliança íntima com Deus, somos um com Jesus.


Então, a vida de Jesus em nós passa a ser a nossa vida. A santificação é este viver satisfeito em Deus que reflete de novo a imagem de Deus para o mundo, é um processo do Espírito Santo em nossa vida, é Deus que produz a devoção e o descanso em nosso coração.


Muitas pessoas na igreja pensam que são santas por aquilo que fazem, mas somos santos por aquilo que Deus está fazendo em nós. 


A santificação é a vida que agora passa a ser nutrida não mais pelos prazeres da carne mas pela graça de Deus através do Espírito Santo.


Idolatria. 


O grande inimigo aqui é a idolatria. Aquilo que colocamos no lugar de Deus para ter aquilo que só Deus pode dar. 



Enquanto indivíduo, sei que minha vida é para glorificar a Deus. Isto acontece, quando buscamos nossa alegria em Deus. O pecado é quando deixamos de buscar em Deus nossa salvação, paz, segurança e alegria e buscamos nas coisas ou em nós.  Quando colocamos outros deuses em nossa vida, passamos a viver para servir aquilo.



Na vinha, o que seria idolatria? Quando a igreja descansa em outra coisa que não seja Deus, se alimenta de seus próprios feitos, ela fica rica como diria João de Patmos, acha que tem tudo que precisa e coloca Jesus pra fora.


Pecado é toda vez que coloco minha alegria em outra coisa que não Deus. É quando o ramo deixa de lado a Videira e se alimenta de qualquer outra coisa.



Perdão.


Sem Jesus, nada podemos fazer. A vida em comum da igreja nasce da presença de Deus, não de nossos próprios feitos ou conquistas. Esta vida é alimentada por Deus e não por nós mesmos. Vemos isto quando há a necessidade de perdão.



Numa igreja que confia em seus feitos pessoais e coletivos, o perdão é um desafio enorme porque é uma afronta contra as pessoas que se esforçam tanto para ser  e ao mesmo tempo é uma declaração de fracasso da igreja em ser aquilo que ela acha que é. O perdão se torna um desafio para as pessoas que não podem errar e um obstáculo gigante para uma comunidade que não pode errar.



Nesta igreja, a palavra pecador é designada sempre para as outras pessoas, aquelas que não tem a mesma performance que o grupo. A visão é nós somos bons e os outros são maus. 



Jamais se usa a palavra pecador para si mesmo com profundidade e sinceridade, as referências às próprias falhas são sempre genéricas do tipo "somos todos falhos", "sou um ser humano falho", quase nunca há uma confissão pontual "sou falho nisto" ou "pequei naquilo". Porque a nutrição desta comunidade é a aquilo que ela faz.



O perdão só é concedido quando se vê no errado que ele fez de tudo para corrigir seu erro ou pagou o preço devido.  A fonte do perdão não é o perdão de Deus, mas a intensidade do castigo ou do arrependimento do pecador.  A disciplina não é uma poda para que haja mais frutos, mais um zoneamento de área infértil.


Bonhoeffer disse que a primeira coisa que Deus faz com a gente quando entramos numa comunidade é sermos decepcionados pelas pessoas. Isto acontece para que a nossa confiança não fique nas pessoas, mas, em Deus. Ele também disse que um pastor não pode reclamar de seu rebanho pois foi Deus quem o deu.


Se as pessoas fossem do jeito como gostaríamos que elas fossem não precisaríamos do Espírito Santo para a comunhão e para o perdão.

Orgulho.

Uma igreja nutrida pelo Espírito Santo não pode ser nutrida pelo egoísmo de seus membros e nem pelo orgulho de sua estrutura. O Espírito é o de Cristo, vêm para glorificar a Cristo, a igreja que é nutrida por Cristo se parece realmente com o corpo de Cristo sendo alimentada pelo seu Espírito e pelo seu Sangue.

Conversão


A nova vida acontece de dentro para fora pela fé: Pela obra de Jesus no calvário, recebemos pela fé, em nosso coração uma nova vida. Somos transformados pela presença do Espírito Santo em nossa vida, e não por aquilo que realizamos. A expiação de Jesus é o nosso valor e não a obra de nossas mãos.

A nova vida é de esperança e não de ansiedade: pela ressurreição de Jesus, sabemos que nosso futuro está seguro nas mãos de Deus, Ele está construindo em nós sua imagem e semelhança pelo Espírito Santo, sabemos que um dia tudo aquilo que não é dEle em nossa vida será tirado, e seremos como Ele. 

A nova vida acontece no servir e dar frutos e não no reinar e egoísmo: Pela encarnação de Jesus, descobrimos que Ele abriu mão de tudo que era dEle e entregou para nós tudo. Vemos que mesmo diante da morte, Ele escolheu servir e não ser servido.  Cada um de nós foi habitado por Ele para sermos como Ele em nossa família, igreja e comunidade.



Pregação.

A pregação numa vinha não começa da necessidade, mas da abundância. Se a vinha tem a perfeição de Jesus disponível, ela não parte de uma posição que precisa desta vida, mas que já tem esta vida.

O que é uma pregação de escassez. Normalmente, é  uma pregação que trabalha em cima da culpa e da carência. Se fala nela em lista de coisas para fazer, ser, mudar. Se fala para cristãos, mas é como se estivesse falando para descrentes. 

A pregação é baseada no moralismo, as motivações para a mudança são o orgulho e o medo. Vocês não podem ser pequenos como aqueles que fazem isto ou vocês tem que tomar cuidado para não ser como tais. 

A pregação da vinha começa com o Evangelho, com a vida e obra perfeita de Jesus que habita em nós e nos nutre. A transformação é a vida dele em nós.  Não é uma pregação cega para nossos pecados, mas ela não cura com esforço da carne, ela cura buscando transformar o coração deixando a vida abundante jorrar do interior.


Esperança.


A esperança cristã tem a ver com a vida de santificação do cristão. Como Paulo diz no texto de 1Coríntios quando vier o que é perfeito, o que é em parte será aniquilado. A esperança do crente é que tudo que é imperfeito em nossa vida seja finalmente curado.

É a vida do reino dos céus hoje, a vida eterna alimentada pelo Espírito Santo que habita na igreja.

Ama em, como e por Jesus Cristo.


O amor é a manifestação desta igreja. A igreja é a imagem do Deus vivo na comunidade em que ela está inserida, nosso Deus é um Deus de amor, um Deus que veio para buscar e salvar aqueles que haviam se perdido.

O amor é o amor da cruz, um amor sofredor que busca glorificar a Deus na dependência dele para fazer tudo que faz. Esta igreja sabe que suas obras de misericórdia não são a causa de sua importância, mas efeitos da importância de Jesus em sua comunidade.

O amor faz dela uma comunidade alternativa, uma cidade na colina, um luzeiro que mostra um modo de vida transformado. 

Quando colocamos o amor como fruto da igreja não faz mais  sentido as discussões sobre se é para evangelizar ou cuidar. O amor engloba tanto a missão de serviço, pregação e  comunhão da igreja. Nosso Deus é uno e fez uma igreja multiforme para alcançar as diversas necessidades das pessoas.




Redenção.


O propósito do amor é a redenção,  a transformação do luto em festa, é claro que ainda não viveremos esta plenitude, mas hoje a igreja pode ser um sinal visível do reino de Deus que virá. 

A igreja é Jesus corpóreo, o Jesus que abraça, cura, prega, perdoa e ama. O Jesus que se importa por aqueles que ninguém mais quer. 

A igreja foi chamada para ser a vinha frutífera em, como e por Jesus, que dá frutos que alimentam e saciam o mundo. Gerando novas vinhas, novas vidas.

Lembrando, as obras de amor são manifestação de todo o processo que está acontecendo. A vinha não é apenas a uva doce, mas ela é a Videira, os ramos e todo processo que está acontecendo.

Algumas igrejas gostam de dizer que são fiéis para se desculpar de sua incompetência, outras gostam de dizer que são efetivas para se desculpar de sua superficialidade. O critério bíblico é frutificação.


"A metáfora da jardinagem mostra que tanto sucesso quanto fidelidade em si mesmos são insuficientes como critérios para avaliação de ministério. Ainda no fim, o grau de sucesso de um jardim ( ou do ministério) é determinado por fatores além do controle do jardineiro. O nível de frutos varia de acordo com as condições de solo ( isto é, algumas pessoas tem um coração mais duro que outras) e condições de tempo (isto é, o trabalho da soberania do Espírito do Senhor) também". (Tim Keller,Center Church, p.14)


A vinha tem um processo orgânico e natural de ser contraste e vida em sua comunidade o que gera respostas naturais às questões de contextualização e estruturação. Estas questões são o modo como a vinha compartilha a beleza, a segurança e a satisfação que têm em Jesus.

O limite da frutificação é o limite de quanto a vinha se alimenta da vida da Videira. 


"O fruto é aquilo que o Agricultor pretende dar ao mundo. O fruto é exatamente aquilo que Deus sabe que o mundo precisa. A vida de Jesus demonstrou perfeitamente o que Deus pretende e o que o mundo precisa. Agora Jesus habita em nós para garantir que o fruto permaneça disponível ao mundo que tanto necessita dele" Carlos McCord, A vida que satisfaz, p. 92
Ainda seguindo o ensino de McCord, os frutos revelam a intenção de Deus para com a humanidade. A igreja como uma vinha revela a intenção de Deus para os  homens, um mundo de satisfação e fartura como foi o jardim como será o paraíso.

Apocalipse 22.1-3, 14:   E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão(...) Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.





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