terça-feira, junho 04, 2013

Lendo Gênesis a partir de Como Ler Gênesis de Tremper Longman III





Como ler Gênesis,  Tremper Longman III, Edições Vida Nova, 2009.


O livro é uma introdução ao livro de Genesis  e está dividido em cinco partes, Lendo Gênesis: como uma estratégia, como literatura, em seu próprio mundo, como relato de Deus e como cristãos.

1.      Lendo como estratégia.

A primeira parte se concentra em descobrir a intenção do autor humano, nunca esquecendo que o livro de Gênesis faz parte do canon bíblico. Então, a primeira parte apresentará os princípios de interpretação, buscando entender o livro das origens: reconhecendo a natureza literária do livro de Genesis, seu contexto histórico, seu ensino teológico e sua situação social e global. No final deste primeiro capitulo, o autor coloca uma serie de questões que analisam os princípios de interpretação do livro bíblico.

2.      Lendo como literatura.

A segunda parte vai pensar o livro como literatura, em especial, vai buscar sua autoria (capitulo 2) e sua formatação (capitulo 3). Em relação ao autor do livro, a questão é se Moisés o escreveu ou não. Apesar de a própria Escritura se referir a autoria mosaica, como vemos em 2Cr 25:4, Ne 13:1, esta passou a ser confrontada pela metodologia histórico-critica.

Para Airton Barboza e para grande parte da academia, o primeiro a questionar a autoria mosaica foi o filósofo Baruch de Spinoza (1632-1677 d.C.), no seu Tratado Teológico Político de 1670.

“Para Spinoza, a autoridade da Bíblia não poderia residir em afirmações a priori. Estabelece-la cpomo verdade e divina em base confessionais não provam suas prerrogativas. Assim, a Bíblia passou a ser olhada de uma maneira nova, não mais como um texto divino estabelecido, mas como um texto recebido e que deve, pelo estudo manifestar se é ou não, Escritura Sagrada”
(BARBOZA, Airton Williams Vasconcelos – O MITO E A HISTÓRIA NA CRIAÇÃO: Uma analise literária de Genesis 1:1-2:3 São Paulo: Fonte Editoral,2010, p. 46)

Michael Della Rocca em seu livro sobre Spinoza, explica que o filosofo judeu foi influenciado pelo estudioso judeu, o rabi Ibn Ezra (1089-1164 d.C.) que é citado expressamente no capítulo 8 do Tratactus Theologico-politicus:

“In order to treat the subject methodically, I will begin with the received opinions concerning the true authors of the sacred books, and in the first place, speak of the author of the Pentateuch, who is almost universally supposed to have been Moses. The Pharisees are so firmly convinced of his identity, that they account as a heretic anyone who differs from them on the subject. Wherefore, Aben Ezra, a man of enlightened intelligence, and no small learning, who was the first, so far as I know, to treat of this opinion, dared not express his meaning openly, but confined himself to dark hints which I shall not scruple to elucidate, thus throwing full light on the subject.”
(CHAPTER VIII.: of the authorship of the pentateuch and the other historical books of the old testament. - Benedict de Spinoza, The Chief Works of Benedict de Spinoza, vol 1 (Tractatus-Theologico-Politicus, Tractatus Politicus) [1670] (capturado em 4.6.2013 em http://oll.libertyfund.org/?option=com_staticxt&staticfile=show.php%3Ftitle=1710&chapter=202641&layout=html&Itemid=27)


Outros que tiveram grande impacto no pensamento spinozano são: o calvinista francês Isaac La Peyere (1594-1676 d.C.) e o quacker inglês Samuel Fisher (1605-1665 d.C.), estes dois questionavam já inerrância do texto bíblico e ensinavam em Armsterdã. (DELLA ROCCA, Michael SPINOZA New York, Routlegde,2008, p. 244)

Entre os textos que não poderiam ter sido escritos por Moisés, estão o registro de sua morte em Dt 34, há outros exemplos de fatos posteriores, como os caldeus em Gn 11:28, o registro de Laís como Dã em Gn 14:14. Há indícios de uma atividade editorial após a vida de Moisés.

Há a hipótese de uma autoria múltipla, tanto como editores posteriores como fontes múltiplas para a composição.  Ai, se soma o uso de diferentes nomes divinos, o emprego de dois ou mais nomes distintos para designar as mesmas pessoas, tribos ou lugares. A existência de duplos e de teologias diferentes. Nisto, está baseada a hipótese documental de Joannes Astruc, Julius Welhausen e Karl Heirinch Graf, se identifica quatro fontes para o texto:

·         J (Javista): escrita no Reino de Judá entre 950-850 a.C.
·         E (Eloísta): escrita entre 750-700 a.C. no Reino do Norte.
·         D (deuteronomista): confeccionada  no início do séc. VII a.C. durante o reinado de Josias.
·         P (priest/ sacerdotal): realizada em 550 a.C.


Em resposta a esta hipótese, Temper Longman III diz que devemos ter três princípios para a leitura, conforme pagina 65: 1. Moisés teve uma ligação basilar com a produção do livro de Genesis e o Pentateuco. 2. Ele empregou fontes, orais e escritas, que vinham de uma época anterior e 3. Não é possível separar materiais pré-mosaicos, mosaicos ou posteriores.

Airton Barboza coloca outras questões em favor da autoria mosaica como a familiaridade com o contexto egípcio mais do que com os monarcas palestinos, o texto inicial ser feito em oposição aos mitos egípcios.

“É a um povo misto em sua composição, mas essencialmente ligado à história formativa das 12 tribos oriundas de Jacó, eleitas e formadas pela promessa e pelo pacto firmado entre Deus e Abraão (Gn 12:1-3, 17:1-8), que a narrativa de Gn 1:1-2:3 se destina dentro do desenvolvimento conceitual e teológico da identidade desta nação à luz do seu mundo e de sua relação com o Deus libertador, Yahweh” (BARBOZA, p. 142).


A estrutura do livro de Gênesis é identificada a partir do modelo dos toledot (gerações), sendo a palavra um substantivo feminino, plural, construto que aparece dez vezes no livro (2:4, 5:1,6:9, 10:1,11:10, 11:27, 25:12, 25:19, 36:1(36:9) e 37:2).  Este recurso proporciona ao livro uma unidade e uma progressão geracional.
“Uma toledot expõe primordialmente aquilo que procede da(s) personagem(ens) da(s) qual(ais) ela recebe o nome. A estrutura da toledot de Gênesis começa universalmente com a criação geral, afunila para toda a humanidade e se estreita ainda mais para uma única família e nação: Abraão, Jacó e Israel. Genesis, com a sua estrutura em toledot, destaca o numero dez, o da plenitude, e numero sete, o da perfeição ou completude”  (GREIDANUS, Sidney  Pregando Cristo a Partir de Gênesis São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2009, p.34)

Outra classificação, seria a divisão em duas seções: a história primeva (até 11:26) e o restante do livro, cobriria a história de Abraão e sua descendência, sendo esta dividida em narrativas patriarcais (12-36) e a história de José (37-50).

O estilo literário de Gênesis é o da prosa, com trechos poéticos, paralelismo, quiasma e paranomásia.

3.      Lendo em seu próprio mundo.
A terceira parte do livro vai estudar o contexto cultural-histórico de Genesis.
Começa no capitulo quatro com uma comparação entre o Gênesis e o Enuma Elish, especialmente o texto dos dois primeiros capítulos sobre a cosmogênese.
“O Enuma Elish descreve como Marduque criou o cosmo a partir do corpo de Tiamat (o mar). O mito de Baal presumivelmente seguiu esse modelo com Baal criando o mundo a partir de Yam (que também é o mar), ao passo que nos mitos egípcios a elevação ou montículo primevo emana de Nun, que são as aguas primevas” (LONGMAN III, p. 89)
O relato bíblico da criação em relação ao Enuma elish, apresenta a distinção do monoteísmo, do único Deus criador sem oposição, o conflito que acontece no mundo não advém das divindades, mas da própria escolha humana (Gn 3).
Sobre a influência dos vizinhos no texto bíblico, Airton Barboza responde que:
Se Israel não produziu literatura mítica por causa do caráter monoteísta de sua fé, este mesmo caráter teria influído no sentido de não permitir que se tomasse alguma coisa da cultura pagã em sua volta que fosse ofensiva ao caráter do seu Deus. De forma geral, é inconcebível que os profetas e poetas de Israel tencionassem buscar apoio para sua visão nas obras mitológicas pagãs, as quais eles indubitavelmente detestavam e abominavam” (BARBOZA, p. 128)
Aqui, também há a questão do dialogismo e da interdiscursividade. Para os liberais, trata-se da apropriação e descolamento dos escritos babilônicos no exilio realizado pela fontes documentais, para a ala conservadora, que atribui a autoria mosaica, o ambiente (Sitz in Lebem) é o Egito.
“Por Sitz im Lebem, portanto, não se entende o ambiente histórico, politico, social ou econômico no qual o texto foi composto, e sim uma situação padrão ou regular que motiva o surgimento dos gêneros literários. Não se trata de um evento histórico isolado, e sim de uma atividade generalizada e exercida em circunstancias típicas, uma experiência partilhada e, a principio, repetível” (Cassio Murilo Dias da Silva in BARBOZA, p.135)
Há uma interdiscursividade em Genesis, na contraposição do relato hebreu aos seus vizinhos em relação a cosmogonia, funcionalidade, soberania divina e antropologia que refletem na distinção de Deus e do próprio homem em relação às culturas circunvizinhas.
Um bom argumento a favor da diferenciação são os três eixos da estrutura ética no Antigo Testamento elaborado por Christopher J.H.Wright que diz:
“A mensagem de redenção de Deus por intermédio de Israel não foi simplesmente verbal, foi visível e tangível. Os próprios israelitas, como agentes, eram parte da mensagem”. (WRIGHT, Christopher J.H. O Povo, Terra E Deus, São Paulo: Abu Editora,1991, p.41)
No capítulo 5, Tremper Longman III faz uma comparação entre a historia dos sobreviventes Noé e o Utnapishtim. Este é contado nos três relatos sobre o diluvio deixados na Mesopotâmia: o Eridu, o Gilgamesh e Atrahasis.
No capítulo 6, há outra comparação entre Abraão e Nuzi. A primeira coisa que ele busca é datar a vida de Abraão e dos patriarcas, chega ao período de 2100- 1500 a.C. A partir de 1Reis 6:1:  E sucedeu que, no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), Salomão começou a edificar a Casa do SENHOR. Tremper Longman III chega a data de 2166 a.C. para o nascimento de Abraão, em 2091 a.C. sua chegada à Palestina.
A datação é importante devido ao achamento no outeiro de Nuzi,nordeste do Iraque, de uma historia que apresenta semelhanças com o patriarca judeu tais como a adoção de um escravo para ser o herdeiro, o casamento com sua “irmã”, o direito de vender os direitos de primogenitura (LONGMAN III, p. 109). Nuzi fornece um paralelo a um costume patriarcal, não pode ser lido como fonte assim como os outros mitos já citados, contudo:
“Aqui estamos examinando a vida dos patriarcas em contraste com o pano de fundo de material cronologicamente relevante. Nosso objetivo é aferir se tais descrições dão a impressão de serem autenticas. A pressuposição é que, se os patriarcas foram pessoas de carne e osso, então, agiram como seus contemporâneos. Nossa conclusão é afirmativa. Embora, no passado, tenha havido exagero na identificação de semelhanças, o que na atualidade sabemos estimula a ideia de que os patriarcas são descritos de modo a estarem em consonância com os que viveram naquele tempo” (LONGMAN III, p. 115)

4.      Lendo como relato de Deus.
Em sua penúltima parte, vai ler Gênesis como um relato divino, a historia do relacionamento entre Deus e sua criação, em especial, os homens. Ele volta à divisão entre história primeva, dos patriarcas e de José.
Uma curiosidade é que o período coberto pela história primeva até Abraão é mais longo que o pai da fé até os dias de hoje.
“A narrativa bíblica apresenta o Deus verdadeiro, santo e onipotente. O Criador existe antes da criação e é independente do mundo. Deus fala e os elementos passam a existir. A obra divina é boa, justa e completa. Depois que a família humana se rebela, Deus tempera seu julgamento com misericórdia. Mesmo quando um relato possui elementos em comum com formas  de pensamento de culturas circunvizinhas, a natureza distintiva do Criador brilha através da narrativa”
(LASOR, William S.,HUBBARD, David A. e BUSH, Frederic W. Introdução ao Antigo Testamento Sao Paulo: Edições Vida Nova, 2009, p.23)
Genesis 1-2: a criação.
Há tradicionalmente a divisão do trecho em duas pericopes, a primeira vai de Gn 1-2:4a e a segunda do 2:4b até final do capítulo segundo.
Há uma controversa sobre final da primeira pericope, para Airton Barboza, seria mais consistente que ela terminasse em 2:3: porque a parte b se constitui o objeto da parte a do verso 4 do capítulo 2. Outra razão é por causa da estrutura do toledot que aparece no verso 2:4, que abre uma nova seção ali passando a falar das descendências citadas anteriormente (BARBOZA, p. 171)
Qual é a natureza literária do texto de Gn1:1-2:3?
A interpretação mitológica surgiu com Robert Lowth, em sua obra De Sacra Poesi Hebraeorum (1753) Seguido de C.G. Heyne, J.G. Eichorn,  J.P. Glaber e G. Bauer.
Porque o texto não é um mito? Porque, segundo Barboza, Israel nunca produziu uma literatura mítica, os textos bíblicos não se parecem aos mitos em sua estrutura formal, há uma fusão de prosa e poesia, mas o texto não apresenta nem as características principais da poesia hebraica (parallelismus membrorum, métrica e linguagem figurada).
“A historiografia israelita é um querigma ideológico, fruto da sua  experiência religiosa, que se transmite por meio de narrativas descritivas dos eventos fundantes de sua fé monoteísta e pactual. Todavia, como historia ideológica, portadora de uma proclamação salvifica, é equivocado concluir que tais narrativas não se fundamentem em historias verdadeiras, uma vez que por trás dos eventos descritos existiu todo um trabalho seletivo na composição orgânica do relato” (BARBOZA,p.123)
A tradição tende a ler o texto como uma criação ex nihilo, como os textos de Hb 11:3 e Ap. 4:11. Tremper Longman III diz que o texto de Gênesis 1:1 não é definitivo a respeito. A primeira coisa a ser criada seria a própria matéria que era sem forma e vazia.
Existe um paralelismo narrativo:
“Os três primeiros dias descrevem a criação das esferas de habitações. Os três seguintes narram a criação dos moradores dessas esferas, de modo que as esferas criadas no dia um (luz, trevas) são preenchidas no dia quatro (sol, lua, estrelas), as do dia dois (céu, agua) são preenchidas no dia cinco (aves, peixes), e as do dia três (terra) são preenchidas no dia seis (animais terrestres, seres humanos)” (LONGMAN III, p. 127)


Genesis 3: a tragédia da queda.
A melhor interpretação para o ato de comer do fruto proibido é o da afirmação da autonomia moral. “O padrão narra (1) um pecado, seguindo de (2) uma fala de juízo vinda da parte de Deus. No entanto, antes de (4) Deus executar o juízo, ele (3) lhes dá um sinal de sua graça” (LONGMAN III,p.139)
Na Introdução ao Antigo Testamento,  Longman III e Dillard, colocam uma tabela sistemática deste padrão:
Pecado: 3:6, 4:8, 6:2. 6:5, 11ss e 11:4
Sentença: 3:14-19, 4:11-12, 6:3, 6:7,13-21 e 11:6ss
Mitigação: 3:21, 4:15, 6:8,18ss, 6:8.18ss e 10:1-32
Castigo: 3:22-24, 4:16, 7:6-24, 7:6-24 e 11:8
(DIILARD, Raymond B. e LONGMAN III, Introdução ao Antigo Testamento, Sao Paulo: Edições Vida Nova, p. 53)
Aqui está a base da cosmovisão cristã: a criação, a queda, a rendenção e a consumação. Todo o texto bíblico está conectado a este começo na progressão histórico-redentora.
A seguir, há uma interpretação da historia de Caim e Abel, Noé e o diluvio e a torre de Babel.
“Em Gênesis 1-11 somos apresentados ao tema central do livro e, alias, um que permeia todas as Escrituras: a bênção de Deus sobre suas criaturas humanas. Não é a mera existência, mas uma vida abundante que se leva na própria presença de Deus. Essa condição abençoada é caracterizada pela vida de Adao e Eva no jardim. Entretanto, a rebelião humana perturbou o relacionamento da humanidade com Deus. Assim mesmo, desde lá no início (Gn 3:15), com sua graça, Deus busca os seres humanos. Ele deseja restaurar o relacionamento com eles e voltar a abençoá-los plenamente” (LONGMAN III, p.152)
O capítulo 8 irá tratar das narrativas patriarcais, sendo os três homens Abraão, Isaque e Jacó que Deus usa para renovar a visão de Genesis 1 e 2 e estabelecer um povo dedicado ao seu serviço.
Seguindo a linha dos toledot, chega-se ao ultimo de Genesis, o de Jacó (37:2), os capítulos 37 a 50 contarão a história dos filhos de Jacó, em especial, José. Lembre-se a narrativa mosaica é para o povo que saiu cativo do Egito, por isto, tantos capítulos dedicados a José.

5.      Lendo Gênesis como cristão.
A ultima parte do livro está colocada na diferença cristológica. Tremper Longman III faz um relato das aparições do evangelho no livro de Gênesis, a partir da historia rendentora:
1.      3:15: o protoevangelho.
2.      12:1-3: a semente de Abraão
3.      14:17-20: Melquisedeque
4.      37-50: José e Jesus.
Há um uso de Gênesis no novo testamento, de forma literal e histórica, como podemos ver o apostolo Paulo em Romanos 5.
Para Greidanus, há algumas maneiras de se pregar a Cristo no texto mosaico: a progressão histórico-redentora, promessa-cumprimento, tipologia, analogia, temas longitudinais, referências no Novo Testamento e contraste.
A unidade da historia redentora implica a natureza cristocêntrica de cada texto histórico. A historia redentora é a historia de Cristo. Ele permanece no seu centro, e não menos no seu inicio e seu fim...A Escritura desvenda o tema e a amplitude de sua historiografia logo no começo, Gn 3.15 Van´t Veer diz,`coloca todos os eventos subseqüentes sob a luz da tremenda batalha entre Cristo nascido no mundo e Satanas, o príncipe deste mundo, e isso situa todos os acontecimentos à luz da vitória completa que a semente da mulher alcançará. À vista disso, torna-se imperativo que nem uma única pessoa fique isolada desta historia e se mantenha a parte dessa grande batalha. O lugar de ambos oponentes e colaboradores só pode ser determinado cristo logicamente. Apenas no que concerne aos que receberam seu lugar e tarefa no desenvolvimento desta história é que aparecem na historiografia da Escritura. Desse ponto de vista, os fatos são selecionados e registrados
(CHAPEL, Brian Pregação Cristocentrica São Paulo: Editora Cultura Cristã, p. 317.)


Jesus é o verdadeiro e melhor Adão, que passou pelo teste no jardim e cuja obediência é imputada a nós. Jesus é o verdadeiro e melhor Abel que, apesar de inocentemente morto, possui o sangue que clama, não para nossa condenação, mas pela absolvição.Jesus é o verdadeiro e melhor Abraão que respondeu ao chamado de Deus para deixar todo o conforto ea família e saiu para o vazio sem saber para onde ia, para criar um novo povo de Deus.Jesus é o verdadeiro e melhor Isaque, que foi não somente oferecido pelo Seu Pai no monte, mas foi verdadeiramente sacrificado por nós. E quando Deus disse a Abraão: "Agora eu sei que você me ama, porque você não poupou o seu filho, teu único filho a quem você ama de mim," agora podemos olhar para Deus levando Seu Filho até a montanha e sacrificá-lo e dizer: "Agora sabemos que nos ama, porque você não poupou o seu filho, teu único filho, a quem você ama de nós."Jesus é o verdadeiro e melhor Jacó que lutou e sofreu o golpe de justiça que merecemos, por isso, como Jacó, só recebêssemos as feridas da graça para nos despertar e disciplinar.Jesus é o verdadeiro e melhor José que, na mão direita do rei, perdoa àqueles que o venderam e traíram e usa seu novo poder para salvá-los.Jesus é o verdadeiro e melhor Moisés que se põe na brecha entre o povo e Deus e que é mediador de uma nova aliança.Jesus é a verdadeira e melhor Rocha de Moisés que, golpeada com a vara da justiça de Deus, agora nos dá água no deserto.Jesus é o verdadeiro e melhor Jó, sofredor verdadeiramente inocente, que então intercede e salva os seus tolos amigos.Jesus é o verdadeiro e melhor Davi, cuja vitória torna-se a vitória do Seu povo, apesar deles nunca terem movido uma única pedra para conquistá-la.Jesus é a verdadeira e melhor Ester que não apenas arriscou deixar um palácio terreno, mas perdeu o definitivo e divino, que não apenas arriscou sua vida, mas deu sua vida para salvar seu povo.Jesus é o verdadeiro e melhor Jonas que foi expulso na tempestade, para que nós pudéssemos ser trazidos para dentroJesus é a verdadeira Rocha de Moisés, o verdadeiro Cordeiro pascal, inocente, perfeito, desamparado, sacrificado para que o anjo da morte vai passar sobre nós. Ele é o verdadeiro templo, o verdadeiro profeta, o verdadeiro sacerdote, o verdadeiro rei, o verdadeiro sacrifício, o verdadeiro cordeiro, a verdadeira luz, o verdadeiro pão.A Bíblia não é realmente sobre você - é sobre ele.

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