Capitulo 10:
Contextualização Ativa.
A abordagem da contextualização deve
ser simpática e confrontadora ao mesmo tempo, lembrando que toda cultura tem tanto graça comum como idolatria
em seu interior. Deve-se buscar evitar tanto um cativeiro cultural, na rejeição
de qualquer cultura urbana, como também um sincretismo, valorizar as práticas
urbanas dentro do cristianismo.
A contextualização ativa envolve
um processo em três partes: entrar na cultura, desafiar a cultura e chamar os
ouvintes. Estas partes se relacionam como passos, mas elas podem se sobrepor. E
conforme nós procedermos nestes passos, vamos trazer conosco o que aprendemos
sobre contextualização até agora. Devemos ser intencionais (cap. 7),
equilibrados (cap. 8) e buscar os padrões bíblicos de contextualização (cap.
9).
Como entrar e se adaptar a um
cultura: a verdade não pode ser dita no vácuo, deve ser entregue como uma
resposta para as questões de pessoas em particular, isto significa que
entendemos sua cultura. A primeira tarefa é estar imerso nas questões, esperanças,
crenças da cultura para que possamos dar uma resposta bíblica, centrada no
evangelho.
O que devemos olhar quando
entramos em um cultura? (p.122-123)
Keller cita David Hesselgrave que
coloca alguns tipos de cosmovisão:
- Conceitual: as pessoas fazem decisões e chegam as suas convicções através de analise e logica. Isto envolve um pensamento silogístico cujas premissas são estabelecidas e, então, as conclusões necessárias aparecem.
- Relacional concreta: as pessoas criam decisões e chegam às suas convicções através dos relacionamentos e prática. Estas pessoas são aquelas que acreditam no que a comunidade crê. Elas também estão preocupadas com suas vidas praticas. Elas irão acreditar num principio apenas quando elas enxergam como aquilo funciona.
- Intuitiva: são pessoas que fazem suas decisões e chegam às convicções através de insight e experiência. As pessoas intuitivas acham historias e narrativas mais convincentes e transformadoras que proposições provadas pela razão.
É preciso conhecer as cosmovisões
dominantes das pessoas, para desafiar esta cultura, conforme o segundo passo, é
preciso afirmar algo desta cultura e suas crenças e valores. Com a autoridade
da Escritura podemos afirmar uma parte da cultura e criticar outra.
O pecado deve ser visto como
idolatria para uma critica cultural.
A mensagem bíblica da idolatria
fala bem para as culturas, fazer algo seu ídolo é fazer de algo seu criador e
sustentador. É um modo eficaz de
comunicar a cegueira espiritual e a rebelião da pós-modernidade. Keller
apresenta alguns pontos de pressão: a mercantilização do sexo, o problema dos
direitos humanos, a perda da esperança cultural.
Apelando aos ouvintes.
Keller acredita que o apelo vem
de uma linguagem de propiciação ou substituição expiatória do evangelho:
- 1. A linguagem do campo de batalha: Jesus lutou no seu lugar contra a morte e o pecado.
- 2. A linguagem do mercado: Jesus pagou seu resgate, nos libertou da escravidão.
- 3. A linguagem do exilio: Jesus foi exilado e abandonado para que nós pudéssemos voltar para a casa.
- 4. A linguagem do templo: Jesus é o sacrifício que purifica a gente e nos faz aceitáveis ao Deus santo, nos faz limpos e lindos.
- 5. A linguagem da corte legal: Jesus foi julgado e tomou a nossa punição, ele nos tirou a culpa e nos faz justos.
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