terça-feira, junho 04, 2013

Tim Keller: Contextualização Ativa

Capitulo 10:

Contextualização Ativa.


A abordagem da contextualização deve ser simpática e confrontadora ao mesmo tempo, lembrando que toda  cultura tem tanto graça comum como idolatria em seu interior. Deve-se buscar evitar tanto um cativeiro cultural, na rejeição de qualquer cultura urbana, como também um sincretismo, valorizar as práticas urbanas dentro do cristianismo.

A contextualização ativa envolve um processo em três partes: entrar na cultura, desafiar a cultura e chamar os ouvintes. Estas partes se relacionam como passos, mas elas podem se sobrepor. E conforme nós procedermos nestes passos, vamos trazer conosco o que aprendemos sobre contextualização até agora. Devemos ser intencionais (cap. 7), equilibrados (cap. 8) e buscar os padrões bíblicos de contextualização (cap. 9).

Como entrar e se adaptar a um cultura: a verdade não pode ser dita no vácuo, deve ser entregue como uma resposta para as questões de pessoas em particular, isto significa que entendemos sua cultura. A primeira tarefa é estar imerso nas questões, esperanças, crenças da cultura para que possamos dar uma resposta bíblica, centrada no evangelho.

O que devemos olhar quando entramos em um cultura? (p.122-123)

Keller cita David Hesselgrave que coloca alguns tipos de cosmovisão:

  • Conceitual: as pessoas fazem decisões e chegam as suas convicções através de analise e logica. Isto envolve um pensamento silogístico cujas premissas são estabelecidas e, então, as conclusões necessárias aparecem.
  • Relacional concreta: as pessoas criam decisões e chegam às suas convicções através dos relacionamentos e prática. Estas pessoas são aquelas que acreditam no que a comunidade crê. Elas também estão preocupadas com suas vidas praticas. Elas irão acreditar num principio apenas quando elas enxergam como aquilo funciona.
  • Intuitiva: são pessoas que fazem suas decisões e chegam às convicções através de insight e experiência. As pessoas intuitivas acham historias e narrativas mais convincentes e transformadoras que proposições provadas pela razão.

É preciso conhecer as cosmovisões dominantes das pessoas, para desafiar esta cultura, conforme o segundo passo, é preciso afirmar algo desta cultura e suas crenças e valores. Com a autoridade da Escritura podemos afirmar uma parte da cultura e criticar outra.

O pecado deve ser visto como idolatria para uma critica cultural.

A mensagem bíblica da idolatria fala bem para as culturas, fazer algo seu ídolo é fazer de algo seu criador e sustentador.  É um modo eficaz de comunicar a cegueira espiritual e a rebelião da pós-modernidade. Keller apresenta alguns pontos de pressão: a mercantilização do sexo, o problema dos direitos humanos, a perda da esperança cultural.

Apelando aos ouvintes.

Keller acredita que o apelo vem de uma linguagem de propiciação ou substituição expiatória do evangelho:
  • 1.       A linguagem do campo de batalha: Jesus lutou no seu lugar contra a morte e o pecado.
  • 2.       A linguagem do mercado: Jesus pagou seu resgate, nos libertou da escravidão.
  1. 3.       A linguagem do exilio: Jesus foi exilado e abandonado para que nós pudéssemos voltar para a casa.
  • 4.       A linguagem do templo: Jesus é o sacrifício que purifica a gente e nos faz aceitáveis ao Deus santo, nos faz limpos e lindos.
  • 5.       A linguagem da corte legal: Jesus foi julgado e tomou a nossa punição, ele nos tirou a culpa e nos faz justos.


A essência da expiação é sempre Jesus atuando como nosso substituto.  O evangelho tem uma visão mais profunda que sentimental da realidade, foi preciso que Jesus viesse em nosso lugar para que pudéssemos ser amados. O evangelho é a consolação mais profunda que se pode ofertar ao coração humano.

Nenhum comentário: