sexta-feira, setembro 01, 2006

A utopia possível

CAVALCANTI, Robinson A Utopia Possível Ed. Ultimato
“Deve-se ressaltar, por fim, que a preocupação teológica tem sido voltada para a arte do bem morrer- o além, o céu, a certeza de salvação- e quase nunca para a arte de bem viver - um projeto existencial cristão historicamente relevante. O que importa parece ser o futuro, e não o presente, a outra vida, não esta” p. 21
“O evangelho todo para o homem todo e para todos os homens” p. 26

do Pacto de Lausanne:

Afirmamos que Deus é ambas as coisas, Criador e Juiz de todos os homens. Em decorrência, deveríamos compartilhar seus interesses pela justiça e reconciliação na sociedade humana e para a libertação dos homens de todas as formas de opressão. Porque a humanidade é feita à imagem de Deus, cada pessoa, a despeito de sua raça, religião, cor, cultura, classe, sexo ou idade, tem uma dignidade intrínseca pela qual deve ser respeitada e servida, não explorada. Aqui, também nos penitenciamos, tanto por nossa negligencia, quanto por termos, muitas considerado evangelismo e preocupação social como mutuamente excludentes. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem ação social seja evangelismo, nem libertação política seja salvação afirmamos que evangelismo e envolvimento sócio-político são ambos parte de nosso dever cristão. Ambos são expressões necessárias de nossas doutrinas de Deus e do homem, nosso amor pelo nosso próximo e nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, opressão e discriminação, e não deveríamos ficar temerosos em denunciar o mal e a injustiça. Onde quer que existam. Quando as pessoas recebem a Cristo, são nascidas de novo no reino dele e devem buscar não somente demonstrar, mas também disseminar sua retidão no meio de um mundo degenerado. A salvação que afirmamos deve ser transformada na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta” p. 27

“O antiintelectualismo é uma tragédia e um pecado, mais ainda quando o preguiçoso ou o ignorante detém o poder” p. 34
“O mundo gostaria de saber para que serve um cristão, além de bancar o bonzinho e esperar para morrer” p. 37
“Ser cristão e buscar a vontade de Deus para o mundo e se comprometer com a implementação dessa vontade” p.39
“O corpo eclesial e o corpo político necessitam de uma política do corpo (liturgia,pão e diversão) em que um cristianismo relacionado com a nossa cultura plástica tropical substitua sua chatice legalista por uma cidadania lúdica. Dancemos a nossa fé ( 1Sm 18:6, 2Sm 6:14).” p. 151