Nova leitura, logo após terminar dois neo-clássicos do discipulado cristão: Renovação do Coração do D. Willard e Discipulado Celestial do M. Wells, caiu nas minhas mãos o livro de Fernando Morais sobre o Marechal do Ar Casimiro Monteiro, fundador do ITA.
Eis a resenha do Correio Braziliense / Data: 28/11/2006
Um pioneiro dos ares
Tatiane Lopes
Pela primeira vez, o escritor Fernando Morais mudou de lado. Nos últimos livros, 'Olga', 'Chatô' e 'Corações sujos', o jornalista explorou a história do Brasil, desde o tenentismo até o golpe de 1964; mas com uma visão externa dos fatos. Foi em seu oitavo livro, "Montenegro - As aventuras do marechal que fez uma revolução nos céus do Brasil", que ele "pulou o balcão". Sob a ótica dos brigadeiros, invaliu os meandros da Aeronáutica e de lá descobriu a riqueza de mais um grande personagem da história, Casimiro Montenegro. "Agora, estou lá dentro para contar a trajetória do visionário militar brasileiro que, em 1950, criou o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (lTA), um dos mais respeitados centros de produção de conhecimento do mundo". A bela obra será apresenada ao público hoje, a partir das 19h30, pelo projeto 'Sempre um Papo', onde o autor contará os detalhes sobre essa importante figura da aviação nacional.
Nas palavras de Fernando Morais, Casimiro Montenegro "nos faz voltar a sentir orgulho de ser brasileiros". De um jovem tenente de olhos azuis, que, em 1930, atirava bombas sobre os quartéis de Minas Gerais, até sua morte, em 2000, aos 96 anos de idade, ele foi um revolucionário dos anos 1930 e um militar que preferia o bom senso à rigidez da caserna. "Eu nunca tinha ouvido falar no Montenegro. Morava fora do Brasil e, um dia depois de sua morte, um amigo me mandou um e-mail sobre o fato, sugerindo que aquele homem poderia me render uma boa história. Quando retornei ao Brasil, por coincidência, conheci a viúva do marechal, dona Maria Antonieta", revela o jornalista.
Com um envelope entregue por Antonieta repleto de fotos e documentos, e depois com um vídeo amador, também feito pelos filhos, sobre a intimidade de Montenegro, Fernando se deu conta de que, a partir da vida do marechal, poderia mais uma vez, contar um episódio marcante na vida nacional. Enfrentou as dificuldades dos companheiros de farda, que temiam que o livro pudesse criar polêmicas, mas teve a ajuda de familiares, entre eles o primogênito de Montenegro, Fábio, que abriu as portas da família e dos amigos na Aeronáutica. "Uma das coisas que mais me aproximaram da vida do marechal foi um caderno de anotações escrito por ele depois que ficou cego. Foi como se tivesse feito uma entrevista ao vivo", conta Fernando Morais. Nas 328 páginas, estão tratadas a coragem e a obstinação, as batalhas e alianças com brigadeiros, ministros e até com os presidentes da República. Na avenfura de pilotar o avião do primeiro vôo do Serviço Postal Aéreo Militar, embrião do Correio Aéreo Nacional, e passar meses preso pelos paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o maior feito de Montenegro foi a criação do ITA, inspirado no Massachussets Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos. Fernando Morais revela a relação de Montenegro e Eduardo Gomes, patrono da FAB. De amigos, na assinatura do Manifesto dos Brigadeiros, contra Vargas, passaram a inimigos, principalmente pelas divergências quanto à importância do ITA. Vida pessoal - Há também espaço para a vida pessoal.
Bastante assediado por onde passava, casou -se aos 50 anos com uma sobrinha 30 anos mais jovem. "Ele tinha uma vida saborosa, ficou solteiro durante muito tempo, mas encontrei bilhetinhos de mulheres que pediam: 'Montenegro, eu quero voar para o Brasil com você'," brinca o escritor.
Feliz com o resultado do livro e envolvido em vários outros projetos, Fernando Morais prepara a biografia de Paulo Coelho, que deve ficar pronta até o segundo semestre do ano que vem. "Tenho enorme curiosidade sobre a vida dele. Estou grudado no calcanhar do Paulo, fui à Europa, ao Egito e Oriente Médio, tudo para conhecer melhor a sua história", antecipa o jornalista.
Eis a resenha do Correio Braziliense / Data: 28/11/2006
Um pioneiro dos ares
Tatiane Lopes
Pela primeira vez, o escritor Fernando Morais mudou de lado. Nos últimos livros, 'Olga', 'Chatô' e 'Corações sujos', o jornalista explorou a história do Brasil, desde o tenentismo até o golpe de 1964; mas com uma visão externa dos fatos. Foi em seu oitavo livro, "Montenegro - As aventuras do marechal que fez uma revolução nos céus do Brasil", que ele "pulou o balcão". Sob a ótica dos brigadeiros, invaliu os meandros da Aeronáutica e de lá descobriu a riqueza de mais um grande personagem da história, Casimiro Montenegro. "Agora, estou lá dentro para contar a trajetória do visionário militar brasileiro que, em 1950, criou o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (lTA), um dos mais respeitados centros de produção de conhecimento do mundo". A bela obra será apresenada ao público hoje, a partir das 19h30, pelo projeto 'Sempre um Papo', onde o autor contará os detalhes sobre essa importante figura da aviação nacional.
Nas palavras de Fernando Morais, Casimiro Montenegro "nos faz voltar a sentir orgulho de ser brasileiros". De um jovem tenente de olhos azuis, que, em 1930, atirava bombas sobre os quartéis de Minas Gerais, até sua morte, em 2000, aos 96 anos de idade, ele foi um revolucionário dos anos 1930 e um militar que preferia o bom senso à rigidez da caserna. "Eu nunca tinha ouvido falar no Montenegro. Morava fora do Brasil e, um dia depois de sua morte, um amigo me mandou um e-mail sobre o fato, sugerindo que aquele homem poderia me render uma boa história. Quando retornei ao Brasil, por coincidência, conheci a viúva do marechal, dona Maria Antonieta", revela o jornalista.
Com um envelope entregue por Antonieta repleto de fotos e documentos, e depois com um vídeo amador, também feito pelos filhos, sobre a intimidade de Montenegro, Fernando se deu conta de que, a partir da vida do marechal, poderia mais uma vez, contar um episódio marcante na vida nacional. Enfrentou as dificuldades dos companheiros de farda, que temiam que o livro pudesse criar polêmicas, mas teve a ajuda de familiares, entre eles o primogênito de Montenegro, Fábio, que abriu as portas da família e dos amigos na Aeronáutica. "Uma das coisas que mais me aproximaram da vida do marechal foi um caderno de anotações escrito por ele depois que ficou cego. Foi como se tivesse feito uma entrevista ao vivo", conta Fernando Morais. Nas 328 páginas, estão tratadas a coragem e a obstinação, as batalhas e alianças com brigadeiros, ministros e até com os presidentes da República. Na avenfura de pilotar o avião do primeiro vôo do Serviço Postal Aéreo Militar, embrião do Correio Aéreo Nacional, e passar meses preso pelos paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o maior feito de Montenegro foi a criação do ITA, inspirado no Massachussets Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos. Fernando Morais revela a relação de Montenegro e Eduardo Gomes, patrono da FAB. De amigos, na assinatura do Manifesto dos Brigadeiros, contra Vargas, passaram a inimigos, principalmente pelas divergências quanto à importância do ITA. Vida pessoal - Há também espaço para a vida pessoal.
Bastante assediado por onde passava, casou -se aos 50 anos com uma sobrinha 30 anos mais jovem. "Ele tinha uma vida saborosa, ficou solteiro durante muito tempo, mas encontrei bilhetinhos de mulheres que pediam: 'Montenegro, eu quero voar para o Brasil com você'," brinca o escritor.
Feliz com o resultado do livro e envolvido em vários outros projetos, Fernando Morais prepara a biografia de Paulo Coelho, que deve ficar pronta até o segundo semestre do ano que vem. "Tenho enorme curiosidade sobre a vida dele. Estou grudado no calcanhar do Paulo, fui à Europa, ao Egito e Oriente Médio, tudo para conhecer melhor a sua história", antecipa o jornalista.
Um comentário:
Incrível!!!!!!!, comprei por curiosidade o livro e não me arrependo, expetacular,ele foi um genial, só tem a nos inspirar o patriotismo;simplesmente um gênio, administrador nato.
Recomendo muito
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