domingo, junho 28, 2009

LEONARD SWEET: A igreja na cultura emergente

SWEET, Leonard (editor) A igreja na Cultura Emergente: cinco pontos de vista Trad. Robinson Malkones São Paulo:Editora Vida, 2009.
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A VIDA DEPOIS DO PÓS-MODERNISMO POR ANDY CROUCH.


A eucaristia cristã, porém, coloca esse sistema de cabeça para baixo. O que oferecemos à mesa é a comida e a bebida mais simples que os seres humanos foram capazes de criar. (Em nossa cultura, o vinho é muitas vezes associado com o luxo, mas nos dias de Jesus era universal- e provavelmente não tão saboroso, pois a fermentação era tanto natural quanto necessária para evitar que liquido azedasse). Não nos sentamos à mesa para desfrutar de uma refeição sofisticada com todos os acessórios - Paulo repreendeu alguns membros da igreja em Corinto que pensavam que era uma boa idéia- não comemos o suficiente nem para nutrir nosso corpo. O pão e o calice da comunhão estão o mais longe possivel de um McLanche feliz. E mesmo assim, cresmos que o estamos comendo é o pão da vida e o que estamos bebendo é fruto da videira verdadeira. Se realmente experimentamos e vemos que o Senhor é bom, como nos levantamos da mesa da ceia e retornamos para uma vida de consumo frenético?
A eucaristia é o momento em que a igreja pratica o pós-consumismo. A mesa da ceia nivela todos com recursos economicos diversos- pobre e rico recebem a mesma porção. Ela faz desaparecer o nosso paladar cuidadosamente cultivado- não há cardápio, nem uma lista de opções, não há uma hierarquia de produtos do tipo bom, melhor, o melhor de todos! Em muitas igrejas que levam a ceia do Senhor muito a sério, não se diz propriamente tomar a ceia- a hostia é colocada em nossa língua. Participamos de um banquete, sem dinheiro e sem custo - Is 55.1- . A medida que as promessas da ceia se tornam mais reais para nós, vemos as promesssas do consumismo cada vez mais como nulidades sem substâncias, o que realmente são. p. 75,76
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"Os sacramentos - e a liturgia que os cerca em muitas tradições- oferecem-nos uma chance de nos desintoxicar do clamor por novidade da pós modernidade, eles são uma declaração espantosamente subversiva, quer para a modernidade, quer para a pos-modernidade, de que tudo o que importa no mundo, na realidade, já ocorreu" p. 79
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DEBAIXO DA ABÓBODA CELESTIAL DE ESTRELAS POR FREDERICA MATHEWES-GREEN.
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"Como devemos ler a Bíblia:" Reveja o contexto e os ouvintes originais. Aquela comunidade emergente ouviu e viu essa vida e foi exortada e transformada por ela em primeira mão. Quando eles escutavam e discutiam os eventos que se tornariam as Escrituras, tinham uma simples vantagem sobre nõs e uma vantagem mundana: as histórias eram contadas em seu idioma nativo. Enfurecemo-nos em grande confusão sobre ajustes finos de tradução, mas eles não preciram de tradução, eles escutaram as histórias no mesmo grego que usavam em casa e no mercado. Coisass que nos embaraçam eram claras para eles. SAbiam como pesar e valorizar as coisas que nos confundem, dois mil anos e metade do mundo de distância" p. 143
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Se Deus pretendia nos perdoar, por que foi necessário que Jesus viesse e morresse?
Porque a Queda e nossa permanente cumplicidade com o pecado haviam produzido um dano fundamental na natureza humana. embora não nascemos carregando a culpa de Adão, smos tão propensos que inevitavelmente iremos cair em pecado, obtendo assim a nossa própria escravidão da morte. Essa tendência é algo que compartilhamos, e que flui entre todos os humanos.
Como a encarnação lida com esse problema?
Imagine a natureza humana como uma realidade coletiva em vez de algo que os indivíduos possuem em pequenos pedaços. Quando Jesus se tornou humano, ele representou , ou personificou, todos nõs, todos que já viveram ou que viverão. Isso foi o que ele carregou até o Hades e retornou, isso foi o que ele ressuscitou dos mortos. Isso significa que todo ser humano que já viveu ou que irá viver, irá viver pela eternidade" p. 154
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Há dois problemas com as frases de Frederica, ela participa da crença ortodoxa que não houve a expiação substitutiva, que a encarnação é "todo o drama, do início ao fim, é que nos salva, e não apenas as três horas daquela sexta-feira" (p. 183)- não houve pagamento com o sangue de Cristo.
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Sua visão de inferno também é confusa- "não há nenhum canto separado na vida após a morte onde os demonios terão permissão para torturar humanos para sempre porque isso seria uma recompensa para o maligno. Ele não será recompensado, mas derrotado. Deus é amor, e não há trevas nele. Todos nõs viveremos para sempre na luz do amor de Deus" ..."aqueles que não aceitaram a cristo irão experimentar sua presença queimadora, trevas e ranger de dentes. Toda miséria desta vida e da próxima é devido a não conhecermos a Cristo"(p. 154)
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O MÉTODO, A MENSAGEM E A HISTÓRIA EM ANDAMENTO por BRIAN D. MCLAREN
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Brian apresenta 4 idéias norteadoras:
1. O evangelho como história- "tive de ser desproposicionalizado. Em vez de ver o evangelho como proposições, mecanismos, abstrações ou conceitos universais, comcei a ver o evangelho como uma narrativa, uma história, um relato do tipo certa vez havia um homem chamado José que era noivo de uma mulher chamada Maria" (p. 179)....Michael Horton comentando a assertiva de Brian, na mesma página, diz: "Esse argumento de que as Escrituras devem ser lidas principalmente como um mapa revelador da rendenção em vez de como uma fonte literária de idéias e morais atemporais tem sido enfatizado por teologos conservadores reformados tais como Gehardus Vos, Herman Ridderbos, Edmundo Clowney".
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2. Evangelho com sua muitas versões, muitas facetas, em muitas camadas e centrado em Cristo:
"A historia que contamos não nos chega apenas em uma versão, mas em muitas. Mateus nos dá uma versão, assim como Mc, Lc e Jo, e no livro de atos temos de ouvir as versões de Pe e EStevão com a de Paulo, A igreja tem continuado a oferecer muitas versões dessa hsitória desde então. Nenhuma versão é a história completa, e a história que se expande, aprofunda-se e ressoa que encontramos em sempre novas dimensões parece pulsar cada vez com mais significado, signifcado que não pode ser nunca contido, nem mesmo na mais longa e mais detalhada compilação sungular que pudermos obter. Por detrás de cda versão da história contada com certa configuração de apalvras, jaz a história em sua plenitude que pode ser transmitida verdadeiramente, mas nunca de forma exaustiva. Isso é o que eu quero dizer quando afirmo que a história tem muitas versões" p. 180
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3. Evangelho cumulativo: "a história de Jesus inclui e continua outras histórias, a prequela judaica da criação per verbum, da crise humana, do chamado de Abraão para ser abençoado e ser uma bênção global, a história do Exodo, do Reino, do exílio e do retorno, a história dos sacerdotes e profetas, dos poetas e sábios, a hist´ria da lei e da rebelião, do julgamento, do perdão e da promessa. A história de JEsus acumula todas essas histórias em seu interior" (p.183) ... a medida que lemos a história da igreja, percebemos que esse é o jeito que ela continua, até hoje. E assim o evangelho não é apenas sobre o que Jesus começou a fazer e a ensinar entre aproxidamente 5 a.C. e 29 d.C.; é também sobre a obra continua de Jesus desde então, e pensando agora no Apocalipse de João- a historia continuará até a consumação de todas as coisas. (p. 184)
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Michael Horton comentando esse aspecto diz: " suspeito que exista alguém que realmente possa crer que as 4 leis espirituais representam toda a verdade imutável e eterna do Evangelho, Com Brian, vejo as Escrituras como um drama arrebatador centrado em torno de Cristo.
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4. O Evangelho efetivo e catalítico: essa história realiza coisas, é poderosa, efetua, catalisa, salva. "A história inspira a ação nessa comunidade, ação efetuada com fé, esperança e amor" (p.185).
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"Em cada caso, a partir das muitas camadas e facetas do evangelho centrado em Cristo, novos recursos são extraídos e assim a própria mensagem muda ao lidar com essas novas situações, problemas e oportunidades de novos jeitos- porque a mensagem continua mudando a situação, o mundo, o contexto, todo o lugar onde ela é proclamada e praticada." p. 190
Erwin Rapahael mcManus sobre esta passagem, conclui que..."a pessoa de Jesus é muito mais potente do que a mensagem. O impacto que a mensagem tem sobre seu contexto é incremental quando comparado com o impacto que a pessoa de Jesus exerce sobre o contexto onde ele está presente. Com a mensagem, estamos sempre correndo perigo de vir somente com palavras. Com a pessoa de Cristo vêm tanto poder quanto presença"
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A INTERSECÇÃO GLOBAL por ERWIN RAPHAEL MCMANUS.
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"A igreja não foi criada para ser um balde, para salvar a água da correnteza. Ela não foi planejada para ser água colocada no balde. A igreja foi feita para sempre ser uma intricada parte do rio e para estar no mínimo no meio das águas turbulentas. A água jamais transbordará, não importa o quanto as correntezas tornem-se encapeladas" p. 214
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"A relevância tem a ver com a percepção de que temos a tendência de sacramentalizar a metodologia, as práticas e as tradições. TEmos a tendência de encontrar mais conforto nas superstições criadas nan nossa imaginação d que na simplicidade da fé para a qual Deus nos chama" p. 219
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"A questão verdadeira que a igreja enfrenta não é essencialmente sobre metodologia ou mesmo sobre a preservação da mensagem. A questão real é por que a igreja é tão pouco afetada pela presença transformadora do Deus vivo" p. 223
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As escrturas são mais do que apenas o nosso livro-texto, elas são o nosso portal para a presença de Deus, onde não apenas chegamos a conhecer sua mente e seu coração, mas também somos transformados para nos tornar cmo ele' p. 234
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" Todo seguidor de Jesus Cristo também pode conhecer algo mais - que Deus fala aquilo que vai além do entendimento natural embora não va além da compreensão humana. Deus é tanto misterioso quanto claro. O judaísmo e o cristianismo, ambos emergiram de uma convicção de que Deus fala e pode ser ouvido, compreendido e obedecido. O ato de Deus falar é a base da fé. A verdadeira religião não é a nossa busca desesperada para tornar Deus inteligível. É uma reação ao que Deus já falou. E as palavras de DEus são muiito mais do que apenas informação divina- elas são vida para o ouvinte. A criação começa com o ato d Deus falando. O tema recorrente de Genesis 1 é simplesmente : "E disse Deus...". O fim de todas as coisas criadas virá como resultado de Deus falar novamente" p. 227

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