O livro de Allister McGrath é uma boa introdução para se ler antes de qualquer livro da igreja emergente, seja a favor ou contra.
Sobretudo, trata-se de um livro que trata da doutrina intelectual do evangelicalismo, de suas mazelas e suas virtudes. Sua posição em relação ao modernismo e ao pós-modernismo. O livro foi escrito antes do boom de McLaren e Bell, então, não contém respostas aos emergentes.
O evangelicalismo está baseado na supremacia de Jesus Cristo, em sua singularidade e soberania.
No primeiro capítulo, o autor defende o ponto de vista que o cristianismo é uma religião singular devido a pessoa de Jesus Cristo, sendo totalmente distinto das demais religiões. De modo, que assim o evangelicalismo se afasta do racionalismo ilumista que não outorga a religião cristã autoridade sobre as demais. E considera a autoridade de Jesus como derivada, já o evangelicalismo insiste na autoridade inerente de Jesus Cristo.
No segundo capítulo, a respeito da Autoridade da Escritura, o autor estabelece o relacionamento que existe entre a Palavra escrita e o Verbo Encarnado, dizendo que a Escritura está centrada em Cristo e envolvida nEle, retomando um ponto calvinista de interpretação bíblica cristo-cêntrica. Contudo, ambos não podem ser confundidos.
Neste capítulo, o autor critica a influência racionalista na teologia reformada de alguns autores, que tentaram buscar nas Escrituras puras proposições baseados na filosofia do senso comum do empirismo escocês de Hume. As Escrituras devem ser o padrão para definição do cristão e não as leituras sejam racionalistas sejam liberais. Há quatro inimigos, assim por dizer, identificados na leitura da Palavra: cultura, experiência e razão e tradição.
A seguir, no terceiro capítulo, o autor passa a avaliar as relações entre o evangelicalismo e a corrente pós-liberal.
O quarto capítulo, analisa as relações com pós modernismo.
O quinto capítulo, analisa as relações com o pluralismo, um tema do pós modernismo, em especial, a teologia global de John Hick.
alguns trechos:
"A experiência é vista como algo para ser interpretado, em vez de algo que em si é capaz de interpretar. A teologia cristã visa assim dirigir-se a, interpretar e transformar a experiência humana" p. 67
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