quinta-feira, março 18, 2004

De repente, não mais que de repente.
Sem olhar para trás, sem poder ver mais nada.
Há um olhar que desvela qualquer dúvida.
Há uma luz que ofusca qualquer razão.

A paixão brota assim numa chama, faísca.
O fôlego desse fogo nos olhos, quanto dura?
Ele não dura mais que o piscar do adeus.
Um até logo mais, uma saudade, uma mera possibilidade.

Ah! Deus, me dê olhares que durem mais que meus medos.
Me dê medos que durem apenas a distância do Fogo.
Me dê um fogo que consuma todos meus olhares.
Me dê uma visão dela que dure toda a minha chama.