PETERSON, Eugene H. Transpondo Muralhas: Reflexões sobre a vida de Davi Ed. Habacuc, 2004.
“A coisa mais importante que uma pessoa pode fazer por outra é verificar o que existe de mais profundo no outro, despender tempo, e ter discernimento para ver o que há no interior do outro, quem a pessoa realmente é, e,então, reafirmar isso pelo reconhecimento e encorajamento” Martin Buber in p. 81
“O deserto ensinou Davi a ver beleza em toda parte. O deserto foi a escola que ensinou a Davi quanto à preciosidade da vida; por inicio das provações que ali viveu, Davi aprendeu a encontrou Deus em lugares onde antes jamais imaginaria. O deserto mergulhou Davi em belezas tão profundas que a pequenez de uma vingança pessoal se tornou impensável. O deserto treinou Davi em lealdade tão profunda que seria impossível a quebra de um juramento. O deserto mostrou a Davi a presença de Deus até mesmo numa lasca de rocha insignificante, para que nada, e evidentemente ninguém,viesse a ser tratado por ele com escárnio ou desdém” p. 109
“O deserto por si mesmo, nada faz acontecer, Davi e Saul estavam no deserto. Saul como perseguidor de Davi, obcecado em sua caçada, com a vida se resumindo a um desejo de matar. Entretanto, Davi corria para Deus e se encontrava em suas orações de refugio em Deus, maravilhado, tomado de gloria, desperto e aberto para o generoso amor de Deus, o Deus que nos faz bem com sua Palavra” p.112
“As historias do deserto são narrativas referentes a tentação e provação. O deserto é lugar de provação, o lugar da tentação. O deserto é selvagem. Nada nele é, por natureza, domado e domesticado. Os recursos da civilização a que estamos acostumados não se encontram ali, e a vida se resume inteiramente a sobrevivência” p.106
Golias e Doegue, filisteus e amalequistas são explicitamente definidos como inimigos. Sabemos o que pretendem. Sabemos que neles não podemos confiar. Mas Abner e Joabe? Só porque eles acham que estão do nosso lado, achamos também que estejam. Mas essa conclusão não tem respaldo bíblico. Temos que estar atentos a Abner e Joabe. Pois os meios são importantes. A obra de Deus não pode ser realizada de outro modo senão pelos meios usados por Deus. Exploração de pessoas (Abner) e violência (Joabe) não são meios de Deus p.171
A extrema tentação pode ser uma traição.
Fazer coisa certa, mas sendo errônea a razão.
A força normal que foi dada ao pecado original.
Resultou , em nossas vidas, no pecado venial
T.S. Eliot
“Uzá ignorou (desafiou!) a orientação mosaica e substituiu-a pela ultima inovação tecnológica dos filisteus- uma carroça de bois, de preferência (1Sm 6). Uma carroça de bois bem projetada é inegavelmente mais eficiente para transportar a arca do que levitas. Mas também é impessoal- é a substituição de pessoas consagradas por uma maquina eficiente, o impessoal tomando lugar do pessoal. Uzá é o santo padroeiro daqueles que adotam a tecnologia sem qualquer analise, sem levar em conta a natureza do que é sagrado. Uzá estava encarregado (achava ele assim) de Deus e era sua intenção continuar no controle. A conseqüência desse tipo de vida é a morte, pois Deus não se deixa manejar. Não tomamos conta de Deus, é Deus quem toma conta de nós” p.195
Alexander Whyte sobre Mical: “aqueles que não ouvem, sempre menosprezam os que dançam” p.199
“Uma corrente com desvio de doutrina tem-se manifestado em nossos dias, dizendo que as orações de louvor têm preeminência sobre todas as outras. Isso não é verdade como também é altamente antibíblico. Na oração modelo que nos legou, Jesus nos preparou para pedirmos: no Pai Nosso, há seis petições e nenhum agradecimento” p. 205
“É preciso coragem, coragem imensa, para abandonar o controle, para abrir mão de nossa posição de prestígio tão recentemente conquistada, para largar nossos trabalhos e simplesmente sentar aos pés de Jesus” p. 213
“A história de Davi é uma história de evangelho, Deus fazendo por Davi o que Davi não poderia fazer por si mesmo. De um pecador salvo. É uma história que se completa com a de Jesus, que demonstra quem é Deus ao buscar o doente, o rejeitado e o perdido” p.266
“Em determinado dia, não temos a menor idéia do sentido de Deus para as nossas vidas e, no dia seguinte, já o temos. Pensávamos que Ele estivesse ausente, e Ele está bem presente. Porque nada foi dito, achamos que nada foi feito, mas muito se fez; só que de maneira sutil e silenciosa. É assim na ressurreição. E, muitas e muitas vezes, é assim na vida” p. 286