terça-feira, maio 19, 2009

BRUNO TOLENTINO: A balada do cárcere

Um Prelúdio
"Amadureci aos poucos

cresci muito devagar

como os álamos e os loucos

e acabei indo morar

na Casa dos Homens Ocos,

um charco pardo ao luar

entre o tempo morto, os roucos

rugidos do vento e do mar.
Lá se vive sem querer

lá ouvi uma elegia;

dou-a aqui tal qual ouvia-a
ao cair do entardecer

sobre a charneca vazia,os pântanos que há no ser."

Nenhum comentário: