sábado, abril 21, 2012

Andrew Murray: Permanecei em Cristo

Existem autores que possuem a capacidade de resumir, sintetizar, simplificar numa só sentença milhões de perguntas. Eles não perdem a profundidade quando o fazem nem caminham para alguma frase manjada, eles simplesmente são simples. Andrew Murray tem essa capacidade.


Recentemente aderi ao grupo permanecer de leitura, criado pelo Pr. Carlos McCord, vamos ler 7 livros neste ano, o primeiro deles é PERMANECEI EM CRISTO de Andrew Murray.

Vou colocar algumas destas frases, pensamentos que tanto iluminam nossa vida vindas deste homem que escreveu mais livros que eu vou ler na vida.






Dia 1. Todos vós que viestes a Ele.


Andrew parte de dois convites de Jesus Cristo, vinde a mim e permanecei em mim. Por vezes, os convites são tratados como situações distintas, mas para uma verdadeira vida com Jesus, um leva ao outro, são complementares.

A simples vinda a Jesus sem permanecer nEle não leva a nada. Muitos perdem as bênçãos e a felicidade do encontro com Cristo por não permanecer nEle.


dia 2. E encontrarás descanso para a vossa alma.


O permanecer em Jesus Cristo precisa ser entendido com obra do próprio Cristo em nós, por isso, seu resultado é um descanso na comunhão com Deus.




dia 3. Confiando que Ele o guardará


como é possível uma vida de comunhão ininterrupta com o Senhor? Muitos se sentem fracos  e impotentes para viver uma vida de comunhão plena com Deus, contudo, não percebem que o habitar  e o permanecer em Cristo não quer grandiosidades de nossa parte, mas esse mesmo reconhecimento de fraqueza e impotência.




dia 4. Como ramo da videira


Pensando em João 15, Murray nos conta algumas verdades:


Sem a videira, o ramo nada pode fazer, o cristão vive somente em Cristo e sempre depende de Cristo somente.


Sem o ramo, a videira tampouco pode fazer nada, essa é a maravilhosa condescendência de Jesus que escolheu ser dependente de nós, porque Ele não pode frutificar nesse mundo a não ser através das vidas de seus discípulos, que maravilhosa graça é esta.


Tudo aquilo que a videira possui pertence aos ramos, toda a riqueza e plenitude de Cristo são para os cristãos, tudo o que o Senhor Jesus é nos céus, Ele o é para nós, Ele não interesses próprios ali, apenas os nossos, porque Ele intercede junto ao Pai a todo tempo em nosso favor.


Tudo que o ramo possui pertence a videira, o ramo não existe para si mesmo, mas vive para produzir fruto, que manifeste a excelência da videira.


dia 5. Como viestes a Ele, pela fé.


Baseando em Cl 2:6,7, Murray fala que a fé que é tão essencial para o começo da vida cristã é também para o permanecer.


A única responsabilidade do discípulo é crer, pois crer é o único meio pelo qual a graça  e a força divina fluem pára o coração do homem. Estamos em Cristo agora, essa é a nossa declaração de fé, é tudo que precisamos.




dia 6. Fomos unidos a Deus por Ele mesmo.


Estamos em Cristo, Murray analisa essa afirmação refletindo nos próximos dias no versículo de 1Co 1.30



Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;



"O firme fundamento do cristão é que seu direito a Cristo e a toda a sua plenitude são o propósito e a obra do Pai. Nisso deve o cristão descansar" p. 38


"Tais cristãos devem crer e aceitar, com todo gozo, a maravilhosa revelação de que Deus, ao uni-los com Cristo, tornou-se pessoalmente responsável pelo seu crescimento espiritual cheio de fruto. Ao perceber isto, toda hesitação  e preguiça desaparecerão e, sob a influência desse poderoso motivo- a fé na fidelidade dEle, por causa de quem está em Cristo- toda a sua natureza se erguerá para aceitar e consumar seu glorioso destino" p. 39


dia 7. Como vossa sabedoria.


Murray continua a reflexão no versículo 30 de 1Co 1, a primeira característica que ele busca comentar é de que Jesus é a nossa sabedoria, o nosso conhecimento.


"Precisamos aprender a entender melhor a conexão que existe entre aquilo que Cristo se tornou para nós e o fato de que só podemos usufruir dessa realidade à medida que permanecemos nele. As bênçãos, preparadas para nós em Cristo, não podem ser obtidas com dons especiais, concedidas por causa de uma oração e desassociadas do permanecer nele" p. 41


Murray aqui vai ponto crucial, a graça de Deus não está na capacidade pessoal do discípulo de viver a vida cristã, mas na absoluta suficiência da obra de Jesus Cristo.



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