quarta-feira, junho 20, 2012

Mike Wells: O discípulo e o eu.

No capítulo 2 de Discipulado Celestial, Mike começa a falar do senso de futilidade da vida que se encontra hoje no mundo. O suicídio hoje mata mais do que doenças fatais, contudo, a vida não é fútil, o estilo de vida das pessoas podem ser, mas esta distinção não pode ser percebida.

Se a vida termina na morte, o que fazemos é fútil. "A questão não é o valor duradouro do que fazemos ou não fazemos (ficar ricos, ajudar outros, construir a casa dos sonhos, educar-se), todas essas coisas passam. Tudo que fazemos só tem valor no que se refere ao seu impacto sobre as nossas vidas eternas. O que fazemos irá aumentar ou esvaziar a vida. Se a considerarmos de qualquer outro modo, acabaremos decepcionados" p. 19

O homem foi criado com um espírito- a consciência de Deus -, uma alma -mente, vontade e emoções- e um corpo.  Na criação, o homem tinha controle sobre a vida, contudo, na queda o corpo, o mundo e o inimigo dominaram a vida.  O resultado foi morte para Deus no espírito, caos na alma e destruição do corpo e do mundo.

"Quando você convida Cristo para entrar em sua vida, seu espírito que estava morto para Deus é substituído por um novo espírito e pelo próprio espírito dele. Os dois se fundem, se tornam um (...) A vida de Cristo e a vida do cristão são inseparáveis. Você não é mais como o primeiro Adão, porque faz parte de uma raça nova e melhor, chamada de filhos de Deus" p. 22

Contudo, a prova do que você é revelada não por suas vitórias, mas por suas batalhas.  O conflito surge porque você não mais se adapta à derrota e ao mundo. 

"A vida que se expande em nós não é uma vida que deixaremos na terra, mas uma vida que já está estabelecida no céu, uma vida que continuará a expandir-se por toda a eternidade, uma vida digna de ser vivida" p. 25

Na mesma página, Mike apresenta o tema do livro:

"O tema deste livro é tornar Jesus nosso foco, viver em sua presença e descobrir assim que não há nada que a sua proximidade não cure. Embora essa seja uma verdade uma verdade que raramente não precise de provas, podemos todos prová-la para nós mesmos. Quando Ele não é o centro da vida, nos sentimos incompletos."p. 25
A seguir, o autor coloca dois pontos para sabermos que Cristo entrou em nossa vida.  O primeiro é perguntar-se se somos ou não salvos. A segunda maneira é se sentimos frustação quando começamos a andar na carne. Quando Cristo entra em nossa vida, o nosso velho eu foi crucificado, se estamos com ansiedade na vida é sinal que estamos tentando voltar ao cemitério ressuscitar nosso velho eu. Para Mike, não há uma luta entre as duas vidas, há uma vida viva e uma morta.

Contudo, a pessoa morta deixa uma bagagem, o problema é confundir esta bagagem com a própria velha vida morta. "O problema não é o conflito entre a velha e a nova vida interior, mas está no que você fixou em sua mente" p. 29

Se deixarmos uma mentira dominar a nossa mente, pensando em Romanos 8.6, ele diz:

"A condição da carne está permitindo que a alma (mente, vontade e emoções), corpo e mundo ditem a nossa condição espiritual. A condição de andar no Espírito é inversa, pois a vida de Cristo está no controle" (p.30)

Para um discípulo, que foi crucificado com Cristo, sua velha vida não pode ser mais sua obsessão.  "Quando confiamos no velho homem, na vida de Adão, a natureza decaída, a nossa frustração não tem origem numa batalha entre o velho homem e Cristo, mas em confiarmos em algo morto. Repito: enterre!" p.31


A seguir, Mike começa a falar sobre as nossas verdades (da bagagem) e a verdade que está em Cristo.  Devemos levar sempre as nossas até Ele. 


"Fico continuamente admirado ao ver quão poucas passagens bíblicas tratam de sexo, casamento, família e até santidade, todavia, quantos milhares de livros são escritos sobre esses tópicos? Por quê? A verdade maior, Jesus, é diminuída ou completamente omitida. Quando Jesus é considerado, as dúvidas desaparecem" p. 33


Nosso pensamento, nossa mente tem que focar na pessoa de Jesus,  quando não estamos com Ele como nosso foco, nossa vida retorna ao caos. O problema está na disputa entre o ego, o desejo do homem ser seu próprio deus e fonte de alegria, este ego quer dominar cada situação de nossa vida. 


Jesus não é um sistema, uma lista de regras, não é questão de ajuste, é uma questão de relacionamento e permanência nEle. Não existe nada que a proximidade com Jesus não possa curar.


O mundo e a religião tentam definir como deve ser a vida, contudo, o mundo foi criado por Deus,  e aquilo que não é sustentado por Ele é anti-Deus. Assim, nossa relação com pecado é anti-natural, pois há uma promessa que não pode ser cumprida, uma felicidade que não nos atrai mais. 

"Jesus é a expressão da verdadeira vida. Tudo que o mundo apresenta é uma imitação que a própria vida mostra ser errada" p. 43


A vida guiada pelo Espírito é uma vida de alegria, natural, ver Jesus é ver como é viver, sua vontade e a nossa não entram em disputa, pois ela é a nossa mais perfeita vontade.  Este relacionamento não somos nós quem criamos, mas o próprio Deus que é o criador - Gl 4.9.


A minha vontade e a dele não são contrárias.

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