terça-feira, novembro 02, 2010

Naomi Klein: Sem Logo

 

O branding, em suas encarnações mais autênticas e avançadas, trata de transcendência corporativa.(…)"O conceito original da marca era qualidade, mas agora a marca é um símbolo estilístico de bravura." (…)Etiquetas como Baby Gap e Gap Mewborn dotam criancinhas de reconhecimento de marca e transformam bebês em minicartazes. Minha amiga Monica me conta que seu filho de sete anos responde a seu dever de casa não com um X, mas com pequenos swooshs da Nike em vermelho. (…) o que no passado foi um processo de vender cultura a um patrocinador por um determinado preço foi suplantado pela lógica do "co-branding" -uma parceria fluida entre gente famosa e marcas famosas.

 

à medida que mais e mais empresas buscam ser aquela que fabrica a marca que consumimos, a que produz arte e até constrói nossas casas, todo o conceito de espaço público está sendo redefinido.

Esse surto de crescimento foi causado por três tendências do setor, todas drasticamente favorecendo as grandes cadeias que possuíam enormes reservas de dinheiro. A primeira foi a guerra dos preços, em que as maiores megacadeias sistematicamente derrubavam todos os seus concorrentes; a segunda foi a prática de atacar a concorrência abrindo as lojas em "grupos". A terceira tendência, a ser explorada no próximo capitulo, foi a chegada da suntuosa superloja principal, que parece um excelente bem imobiliário e age como publicidade tridimensional para sua marca. (Loc. 2349-52)

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