domingo, agosto 29, 2010

Desejando o Reino

James K.A. Smith - Desiring the Kingdom: Worship, Worldview, and Cultural Formation from Calvin College on Vimeo.


Estou lendo Desiring the Kingdom, um livro sobre como louvor e pedagogia e liturgia tem a ver com a nossa visão de mundo... no video acima, há uma apresentação do autor sobre o livro.


Há uma resenha bem grande do livro neste link http://theologyforum.wordpress.com/2010/01/19/book-review-desiring-the-kingdom/


Bíblia dos Derrotados.

Falta um produto nas pratileiras das livrarias evangélicas, a Bíblia dos derrotados, ela seria um compêndio bélico de Derrota Espiritual e Fracasso Financeiro, ajudaria a perder dinheiro em ofertas da unção da última hora.

Também seria o comentário mais fiel ao disposto no texto acima, que viria em letras garrafais, muito mais importante que as descobertas dos comentaristas.

Iria oferecer ao leitor um guia completo de :

 

Como o dinheiro pode arruinar a sua vida, sua família, seu emprego, sua igreja e seu tele-evangelista favorito.

Como o sucesso não pode ser encontrado em nenhum comentário bíblico, nem constar como verbete de qualquer versículo ou referência.

Como o poder arruína a si mesmo, nos faz vilões, monstros, mentirosos, soberbos, enfim, o termo fariseu estaria em alta nesta edição de luxo.

Ofereceria um encarte especial, guia para completa derrota espiritual que incluíra os seguintes assuntos: como se dar mal tentando se salvar, como ser mundano tentando ser o mais espiritual da turma, como orar demais pode fazer mal, como ser religioso pode lhe levar para o inferno, ou como ser fervoroso pode te fazer um perfeito fariseu.

Claro incluiria sermões exemplificativos de como ser derrotado, tais como: as cinco pedras de Davi para a vitória, os passos da pessoa vitoriosa, como vencer os desafios da vida, o guia do sucesso financeiro, como ter uma família feliz acima de tudo, excelência do caráter, descobrindo o agente motivador do ser, degraus de poder para o sucesso, em busca da riqueza de salomão, vivendo uma vida vitoriosa.

Precisamos de um guia dos perplexos, dos moribundos, dos falidos, dos desvalidos.

A Bíblia dos derrotados, teria biografias interessantes de personagens dos livros de Hebreus, teria como exemplo de fé: o diácono Estevão, o herege Paulo, o enganador Pedro, o mansinho João.

Jim Belcher: Deep Church – um resumo cheio de pitacos.

Acabei de ler o livro Deep Church, do Jim Belcher, o livro foi escrito por um pastor que cresceu dentro do movimento emergente e busca criar uma terceira via possível entre os emergentes e os tradicionais. Concordo com a crítica de Kevin DeYoung, a terceira via parece mais uma igreja tradicional contextualizada, tal como a do mentor de Belcher- a Redeemer de Tim Keller.

O livro parte da definição da igreja emergente, e para Belcher o melhor jeito de fazer isto é definindo sobre o que o movimento se colocou contra. As coisas que estão protestando e suas razões. Neste sentido, a missão do movimento emergente parece ter sido desconstruir primeiro, e depois, reconstruir. Dentro da literatura emergente, há várias citações sobre desconstruir, mudança total, recalibração e dismantelar.

Os pontos a serem desconstruídos:

1. o cativeiro ao racionalismo iluminista.

2. a visão estreita da salvação

“o protesto emergente argumenta que a igreja tradicional tem focado muita atenção em como um indivíduo se torna salvo e não o suficiente em como ele ou ela vive como um cristão (…) A igreja está muito dependente na forma da salvação que está nas epístolas e não tem prestado muito atenção no ensino de Jesus sobre o Reino de Deus nos Evangelhos. Os criticos dizem que as boas novas são mais do que perdão dos pecados e um bilhete para o céu, é a aparição do reino de Deus” (loc. 397)

“De acordo com Dan Kimball, o termo a igreja emergente simplesmente significa igreja que estão focadas na missão de Jesus e pensando sobre o Reino dentro de nossa cultura emergente” (loc. 404)

3. crer antes de pertencer.

“a igreja emergente é critica a visão tradicional da igreja que a pessoa deve acreditar na teologia correta antes de ser bem vinda na igreja” (loc. 407)

4. adoração descontextualizada.

“outro protesto comum dos escritores emergentes é que a adoração na igreja tradicional não comunica mais com a cultura ao redor dela” (loc. 410)

5. pregação ineficaz

6. eclesiologia fraca.

7. tribalismo

(continua)

quinta-feira, agosto 26, 2010

Donald Miller's Blog

Donald Miller's Blog: "The problem Christians face is the Bible is not attempting to answer how questions. And if it is, it’s a terribly written book and not practical in any way in terms of addressing how to succeed, how to get married, how to be more sexy, how to lose weight, how to organize your finances or how to build a business. Instead, the Bible is a why book. The Bible is answering much larger questions: Why do we exist, why do we not feel loved, why is there pain in the world, why has God left us and so forth. Are there exceptions? Sure. The Proverbs has some wisdom on how to live, and there are other examples, but they are few."

terça-feira, agosto 24, 2010

Jonathan Edwards: GOD GLORIFIED IN MAN'S DEPENDENCE


Select Sermons | Christian Classics Ethereal Library:

Sermão de Edwards pregado em Boston, em 8 de julho de 1731, baseado em 1Co 1:29-31




"1. What God aims at in the disposition of things in the affair of redemption, viz. that man should not glory in himself, but alone in God; That no flesh should glory in his presence, --that, according as it is written, He that glorieth, let him glory in the Lord.
2. How this end is attained in the work of redemption, viz. by that absolute and immediate dependence which men have upon God in that work, for all their good. Inasmuch as,"


First, All the good that they have is in and through Christ; He is made unto us wisdom, righteousness, sanctification, and redemption. Secondly, Another instance wherein our dependence on God for all our good appears, is this, That it is God that has given us Christ, that we might have these benefits through him; he of God is made unto us wisdom, righteousness, etc.

Thirdly, It is of him that we are in Christ Jesus, and come to have an interest in him, and so do receive those blessings which he is made unto us. It is God that gives us faith whereby we close with Christ.



Kevin DeYoung Ted Kluck – Amamos a igreja

Outro livro que estou lendo nesta temporada de eclesiologia é o POR QUE AMAMOS A IGREJA publicado pela Mundo Cristão.

 

Gostei do livro pela franqueza que já estou vendo logo de cara, conheci DeYoung através da resenha do livro de Jim Belcher…então, continuo puxando os fios quem sabe eu teço algum conhecimento someday.

 

Eles tem um site oficial do livro http://www.welovethechurch.com/

Para Presidente.

Não voto na Dilma e nem no Serra.

Não voto na Dilma pois foi ela quem manteve Renan Calheiros e Zé Sarney no senado, apesar das zilhões de provas de corrupção como também os mil dossiês que ela já montou e, principalmente, o PNDH-3 do Gov. Lula.

Não voto no Serra, pelo seu amadorismo em campanha política, o programa segunda-feira que fez quando corria contra o Lula era pura cópia do filme presidente por acaso, Serra não significou nada de importante em São Paulo, seu governo não contribuiu ou não alterou nada do sistema já estabelecido.

Voto na Marina Silva, por absoluta falta de opção melhor, não por ela, mais por desmérito dos concorrentes.

Acredito que Dilma vence no primeiro turno, que daqui dois anos traz Zé Dirceu, Pallocci para cargos maiores e públicos ,além da gorda participação nos bastidores atualmente. Vibrem Renan,Sarneys et caterva.

apesar de :

Aloprado" do PT vira fazendeiro no sul da Bahia

Marcos Valério reaparece, envolvido no escândalo do DF

Fernando Sarney é indiciado pela PF por evasão de divisas

O banquinho que cresceu 980% em três anos

domingo, agosto 22, 2010

O que estou lendo agora…

De volta ao Kindle, peguei o reembolso do envio, e comprei três livros, dois baseados na lista de melhores do ano da Christianity Today e um, baseado, na curiosidade da pregação cristocêntrica. Os dois primeiros e o último da lista a seguir.

Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional de Jim Belcher

Este já colocou uma crítica que Kevin DeYoung fez dele na Gospel Coalition, como também um vídeo com entrevista com autor. Mas, o livro vai além da crítica de DeYoung, ele traça um belo panorama da igreja emergente e seus pontos fortes e falhos, estou tuitando a leitura via kindle @allenvaz.

Desiring the Kingdom: Worship, Worldview, and Cultural Formation de James K.A. Smith

Preaching Christ in All of Scripture de Edmund Clowney

Hipster Christianity

Hipster Christianity: "Are You A Christian Hipster?
Take this quick 30 question quiz to assess your CHQ (Christian Hipster Quotient)."

Descubra aqui se você é um cristão hipster.

Hipster Christianity

Hipster Christianity: "They are poets, painters, writers, musicians, designers and creators who see themselves as image bearers of the Creator and thus charged with the task of incarnationally concocting and enjoying culture. Frequently art majors at evangelical colleges whose intellectual life was rocked by That One Art History Professor Freshman Year, these Christian hipsters usually undergo dramatic shifts in their views of art between the ages of 18 and 25. They grew up loving Thomas Kinkade-esque impressionism, later graduated to an affinity for abstract expressionism, and currently enjoy installation or video art by the likes of Tim Hawkinson and Matthew Barney. But mostly they just like to create--not didactically or in ways that are obviously 'Christian,' but in ways that are subversive and individual and a true reflection of that ineffable, Chestertonian sense of 'divine discontent.'"

Nos EUA, os rótulos pululam, cada dia, um novo rótulo, uma nova tribo surge no cenário multidimensional religioso cristão de lá. Após a miscelânia da igreja emergente com seus revisionistas, reconstrucionistas e relevantes, surge mais um cenário alternativo, o indie entra na igreja e vira o hipster.

Modismos? Contra-cultura? Numa sociedade de fast-foods, as marcas se sobrepõem, e criam a diversidade de mercado religioso.

Ainda não chegou esta coca-cola por aqui...ainda não.

RELEVANT Magazine - The End of the Emergent Movement?

RELEVANT Magazine - The End of the Emergent Movement?: "However, Kimball feels the discussion has shifted to a more insular examination of theology rather than emergent’s original missional focus. “After a while, some within it began focusing more on theology and even some core issues of theology—which is needed as theology is very important,” Kimball says. “But the whole central focus of evangelism to emerging generations was lost, in my opinion.”"

Seria o fim do movimento emergente. A busca agora por definições teologicas, ao invés, do aprofundamento em missões, parece mudar as intenções e propósitos da igreja emergente.

sábado, agosto 21, 2010

Esperança para seu trabalho.


fonte: http://redeemercitytocity.com/library.jsp?Library_item_param=503
TITO 2: 11- 3:9 : Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.
Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra;Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens.Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador;Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.
A PAIXÃO DA ESPERANÇA.
Olhando para Tito 2:12-14. Lá diz: “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” O que isto leva a fazer? Nós estamos esperando pela segunda vinda, que é chamada de esperança abençoada, e isto cria um povo que é ”zeloso de boas obras”, apaixonado por fazer o que é bom, e, está dito no verso 12, nós estamos capazes de justificar nossas vidas.
Deixe-me colocar tudo isto junto rapidamente. Você pensa se você acredita no retorno de Jesus cristo- como um evento visível, pessoal, histórico no futuro- que isto faz de você alguém como o povo fica nas esquinas das ruas com uma placa “O fim está próximo!”`? Por alguma razão, eles nunca fazem a barba, você se sente assim é porque você realmente não se importa com este mundo porque ele pode acabar a qualquer momento. Então, se você acredita na segunda vinda de Jesus Cristo pode acontecer a qualquer momento, isto significa que você não se importa com este mundo? Não, de forma alguma.
Quando a bíblia menciona a segunda vinda de Cristo e, por sinal, faz isto varias vezes — no Novo Testamento, isto é mencionado quase trezentas vezes; um destes trezes versículos é sobre a segunda vinda- mas isto nunca é colocado para você especular sobre o fim. Jesus disse quando ele estava na terra, mesmo ele não sabia quando a segunda vinda iria acontecer (Mt. 24:36). O ponto todo de se colocar a segunda vinda- seja ele descrito por Paulo ou João ou Jesus ou quem for- é sempre para você se apaixonar por viver agora, uma paixão sobre viver aqui.
Como isto funciona? Cornelius Platinga diz em seu livro Engaging God’s World que a segunda vinda é boa nova para as pessoas que vivem suas vidas cheias de más noticias. Se você é escravo no Egito de Faraó ou no sudoeste dos Estados Unidos no começo do século dezenove, ou se você é um israelita exilado na Babilônia, ou Cossaco exilado na Albânia, se você é uma mulher numa cultura onde quando seu marido fica bravo com você, ele pode prender você num armário ou chamar seus amigos e ameaçar eles te estruparem, se você é um cristão na África subsaariana hoje onde a AIDS esta devastando toda população, e você não bocejaria quando mencionasse o retorno de Jesus. A vinda do reino depende da vinda do Rei, e o retorno do Rei significa justiça que vai durar e prevalecer sobre toda a terra[1].
O que isto quer dizer, Platinga, diz isto: “Crentes apaixonados desejam o retorno do senhor. E, deixem-me adicionar, os mais compassivos” [2]Vamos apenas pensar sobre isto. Se você deseja a aparição de Cristo, então você anseia por condições que irão acompanhar esta vinda. Quais são as duas coisas básicas que vai acontecer quando ele voltar? Ele será conhecido- todo olho irá vê-lo, e todos saberão esta verdade- e isto será o fim da morte, das doenças, da injustiça, do sofrimento e da fome. Então, se você se importa sobre a segunda vinda. Platinga diz que isto faz de você apaixonado e compassivo para fazer as duas coisas. Você quer que todo mundo conheça ele, e você também anseia para ver o fim do sofrimento, da doença e da injustiça. E, como resultado, ele está dizendo que qualquer um que deseja a volta de Jesus é ansioso para chamar as pessoas para acreditar, e ardente para amar e servir sacrificialmente a todo mundo, seja que eles acreditem ou não. Isto é o que faz você compassivo e apaixonado.
Nós também dissemos no versículo 12 que isto faz você viver de modo melhor. A tradução pela palavra “melhor” obscurece a coisas um pouco. É uma palavra muito importante. É a palavra grega dikaios, que significa justiça. Isto significa viver uma vida justa.
Agora o que significa viver de modo justo no mundo? Quando você ou eu vemos a palavra “justo” na Bíblia, nós quase que imediatamente pensamos em moralidade privada. Nós pensamos em “não enganar sua esposa, e falar a verdade, e ir à igreja, orar, e assim por diante”. Isto não é o que a palavra significa. A palavra justo significa viver de forma justa no mundo. Bruce Waltke, um famoso estudioso da Bíblia, diz que depois de ler toda a bíblia procurando pela idéia do que significaria ser justo ou reto. Na bíblia, o justo “são aqueles que estão dispostos a colocar a si mesmos em desvantagem para a vantagem da comunidade, o injusto são aqueles dispostos a tirar vantagem da comunidade para beneficiar a si mesmos” [3]
Ele vai adiante e diz que a maioria das pessoas pensa que ser injusto é mentir ou cometer adultério, e é claro, que isto é verdade, mas a irretidão, ou viver com uma falta de justiça, vai alem disto. Provérbios 3:27 diz “Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo”. Uma pessoa justa é alguém que vive num constante reconhecimento dos clamores da comunidade humana em que está. E assim, é injusto quem não alimenta o pobre quando você tiver poder para fazer isto, que pega muito dinheiro do seu negocio onde seus funcionários são mal pagos, ou que está muito ocupado com seus próprios assuntos para olhar para sua vizinhança mais velha.
Você vê o que ele está dizendo? Quando a bíblia diz que você vive uma vida melhor, isto significa que você vive uma vida justa, que quer dizer que você constantemente percebe, reconhece e sente os clamores da comunidade humana em você. Bruce Walkte diz que uma pessoa justa vê seus recursos como pertencentes à comunidade humana ao redor dele, onde quer que esteja uma pessoa ímpia é alguém que diz: isto é meu.
A esperança abençoadora transforma você numa pessoa justa, uma pessoa que tem uma mentalidade incrivelmente cívica, apaixonada por uma justiça publica. Apaixonada. Isto é a primeira coisa que nós vemos, e isto é muito importante para reconhecer.
Por sinal, se eu estou gastando mais tempo nisto. Eu poderia mostrar para você como esta crença na esperança abençoadora faz de você uma pessoa ansiosa para fazer o que é bom, vivendo uma vida justa- levando-a a Tito 3:1-2: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra; Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens”. Isto não é apenas falar sobre sua vida privada. É, sim, falar sobre sua vida pública: ser um cumpridor da lei, trabalhar pela paz na sociedade, mostra uma atitude humilde e de servo para todas as pessoas- de todas as crenças e de todas as raças- trabalhando pela paz com todos os grupos que estão aí fora, e mais do que nunca, estar pronta para fazer o que seja bom. Todos os comentaristas dizem que isto não pode apenas significar uma bondade ética em geral. Este é o bem comum. O que seria a melhor coisa para nossa cidade, algo que iria beneficiar a todo mundo? Talvez melhorar as nossas escolas públicas. Ok., então isto é algo que nós nos preocupamos. Isto é o que nós estamos falando a respeito aqui- a peixão que a esperança cristã cria. A abençoada esperança que faz você uma pessoa desejosa para trabalhar pelo bem comum.
Um estudo de caso da esperança.
Eu gostaria de tomar o que Tito está dizendo para nós sobre como o evangelho nos afeta em nossa vida pública e aplicar isto para uma área particular, porque para a Redeemer esta é uma área bem importante.
Nós acreditamos em ajudar pessoas a integrar a sua fé com seus trabalhos. O fato é que maioria dos cristãos deixa de fora a sua fé do seu trabalho. Eles são cristãos nos fins de semana ou em sua vida privada, mas quando se trata do seu trabalho, eles têm a tendência de dizer que: eu estou evitando tudo que é imoral ou ilegal e não penso sobre isto. Mas, nós devemos!
As Escrituras dizem que você esta sempre trabalhando para Deus- Deus está olhando para seu trabalho (Ef. 6:5-8). Cristo precisa ser proeminente em cada parte de sua vida (Cl 1:18). Cada coisa que você faz deve ser feita para a gloria de Cristo (1Co 10:31). E Jesus diz que eu não quero que meus discípulos saiam do mundo, eu quero você no mundo, mas não do mundo. Eu quero que você esteja profundamente envolvido com ele, mas diferente dele (Jo. 17:14-19). Isso significa que temos que atentar para o que fazemos.
Nós temos que tentar descobrir como a esperança que advém do evangelho molda como nós trabalhamos. Isso é uma grande parte da nossa vida pública. Quando o texto diz como você vive no mundo aqui fora tem que ser moldado pela esperança do evangelho, para muitos de nós a maior parte do que nós fazemos no mundo é nosso trabalho. Então, nós temos que pensar sobre isto, e isto não é uma coisa fácil de saber, sobretudo.
Se você é moralista, ou seja, se você tem certeza de que Deus ama você só porque você está observando todas as regras, se você não acredita no evangelho da graça muito bem ou não entende ele ou não aceita ele ou não o absorveu realmente- então você vai descobrir que você detesta esta área, porque você é tipo de pessoa que quer cada coisa em seu lugar, preto no branco. Tudo tem que ser muito específico. “Eu quero saber exatamente o que significa ser uma pessoa cristã no mundo dos negócios, exatamente o que significa ser um artista cristão”. E você sabe o que significa?
Você não consegue exatidão. Você não tem pequenas regras e regulamentos. Você começa trajetórias e você terá a orientação, que são muito importantes, contudo, nem sempre conseguimos fazer o que temos que fazer. Há questões muito difíceis que cristãos trazem a tona junto quando falam sobre suas vocações.
Por exemplo, se você é cristão num mundo financeiro, há ali certos instrumentos financeiros que são usados regularmente numa forma exploratória? Claro que existem. Você é parte de uma instituição financeira em que isto está acontecendo? Talvez você não quisesse pensar sobre isto, mas você tem que pensar sobre isto, porque Cristo tem proeminência em cada área da sua vida. Tudo que você faz deve ser para a glória de Deus.
Ou, se você está mercado de promoção ou no marketing ou em propaganda, quando é que a promoção que você está trabalhando incentiva a idolatria? Quando é que o anúncio realmente apela para a insegurança de uma pessoa e começa a sugerir que, se você ficar tão belo quanto este modelo, logo, seus problemas seria mais fáceis de resolver? Onde você está como um participante cristão, ajudando a idolatria num movimento cultural sendo levado aos corações das pessoas? Talvez como um cristão, você não quer pensar nisso. Ou, você quer saber exatamente quais são os anúncios que um cristão pode criar e quais não podem ser feitos. Ou então, quais as histórias que um ator cristão pode atuar, e em quais ele não pode?
Você não pode tomar as regras. Você tem trajetórias. E algumas pessoas detestam isto, especialmente aquelas que não sabem que são salvas pela graça- “eu só me sinto bem com Deus quando estou seguindo todas as regras”. Bem, adivinhem só? Esse tipo de moralismo é mortal nesta área, e ainda você tem que caminhar aqui. Você precisa fazer. A bíblia diz que você tem quer trazer o senhorio de Cristo em cada área de sua vida.
Quais são as trajetórias? Aqui estão três. Elas estão no texto, e elas vão afetar o modo como você trabalha, mas você tem trabalhar os detalhes disto dentro da comunidade. O evangelho tem algo a fazer com sua motivação, proporção e consolação.
Primeiro de todas, a motivação. Por que você trabalha, e por que você ficou no trabalho que você tem? Algumas pessoas seculares basicamente dizem que elas têm um trabalho para elas possam fazer dinheiro. Você tem que comer, então algumas vezes para isto você tem que trabalhar.
Outras pessoas dizem “eu não quero um trabalho apenas para ganhar dinheiro, eu quero um trabalho para me satisfazer emocionalmente” (e as pessoas que pegam empregos que as satisfazem emocionalmente olham para baixo de seus narizes para as outras pessoas que tem emprego apenas para ganhar dinheiro). É claro que você precisa ter um emprego que você não odeie completamente e que se adapte às suas habilidades e talentos um pouco, mas a Bíblia diz três vezes nesta passagem - em 2:14, 3:1 e 3:8- que os cristãos são pessoas que estão preocupadas com o bem comum.
O que isso significa em ultima análise que você tem que fazer uma pergunta: “será que estou ajudando os seres humanos a florescer de alguma forma? O que eu faço traz edificação para a comunidade?” Eu tenho que fazer essa pergunta e também, eu tenho que trabalhar não apenas para ganhar financeiramente ou que seja emocionalmente gratificante, se eu sei que posso realizá-lo de uma forma que realmente implique no florescimento humano.
Esta é uma palavra tipicamente pretensiosa, contudo nós precisamos voltar atrás ao ponto original do velho testamento onde o primeiro casal, Adão e Eva assumiram um trabalho, e o primeiro trabalho foi jardinagem. Jardinagem é um paradigma para todo trabalho. Agora o que um jardineiro faz? Um jardineiro não é um guarda florestal, que apenas faz rondas no parque e não toca em nada. Um jardineiro também não é alguém que prepara o jardim. Um jardineiro é alguém que cava o chão e reorganiza a matéria-prima do solo para produzir algo que as pessoas realmente precisam. Do que eles precisam? Eles precisam de comida ou eles precisam de flores para suas necessidades físicas e emocionais.
Todo trabalho é essencialmente assim. É tomar matérias-primas e reorganizá-las para dar algo que os seres humanos precisam.
Música é tomar a matéria-prima sonora e reorganizar ela para nos dar sons que são significativos, que nos levanta, nos mudam e nos ajuda. Um arquiteto tem a matéria-prima da terra e cria uma ponte ou um prédio ou uma rua, e estas são coisas que os seres humanos precisam se queremos viver em comunidade ou se iremos sobreviver ao inverno. Os escritores e atores agem nas histórias. Eles pegam a matéria-prima da experiência humana e criam histórias que ensinam a gente ou nos ajudam ou nos dá um sentido. Um capitalista de risco é alguém que toma a matéria-prima de uma idéia (ou um talento) e recursos financeiros, e então, os coloca juntos, e você tem novas empresas, novos produtos que adicionam valor para vida e novos empregos.
Todo o trabalho é um rearranjo de algum tipo de matéria-prima para dar às pessoas o que os seres humanos precisam. Você está fazendo isso? É claro que provavelmente está: eu suponho que existem alguns trabalhos em que você está produzindo algo que ninguém precisa, mas faz dinheiro porque as pessoas compram isto mesmo que isto seja ruim para elas. Os cristãos devem ficar longe destes postos de trabalho (eu não tenho tanto tempo para isto, então não vou entrar em detalhes aqui). Por outro lado, não há alguns trabalhos que não estão produzindo coisas que servem para o desenvolvimento humano como outros?
Aqui está o que os cristãos vão fazer. Cristãos sempre dizem: “em meu espaço de trabalho, no meu emprego, em meu trabalho, eu estou ajudando as pessoas a se desenvolverem espiritualmente, fisicamente, emocionalmente, nos relacionamentos e socialmente? E eu estou indo ao trabalho, mesmo que se ele não me complete profissionalmente, nem satisfaz emocionalmente, e nem seja financeiramente recompensador, porque o objetivo é o que as pessoas precisam”. Isto vai influenciar qualquer trabalho que você faça. Se você usar isto como uma régua, que vai influenciar a forma como você trabalha, e o tipo de trabalho que você faz, e mesmo o departamento em quem você esta trabalhando na carreira que você tem. Esta é a motivação.
Segundo, proporção. Aqui está uma palavra que é uma faz minhas palavras favoritas. Ela vem da palavra grega epithumia, que quer dizer desejos desordenados. Está escrito, “Porque também nós éramos outrora insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites” (Tito 3:3). “Esta é a palavra onde está escrito servindo a várias paixões” e é uma palavra negativa. Ela significa um desejo excessivo, um desejo desordenado, um caminho para algo bom, contudo, se tornou um vicio para você.
Se você veio à Nova York, você não veio aqui para ter uma vida, você veio para trabalhar. E, portanto, pode haver outros lugares onde eu não tenha que bater nesta tecla, mas aqui eu tenho: o que é que a maioria das pessoas que vêm à Nova York não chega apenas para trabalhar. Muitas vezes queremos tirar uma identidade do nosso trabalho. Temos trabalho nesta terra para entrar nesta escola ou neste trabalho, e agora podemos dizer que nós nos fizemos. O problema com o excesso de trabalho- trabalho desproporcional- é que ele se torna um vicio não nos sentimos bem a respeito de nós mesmos até que nós conquistemos algo e podemos dizer, eu tenho este trabalho.
O problema em falar sobre isto em Nova York é um problema como falar para o peixe sobre a água. Se você disser para um peixe, fala-me sobre água, o peixe vai dizer o que é água? Um peixe não saberia o que é a água porque o peixe nunca esteve fora da água. Se você fala para um nova-iorquino sobre trabalho excessivo, ele vai dizer a mesma coisa: o que é trabalhar demais? Como eu saberia o que é isso? Isso não é desproporcional. Todo mundo trabalha assim em Nova York.
O nova-iorquino médio é justificado pelo seu trabalho- eu me sinto correto. Eu me sinto bem. Eu estou ok por causa do meu trabalho. Contudo, se é verdade que você é salvo pela graça- “ele nos salvou, não por causa das coisas certas que nos temos feito… mas, porque somos justificados pela sua graça, nós nos tornamos herdeiros que possuem uma esperança de vida eterna” (Tito 3:5-7)- e se o evangelho realmente penetrou no coração, isto fez você tem um senso de proporção em seu trabalho. Isto capacita você a descansar. Deixa você não colocar o trabalho acima da família e dos relacionamentos, não deixa você colocar acima da sua saúde, nem acima da sua sanidade, nem acima de outro trabalho que não dá a você o mesmo status ou dinheiro, mas é aquele em que você pode ter uma vida balanceada. O evangelho cria uma proporcionalidade que realmente afeta o modo em que você trabalha.
Finalmente, consolação. Uma quantidade enorme de pessoas girou suas vidas do idealismo- “através do meu trabalho, eu vou conseguir este feito, estou escrevendo o grande romance americano, eu estou fazendo isto, estou indo para fazer justiça no mundo”- para o cinismo depois de alguns anos –“nada muda realmente neste mundo. Eu tenho batido minha cabeça contra a parede”.
Contudo, o que nós temos é uma esperança abençoadora – Jesus Cristo está voltando, e quando ele voltar, ele vai colocar tudo em seu devido lugar. Isto quer dizer, por um lado, que agora mesmo não devemos esperar que tudo vá bem. Contudo, por outro lado, nós sabemos que o mundo que nós queremos está vindo.
O que isto quer dizer? J. R. R. Tolkien conta uma história que quando ele experimentou um bloqueio de escritor porque ele não conseguia escrever seu grande romance, seu romance de fantasia Senhor dos Anéis. Ele estava no meio dele, e ele simplesmente não conseguia ver como ele terminava. Ele escreveu uma pequena historia chama “Leaf by Niggle” e é sobre um artista numa pequena cidade. A cidade tinha um prédio público, e eles pediram ao artista, Niggle, para fazer um mural no muro do prédio público. Ele pegou o dinheiro, e ele começou a trabalhar. Ele foi por meses, e então ele continuou por anos, e quando as pessoas passavam por lá, elas viam que tudo que havia feito era uma pequena parte da frente do prédio onde estava desenhando uma folha. Era claro que ele estava tentando desenhar uma arvore, mas ele apenas havia desenhado uma folha. Eles começaram a repreendê-lo, dizendo: O que está havendo? Nós gastamos tanto dinheiro. Já faz tanto tempo. Onde está o mural? Ele dizia: “eu estou trabalhando nisto, estou trabalhando nisto. Eu apenas não consegui terminar isto”. E então ele morreu, ele estava num trem para o paraíso, quando de repente ele viu algo no frente do prédio, ele correu para lá. E isto é o que ele viu:
“Diante dele, estava a árvore, a sua árvore, terminada.... as folhas se abriram, seus ramos cresceram e balançam ao vento que Niggle tantas sentiu ou adivinhou, e tantas vezes não conseguiu capturar. Ele olhou para a árvore e, lentamente, ele ergueu os braços bem largos: “é um presente!”ele disse.” [4]
Aqui está um artista, ele podia imaginar uma árvore, mas ele nunca chegou a ir além de uma folha em sua vida. Mas a arvore existia- ela está lá.
Digamos que você vá à sessão de planejamento da cidade como uma pessoa jovem. Por quê? Você está animado a respeito às cidades e você tem uma visão sobre o que uma cidade real deveria ser. A menos que você compreenda isto- que algum dia a terra vai se preenchida com uma grande cidade, a Nova Jerusalém, e tudo nela vai ser perfeito- você ficar desencorajado porque em toda a sua vida você apenas estará obtendo uma folha ou um ramo feito.
Ou, vamos dizer que você é um advogado, e você quer repensar as leis porque você tem esta visão de justiça. Contudo, em dez anos você vai estar incrivelmente desiludido porque você vai descobrir que por mais que você tente trabalhar nas coisas, por mais que você consiga realizar, isto será apenas uma minúcia, por uma vez ou duas em sua vida você vai sentir-se como se você finalmente terminou a folha. Você precisa saber disto. Há uma arvore. Haverá uma justice. A cidade, a justice, a beleza, a história- o que quer seja que você está procurando realizar- está lá. E você não via ficar chocado agora por apenas conseguir uma folha ou duas nesta vida.
Isto é a consolação profunda que os cristãos tem através desta esperança, que capacita eles para trabalhar e trabalhar e trabalhar com todo o seu ser e nunca ser desencorajado pela atmosfera de frustração deste mundo, em que os espinhos crescem enquanto você está procurando trazer a tona outras coisas. Isso é parte do que está errado com o mundo, mas você tem a consolação.
Aqui está a motivação. Aqui está proporcionalidade. Aqui está a consolação. Você coloca elas juntas, e isto irá afetar a maneira como você trabalha. Isso vai afetar os trabalhos que você terá. Isso mexe com o como você trabalha. Isto afeta o porquê você trabalha. Contudo, tudo isto vem da esperança.
A RAZÃO PARA ESPERANÇA.
Por que temos o direito de ver a segunda vinda de Cristo como uma esperança? Não é surpreendente possa chamar a segunda vida de Cristo como uma esperança abençoadora?
Aqui está o por que isto é surpreendente. O dia do julgamento – o fato de que Jesus está voltando para colocar justiça no mundo- soa muito bem quando você pensa no fim da opressão, no fim do genocídio, no fim das guerras, no fim da doença, fome e da morte. Oh meu Deus, se não houver o dia do julgamento, que esperança há para o mundo? Contudo, se existe o dia do julgamento, eis a questão: que esperança há para você e para mim?
Imagine que por um dia tudo que fez e mesmo tudo que você pensou fosse colocado num monitor e toda imagem da sua mente por um dia estava gravada, e você não sabia que isto acontecendo com você num dia comum seu. No outro dia, tudo isto fosse colocado para todo mundo na internet, no YouTube, as vinte e quatro horas que você viveu. O que aconteceria? Você poderia morrer de vergonha.
Então, isto seria como o que está aparecendo para Deus, com todas as desculpas, todas as abnegações, todas as coisas que você já disse para tentar se justificar seu egocentrismo, seu auto-centrismo, sua crueldade- todas as coisas que você tem feito em sua vida, que você tem usado para se desculpar e justificar o modo em que você vive- contudo, todos eles cairiam por você sabe Deus está vendo tudo até suas motivações? Que esperança haveria aqui? Como poderia você chamar este dia deste como uma esperança – uma esperança abençoada?
Aqui está a resposta. A única razão que nós temos direto a esperança- ver a segunda vinda de Jesus como uma esperança abençoada- é esta. O catecismo de Heidelberg levanta esta questão: “Qual conforto existe para você quando Cristo voltar e julgar os vivos e os mortos? A resposta:” Que em todas as aflições e perseguições com a cabeça erguida eu posso aguardar o juiz do céu, que já se ofereceu para o juízo de Deus para mim, e tirou-me toda a maldição”.
A única razão que Paulo e você e eu podemos ver a segunda vinda de Jesus Cristo como uma esperança para o mundo e para nós- a única razão que podemos ver isto como abençoada- é porque nós temos um juiz que veio para ser julgado. Ele já esteve aqui. Ele morreu na cruz. Ele tomou nossa punição em nosso lugar.
Nós temos um Juiz que foi julgado. E então, seu dia do julgamento está, na verdade, no passado. Você sabia disto? Deus que não conheceu pecado, o fez pecado por nós (2Co 5:21). Ele julgou o pecado em Jesus. Nós morremos nele, então tudo que nós temos no futuro é a esperança abençoada.
Viva nesta esperança! Deixe isto moldar o modo em que você vive no mundo. Vamos orar.
Nosso Pai, eu te agradeço por nos dar uma esperança que não nos deixa envergonhados. Eu te agradeço que ela afeta o modo em que nós vivemos nos dando consolo, nos dando um senso de proporção, e nos dando uma nova motivação, mundo o modo como nós pensamos a nossa fé moldando o nosso trabalho. Nós te agradecemos porque você nos fez uma comunidade de pessoas que se reúnem juntas para falar a respeito desta área muito importante da vida, e nós te agradecemos por isto que nos irá ajudar a viver melhor e de forma justa neste mundo. Agora nos oramos. Pai, que você nos desse todas estas coisas, por elas nós pedimos através de Jesus. Em seu nome nós oramos. Amém.
Copyright © 2010 by Timothy Keller, Redeemer Presbyterian Church. This transcript is based on the audio recording and has been lightly edited. The original was part of the Renew Campaign in Fall 2009, and can be found at http://renew.redeemer.com.

[1] See Cornelius Plantinga, Engaging God’s World: A Christian Vision of Faith, Learning, and Living (Grand Rapids: Wm. B. Eerdman’s Publishing Co., 2002), 104, 141-142
[2] Ibid., 142.
[3]Bruce K. Waltke, The Book of Proverbs: Chapters 1-15. The New International Commentary on the Old Testament. (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 2004), 97.
[4] J. R. R. Tolkien, “Leaf by Niggle” in Tree and Leaf, reprinted in The Tolkien Reader (New York: Ballantine Books,1966), 103-104.

N,T. Wright: Pós-modernismo

sexta-feira, agosto 20, 2010

Unstudying God: Finding God in the Barren Land



Lendo Deep Church me deu curiosidade para saber mais do movimento emergente como também tradicional.
 
Para saber do primeiro, fui na fonte Emergent Village, acabei dando de cara com um artigo, no mínimo, provocador. Unstudying God: Finding God in the Barren Land de George Elerick, que também possui um blog, chamado de Love Revolution. O artigo é uma tentativa de teologia não-teologia, enfim, alguma baboseira irrotulável ou pode ser lido como poesia de má qualidade.


Vamos para algumas pérolas do artigo.

"Teologia é estudar Deus..mais especificamente de alguma deidade. É um lugar onde nós vamos e tentamos entender Deus, onde nós tentamos trazer nossos bisturis e avaliar cientificamente se Deus faz sentido para nós. Trazemos nossa história, os ambientes, medos e sonhos, tudo isto para este lugar para encontrar o Deus que existe além de Deus. Nós estamos afetados por todo nosso passado, presente e futuro, quando entramos no reino do estudo de Deus.
Estudar Deus pressupõe que Deus deseja que nós desconstruamos Ele. Que de alguma forma Deus quer ser encontrado. Em nosso estudo, bem profundo onde reside o subconsciente, nós queremos salvar Deus daqueles que nos cercam.

(...)
Teologia é a prática e estudo de Deus como vimos antes, mas as nossas descobertas são frutos deste estudo. Frutas podem apodrecer, envelhecem e morrem. Precisamos de novos frutos, com o risco de deixar alguns dos velhos frutos para trás.

(...)

A terra estéril nos chama para baixarmos nossos livros, nossos paradigmas, nossas pressuposições juntamente com o nosso medo do incerto e descobrir que Deus vive nas lacunas de todos eles. A terra estéril é despojada de todo estudo, pois Deus está além dela. A terra estéril é um lugar que nos chama para fora da escuridão, para a luz. A terra estéril é despojada de toda a luz. É um lugar isolado, onde Deus, através das escavações de seus tesouros como um homem velho mexendo em sua coleção de bugigangas. Ele chama, como João Batista no deserto. É na terra estéril onde ele deve ser feito.


Ainda Deep Church

Pensando e repensando o livro de Jim Belcher, procurei na internet algumas críticas e vídeos sobre o livro. O interessante é notar o grau de discussão que chegou a coisa por lá, e como andam as coisas por aqui. Há verdadeiramente duas propostas ao evangelicalismo tradicional, que é um problema norte-americano, que são as igrejas emergentes e a neo-ortodoxia que buscam contextualizar suas igrejas ao mundo de hoje.

Por aqui, ainda estamos no processo anterior, talvez, do nascimento e apogeu das mega-igrejas, com um tom mais Universal-Renascer, e não Willow Creek ou Saddleback, que não colou tanto assim por aqui.

Hoje no Brasil, há, de um lado, Teologia da Prosperidade misturada com misticismo- Bola de Neve, Universal, Mundial- e , de outro lado, setores tradicionais – Assembléia de Deus, Presbiteriana, Batistas, ou contextualizados com as novidades da época- teologia da prosperidade ou triunfalismo- ou sem qualquer preocupação com contextualização, fora casos isolados de empenho de algum pastor local.

Não há a realidade de igrejas neo-ortodoxas fortes no Brasil tais como a John Piper, Tim Keller e Mark Driscoll. E os movimentos emergentes são, ainda incipientes, estão como igrejas de sub-solo mesmo.

Há um espaço para esta discussão sobre igreja no Brasil, muito espaço para novas igrejas que não sejam fundadas apenas por um líder em busca de sucesso e vingança contra a denominação onde não podia morder mais. Um espaço para as igrejas tradicionais buscarem uma contextualização sadia do verdadeiro evangelho.

Sob o livro, achei algumas coisas:

Jim Belcher na The Journey discutindo sobre o livro (em inglês).

Uma crítica de Kevin DeYoung na Gospel Coalition, alguns trechos do artigo Deep Church: A Third Way? :

Existem recursos suficientes para fora lá agora para as pessoas fazer as suas mentes e decidir se este é um movimento de reforma saudável ou uma conversa que empurram os limites da fé evangélica e, por vezes, saltando dos limites da própria ortodoxia.

Eu estou sempre cético em relação a "terceira via" de qualquer forma de livros. Normalmente, a "terceira via" é basicamente o mesmo que uma das outras duas formas, apenas um pouco melhor. Neste caso, eu estava esperando a terceira maneira de ser emergente mais leve com uma atitude menos cáustica para os evangélicos. Mas, na verdade Belcher foi exatamente o oposto. Ele é um evangélico, um evangélico tradicional, eu diria que parece o som em sua teologia (ele é um ministro do PCA, afinal), mas quer ser não-tradicionais em alguns aspectos. Se eu fosse intitular o livro que eu chamaria de "porque eu não sou emergente, mas eu como muitos dos povos emergentes e eu quero fazer uma igreja diferente também.

"Capítulo 3, "The Quest for Mere Christianity", é o capítulo mais importante no livro para entender o que Belcher está apontando para a sua terceira via. Por um lado, Belcher quer evitar o erro fundamentalista de ver qualquer outro tipo de igreja como hereges e suspeitos. Por outro lado, ele também quer evitar o erro de ver a teologia liberal como infinitamente maleável. A visão Belcher é que a igreja tradicional da Igreja e emergentes para encontrar um terreno comum na tradição consensual resumido no Credo dos Apóstolos, o Credo Niceno, e o Credo Atanasiano

Belcher reconhece o campus tradicional (uma expressão para a igreja local, utilizada muito nos EUA) não é monolítico. Mas ele sugere que "os grupos que compreendem partes evangelicalismo tradicional têm opiniões semelhantes a respeito da cultura, da epistemologia e da Igreja". Ainda assim, no final, eu não tenho certeza do que faz de alguém uma parte do campo tradicional na estimativa de Belcher, com excepção dos que têm sido alvo de críticas no campo emergente.

A análise Belcher do lado emergente é muito mais útil. Não vou recontar sua própria história, mas Belcher tem a vantagem de ter sido um "insider" no movimento em seu início. Ele sabe o caminho da igreja emergente bem e ele conhece bem muitos dos jogadores-chave. Isto é o que torna o livro único e por isso, que os emergentes têm recebido mais calorosamente. Carson era um outsider total em suas mentes. Ted e eu pelo menos demograficamente semelhantes e culturalmente familiarizado, mas ainda assim de fora. Jim é um membro da verdade.

Mas também um outsider. Ele escreve: "Tanto quanto eu me sinto como um" insider " na conversa, também me sinto às vezes como um outsider por causa de algumas reservas que tenho com os aspectos da conversa emergente"

(…)

A igreja emergente é protestar contra a igreja tradicional em sete frentes: (1) Cativeiro ao racionalismo iluminista. (2) uma visão estreita da salvação. (3) Crença antes de pertencer.(4) adoração descontextualizadas. (5) a pregação ineficaz. (6) eclesiologia fracas. (7) tribalismo.

Sob o rótulo de "emergentes" estão três campos diferentes: o relevantes (por exemplo, Driscoll, Kimball, e alguns jovens, inquietos, e os tipos de igreja Reformada), que estão tentando contextualizar ministério mantendo teologia conservadora, os reconstrucionistas (eg, Cole, Hirsch, Barna, Viola), que estão experimentando com as igrejas e comunidades monásticas orgânicas e os revisionistas (por exemplo, McLaren, Jones, Pagitt), que estão questionando doutrinas evangélicas fundamentais de teologia e cultura (45-46). Belcher análise centra-se principalmente na reconstrucionistas e os revisionistas, porque eles têm obtido a maioria de atenção e enfrentou a empurrar mais para trás.

Então Belcher explora a solução emergente, muitas vezes, entrevistando os principais líderes do movimento e levantar algumas possíveis objeções ao longo do caminho. Em seguida, Belcher olha a resposta da igreja tradicional para as respostas emergentes. E, finalmente, ele propõe uma terceira via, que procura combinar o melhor de ambos os lados, evitando o pior extremos.

Deep Truth - Os emergentes rejeitam fundacionalismo clássico, que é bom. Mas quando eles têm razão para rejeitar a verdade auto-evidente, eles estão errados para abraçar uma proposta construtivista "pós-moderno" epistemologia

Deep Evangelismo - A igreja tradicional insiste em que a crença deve preceder a que pertencem. Isso tem o efeito de fechar a porta aos buscadores espirituais. A igreja emergente insiste na crença de que pertencem antes. Mas, cada comunidade deve ter alguns padrões e todos na igreja devem ser desafiados, ao arrependimento, fé e obediência em algum ponto. Então, há uma terceira via? Segundo Belcher, a terceira via entende que existem dois círculos ao redor de Jesus. Há um círculo exterior de asilo e um círculo íntimo de discípulos comprometidos. Igreja Deep congratula-se com todos dentro do círculo exterior, independentemente de suas crenças, mas os desafia para se tornar uma parte do círculo íntimo.

Deep Evangelho - A igreja tradicional tem feito da salvação um assunto muito personalizado, muito parecido com um seguro contra incêndio. A mensagem da salvação individual é importante, mas deve ser equilibrada com "O ensinamento de Jesus sobre o reino. Devemos evitar evangelhos reducionista e lembre-se que o evangelho tem uma dimensão pública. Nós não devemos diminuir o evangelho para apenas o perdão dos pecados. Mas, acrescenta, a pena substitutiva e justificação devem formar a base para tudo o que dizemos sobre o evangelho. O reino não pode ser ignorada, mas deve estar ligado às doutrinas da expiação, justificação, união com Cristo, e nossa necessidade de ser perdoado (118).

Adoração Profunda - A igreja emergente tenta contextualizar o seu culto, mas em fazê-lo, às vezes, torna-se sem ligação com a história e fica muito como um produto da cultura em torno dela. O que é necessário não é apenas uma amostra da tradição, mas um retorno à grande tradição. terceira forma de Belcher parecida com esta: "adoração que encarna um verdadeiro encontro com Deus, que tenha profundidade e substância, incluídos mais freqüentes e significativamente na Ceia, foi participativa, leia mais as Escrituras na adoração, nos sentidos sendo utilizados criativamente, dando mais tempo para a contemplação, e focada sobre a transcendência e alteridade de Deus "(124).

Deep Pregação - pregação tradicional é muitas vezes chata e sem inspiração. Há pouco de drama para ele. A maioria dos sermões busca um solução baseada em duas coisas: você fede, tente mais (142). A igreja emergente tenta sugerir uma maneira melhor. Na prática, os seus "sermões" soam como sermões, exceto pelo um pouco mais de interação da congregação. Mas sob o ponto de vista emergente da pregação (pelo menos que a defendida por Doug Jones Pagitt e Tony) seria uma mudança radical, uma hermenêutica da comunidade em que nada é privilegiado, nem mesmo a Bíblia, que fala sobre a comunidade a descobrir e viver a verdade (145 ). Belcher rejeita esta hermenêutica, visto que leva à rejeição da ortodoxia clássica. nem fica com os tradicionais nem emergentes na pregação, assim vai funcionar. Precisamos de uma terceira via que não é dedutiva e legalista, como pregação tradicional, nem em aberta, como pregação emergentes. Em vez disso, aqueles que pertencem à igreja profunda devm "pregar Cristo em todos os textos, estabelecendo e analisando a condição humana através de escrituras e experiência, e expor o chocante, a graça radical de Deus que entra na nossa situação, nos transforma e nos capacita a viver de forma diferente" (157).

Deep Eclesiologia – A igreja tradicional fica atolada em reuniões, papelada e burocracia organizacional. Isso é ruim. Assim, as chamadas igrejas emergentes vão para um modelo mais orgânico de código aberto, para a igreja. Mas mesmo as igrejas orgânicas não pode sobreviver muito tempo sem estrutura e prestação de contas. O que precisamos é de uma terceira via que chama a Igreja a ser tanto a instituição e organismo, respeite os cargos de presbítero e diácono, celebra o culto como um meio de graça, e cultiva e aprende com a tradição.

Deep Cultura - A terceira via entre as abordagens emergentes e tradicionais para a cultura, aceita a distinção de Abraham Kuypers entre a igreja como instituição e da igreja como organismo. A igreja como uma instituição se concentra principalmente na pregação, nos sacramentos, no culto e cuidar do corpo da igreja. A igreja como organismo trabalha na formação de agentes secretos que vão para o mundo, trabalham para o "shalom" da cidade, e criar uma cultura. Com esta abordagem instituição / organismo, nossas igrejas podem ter uma cultura profunda, que não é uma cópia da cultura, nem irrelevante para ele.

Avaliação

1. Qual é o evangelho?
Belcher deixa claro que ele afirma substituição penal. Ele acha que é fundamental para as outras visões da expiação. Ele acredita que Jesus morreu na cruz para pagar pelos nossos pecados e tirar a nossa culpa. Isso tudo é maravilhoso. Mas eu ainda estou um pouco perplexo.

Igreja Belcher prende a quatro compromissos fundamentais: a comunidade, evangelho, missão, e shalom.

Mais importante, eu estou intrigado com a definição da igreja do evangelho Belcher descreveu.

O evangelho "é a boa notícia de que através de Jesus, o Messias, o poder do reino de Deus entrou na história para renovar todo o mundo. Através do Deus Salvador, que estabeleceu seu reinado. Quando cremos e confiar no trabalho de Jesus e em seu registro (em vez de o nosso) para o nosso relacionamento com Deus, que o poder do Reino vem sobre nós e começa a trabalhar através de nós. Nós testemunhamos a forma radical de viver em nossas vidas renovadas, bela comunidade, justiça social e transformação cultural. Esta boa notícia dá uma nova vida. O evangelho motiva, orienta e capacita cada aspecto de nossa vida e de culto (121).

Esta é uma declaração bem da teologia cristã, mas é o evangelho? Certamente, 1 Coríntios 15 nos dá o melhor resumo do evangelho e não encontramos nenhuma menção de transformação cultural ou renovar todo o mundo. Mas nós vemos aqui sobre o pecado, a cruz e a ressurreição, três itens sem nenhuma indicação específica dada na definição Belcher do evangelho. Este é um problema.

Tradição é o grande o suficiente?


Eu dou tudo para fazer as coisas principais como coisas principais. Eu faço sempre a diferenciação entre a primeira e questões de segunda ordem. Mas é suficiente dizer que o Credo Apostólico, Credo Niceno e Credo Atanasiano podem definir a ortodoxia, e em menores proporções, os evangélicos? Estas crenças abordadas tratam algumas questões centrais que enfrentou a igreja em seus primeiros poucos séculos. Mas que nmão falma sobre outras questões que surgiram desde então, como expiação, justificação, a autoridade da Bíblia? Eu diria que estas são questões de primeira linha também, embora eles não eram especificamente dirigidas por um conselho ou credo no começo da igreja.

Deep Church é uma terceira maneira verdadeira?

No final, a coisa que eu mais gostei sobre o livro é também a minha maior crítica. A forma de Belcher, apesar apesar de poucas diferenças na forma e no tom, não é, de fato, uma terceira forma genuína, mas a maneira como a igreja tradicional é mediada por Tim Keller. Não me interpretem mal. Eu gosto desse jeito. Eu adoro Tim Keller. Não fiquei desapontado ao ver que eu concordava com Belcher em um monte de coisas. Mas se eu sou tradicional (que eu estou na taxonomia de Deep Church), então eu acho que Belcher também. Pensando assim, D.A. Carson está no campo tradicional também (dentro da Deep Church) e ele e Keller são amigos muito próximos. Eles começaram a Gospel Coalition juntos, então, eu presumo que concordam com muita coisa. Então Carson é um outro jeito da terceira via?

A doutrina da igreja é essencialmente tradicional, com uma borda mais suave e mais engajamento cultural. Isso não é ruim. Pode ser muito bom se feito com fidelidade. Mas eu não acho que é uma terceira via. Muito poucos dos extremos do campo tradicional rejeitados por Belcher são notas de rodapé ou atribuídos a qualquer líder da igreja tradicional. Por conseguinte, eu não acho que ele está rejeitando a igreja tradicional, tanto quanto alguma experiência ruim dele.

Conclusão
Deep Igreja confirma mais uma vez que há sérios problemas com alguns muito da teologia saindo da igreja emergente. Ela também confirma mais uma vez que o jeito escondido, legalista, hostil, indiferente tradicionalismo não é o caminho a percorrer. Se você precisa de uma reciclagem em um desses dois pontos, este livro vai fazer o truque. Jim Belcher nos deu um "insider" e olhar de fora da igreja mais controverso movimento da última década. E embora eu tenha algumas discordâncias com o livro, no final, ele reafirma a importância da fé uma vez por todas entregue aos santos. E isso é uma coisa muito boa.

Pérola do Felipão

O Tadeu voltou a ser aquele que foi contratado, um jogador de área, brigador e que sabe fazer gols. O outro era "light", de tabelinha e que não ia para a briga. Ao Assunção, perguntamos quantas faltas ele precisava para fazer um gol e ele respondeu duas. Foi o que teve. É um jogador de personalidade, experiente, trabalha a bola e tranquiliza o jogo. O importante é ter jogador que pode decidir assim, como o Ramon fez no Barradão. Às vezes a decisão de um jogo passa por uma falta - comentou Felipão.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Jim Belcher: Deep Church.

É possível uma convergência entre a igreja emergente e a igreja tradicional (neo-ortodoxa), este é o dilema que Jim Belcher tenta responder. O livro traz uma descrição acurada dos dois grandes movimentos atuais de eclesiologia em resposta ao pós modernismo, só por isto já vale a leitura, e busca conceber uma terceira via, a partir de uma concepção de C.S. Lewis : deep church- igreja profunda.

Algumas notas e grifos do Kindle sobre a leitura, por ora.

Sobre a sua igreja e a forma de ser, Belcher diz: Através de nossa pregação, liturgia, e santa ceia semanal e uma comunidade de crentes unidos em Cristo, nós queremos prover um pouco de água viva para o mundo perdido.

A igreja emergente não gosta da insistência da igreja tradicional de que a crença- a adesão a certas doutrinas deve preceder o pertencer

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 982-83 | Added on Sunday, August 22, 2010, 01:10 AM

the emerging church does not like the traditional church's insistence that belief (adherence to certain doctrines) must precede belonging (being part of the community).

A igreja emergente não gosta da insistência da igreja tradicional de que a crença- a adesão a certas doutrinas deve preceder o pertencer (ser parte na comunidade).


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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 994 | Added on Sunday, August 22, 2010, 05:35 PM

"persons will join a community before affirming the beliefs of that community. In other words, emerging culture places belonging before believing."

pessoas irão se juntar a uma comunidade antes de afirmar as crenças desta comunidade. Em outras palavras, a cultura emergente coloca pertencer antes de acreditar"

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1008-9 | Added on Sunday, August 22, 2010, 05:39 PM

I'm not sure that reversing the order of believing and belonging will answer these questions. I am in favor of belonging, but I don't want to shortchange belief.


Sobre esta questão, Belcher diz: "Eu não estou certo que reverter a ordem de acreditar e pertencer irá responder estas questões. Eu sou a favor de pertencer, mas eu não quero uma crença meia-boca".

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1025-26 | Added on Sunday, August 22, 2010, 06:57 PM

"emergent writers commonly so prioritize belonging that it is difficult to see how one can honor the precious responsibilities and privileges of those who have actually become Christians.""


"Os escritores emergentes geralmente priorizam tanto pertencer que é difícil ver como alguém pode honrar as reponsabilidades e privilégios preciosos daqueles que tem realmente se tornado cristãos".

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1038-39 | Added on Sunday, August 22, 2010, 07:06 PM

"In the first part of Jesus' ministry, he's training the disciples so they would know exactly who he is. Through his teaching, his miracles, his actions, his ministry, Jesus is answering the disciples' questions about Jesus' identity.

“A primeira parte do ministério de Jesus, ele está treinando os discípulos para eles soubessem exatamente o que ele era. Através de seu ensinamento, de suas ações, seu ministério, Jesus está respondendo as questões dos discípulos sobre a identidade de Jesus”

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1014-15 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:30 PM

So simply declaring that belonging precedes belief is not always helpful.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1021 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:32 PM

the New Testament affirms that Christians constitute a new and distinctive community, which includes boundary markers (1 Corinthians 6:9-11).

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Note Loc. 1021 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:32 PM

ao nao estabelecer limites esquece-se do ensino do NT DA Carson
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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Note Loc. 1039 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:34 PM

um meio termo pode ser encontrado no ministerio de Jesus
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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1054-57 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:35 PM

"The way I see it," he said, "the emerging church wants to invite people into the community, not push them to have a `decisional conversion.' There are some positives to this. I think it's legitimate to have an unbounded set with no barriers to the church community so that non-Christians can wander in and out. But the bounded-set of the traditional church also has positives there are reasons for pushing people to make a decision to accept certain truths in order for them to understand that they are being converted

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1067-69 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:37 PM

The Rich Ruler comes to Jesus, clearly thinking that he is in the inner circle (a true believer in Jesus and part of God's covenant family). In the conversation, Jesus demonstrates his love and concern that the Rich Ruler not be deceived about where he stands by challenging him. Jesus calls the Ruler to follow him so that the Ruler would realize that he's not in the inner circle.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1139-40 | Added on Monday, August 23, 2010, 12:50 PM

the traditional church has emphasized individual salvation, which has led it to neglect God's creation. Thus Christianity is mere "fire insurance." The answer to this privatized faith, they say, is regaining a robust view of the kingdom of God and the church's mandate to mission.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1268 | Added on Wednesday, August 25, 2010, 12:07 AM

I appreciate Brian's stress on kingdom living, but his description leaves us powerless to enter the kingdom and to live it out.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1290 | Added on Wednesday, August 25, 2010, 12:12 AM

We settled on four words: gospel, community, mission and shalom.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1297 | Added on Wednesday, August 25, 2010, 07:32 AM

We witness this radical new way of living by our renewed lives, beautiful community, social justice, and cultural transformation.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1302-5 | Added on Wednesday, August 25, 2010, 05:42 PM

To make this clear our four core commitments are presented like this:
Gospel-Community--Mission--Shalom
The order is important. As we are affected by the gospel, we are empowered to move into community to care for one another. And as we care for one another, we begin to reach outside of our community with acts of mercy mission. And as we move into our community with acts of service and mercy, we begin to look for ways to make and renew culture and its institutions so that they honor God's original design for creation. This is shalom.

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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Note Loc. 1305 | Added on Wednesday, August 25, 2010, 05:43 PM

deep church esta baseada num processo-valor q vai do evangelho ate a shalom
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Deep Church: A Third Way Beyond Emerging and Traditional (Jim Belcher)
- Highlight Loc. 1309-10 | Added on Wednesday, August 25, 2010, 05:44 PM

We want to be missional, to be agents of mercy, to connect and to transform culture. But in doing all these things, we don't want to be guilty of gospel reductionism. Without the gospel, Christianity is just one more system of morality or man-made religion.

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domingo, agosto 15, 2010

Caio Fábio e a nova reforma protestante

 

Caio Fábio não concorda tanto assim com a Revista Época, fala que fora dos desconhecidos, os novos evangélicos são velhos, que não metem a mão na massa, gostam apenas apenas de surfar na marrolinha. “Eles vão reler esta matéria, pro Caio nós não temos coragem de levar”…Eles precisam se converter.

fonte: http://www.pavablog.com/2010/08/14/a-nova-reforma-protestante-5/

projeto nacional de direitos humanos- 3

Decreto nº 7.037, de 21 de Dezembro de 2009

Há uma coisa que pouca gente sabe, eu mesmo descobri esta semana, há um projeto, na verdade, chama-se programa nacional de direitos humanos. Sob o belo título, há setores da igreja brasileira que enxergam no projeto uma “simples” tentativa de começar uma revolução facista.

Desde o começo o texto do PNDH-3 na introdução do presidente Lula é bastante curioso, já começa com uma bravata em torno da Comissão Nacional da Verdade,

No tocante à questão dos mortos e desaparecidos políticos do período ditatorial, o PNDH-3 dá um importante passo no sentido de criar uma Comissão Nacional da Verdade, com a tarefa de promover esclarecimento público das violações de Direitos Humanos por agentes do Estado na repressão aos opositores. Só conhecendo inteiramente tudo o que se passou naquela fase lamentável de nossa vida republicana o Brasil construirá dispositivos seguros e um amplo compromisso consensual – entre todos os brasileiros – para que tais violações não se repitam nunca mais.

Fica uma pergunta ao senhor presidente que o próprio texto responde depois, quais violações, as dos militares ou a dos opositores. Ops, o texto já respondeu dos agentes do Estado na repressão aos opositores, o contrário, não!!!

Em que consiste afinal o decreto, “um roteiro consistente e seguro para seguir consolidando a marcha histórica que
resgata nosso País de seu passado escravista, subalterno, elitista e excludente, no rumo da construção de uma sociedade crescentemente assentada nos grandes ideais humanos da liberdade, da igualdade e da fraternidade
”.

Sendo organizado:

O PNDH-3 é estruturado nos seguintes eixos orientadores: Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil; Desenvolvimento e Direitos Humanos; Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades; Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência; Educação e Cultura em Direitos Humanos; Direito à Memória e à Verdade.

Vamos seguindo, vamos vendo os absurdos, dentro da segunda diretriz Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática. O primeiro objetivo estratégico, Promoção dos Direitos Humanos como princípios orientadores das políticas públicas e das relações internacionais. Quer que ajuda humanitária seja coloca como eixo central para as políticas externas do Brasil - Construir e aprofundar agenda de cooperação multilateral em Direitos Humanos que contemple prioritariamente o Haiti, os países lusófonos do continente africano e o Timor-Leste. (p. 27)

O segundo objetivo há um item, mostra quem escreveu o tal documento não estava assim tão “amoroso”-

Estimular e reconhecer pessoas e entidades com destaque na luta pelos Direitos Humanos na sociedade brasileira e internacional, com a concessão de premiação, bolsas e outros incentivos, na forma da legislação aplicável. (p. 28)

Vamos todos ficar na conta da Viúva.

sábado, agosto 14, 2010

Igreja orgânica

UM MILHÃO DE QUILOMETROS EM MIL ANOS

O que você faria se pudesse mudar o roteiro de sua vida?
Depois de escrever uma autobiografia de sucesso, a vida de Donald Miller estagnou. De repente, ele perdeu até a vontade de sair da cama. Evitava responsabilidades e questionava o sentido da vida. Contudo, quando dois produtores de cinema propuseram transformar sua biografia em um filme, Miller viu ali o início de uma nova história cheia de riscos, possibilidades, beleza e significado. Um milhão de quilômetros em mil anos é a crônica dessa oportunidade singular de reinventar a própria jornada, de poder atuar como um diretor de cinema no roteiro da própria vida.

 

 

 

Escrever sua vida como se fosse uma história, a partir do desafio de roteirizar um livro auto-biográfico, deixa-lo melhor, Donald Miller parte para esta metáfora como um estilo de vida. Fazer da sua vida uma boa história. O cristianismo de Don Miller não é um gênero muito ortodoxo, talvez por isto, nos provoque tanto. Ler seus livros é descobrir uma graça que atravessa as paredes da igreja, uma graça presente em cada cena da vida, por mais comum e banal que seja, ela está lá.

 

 

“Ouvi dizer que muitos dramaturgos acabavam suas histórias com um enterro, fosse ela trágica, ou com um casamento, fosse ela cômica. Acho que isso explica a razão pela qual damos tanta importância a casamentos, porque o casamento significa vida e porque a noiva e o novo já estão velhos para escrever um cartão de agradecimentos pelos jogos de colheres que você lhes deu. E talvez porque você pode beber e dançar, seja qual for sua idade. Eu só danço em casamentos. Eu praticamente só bebo, também, em casamentos, e na maioria das vezes, por causa disso, aí eu dou meus passinhos de dança. Uma das coisas que me dão esperança é que, mesmo com toda a tragédia que acontece no mundo, a Bíblia diz que, quando chegarmos ao céu, haverá um casamento, haverá bebida e dança” p. 47

“O interessante da morte é que ela faz com que você se lembre de que a história que estamos contando tem fim (…) Meu tio contou uma boa história com sua vida, mas acho que houve tanta tristeza no seu enterro porque sua história não estava acabada. Se a história que você está contando não for boa, ninguém vai pensar que você morreu muito cedo, as pessoas vão simplesmente pensar que você morreu. Mas meu tio morreu cedo demais (p.50;52)

Fico pensando, no entanto, se uma das razões pelas quais não reconhecemos o esplendor da vida é porque não queremos a responsabilidade inerente a esse reconhecimento. Não queremos ser personagens em uma história porque personagens têm de se mover, respirar fundo e enfrentar conflitos com coragem. E se a vida não é fora de série, então não precisamos fazer nada disso, podemos ser vítimas relutantes, em vez de participantes agradecidos” p. 75

“A regra geral de histórias é que os personagens não querem mudar. Eles devem ser forçados a mudar. Ninguém acorda e começa a perseguir um vilão ou desarmar uma bomba, a menos que algo o obrigue a fazer isso. Os vilões acabaram de roubar sua casa e estão fugindo com o último rolo de papel higiênico ou a bomba está presa ao seu gato favorito. É esse tipo de coisa que faz um personagem se mexer” p. 116

Acho que é nesse ponto que a maioria das pessoas desiste de sua história. Elas saem da faculdade com vontade de transformar o mundo, de se casar, de ter filhos e de mudar o modo como as pessoas compram artigos de escritório. Mas elas chegam lá no meio e descobrem que era mais díficil do que imaginavam. Não conseguem mais ver a praia distante e ficam se perguntando se estão avançando com as remadas. Nenhuma das árvores atrás delas está ficando menor e nenhuma das árvores pela frente está ficando maior. Elas descarregam a raiva no cônjuge e saem à procura de uma história mais fácil” p. 195

Não acredito que seja um ato humano que fará com que as coisas na terra sejam perfeitas e não acredito que Deus irá intervir antes de minha morte ou, até onde se sabe, antes de você morrer. Em vez disso, acredito que vamos continuar a desejar uma resolução que não virá de modo algum, não na vida como conhecemos. p. 219

Fomos ensinados que havia um buraco em forma de círculo em nosso coração e que tentamos preenchê-lo com os pinos quadrados do sexo, das drogas e do rock and roll, mas só o pino redondo de Jesus poderia preencher o buraco. p.221

É díficil imaginar uma religião imersa em tanta dor e sacrifício tornou-se uma promessa de euforia na tera. Acho que Jesus pode melhorar as coisas, mas não acho que ele vá deixá-las perfeitas. Não aqui e não agora. p. 222

 

 

 

terça-feira, agosto 10, 2010

C.S. Lewis : Cristianismo Puro e Simples

No livro 1- O certo e o errado como chaves para a compreensão do universo.

1. A lei da natureza

São essas, pois, as duas idéias centrais que preten­dia expor. Primeiro, a de que os seres humanos, em todas as regiões da Terra, possuem a singular noção de que devem comportar-se de uma certa maneira, e, por mais que tentem, não conseguem se livrar dessa noção. Se­gundo, que na prática não se comportam dessa manei­ra. Os homens conhecem a Lei Natural e transgridem-na. Esses dois fatos são o fundamento de todo pensamen­to claro a respeito de nós mesmos e do universo em que vivemos. (p. 12).


Eles nos oferecem uma explicação de por que nos en­contramos em nosso estado atual, de odiar o bem e tam­bém de amá-lo; de por que Deus pode ser essa mente impessoal oculta por trás da Lei Moral e, ao mesmo tempo, uma Pessoa. Explicam que as exigências dessa lei, que nem eu nem você conseguimos cumprir, foram cum­pridas por Alguém, para o nosso bem; que Deus mes­mo se fez homem para salvar os homens de sua própria ira.(p. 43)