Timothy Keller: Comunidade, o contexto para a mudança.

Comunidade: o contexto para mudança

Leia Fillipenses 2:1-11 e, então, trabalhe através das questões e notas abaixo com tempo para preparar liderar o seu grupo. As notas estão entre as questões e não pretendem serem respostas para ser lidas em voz alta. São notas que facilitam a discussão.

1. Olhando para os versículos 2-4, o que podemos inferir sobre o problema que Paulo está encontrando na igreja de Filipos? 

Podemos imaginar quais são os problemas, olhando para o lado positivo das exortações. Em primeiro lugar, no versículo 2, ele pede para ser ligados em mente tendo o mesmo amor, sendo um em espírito e finalidade. "Este é um apelo à unidade, mas é um tripla chamada, para a mente, o coração e a vontade. Ele quer que eles concordam com a verdade ("mentes ligadas'), amemos uns aos outros ("Tendo o mesmo amor "), e trabalhar juntos para o mesmo objetivo (" um ser em espírito e propósito "). 

Versículos 3 a 4 são um convite à humildade, ao colocar os interesses dos outros à frente dos seus próprios. Embora o versículo 2 abordou os cristãos como um corpo inteiro, versículos 3 e  4 se dirigem para cada um como indivíduo. Eles estão a passar por  duas coisas: "uma ambição egoísta " (quem está colocando as suas próprias necessidades à frente dos outros) e "vaidade" (que é irrealista na avaliação dos mesmos).

 Parece que o egocentrismo estava levando a desunião na igreja.

2. Quais são os quatro motivos de união e humildade que Paulo relaciona no versículo 1?Como estas razões levam a unidade e humildade?

O "incentivo de estar unido com Cristo"
A palavra "estímulo"é a  palavra grega paraklesis, que significa ser "reforçada" e dado a coragem de nossa salvação em Cristo.

O "conforto" do amor de CristoA palavra "conforto" conota o consolo você dá a alguém que está sofrendo.

"comunhão do Espírito" A palavra significa "participação".

"Ternura e compaixão"Estas duas palavras são usadas com freqüência na Bíblia para descrever a misericórdia de Deus.
Paulo está dizendo que eles têm força e um profundo consolo vindo de Cristo. Eles foram unidos pela participação em um só Espírito, e eles foram livremente perdoados pela misericórdia do Pai.

Há muitas maneiras que estas razões levam a unidade e humildade. Aqui estão apenas algumas:

• A força e a consolação profunda de Cristo deve tornar-nos menos necessitados. A "vaidade" conota estar com fome de honra, reconhecimento e status. Se tivermos uma profunda alegria, encorajamento e consolação de Cristo, não será  necessária a aprovação dos outros.

• A "participação no Espírito"significa que todos os cristãos são um só, apesar de suas diferenças. Podemos ter opiniões diferentes, temperamentos, ou culturas mas o fato de que todos nós participamos no Espírito deve ser mais importante que as diferenças políticas, intelectuais ou culturais.

• A lembrança da misericórdia de Deus em primeiro lugar nos humilhar e, em segundo lugar,  ser um modelo para nós. O cuidado de Deus e provisão para nós era completamente imerecido, então devemos nos humilhar diante dos outros.

3. O versículo 5 diz: "Sua atitude deve ser a mesma de Cristo Jesus."  O que aprendemos sobre a atitude de Jesus a partir dos versos 6-11?

A encarnação (vv. 6-7)

Aqui vemos que Jesus, embora  tivesse uma natureza divina (v. 6, "sendo em forma Deus "), se fez nada por " tomando a forma de servo "(v. 7). Paulo não diz que Jesus perdeu sua natureza como Deus, mas ele assumiu a natureza humana. Jesus foi, então, divino e humano ao mesmo tempo.

A expiação (v. 8)

Jesus não se limitou a si mesmo se humilhar para ser um homem, mas ele também se humilhou para uma tarefa específica. Ele "tornou-se obediente até à morte, até mesmo a morte numa uma cruz!"  Apesar do fato de que ele manteve sua natureza divina, quando na Terra, ele voluntariamente não exerceu os seus direitos, mas tornou-se  fraco e vulnerável ​​e morreu na cruz por nós.

O futuro reino (vv. 9-11)

Esta seção nos diz que Deus exaltou Jesus "ao lugar mais alto"(v. 9). Ele é exaltado e reina nos céus. Paulo  olha todo o caminho para a frente, para aquele dia em que todos no mundo vai se curvar os joelhos diante de Jesus. 

A vida de Jesus foi marcada por não apenas uma, mas,  duas auto-humilhações: a encarnação e a cruz. Ele foi exaltado, mas por Deus, e somente e  através da sua humilhação.

Jesus afastou-se da glória pessoal e ganho de forma voluntária, deliberadamente  e decisivamente. Ele nos mostra que a maneira de liderar é servir. O caminho para encontrar satisfação é não procura satisfação própria, mas as dos outros.

4. Em seu livro Love in Hard Locals,  Don Carson escreve:

A igreja é ... composta por inimigos naturais. O que nos une não é educação comum, raça comum, os níveis de renda comum, política comum,  nacionalidade comum, sotaques comuns, o emprego comum, ou qualquer outra coisa que nos classifique. Os cristãos se unem ... porque todos eles foram salvos por Jesus Cristo e devo-lhe uma lealdade comum ... Eles são um bando de inimigos naturais que se amam para a glória de Jesus.

Você concorda com a sua avaliação? Por quê? Exemplos de ações.

Uma das maneiras mais importantes que a igreja cristã encarna o evangelho está na unidade dos cristãos que são diferentes uns dos outros, de temperamento, cultural e racialmente. Precisamos mostrar ao mundo que as pessoas que não podem viverem amor e unidade fora de Cristo, pode fazê-lo em Cristo.

Quando se trata de construir relacionamentos reais através das barreiras raciais e culturais, que rapidamente se deparam com uma série de atitudes, profundamente enraizada em nossos próprios costumes culturais e formas de pensar, que o tornam difícil de aceitar e respeitar as pessoas de outros grupos. Nós somos "inimigos naturais." O evangelho trabalha para superar essas atitudes. Somos pecadores salvos pela pura graça, e é preciso extrair as implicações e vivem em total coerência com isso.