segunda-feira, junho 13, 2011

WATCHMEN NEE: A vida cristã normal

Logo no primeiro capítulo Nee lança as bases de sua fé, para ele a vida cristã normal é Vivo não mais eu, mas Cristo vive a Sua vida em mim.

Deus nos revela claramente, na Sua Palavra, que so­mente há uma resposta para cada necessidade humana — Seu Filho, Jesus Cristo. Em toda a Sua ação a nosso res­peito, Deus usa o critério de nos tirar do caminho, pondo Cristo, o Substituto, em nosso lugar. O Filho de Deus morreu em nosso lugar, para obter o nosso perdão; Ele vive em vez de nós, para alcançar o nosso livramento. Podemos falar, pois, de duas substituições — uma Substi­tuição na Cruz, que assegura o nosso perdão, e uma Substituição interior que assegura a nossa vitória.. Ajudar-nos-á grandemente, e evitará muita confusão, conservar constantemente perante nós este fato: Deus responderá a todos os nossos problemas de uma só forma: mostrando-nos mais do Seu Filho.

Isto posto, Nee parte para  o  estudo dos primeiros oito capítulos de Romanos,  sendo que na primeira seção que vai até 5.11, considera-se a questão dos pecados que eu tenho cometido diante de Deus, que são muitos e que podem ser enumerados, enquanto que, na segunda(5.12-8.39), trata-se do pecado como princípio que opera em mim. De tal modo que existe dentro de mim uma inclinação para pecar, um poder interior que leva ao pecado. Quan­do aquele poder anda solto, eu cometo pecados. Posso procurar e receber o perdão, depois, porém, peco outra vez. E, assim, a vida continua num círculo vicioso de pe­car e ser perdoado e depois pecar outra vez. Aprecio o fato bendito do perdão de Deus, mas eu desejo algo mais do que isso: preciso de livramento. Preciso de perdão pa­ra o que tenho feito, mas preciso também de ser liberta­do daquilo que sou.




Para estes dois problemas, apresentam-se dois aspectos da salvação: em primeiro lugar, perdão dos pecados, e em segundo lugar, libertação dos pecados.  Para Nee, o sangue de Jesus  está ligado aquilo que fizemos, enquanto que a cruz está ligada a nossa natureza. O Sangue purifica os nossos pecados, enquanto que a Cruz atinge a raiz da nossa capacidade de pecar.


Todos pecaram - Rm 3.23

Nee fala da queda, o pecado entrou pela desobediência- Rm 5.19-. Criando uma separação entre Deus e o homem, há um afastando para todos- Rm 3.9-. Isto leva a um sentimento de culpa- de afastamento e  separação de Deus. 



O pecado entra na forma de desobediência, para criar, em primeiro lugar, separação entre Deus e o ho mem, do que resulta ser este afastado de Deus. Deus já não pode ter comunhão com ele, por agora existir algo que a impede, e que, através de toda a Escritura, é co nhecido como "pecado". Desta forma, é Deus que, pri meiramente, diz: "Todos... estão debaixo do pecado" (Rm 3.9). Em segundo lugar, o pecado, que daí em dian te constitui barreira à comunhão do homem com Deus, comunica-lhe um sentimento de culpa — de afastamento e separação de Deus. Agora, é o próprio homem que, mediante a sua consciência despertada, diz: "Pequei" (Lc 15.18). E ainda não é tudo, porque o pecado oferece também a Satanás uma possibilidade de acusação diante de Deus, enquanto o nosso sentimento de culpa lhe dá ocasião para nos acusar nos nossos corações; assim, pois, em terceiro lugar, é o "acusador dos irmãos" (Ap 12.10), que agora diz: "Tu pecaste".
As Escrituras mostram como o Sangue de Cristo opera eficazmente nestes três aspectos, em relação a Deus, em relação ao homem, e em relação a Satanás,

O Sangue é para expiação e, em primeiro lugar, rela ciona-se com a nossa posição diante de Deus. Precisamos de perdão dos nossos pecados cometidos para que não caiamos sob julgamento; e eles nos são perdoados, não porque Deus não os leva a sério, mas porque Ele vê o Sangue. O Sangue é, pois, primariamente, não para nós, mas para Deus.

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