sexta-feira, abril 17, 2015

J. P. Moreland e William L. Craig: Filosofia e Cosmovisão Cristã


Notas de leitura:


MODUS TOLLENS

"Modus tollens envolve o ato de negar uma premissa. Se a premissa já for uma negação, então teremos uma dupla negação, que é logicamente igual a uma oração afirmativa. Portanto, não não Q, é equivalente a Q."


SILOGISMO HIPOTÉTICO.

"A terceira regra, a do silogismo hipotético, declara que se P implica Q, e Q implica R, então P implica R. Uma vez que não sabemos nesse caso se P é verdadeiro, não podemos concluir que R seja verdadeiro. Mas pelo menos podemos deduzir com base nas premissas 1 e 2 que se P for verdadeiro, então R é verdadeiro" ( PÁG. 53)

REDUCTIO AD ABSURDUM

"Um tipo especial de prova condicional é chamado reductio ad absurdum (redução ao absurdo). Se demonstrarmos que certa premissa suposta como verdadeira acaba implicando uma contradição, trata-se, portanto, de um absurdo.Portanto, podemos concluir que a premissa não é, afinal de contas, verdadeira. Esse é um modo especialmente eficiente de argumentar contra algum ponto de vista , pois se podermos mostrar que ele sugere uma contradição, então não pode ser verdade" (PAG 65)


visão deontológica da justificação

"se concentra na noção do preenchimento das exigências epistemológicas de um indivíduo, o que é representado por tal visão da justificação como uma questão do indivíduo fazer o melhor que pode para formar suas crenças conforme certas regras epistemológicas"


Teoria da confiabilidade
"não podem dizer que as crenças confiáveis são aquelas produzidas por métodos confiáveis, e que os métodos confiáveis são aqueles produzidos por crenças confiáveis. Seria um pensamento circula (...) A segunda objeção à teoria da confiabilidade afirma que esta não é suficiente para o conhecimento, pois o indivíduo pode ter uma crença verdadeira formada por um método confiável, mas mesmo não obter conhecimento" (PAG 112)

RACIONALIDADE ARISTOTÉLICA: um ser com ratio, capacidade de raciocínio.

RACIONAL: atributo da razão, é uma fonte de certos itens do conhecimento em oposição às faculdades sensoriais

RACIONALIDADE COMO JUSTIFICAÇÃO OU GARANTIA:

A racionalidade  possui o valor instrumental como meio para o objetivo de se obter a verdade.

"A compreensão deontológica sobre a racionalidade assume o chamado voluntarismo doxástico, a noção de que as pessoas têm pelo menos algum controle voluntário ou escolha sobre suas crenças e, portanto, são intelectualmente responsáveis por escolher as crenças corretas e evitar as irracionais" (p.117)


Capítulo 4: Problema do Ceticismo.
ceticismo pirrônico - Pirro de Élida (360-270 aC)

"Os céticos pirrônicos rejeitavam o dogmatismo e procediam por meio de três estágios: 1. antítese - ambos os lados de uma questão são colocados em oposição e os argumentos céticos, chamados de tropos ou modos, são usados para cada um dos lados. 2. epoché - a suspensão do julgamento-, 3. ataraxia - o supremo e desejado estado de tranquilidade" - p. 122




Ceticismo heurístico ou metodológico:

Primeiro, há distinção entre ceticismo do conhecimento e ceticismo da justificação. Ceticismo do conhecimento é a tese que propõe que as condições para o conhecimento não são acessíveis e, portanto, não se pode conhecer. Ceticismo da justificação é a mesma tese direcionada não ao conhecimento, mas à justificação e às crenças justificadas. (...)  Os dois tipos de céticos, o do conhecimento e o da justificação, podem direcionar seu ceticismo à geração, à transmissão ou às fontes da crença. Isto é, o cético pode dirigir seus argumentos 1. contra a origem do conhecimento ou da crença justificada, 2. contra o fato de que algumas crenças justificadas ou  conhecidas. 3. contra conjuntos de faculdades epistemológicas que servem como fontes de conhecimento e justificação. (PAG 125)



METODISMO: defendida por Descartes e Hume, o indivíduo inicia o empreendimento do conhecimento com um critério a respeito do que é considerado conhecimento e do que não é. Para Lane Craig, o metodismo leva uma regressão infinita.

PARTICULARISMO: defendida por Thomas Reid, G.E. Moore. O indivíduo pode refletir sobre as instâncias e vir a desenvolver critérios, consistentes com elas, para o conhecimento,e, a seguir, usar esses critérios para fazer julgamentos em casos de conhecimentos limítrofes. Contudo, os critérios são justificados por sua congruência com instâncias específicas do conhecimento,não o contrário (...) O cético pode levantar duas objeções o particularista. Primeira, o particularismo supostamente evita a questão contra o cético ao assumir o ponto em debate - se as pessoas tem conhecimento ou não. Como particularista sabe que as pessoas possuem? A segunda objeção é que tendem ao metodismo.

"O particularista sustenta que 1. o conhecimento não requer certeza, 2. o ônus recai sobre o cético, e tudo o que particularista precisa fazer é contradizer o cético, não refutá-lo, 3. uma das duas principais tarefas da epistemologia, ter crenças verdadeiras ou justificadas, precede a de evitar as crenças falsas ou injustificadas e 4. a noção apropriada do direito de ter certeza é a segunda" (PAG 133)



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