Já vimos como os autores tratam a questão do fundacionalismo, agora vamos ver como eles apresentam o COERENTISMO.
Entre os coerentistas se destacam F H Bradley, Brand Blanshard, Keith Lehrer e Nicholas Rescher.
a essência do coerentismo é de que não existem assimetrias entre crenças básicas e crenças não-básicas. Todas as crenças estão no mesmo patamar umas em relação às outras, e a fonte principal da justificação é o fato de que crença coere adequadamente com outras crenças na estrutura noética de uma pessoa.
Existem outros dois tipos de coerentismo que são associados com as teorias da justificação da coerência:
Teoria de coerência da crença ou significado: afirmam de uma maneira ou de outra, o conteúdo de uma crença, a coisa que faz da crença o que ela é, é o papel que a crença desempenha em um completo de sistema de crenças.
Teoria da coerência da verdade: a noção de que uma proposição é verdadeira se, e somente se, ela fizer parte de um conjunto coerente de proposições. (em oposição a esta, existe a Teoria da correspondência da verdade: a noção de que a verdade de uma proposição é uma função da sua correspondência com o mundo externo).
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Coerentismo e a pressuposição doxástica.
A pressuposição doxástica refere-se à visão de que o único fator que justifica uma crença para uma pessoa são as outras crenças que ela possui. As experiências sensoriais em si não desempenham papel na fundamentação das crenças, mesmo nas crenças perceptivas, e, de maneira geral, uma crença não recebe qualquer justificação com base em seu relacionamento com a experiência. Os fatores externalistas também
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Para o coerentista não há uma crença básica ou privilegiada que sirva como fundação para a justificação de outras crenças, mas que não precisam de justificação de outras crenças.
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A Natureza da Própria Coerência
a justificação de uma crença é dada pela maneira como ela coere com outras crenças na estrutura noética de alguém.
"Os coerentistas se dividem quanto às suas visões da questão do que é exatamente a coerência. Desse modo, são semelhantes aos fundacionalistas que têm se dividido quanto à melhor descrição da justificação nos relacionamentos entre as crenças básicas e não básicas. Quase todos os coerentistas concordam que a coerência deve, ao menos, significar consistência lógica, ou seja, um conjunto de crenças não pode conter explícita "(PAG 159)
coerência de acarretamento: um conjunto de crenças somente é coerente se cada membro do conjunto for acarretado por todos os outros membros do conjunto.
coerência explanatória: cada membro de um conjunto de crenças ajuda a explicar e é explicado pelos outros membros do conjunto.
coerência da probabilidade: um conjunto de crenças é coerente somente se ele não incluir a crença em P caso a crença em P seja improvável.
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Coerentismo positivo e negativo
De acordo com o primeiro, se uma crença coere com um conjunto de crenças, então isso dá justificação positiva à crença. Aqui, as razões positivas são exigidas antes que uma crença possa ser justificada, e a coerência fornece a justificação.
O coerentismo negativo, se uma crença deixa de coerir com um conjunto de crenças, então a crença é injustificada. Aqui, as crenças são inocentes até que se provem culpadas, ou seja, elas são justificadas até um certo grau a não ser que fracassem no teste da coerência.
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Coerentismo forte e fraco:
As teorias da coerência fraca implicam que a coerência nada mais é do que uma determinante da justificação e, assim, o coerentismo fraco é compatível com as versões do fundacionalismo que permitem à coerência desempenhar um papel na justificação. A coerência forte estabelece que a coerência é a única determinante na justificação.
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Coerentismo linear e holístico:
Linear, as crenças são justificadas por outras crenças individuais numa cadeia linear e circular. O holístico afirma que com objetivo de uma pessoa S ser justificada por acreditar em P, P deve deve estar numa relação de coerência com o conjunto de tudo aquilo que a pessoa S acredita. É o padrão completo de interligação e coerência mútua que fornece a justificação.
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OBJEÇÕES AO COERENTISMO
1- Existe uma objeção que se concentra na circularidade viciosa e na implausibilidade das visões da coerência sobre a transferência de justificação de uma crença para outra.
2- O problema do isolamento: as teorias de coerência extipariam a justificação do mundo exterior e da maneira como o mundo realmente é. A justificação é simplesmente uma função das relações internas entre crenças dentro da estrutura noética de uma pessoa.
Em resposta, eles dizem que alguns abandonaram a teoria da correspondência da verdade e adicionaram uma teoria da coerência da verdade a uma teoria da coerência da justificação.
Outra resposta é que é incoerente a noção de um mundo teoricamente independente ou de algo que tem sido chamado "a forma de ser do mundo", obtida com base na perspectiva dos olhos de Deus, para os autores, o problema com essa reposta é que ela não deixa espaço para que o mundo exterior- por exemplo, nossa consciência direta sobre ele- desempenhe um papel racional em justificar as nossas crenças, e é esse papel que é de relevância para a epistemologia.
3. Objeção de Pluralidade: seria possível haver dois ou mais conjuntos igualmente coerentes de crenças que poderiam, todavia, ser logicamente incompatíveis um com o outro.
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Para o coerentista não há uma crença básica ou privilegiada que sirva como fundação para a justificação de outras crenças, mas que não precisam de justificação de outras crenças.
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A Natureza da Própria Coerência
a justificação de uma crença é dada pela maneira como ela coere com outras crenças na estrutura noética de alguém.
"Os coerentistas se dividem quanto às suas visões da questão do que é exatamente a coerência. Desse modo, são semelhantes aos fundacionalistas que têm se dividido quanto à melhor descrição da justificação nos relacionamentos entre as crenças básicas e não básicas. Quase todos os coerentistas concordam que a coerência deve, ao menos, significar consistência lógica, ou seja, um conjunto de crenças não pode conter explícita "(PAG 159)
coerência de acarretamento: um conjunto de crenças somente é coerente se cada membro do conjunto for acarretado por todos os outros membros do conjunto.
coerência explanatória: cada membro de um conjunto de crenças ajuda a explicar e é explicado pelos outros membros do conjunto.
coerência da probabilidade: um conjunto de crenças é coerente somente se ele não incluir a crença em P caso a crença em P seja improvável.
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Coerentismo positivo e negativo
De acordo com o primeiro, se uma crença coere com um conjunto de crenças, então isso dá justificação positiva à crença. Aqui, as razões positivas são exigidas antes que uma crença possa ser justificada, e a coerência fornece a justificação.
O coerentismo negativo, se uma crença deixa de coerir com um conjunto de crenças, então a crença é injustificada. Aqui, as crenças são inocentes até que se provem culpadas, ou seja, elas são justificadas até um certo grau a não ser que fracassem no teste da coerência.
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Coerentismo forte e fraco:
As teorias da coerência fraca implicam que a coerência nada mais é do que uma determinante da justificação e, assim, o coerentismo fraco é compatível com as versões do fundacionalismo que permitem à coerência desempenhar um papel na justificação. A coerência forte estabelece que a coerência é a única determinante na justificação.
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Coerentismo linear e holístico:
Linear, as crenças são justificadas por outras crenças individuais numa cadeia linear e circular. O holístico afirma que com objetivo de uma pessoa S ser justificada por acreditar em P, P deve deve estar numa relação de coerência com o conjunto de tudo aquilo que a pessoa S acredita. É o padrão completo de interligação e coerência mútua que fornece a justificação.
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OBJEÇÕES AO COERENTISMO
1- Existe uma objeção que se concentra na circularidade viciosa e na implausibilidade das visões da coerência sobre a transferência de justificação de uma crença para outra.
2- O problema do isolamento: as teorias de coerência extipariam a justificação do mundo exterior e da maneira como o mundo realmente é. A justificação é simplesmente uma função das relações internas entre crenças dentro da estrutura noética de uma pessoa.
Em resposta, eles dizem que alguns abandonaram a teoria da correspondência da verdade e adicionaram uma teoria da coerência da verdade a uma teoria da coerência da justificação.
Outra resposta é que é incoerente a noção de um mundo teoricamente independente ou de algo que tem sido chamado "a forma de ser do mundo", obtida com base na perspectiva dos olhos de Deus, para os autores, o problema com essa reposta é que ela não deixa espaço para que o mundo exterior- por exemplo, nossa consciência direta sobre ele- desempenhe um papel racional em justificar as nossas crenças, e é esse papel que é de relevância para a epistemologia.
3. Objeção de Pluralidade: seria possível haver dois ou mais conjuntos igualmente coerentes de crenças que poderiam, todavia, ser logicamente incompatíveis um com o outro.
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